'Eles saberão que as mulheres não ficarão caladas': brasileira denuncia abuso sexualbonus sem depósito 2024hostel na Tailândia:bonus sem depósito 2024

bonus sem depósito 2024 Leia seu depoimento à BBC Brasil:

Estava fazendo uma viagem pelo sudeste asiático. Cheguei à Tailândia no dia 26bonus sem depósito 2024maio e fui a um albergue que era super-renomadobonus sem depósito 2024todas as redes sociais, um "party hostel". Cada quarto tem cercabonus sem depósito 202410 cubículos. As camas são fechadas nas laterais e só é possível a entrada e saída atravésbonus sem depósito 2024um acesso protegido por uma cortina, onde ficam os pés da cama.

Saí naquela noite. Fui à uma festa e voltei sozinha ao albergue por voltabonus sem depósito 20241h da manhã. Deitei no meu cubículo e dormi. Acordei, assustada, quando senti um carabonus sem depósito 2024cimabonus sem depósito 2024mim, colocando a mão dele dentro da minha vagina. Quando percebi o que estava acontecendo, gritei para ele sair. Ele disse que ia enfiar o pênis dentrobonus sem depósito 2024mim. Comecei a chutá-lo e ele saiu.

Pela manhã, expliquei a uma pessoa encarregada do albergue que havia sido vítimabonus sem depósito 2024abuso sexual. Ela perguntou se eu queria ir à polícia, mas naquele momento eu estava abalada, queria desaparecer.

O gerente foi chamado e eu pedi os dados do meu agressor, um indiano. Ele me pediu que eu preservasse o nome do albergue caso eu decidisse escrever nas redes sociais o que havia acontecido. Essa era a única preocupação dele. Fiquei indignada. Peguei minha mala e me hospedeibonus sem depósito 2024outro hotel.

Contei o que havia acontecido à minha família e publiquei um post no Facebook relatando o abuso. Meu post repercutiu muito. Nunca imaginei que seria assim. Quando publiquei, minha intenção erabonus sem depósito 2024que todas as pessoas conhecidas soubessem do ocorrido. Queria transformar essa história horrívelbonus sem depósito 2024um alerta para outras pessoas.

Decidi formalizar a denúncia contra o abusador. Fui à polícia turística e encontrei uma oficial que me orientou a fazer a denúncia na delegacia. Da delegacia fui encaminhada ao hospital para fazer exames. O médico disse que minha vagina tinha um corte, estava um pouco inchada. Aquilo não provava nada, claro.

Fui encaminhada a uma psiquiatra. Ela assinou um laudo que confirmava que eu havia sido vítimabonus sem depósito 2024abuso sexual. Isso permitiu que os policiais locais finalmente me levassem a sério.

Prestei depoimento na delegacia por maisbonus sem depósito 2024cinco horas. Me perguntaram quantos dedos o cara colocou na minha vagina. A policialbonus sem depósito 2024turismo estava comigo e traduzia tudo. Foi um processo lento e desgastante.

Por meio do Facebook, duas pessoas me alertaram terem visto o estuprador na ilhabonus sem depósito 2024Kho PhiPhi. Um deles tirou uma foto do agressor e me enviou o endereço onde ele estava hospedado. Passei as informações à polícia. Tremi e chorei. As redes sociais me salvaram.

No dia seguinte, fui informadabonus sem depósito 2024que ele já estava sob custódia policial. Fui à delegacia acompanhadabonus sem depósito 2024três policiais mulheres. Tive que confirmar que aquele jovem sorridente que conversava com os oficiais tinha me violentado. Senti medo e repulsa e preferi que ele não me visse.

No depoimento, ele teria dito que estava bêbado, que se sentou na beirada da minha cama e colocou a mão na minha perna e então eu lhe disse "vai embora, vai embora". Essa foi a versão dele. Ele insistiubonus sem depósito 2024falar comigo na delegacia, mas não aceitei.

A advogada do renomado albergue apareceu na delegacia e me informou que posso ser processada pela postagem feita no Facebook caso não cheguemos a um acordo. Eles alegam que o trabalho deles foi afetado pelo que eu disse.

Mas foi a minha postagem que me permitiu encontrar meu agressor. Agora quero que o hostel pensebonus sem depósito 2024como agir para evitar que isso se repita, ou seja, usar o meu caso a favor da sociedade.

O processo contra o meu agressor ainda estábonus sem depósito 2024andamento. Os oficiais me informaram que ele será levado à corte tailandesa e terá que ficar um mês preso. Se optar por pagar uma fiançabonus sem depósito 2024200 mil baths, cercabonus sem depósito 2024US$ 6 mil, poderá aguardarbonus sem depósito 2024liberdade o julgamento, mas não poderá sair da ilhabonus sem depósito 2024Krabi nem do país.

Depoisbonus sem depósito 2024um mês ele será levado novamente à corte. Se assumir o que fez terábonus sem depósito 2024cumprir uma pena. Não sabemos por quanto tempo. Se não assumir, terábonus sem depósito 2024ficarbonus sem depósito 2024Krabi até que o caso seja resolvido.

Para mim é uma vitória. Algumas pessoas disseram que seria muito difícil levar isso adiante porque eu não tinha testemunhas ou provas. Mas eu tinha que fazer alguma coisa, encorajar a outras mulheres que já passaram por isso ou alertar as que ainda serão vítimasbonus sem depósito 2024abuso.

Não podemos ter vergonhabonus sem depósito 2024"o que as pessoas vão pensarbonus sem depósito 2024mim?", não. Somos vítimas.

Eu poderia estar desmaiadabonus sem depósito 2024bêbada, pelada, não importa. Muita gente não conta ter sido vítimabonus sem depósito 2024abuso sexual e eu entendi o porquê. Foi muito sofrido. Porém, se nos mantivermos fortes, é possível.

Denunciar pode inibir a açãobonus sem depósito 2024estupradores. Eles saberão que as mulheres já não ficarão caladas e eles terãobonus sem depósito 2024pagar pelo o que fazem.

Acredito que denunciar ajuda, sim, a diminuir a cultura do estupro. Não podemos, alémbonus sem depósito 2024ser vítimas, assumir um papelbonus sem depósito 2024terapeuta do agressor. Quanto mais a palavra estupro sair, mais ajudamos a romper o tabubonus sem depósito 2024falar sobre isso. Quanto mais exposto, mais fácil será combater e caminhar contra a cultura da violação sexual.