Quatro negócios que estão crescendo na Venezuela apesar da crise (ou por causa dela):betsbola bet

1. Rum, o outro 'petróleo'

Até poucos anos atrás, a Venezuela era um dos principais importadoresbetsbola betuísque escocês. Mas, com a queda do preço do petróleo, o principal produtobetsbola betexportação do país, já não existem tantos recursos financeiros para manter o ritmo das importações.

Ou seja: o país passa por uma escassez não sóbetsbola betalimentos e remédios, como também da bebida destilada.

E isso fez com que o rum, a verdadeira bebida "made in Venezuela", ganhasse uma importância maior.

"Por causa dos problemas do país, os grandes importadoresbetsbola betuísque tiveram mais limitações para trazer a bebida, e a população começou a consumir mais o rum", explica Jesús Alfaro, presidente da Associaçãobetsbola betProdutoresbetsbola betRum.

Alfaro também conta que outra novidade que atraiu mais pessoas para o consumo do rum foi a criaçãobetsbola betnovas categorias premium da bebida, que elevaram a "classificação" do rum - antes, ele perdia para o uísque no rankingbetsbola betbebidas com status.

E, pelo fatobetsbola betnão ser importado, um bom rum é muito competitivo no mercado venezuelano. "Um bom whisky custa 150 mil bolívares, enquanto um rum da maior qualidade está por voltabetsbola bet40 mil", diz Alfaro.

"Nos últimos anos, houve mudanças significativas no incentivo dado pela Venezuela aos exportadores", reforça ele, representante da indústriabetsbola betum produto que talvez já seja o mais reconhecido como "venezuelano" depois do petróleo.

O rum e o cacau são produtos que têm sido bastante exportados. "O governo flexibilizou as condições para a manipulaçãobetsbola betmoeda para exportação. Eles lidam mais com dólares agora", analisa Oliveros.

2. Produtos 'secundários' dominam prateleiras

Marcas tradicionais ou multinacionais desapareceram das prateleiras dos supermercados na Venezuela - as que ainda não sumiram por completo têm uma presença limitada ou são simplesmente muito caras.

Isso representou uma oportunidade para produtos venezuelanos antes considerados até a última opção diantebetsbola betmarcas mais renomadas e internacionais.

Nesse contexto, "empresas menores entraram no mercado", afirmou Oliveros.

É o caso da Fácil Química, que afirma ter controle agorabetsbola bet35% do mercadobetsbola betprodutosbetsbola betlimpeza com a marca Clic, surgidabetsbola bet2012.

"Sou dono da prateleira", diz o presidente da empresa, Tony León, orgulhoso por ter vencido a concorrência com empresas internacionais como Procter&Gamble e Unilever, para as quais antes fabricava produtos.

Segundo Larry Gil, diretor da Fácil Química, a empresa nunca teve acesso a uma taxa cambial especial - nos temposbetsbola betbonança, o governo concedia um câmbio melhor às empresas para a importaçãobetsbola betmatérias-primas.

"Para nós, não houve qualquer impacto com o fim dessa prática", disse ele sobre o novo cenário,betsbola betque seus concorrentes perderam a vantagem que tinham.

"Sempre sobrevivemos sem ajuda do governo, diferentementebetsbola betoutras empresas", acrescenta Gil.

Diante do problema para empacotar seus produtos, a empresa desenvolveu e patenteou uma máquina que permite ao consumidor reutilizar recipientes e fazer refis dos detergentes - o que, segundo eles, permitirá vendas a preço mais baixos e contribuirá para a preservação do meio-ambiente.

A ideia é expandir esse tipobetsbola betserviço para América do Norte e Europa.

"Usamos a crisebetsbola betuma maneira muito positiva. Foi ela que nos obrigou a inovar", diz León.

3. Hobby vira negócio

Como no resto do mundo, a cerveja artesanal também estábetsbola betvoga na Venezuela.

Alguns fatores contribuíram para isso, como: os recentes impostos sobre o vinho, os problemasbetsbola betencontrados por produtores industriais para fabricar a cerveja e até o próprio apreço dos venezuelanos por cervejas importadas da Europa ou da América do Norte. Tudo isso levou alguns moradores do país a criarem suas próprias "fábricas".

Atualmente, há entre 20 e 25 marcas artesanaisbetsbola betcerveja na Venezuela e, tirando cinco ou seis delas, todas são realmente pequenas.

É o caso da Irmandade dos Diabos, um pequeno grupobetsbola betamigosbetsbola betmeia idade que decidiu embarcar nesse mercado com a ajudabetsbola betoutro amigo, que é mestre cervejeiro. "Cada vez que preparamos, fazemos cercabetsbola bet220 garrafas", explica Andrés Moix, um dos integrantes da "irmandade".

"Não é algo que dê dinheiro. Nós todos temos três trabalhos e zero tempo livre".

Suas dificuldades são gigantescas. Os amigos precisam importar cevada, lúpulo e levedura, alémbetsbola betfiltrar com cuidado a água encontrada na Venezuela, que não tem a melhor qualidade. Em três anos, o quilo da cevada passoubetsbola bet300 bolívares para 8 mil.

"Com essa hiperinflação, é difícil calcular o custobetsbola betreposição", disse Moix.

Atualmente, eles só colocam suas garrafasbetsbola betbares e restaurantesbetsbola betalto nível. Vendem cada cerveja por cercabetsbola bet8 mil bolívares - no mercado, elas chegam custando cercabetsbola bet20 mil bolívares.

O salário mínimo da Venezuela ébetsbola bet40 mil bolívares mensais, então as garrafasbetsbola bet750 ml vendidas por eles são mesmo para clientes exclusivos.

Agora, o objetivo é claro: "Queremos nos posicionar a esperabetsbola betque a situação mude. É nisso que apostamos", afirmou Moix.

4. O bitcoin: dinheiro virtual, porém real

A moeda virtualbetsbola betmelhor rendimentobetsbola bet2016 é a solução para um número crescentebetsbola betvenezuelanos.

Os bitcoins são um tipobetsbola betcriptomoeda (uma moeda da internet) criadabetsbola bet2008 e que não tem um sistema centralizadobetsbola betcontrolebetsbola bettrocas comerciais. Quem quer adquirir bitcoins pode guardá-lasbetsbola betuma carteira virtual para utilizá-las depois como investimento ou diversão.

"Nas condiçõesbetsbola betmercado cheiasbetsbola betdistorções, o bitcoin pode contribuir para lidar com essa situaçãobetsbola betque a Venezuela se encontra", disse um "minerador" que prefere manter o anonimato.

Mineradores é o apelidobetsbola betpessoas que cedem a capacidadebetsbola betprocessamentobetsbola betseus computadores como formabetsbola betmanter a operação das bitcoins - os softwares usados para garantir segurança e legitimidade nas trocas comerciais precisam do apoio dos mineradores para poderem atuar.

E eles ganham com isso um pagamentobetsbola betbitcoins - que, porbetsbola betvez, têm um valorbetsbola betcotação sobre as moedas utilizadas no mundo real.

Atualmente, a geração dessa moeda ganha cada vez mais adeptos diante da desvalorização crescente do bolívar.

"Eu acredito que o volume duplicou no último ano", disse o minerador sobre o aumento da participação.

Em 2014, um bitcoin era equivalente a 40 mil bolívares, enquanto agora ele está sendo negociado a 3,2 milhões. "Isso dá uma ideia do porquê tanta gente está procurando se proteger com o usobetsbola betbitcoins."

É um refúgio interessantebetsbola betum país que tem o incentivobetsbola better a eletricidade quase gratuita, porque ela é subsidiada pelo governo.

Os mineradores obtêm as moedas com o cálculobetsbola betoperações complexas feitas com computadores especiais que podem custar entre US$ 600 e US$ 700.

Um desses computadores especiais, que consome muita energia e é capazbetsbola betfazer 15 milhõesbetsbola betcálculos, pode gerar cercabetsbola betUS $ 2,5 por diabetsbola betbitcoins.

Então se uma pessoa tem três computadores, por exemplo, ela pode lucrar US$ 7,5betsbola bet24 horas ou US$ 225 ao mês. Um dinheiro bastante significativobetsbola betum país onde o salário mínimo ébetsbola betcercabetsbola betUS$ 30 por mês.

"Para uma família modesta, isso é um excelente complemento", disse o minerador, que vê cada vez mais gente apelando para as moedas virtuais no país.