Como é Panmunjom, o 'lugar mais tenso do mundo', onde as duas Coreias estão conversando:real bet app

Fronteirareal bet appPanmunjom

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Legenda da foto, Panmunjom é a zona desmilitarizada que separa as duas Coreias

real bet app Antesreal bet appentrarreal bet appPanmunjom os visitantes devem assinar um documento que adverte que a visita "implicará a entradareal bet appuma área hostil e a possibilidadereal bet applesões oureal bet appmorte".

O local - para alguns, o mais tenso do mundo - é um dos únicos onde soldados da Coreia do Norte, da Coreia do Sul e dos Estados Unidos se veem cara a cara dia e noite.

Lá, onde foi assinado o armistício que colocou fim à Guerra da Coreia,real bet app1953, os dois lados da fronteira retomaram nesta terça (9) as conversas após dois anosreal bet appameaças e tensões nucleares.

Esse novo diálogo, que viabilizou a participação da Coreia do Norte nos Jogos Olímpicosreal bet appinvernoreal bet appPyeongchang, na Coreia do Sul,real bet appfevereiro, colocou novamente Panmunjom no radar político.

A zona desmilitarizada

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Legenda da foto, A zona desmilitarizada é considerada uma região hostil

Panmunjom está localizada na chamada "zona desmilitarizada", uma área que abrange um trechoreal bet app248 kmreal bet appextensão e 4 kmreal bet applargura, na polêmica fronteira que separa as duas Coreias, e é um dos territórios mais vigiados do mundo.

As conversas

Quando a República Popular Democrática da Coreia e a República da Coreia foram criadasreal bet app1948, a divisão geográfica entre as duas nações se converteureal bet appuma fronteira internacionalreal bet appfato.

Em 1953, com a tensão da guerra, a zona desmilitarizada foi criada como uma alternativareal bet appcontenção militar.

Ali também se encontram soldados dos Estados Unidos, que são os encarregados, segundo acordosreal bet apppaz,real bet appvigiar o sul da fronteira, com o apoio dos militares da Coreia do Sul.

Soldado vigia a salareal bet appconferências

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Legenda da foto, A salareal bet appconferência fica localizada no meio dos dois países; lá dentro, basta andarreal bet appum lado a outro para 'cruzar' a fronteira

A única partereal bet appPanmunjomreal bet appque os soldados estão permanentemente frente a frente é a chamada Áreareal bet appSegurança Conjunta.

Foi também nesse local que, até marçoreal bet app1991, ocorreram as negociações militares entre o Comando das Nações Unidas (ONU) e a Coreia do Norte.

O local que mais chama atenção na Áreareal bet appSegurança Conjunta é o edifícioreal bet appque se localiza uma salareal bet appconferências peculiar, que tem um espaço que corta as duas nações. Aqueles que entram nela podem cruzar, na prática, a tensa linhareal bet appfronteira, apenas andandoreal bet appum lado a outro da sala.

"Na salareal bet appconferências há uma linha que divide a parte da Coreia do Norte e a do Sul", diz Isaac Stone Fish, da Asia Society, um think tank com sedereal bet appNova York.

"Eles alternam a possibilidadereal bet appque os turistasreal bet appambos os lados entrem e possam se mover dentro da sala. E isso te permite 'cruzar'real bet appalguma maneira a fronteira da Coreia do Norte, mesmo que seja por pouco maisreal bet appum metro", diz elereal bet appentrevista ao PRI The World.

A Zona Desmilitarizada

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Legenda da foto, Muitos norte-coreanos morreram tentando fugir para o outro lado da fronteira

Da antiga aldeia que existia ali já não sobrou nada.

Por muitos anos, o local não foi mais do que um pontoreal bet apptensão no Paralelo 38, que serve para demarcar a fronteira entre as duas Coreias. Com o passar do tempo, Panmunjom também virou um dos muitos lugares onde centenasreal bet appnorte-coreanos foram mortos tentando desertar para o sul.

Mas a fascinação causada pela Coreia do Norte, a tensão entre os dois países e os diálogos que ocorreram ali transformaram Panmunjomreal bet appum localreal bet appvisita para locais e forasteiros.

Turismoreal bet apprisco

O lugar se transformoureal bet appum destino turístico, ainda que, segundo pessoas que o visitaram, as experiências sejam diferentes para quem chega do norte e para quem chega do sul.

Na plataformareal bet appviagens TripAdvisor, a visita a Panmunjom tem cotaçãoreal bet app4,5 estrelas, enquanto o tour até a zona desmilitarizada tem 5 e está descrito como uma experiência imperdível.

Segundo Stone Fish, a popularidadereal bet appPanmunjom cresceu porque foi utilizada pelas duas partes como motivoreal bet apppropaganda.

A propaganda na fronteira

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Legenda da foto, Na divisão entre os dois lados a propaganda pode ser feita com cartazes e fitas com mensagensreal bet appreunificação

"Após a grande Guerra da Coreia, as duas partes tentaram utilizar o lugar como formareal bet apppropaganda para demonstrar o quão melhor uma era sobre a outra", diz.

As diferenças entre os toursreal bet appcada um dos lados são significativas,real bet appacordo com o especialista.

Se do lado sul-coreano há diversos alertasreal bet appperigo e é preciso assinar vários documentos para isentar o governoreal bet appresponsabilidadereal bet appcasoreal bet appmorte ou acidente, a experiência na parte norte-coreana costuma serreal bet app"festa".

Fish recorda que, quando esteve lá com uma delegação norte-coreana, na "zona desmilitarizada a sensação era quasereal bet appfesta".

Cerveja coreana

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Legenda da foto, Na fronteira é possível comprar bebidas alcoólicas norte-coreanas

"Era algo como 'Estamos defendendo nosso país, olhamos para o outro lado, sorrimos e desfrutamosreal bet appum bom momento'".

O especialista explica que a única coisa que divide o norte e o sulreal bet appPanmunjom é uma linha gigantereal bet appconcreto que se estende por todo o vilarejo.

Do lado da Coreia do Norte, ele diz, há um lugar onde os visitantes podem comprar souvenires, como chaveiros.

Os turistas também podem tomar bebidas alcoólicas da Coreia do Norte, principalmente uma feitareal bet appginseng e outrareal bet appbílisreal bet appserpente.

Outro passeio é visitar o terminalreal bet appDorasan, uma estação suspensareal bet apptrem sul-coreana que pretende unir Pyongyang e Seul.

Ali está a Plataforma da Unificação, o local onde a Coreia do Sul assegura que algum dia as duas nações voltarão a se unir.