O segredo da Islândia para fazer com que seus jovens deixassemaposta. ganhabeber e fumar:aposta. ganha

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Mas a Islândia nem sempre foi um modelo a se seguir: no final dos anos 90, era um dos países europeus com maior incidênciaaposta. ganhaconsumoaposta. ganhaálcool e tabaco entre jovens.
Como foi possível transformar,aposta. ganhamenosaposta. ganhaduas décadas, os hábitosaposta. ganhaadolescentes no territórioaposta. ganhapouco maisaposta. ganha300 mil habitantes?
Pesquisaaposta. ganhacomportamento
As razões do êxito islandês estão no programa Youth in Iceland (Juventude na Islândia), iniciadoaposta. ganha1998, cujo pilar está na pesquisa contínua dos hábitos e preocupações dos adolescentes.
"Se você fosse o diretoraposta. ganhauma empresa farmacêutica, você não lançaria um novo analgésico no mercado sem fazer uma pesquisa prévia", disse à BBC Mundo, o serviçoaposta. ganhaespanhol da BBC, Jón Sígfusson, diretor do Centro Islandês para a Pesquisa e Análise Social, responsável pelo Youth in Iceland.

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"É o mesmo com qualquer setor, desde a agricultura à infraestrutura. Por que não seria assim quando se trataaposta. ganhajovens?", pergunta, retoricamente.
"Muitas vezes se atuaaposta. ganhafunção apenasaposta. ganhaimpressões. E isso é muito perigoso. É preciso ter informações que sejam confiáveis e, a partir disso, podem ser tomadas decisões", explica Sígfusson.
Ele explica que o programa mapeia, por meioaposta. ganhaquestionários aplicados a cada dois anos, adolescentesaposta. ganhatodas as escolas do país.
Entre outras variáveis, são coletados dados sobre padrõesaposta. ganhaconsumo, características das famílias, evasão escolar e problemas emocionais dos jovens.

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Com esses elementos, são elaborados informes específicos para cada distrito e escola.
"Fazemos a coletaaposta. ganhadados e, dois meses depois, as escolas recebem os resultados novos", destaca o responsável pelo programa.
Responsabilidade dos adultos
O passo seguinte é analisar esses dados num trabalho conjunto entre escolas, comunidades e municípios, que identificam os principais fatoresaposta. ganharisco e proteção contra o consumoaposta. ganhaálcool e drogas.
A partir daí, pensa-seaposta. ganhacomo fortalecer os segundos e enfraquecer os primeiros.

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"Nada aconteceuaposta. ganhaum dia para o outro. Mas foi possível atuar porque os dados nos ensinavam, por exemplo, a grande importância do fator parental", indica Sígfusson.
"Isso mostrou a necessidadeaposta. ganhainformar os pais e lhes explicar que eles são o principal fator preventivo para seus filhos: passar tempo com eles, apoiá-los, controlá-los, vigiá-los", explica.
Segundo o diretor do Youth in Iceland, antesaposta. ganhacomeçar o programa, uma das principais medidas preventivas que era ensinar às crianças os efeitos negativos do usoaposta. ganhadrogas.
Porém, essa ação sozinha não funcionava. Foi então que o enfoque sofreu uma drástica mudança.
"Os responsáveis não são as crianças, e sim nós, adultos. Devemos criar um entorno onde eles fiquem bem e tenham a opçãoaposta. ganhapreencher seu tempo com atividades positivas. Isso diminui a probabilidadeaposta. ganhaeles consumirem substâncias maléficas", afirma.

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Os estudos mostraram que a maior participaçãoaposta. ganhaatividades extracurriculares e o aumento do tempo passado com os pais diminuem o riscoaposta. ganhase consumir álcool e outras substâncias.
Por isso, a Islândia aumentou os recursos destinados à ofertaaposta. ganhaatividades para adolescentes, como esportes, música, teatro e dança.
E desde 2002 foi proibido que, salvo exceções, as crianças menoresaposta. ganha12 anos e adolescentesaposta. ganha13 a 16 anos andem sozinhos na rua depois das 20h e das 22h, respectivamente.
Projeto internacional
Os resultados obtidos pela Islândia levaram à criação,aposta. ganha2006, do programa Youth in Europe (Juventude na Europa), cujo objetivo é expandir a metodologia do país nórdico a outras localidades do continente.
Como suicídioaposta. ganhafuncionária exausta levou à renúncia do presidenteaposta. ganhagigante japonesa
"Nunca trabalhamos com países inteiros porque, por um lado, é muito difícil ter o apoio do governo nacional. E, sobretudo, porque este é um trabalho que deve ser desenvolvido a nível local", afirma Sígfussen, que também dirige o projeto europeu.
Todas as cidades participantes conduzem os mesmos questionários. Assim elas têm uma ideia dos hábitos dos adolescentes e dos fatoresaposta. ganharisco e proteçãoaposta. ganhacada lugar.
"Essa metodologia é participativa, comunitária e se fazaposta. ganhabaixo para cima, baseadaaposta. ganhaevidências científicas. É o que nós tentamos imitar do modelo da Islândia", aponta Patricia Ros, diretora do Serviçoaposta. ganhaPrevençãoaposta. ganhaVício da Prefeituraaposta. ganhaTerragona, que participa desde 2015 do Youth in Europe.
Foram coletados dadosaposta. ganha2,5 mil jovensaposta. ganhaescolas do município espanhol.
"São coisas tão óbvias que todo mundo sabe", diz Ros. "O esporte, por exemplo. Qualquer criançaaposta. ganha5 anos entende que quem pratica esporte se droga menos. Mas o que não entendem é que quando a criança passa para ensino secundário (entre 12 e 16 anos), pelo menosaposta. ganhaTerragona, não há mais atividades extracurriculares", afirma.
"Então, claro que é o esporte. Mas temos que colocá-lo ao alcance da maioria desses adolescentes que, quando acabam as aulas, não têm muitas alternativas ao ócio", acrescenta.

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Como no caso islandês, as medidas tomadas após a análise dos dados dependerãoaposta. ganhacada momento eaposta. ganhacada bairro.
A exemplo do que acontece na cidade espanhola, cada município participante adota a metodologia islandesa para buscar suas próprias respostas.
"Claro que as culturas são diferentes. Não podemos dizer que o que funciona na Islândia vai funcionaraposta. ganhaoutros lugares", diz Sigfusson.
"Mas se estivermos num município, digamos, da América Latina, e trabalharmos com genteaposta. ganhalá que conhece como funciona seu sistema, o primeiro passo seria a realizaçãoaposta. ganhauma mapeamento para ver como é a situação. E partir daí, localizaríamos os fatores preventivos para se avançar", explica.
"Alguns me dizem que é um enfoque quase ingênuo, porque é muito lógico. Mas é assim mesmo", conclui.







