Vacina contra covid para crianças: 6 fatos a favor:betburger free

  • Laís Alegretti
  • Da BBC News Brasilbetburger freeLondres
garota toma vacina

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Agências reguladoras e especialistas apontam que benefícios da vacinação infantil contra covid superam eventuais riscos

betburger free Os Estados Unidos e vários países da Europa - como Alemanha e Portugal - já começaram a vacinar crianças a partirbetburger free5 anos contra a covid-19.

No Brasil, a Agência Nacionalbetburger freeVigilância Sanitária (Anvisa) autorizoubetburger free16betburger freedezembro a aplicação da vacina da Pfizerbetburger freecriançasbetburger free5 a 11 anos. Agora, a imunização desse público, na prática, depende do Ministério da Saúde. Mas o ministro Marcelo Queiroga disse que o assunto só terá uma definiçãobetburger free5betburger freejaneiro.

Agências reguladoras e especialistas apontam que os benefícios da vacinação infantil contra covid superam eventuais riscos.

A seguir, conheça seis fatos a favor da vacinação infantil, segundo especialistas, além dos argumentos apresentados pelo governo federal até agora.

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1. A vacina é eficaz e segura

A vacina é eficaz e segura para as crianças, segundo pesquisadores, agências reguladorasbetburger freediversos países (inclusive a Anvisa) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Estudo feito com criançasbetburger free5 a 11 anos que receberam duas dosesbetburger freevacina da Pfizer mostrou que elas tiveram uma respostabetburger freeanticorpos neutralizantesbetburger freeconcentrações similares às observadasbetburger freeadolescentes e adultosbetburger free16 a 25 anos.

E não foram observados eventos adversos graves associados à vacinação.

Esses dados são citadosbetburger freecarta conjunta das sociedades brasileirasbetburger freePediatria, Infectologia ebetburger freeImunizações, na qual os médicos dizem que apoiam a vacinação infantil, visto que os benefícios superam eventuais riscos.

Os médicos destacam ainda que, além dos resultados dos testes clínicos, já é possível observar o que acontece nos Estados Unidos ebetburger freeoutros países que vacinam amplamente suas crianças.

"Temos hoje maisbetburger freecinco milhõesbetburger freedoses aplicadas desta vacinabetburger freecriançasbetburger free5-11 anos nos Estados Unidos ebetburger freeoutros países, com dadosbetburger freefarmacovigilância não revelando eventos adversosbetburger freepreocupação", destacam os pediatras e infectologistas.

Criança italiana sendo vacinada contra covid-19

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Vacina para público infantil tem dosagem e composição diferentes das do público mais velho

2. A vacina é específica para as crianças

Quando se fala da eficácia e segurança da vacina para crianças, é importante destacar que se tratabetburger freeum produto que é específico para este público.

A vacina da Pfizer aprovada no Brasil para crianças tem dosagem e composição diferentes daquela que já está sendo utilizada para os maioresbetburger free12 anos.

O imunizante terá que ser aplicadobetburger freeduas dosesbetburger free0,2 mL (equivalente a 10 microgramas, um terço da dos adultos), com pelo menos 21 diasbetburger freeintervalo entre as doses. A dose infantil terá, também, menor concentraçãobetburger freemRNA (o componente da vacina que estimula a resposta do sistema imunológico).

Para facilitar a identificação pelos profissionaisbetburger freesaúde e pelos responsáveis e cuidadores das crianças, a tampa do frasco será diferente, com cor laranja.

3. Covid é risco para as crianças

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Embora as crianças geralmente tenham riscos menores que os adultos mais velhos quando pegam covid, elas também podem ser vítimas da doença.

Ao justificar a necessidadebetburger freevacinar as crianças, o Centrobetburger freeControlebetburger freeDoenças (CDC) dos Estados Unidos diz que elas podem desenvolver casos gravesbetburger freecovid-19 e que também podem ter complicaçõesbetburger freesaúdebetburger freecurto e longo prazo desenvolvidas a partir da covid.

A carta dos pediatras no Brasil também lembra do risco: "A carga da doença na população brasileirabetburger freecrianças é relevante, incluindo até o momento milharesbetburger freehospitalizações e centenasbetburger freemortes pela covid-19 no grupo etáriobetburger freequestão, alémbetburger freeoutras já demonstradas consequências da infecçãobetburger freecrianças, como a covid longa e a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P), todas elasbetburger freepotencial gravidade neste grupo etário".

Nos Estados Unidos, foram quase 2 milhõesbetburger freecasosbetburger freeCovid-19betburger freecriançasbetburger free5 a 11 anos - e as autoridadesbetburger freesaúde apontam que, "em algumas situações, as complicações da infecção podem levar à morte".

A vacinação, segundo os especialistas, ajuda a evitar que as crianças adoeçam gravemente, mesmo que contraiam a doença.

A infectologista Raquel Stucchi diz,betburger freeentrevista à BBC News Brasil, que o principal argumento favorável à vacinação infantil é "impedir que a covid seja a doença que mais mata as crianças no nosso país".

O Conselho Nacionalbetburger freeSecretáriosbetburger freeSaúde (Conass) divulgou nota na qual diz que nenhuma outra doença imunoprevenível matou tantas crianças e adolescentesbetburger free2021 quanto a covid.

"É importante destacar o alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que aponta que o público entre 5 e 14 anos é o mais afetado pela nova ondabetburger freeCovid-19 na Europa e, apesar do menor riscobetburger freerelação a outras faixas etárias, nenhuma outra doença imunoprevenível causou tantos óbitosbetburger freecrianças e adolescentes no Brasilbetburger free2021 como a covid-19", diz o comunicado.

Campanhabetburger freevacinação infantil contra covid-19betburger freeRoma

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Cartazbetburger freecampanhabetburger freevacinação infantil contra covid-19betburger freeRoma

4. Efeito positivo para a educação

A imunização das crianças tem efeitos positivos não só para a saúde delas, mas também na educação, aponta o CDC.

"Vacinar crianças com 5 anos ou mais pode ajudar a mantê-las na escola e a participar com segurançabetburger freeesportes, jogos e outras atividadesbetburger freegrupo", diz o órgão.

No Brasil, criançasbetburger free6 a 10 anos são as mais afetadas pela exclusão escolar na pandemia, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). De 5,1 milhõesbetburger freemeninas e meninos sem acesso à educaçãobetburger freenovembrobetburger free2020, 41% tinhambetburger free6 a 10 anosbetburger freeidade; 27,8% tinhambetburger free11 a 14 anos; e 31,2% tinhambetburger free15 a 17 anos.

A OMS - apesarbetburger freedefender que não é urgente a vacinaçãobetburger freecrianças e adolescentes (entenda abaixo) - destacou que esse grupo tem sido "afetadobetburger freeforma desproporcional" na pandemia, com o fechamentobetburger freeescolas.

"Alémbetburger freeter a rotina afetada, os menoresbetburger freeidade acabam perdendo nestas situações acesso a serviços fornecidos pelas escolas, como refeições, apoio presencial no aprendizado, terapias da fala e medidasbetburger freesaneamento e higiene", aponta a ONU.

5. Proteção coletiva

Além da imunização das crianças, a vacinação infantil é importante para ajudar a proteger quem estábetburger freevolta delas - inclusive outras crianças que ainda não atingiram idade elegível, por exemplo.

"Vacinar crianças pode ajudar a proteger os membros da família, incluindo irmãos que não são elegíveis para a vacinação e membros da família que podem estarbetburger freemaior riscobetburger freeficarem muito doentes se forem infectados", diz o CDC.

A epidemiologista Ethel Maciel aponta que vacinar as crianças também faz parte da estratégia coletivabetburger freetentar reduzir a circulação do vírus e controlar a pandemia.

"Quanto mais pessoas vacinadas eu tenho - ou seja, quanto maior a cobertura vacinal -, mais consigo fazer o bloqueio da circulação desse vírus na população. Para conseguirmos altas coberturas vacinais no Brasil, precisamosbetburger freevacinar as crianças - elas também fazem parte dessa da conta", disse à BBC News Brasil.

garota toma vacina

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Especialistas apontam que vacinas contra covid são eficazes e seguras para crianças

6. Ômicron acelera novos casosbetburger freecovid no mundo

Se a pandemia parecia ter começado a ficar sob controle diante do avanço da vacinação, a variante ômicron veio reforçar a importância da imunização e o reforçobetburger freemedidas preventivas - e levou alguns países a acelerarem a aplicaçãobetburger freedosesbetburger freereforço, por exemplo.

Ela também impacta na questão da vacinação infantil, segundo Maciel. A epidemiologista diz que a ômicron - que está se alastrando rapidamentebetburger freemuitos países - "faz com que a vacinação desse grupo seja mais importante".

"Quanto maior a transmissibilidade - a capacidade daquela variante do vírusbetburger freese transmitir para o maior númerobetburger freepessoas -, mais a gente tem que aumentar a cobertura da vacinação na população", explica.

"Incluir crianças tem essa importância principalmente diantebetburger freevariantes mais transmissíveis."

OMS: Vacinar as crianças 'não é urgente'

A OMS afirmou,betburger freenovembro, que as vacinas contra a covid-19 que receberam autorizaçãobetburger freeentidades regulatórias para serem aplicadasbetburger freecrianças e adolescentes são seguras e eficazes para reduzir os impactos da doença nesses grupos.

A entidade, no entanto, defendeu que "não é urgente" vacinar esse grupo, ao afirmar que "crianças e adolescentes geralmente têm sintomas menos severos da covid-19 na comparação com os adultos".

A OMS vem defendendo a equidade global no acesso às vacinas e pediu aos países que já atingiram uma alta cobertura vacinal para priorizarem a partilhabetburger freedoses por meio do mecanismo Covax, antesbetburger freecomeçarem a criar campanhasbetburger freeimunizaçãobetburger freecrianças com baixos riscosbetburger freedoenças severas.

Para Maciel, o posicionamento da OMS reflete a necessidade do organismo multilateralbetburger freepensarbetburger freeforma global.

"A OMS cumpre o seu papel e está cumprindo muito bem", diz.

"Pensando globalmente, precisamos não só ampliar cobertura no nosso país como nós precisamos que a cobertura esteja ampliadabetburger freetodos os países - então nós precisamos sempre vacinar os mais vulneráveis primeiro."

Stucchi diz que "a vacinação das crianças é importante porque elas também morrem - mas nos países onde a vacinação não se iniciou ou está se iniciando, temos que priorizar grupos que proporcionalmente morrem mais da doença - idosos e pessoas com comorbidades".

Marcelo Queiroga no Senado

Crédito, Ag Senado

Legenda da foto, Anvisa já deu aval para vacinas das crianças, mas Queiroga disse que decisão ficará para 2022

Por que o Brasil não começou a vacinar criançasbetburger free5 a 11 anos?

O sinal verde foi dado pela Anvisabetburger free16betburger freedezembro, mas o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a decisão ficará para 5betburger freejaneiro. Ele afirmou que a decisão da Anvisa "não é suficiente".

"Sou a principal autoridade sanitária do Brasil e não abro mãobetburger freeexercer as minhas prerrogativas", disse o ministro.

Assim, embora a Anvisa tenha apontado evidências científicas para aprovar a vacinação infantil, o governo federal decidiu que vai aguardar consulta pública e audiência pública para tomarbetburger freedecisão.

Nesta semana, Queiroga disse que "a pressa é inimiga da perfeição", ao comentar a vacinaçãobetburger freecrianças. "Os pais terão a resposta no momento certo, sem açodamento."

Para a infectologista Raquel Stucchi, "não ter pressa neste momento é colocar nossas crianças sob risco, é deixar que elas vivambetburger freeum ambiente inseguro".

"Nós já temos milhõesbetburger freecrianças vacinadas no mundo, estudos científicos, estudosbetburger freevida real mostrando a segurança e eficácia das vacinas nessa faixa etária. Então a pressa existe para poder implementar a vacinação para nossas crianças e proteger as crianças, que no começo do ano a gente espera que possam estar com rotina normalizada, frequentando as escolas", justifica.

A epidemiologista Ethel Maciel aponta que a Anvisa já tomou a decisão levandobetburger freeconta parâmetros técnicos e científicos e diz que é o órgão que tem as condiçõesbetburger freefazer esse tipobetburger freeavaliação.

Ela considera a decisão do ministro "equivocada" e diz que essa postura "colocabetburger freexeque o nosso próprio programa nacionalbetburger freeimunização, construído a duras penas".

Stucchi diz que colocar a decisão da Anvisabetburger freeconsulta pública é "uma aberração".

"Nunca colocamos a decisãobetburger freeintroduzir vacinas no nosso calendáriobetburger freeconsulta pública. Temos comitêsbetburger freeespecialistas que assessoram o programabetburger freeimunizações para decidir pela inclusão ou nãobetburger freenova vacina - seja para crianças, adultos, idosos ou gestantes. Esta decisão espelha a vontade explícita deste governobetburger freebloquear, dificultar a vacinação das crianças contra covid no Brasil", diz a infectologista.

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