Justiça com as próprias mãos: Casosaposta ganha facebookassaltantes mortos por suas vítimas fomentam debate na Argentina:aposta ganha facebook

Oyarzún foi preso após perseguir e matar assaltanteaposta ganha facebookseu açougue, na provínciaaposta ganha facebookBuenos Aires

Crédito, Guillermo Rodríguez Adami/Clarín

Legenda da foto, Oyarzún foi preso após perseguir e matar assaltanteaposta ganha facebookseu açougue, na provínciaaposta ganha facebookBuenos Aires

Os dois casos ocorreramaposta ganha facebooklocalidades na provínciaaposta ganha facebookBuenos Aires,aposta ganha facebookáreas afastadas do centro da capital argentina. O médico e o açougueiro passaram quatro dias presos e agora respondemaposta ganha facebookliberdade por homicídio,aposta ganha facebookacordo com seus advogados.

Repercussão

Os episódios tiveram enorme repercussão na Argentina. E não foram os únicos deste ano: antes, um taxista havia matado um ladrão e um comerciante havia colocado gasolina no corpoaposta ganha facebookum assaltante, ocupando as páginas dos sitesaposta ganha facebooknotícias e as telas da TV.

"Andar armado, (fazer) justiça com as próprias mãos ou (praticar) linchamentos não são o caminho correto", disse o ministro da Justiça, Germán Garavano, no fimaposta ganha facebooksemana, às rádios locais, agregando que "desta vez quem morreu foi o delinquente, mas muitas vezes quem morre é a vítima".

"Ao menos que como sociedade queiramos empreender o caminho sem retorno da lei da selva, não cabe outra postura que não a defendida pelo ministro", opinouaposta ganha facebookeditorial o jornal La Nación - ressaltando, porém, o estresse ao que o açougueiro e o médico foram submetidos no episódio e o "altíssimo grauaposta ganha facebookimpotência com o qual muitos (argentinos) vivenciam o drama da insegurança e do baixo índiceaposta ganha facebookcondenações judiciais".

Mas os comentários do ministro foram feitos pouco depois que moradores da localidadeaposta ganha facebookZárate realizaram dois dias seguidosaposta ganha facebookprotestos pedindo a liberdade do açougueiro eaposta ganha facebooko próprio Mauricio Macri ter aderido ao coro pela solturaaposta ganha facebookOyarzún.

"Ele (açougueiro) deveria estar comaposta ganha facebookfamília, tranquilo, tratandoaposta ganha facebookrefletir sobre tudo o que aconteceu, enquanto a Justiça toma uma decisão", disse Macri a uma rádioaposta ganha facebookBuenos Aires.

Manifestaçõesaposta ganha facebookapoio a Oyarzún

Crédito, Guillermo Rodríguez Adami/Clarín

Legenda da foto, Manifestaçõesaposta ganha facebookapoio a Oyarzún, pedindoaposta ganha facebooklibertação; jornal fala dos perigosaposta ganha facebookjustiça com as próprias mãos levar à 'lei da selva'

Entrevistada pela BBC Brasil, a ativistaaposta ganha facebookdireitos humanos Graciela Fernández Meijide disse queaposta ganha facebookfato a Argentina vive problemas preocupantesaposta ganha facebooksegurança pública, mas pediu que a população "deixe a Justiça atuar".

"É incorreto que jornalistas, políticos e até o presidente opinem sobre esses casos. Os juízes se sentem pressionados. Além disso, a vingança está sempre fora da lei. Eles (médico e açougueiro) dizem que se pudessem voltar no tempo, não teriam feito o que fizeram. Não sei se é apenas estratégia da defesa, mas o que fizeram é lamentável", disse Meijide.

Ainda segundo o editorial do La Nación, a criseaposta ganha facebooksegurança só será contornada com mais policiamento nas ruas, mudanças legais e mais efetividade do Poder Judiciário, "se não quisermos que a justiça com as próprias mãos substitua a justiça dos tribunais".

'Não foiaposta ganha facebookpropósito'

Em mercadosaposta ganha facebookPalermo,aposta ganha facebookBuenos Aires, era comum ver transeuntes atentos aos aparelhosaposta ganha facebookTV que transmitiam ao vivo novidades do caso do açougueiro.

Muitos queriam ouvir os apelos do irmão e da mulher do comerciante, na época ainda preso. "Meu irmão é um trabalhador. Ele é uma vitima. Não é um bandido. Deve ser solto e voltar a ter a vida que sempre teve", disse. Sua mulher, também aos prantos, pediu "justiça" porque seu marido, disse, era "vítima" e "não assassino".

No fimaposta ganha facebooksemana, quando reabriu as portas do seu açougue, logo depoisaposta ganha facebookter saído da prisão, o açougueiro encontrou estilhaçosaposta ganha facebookbala na entrada do seu açougue.

A polícia interpretou que se tratouaposta ganha facebookuma ameaça. "Estou preocupado por mim e por minha família. Eu não o mateiaposta ganha facebookpropósito. Eu só o persegui para recuperar o que era meu (dinheiro roubado)", afirmou.

O pai e a ex-namorada do suspeito do assalto, Brian González,aposta ganha facebook24 anos, pediram que o açougueiro "pague pelo que fez". "Ninguém tem o direitoaposta ganha facebooktirar a vidaaposta ganha facebookoutra pessoa. Não buscaremos vingança. Será a justiça divina que assumirá esta responsabilidade", disse o pai do rapaz.

No caso do médico, familiares do suspeito morto, Ricardo Krabler,aposta ganha facebook24 anos, escreveram no Facebook que não "sossegarão" enquanto ele "não pagar pelo que fez".

A mãeaposta ganha facebookKrabler, Silvia, disse que a versão do médico para justificar o caso "é muito mal contada" e que seu filho "foi fuzilado".