O segredo da felicidade dos islandeses:resenha x betesporte
- Eric Weiner
- Especial para a BBC

Crédito, Neil Beckerman/Getty
Mergulho na Blue Lagoon virou sinônimo da felicidade da Islândia
resenha x betesporte Há muitos anos, visitei a Islândia no meio do inverno. Eu estava fazendo a pesquisa para um livro sobre felicidade global, e a pequena nação nórdica me intrigava.
O que esse país, à deriva no congelante Atlântico norte, estava fazendo no top dos rankingsresenha x betesportefelicidade no mundo?
Em buscaresenha x betesporterespostas, interroguei qualquer pessoa disposta a falar, jantei harkls - ou tubarão podre - bebi demais e, claro, tomei um banho na Blue Lagoon (Lagoa Azul), as águas geotermaisresenha x betesporteoutro mundo que se tornaram sinônimo da felicidade islandesa.
Pouco depoisresenha x betesporteeu ir embora, os maiores bancos da Islândia quebraram e a economia do país chegou à beira do colapso como efeito colateral da crise financeiraresenha x betesporte2008.
A taxaresenha x betesportedesemprego se multiplicou por oito. A confiançaresenha x betesporteinstituições, como bancos e o Parlamento, despencou.
Supus que felicidade do país também iria derreter.

Crédito, Robert Preston/Alamy Stock Photo
Reykjavik é a capital cosmopolita da Islândia
Mas eu estava errado.
"A crise econômica teve um efeito limitado na felicidade",resenha x betesporteacordo com a cientistaresenha x betesportesaúde Dora Gudmundsdottir, autoraresenha x betesporteum estudo publicado na revista científica Pesquisasresenha x betesporteIndicadores Sociais.
Não apenas a felicidade geral da população teve apenas uma pequena oscilação durante a crise como 25% dos islandeses disseram que estavam ainda mais felizes. Como isso ocorreu?
Mandei um e-mail para Karl Blöndal, editorresenha x betesporteum jornal que eu havia conhecidoresenha x betesporteReykjavik. "Muitas pessoas foram fortemente atingidas, aposentados perderamresenha x betesportepoupança. Mas uma característicaresenha x betesportecomunidades pequenas é que todo mundo que você conhece está a seu alcance", explicou.
"Aqueles que perderam seus empregos não estão isolados, o riscoresenha x betesportealienação não é o mesmo que seriaresenha x betesportesociedades maiores."
Ali estava uma verdade essencial sobre a felicidade islandesa: é majoritariamente um empreendimento coletivo.
A Islândia, apesarresenha x betesporteter uma capital cosmopolita como Reykjavik, lembra uma pequena cidaderesenha x betesportemuitos aspectos. As pessoas não precisam se preocuparresenha x betesporte"cair num buraco negro", dizem eles, porque não há buraco negro para cair; sempre há alguém para te pegar.

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Pôneis também ficaram famosos como símbolo da Islândia
Como me disse um imigrante americano, se seu carro está preso na neve, sempre (sempre mesmo) alguém vai parar para te ajudar. Os níveisresenha x betesporteconfiança são tão altos que não é raro ver uma criançaresenha x betesporteseis anos andando sozinha para a escola na escuridão do inverno.
Em uma declaração tipicamente islandesa e otimista, Blöndal ainda viu uma oportunidade dentro da crise.
"Agora podemos limpar o Estado. Quem sabe isso seja uma oportunidade para forjar uma sociedade mais aberta, onde o poder é mais difuso e os antigos interesses pessoais e barreiras econômicas estejam fora do caminho."
A ideiaresenha x betesporteuma sociedade justa e aberta parece ser a chave.
De acordo com um relatório recente da ONU sobre felicidade global, a felicidade é distribuídaresenha x betesporteforma equilibrada na Islândia.
Ou seja, a maioria dos islandeses é mais ou menos igualmente feliz, enquantoresenha x betesporteoutros países - principalmente na América Latina e no Oriente Médio - a felicidade varia muito.
Isso é importante porque novas pesquisas mostram que "as pessoas são significativamente mais felizes onde há menos desigualdaderesenha x betesportefelicidade".

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Índiceresenha x betesportefelicidade da Islândia não sofreu grande impacto após crise
Em outras palavras, não é possível ficar muito feliz se seu vizinho está muito triste - e os islandeses parecem reconhecer intuitivamente essa verdade essencial.
Eles também desenvolveram um forte sensoresenha x betesporteresiliência com séculosresenha x betesporteprivação e isolamento.
Pense na escuridão do inverno, erupções vulcânicas e no terreno tão inacreditável que a Nasa enviou os astronautas da missão Apollo,resenha x betesporte1965, para treinar ali para suas caminhadas lunares.
Você vê esse tiporesenha x betesporteotimismo teimoso todos os dias na Islândia. Você vê no jeito que as pessoas nadamresenha x betesportepiscinas abertas, o ano todo, ouresenha x betesportecomo não há nenhum estigma ligado a deixar um emprego ou um relacionamento ruim.
Essa resiliência também pode ser encontrada na rica cultura literária do país, que data das antigas sagas - contos Vikingresenha x betesporteheroísmo frente à adversidade.

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Índiceresenha x betesportefelicidade tem relação com história e dimensões do país
Hoje, a Islândia publica mais livros per capita do que qualquer país do mundo. Alguns psicólogos acreditam que a literatura - e outras fontes culturais - servem como um amortecedorresenha x betesportetempos difíceis.
As histórias são um veículo para expressar dor, e a dor que se expressa é uma dor menor. Também são um meio para uma cultura expressarresenha x betesporteenergia criativa.
E os islandeses certamente reconhecem o valor da palavra escrita, atitude refletidaresenha x betesporteum ditado popular islandês: "Melhor ir descalço do que sem livros".
- resenha x betesporte Leia a versão original desta reportagem (em inglês) resenha x betesporte no site BBC Travel






