A68: o derretimento do maior iceberg do mundo:slot way

O blocoslot waybilhõesslot waytoneladas seguiu uma rota familiar, girando no Atlântico Sulslot waydireção ao Território Britânico Ultramarino da Geórgia do Sul. A pequena ilha é onde muitos dos maiores icebergs "morrem". Presos nas águas rasas locais, eles são condenados a derreter gradualmente.

Mas o A68 conseguiu escapar desse destino. Em vez disso, foram as ondas, a água quente e as temperaturas mais altas no Atlântico que acabaram consumindo o iceberg. Ele simplesmente foi se quebrandoslot wayfragmentos cada vez menores.

"É incrível que o A68 tenha durado tanto", diz Adrian Luckman, da Swansea University, à BBC News.

"Se você pensar na relaçãoslot wayárea com espessura, ele era extremamente fino — proporcional a quatro folhasslot waypapel A4 empilhadas. Portanto, era incrivelmente flexível e frágil enquanto se movia no oceano. Durou anos assim. Mas eventualmente quebrouslot wayquatro, cinco pedaços,slot wayseguida, eles se partiram também", afirma Luckman.

O iceberg da era dos satélites

Provavelmente, o A68 será mais lembrado como o primeiro iceberg a se tornar uma estrela nas redes sociais.

Pessoas ao redor do mundo compartilharam o tempo todo imagensslot waysatélite do blocoslot waygelo, especialmente quando ele se aproximava da Geórgia do Sul.

Se tivesse encalhado, a imensa massa do iceberg poderia ter perturbado o comportamento alimentar dos muitos pinguins da ilha, o que gerava preocupações.

As conversas diáriasslot wayredes sociais como Twitter e Instagram foram possibilitadas pelo fácil acessoslot wayhoje a um conjuntoslot wayferramentasslot waydados espaciais publicamente disponíveis.

"O A68 chamou a atençãoslot waymuitas pessoas diferentes", comentou Laura Gerrish, especialistaslot waymapeamento do British Antarctic Survey (BAS), gruposlot waymonitoramento da Antártica.

"Vimos cada pequena reviravolta. Pudemos acompanhar seu progresso com imagens diáriasslot waysatélite, com um nívelslot waydetalhe que não podíamos fazer antes."

O que aprendemos como A68?

Claro, o iceberg não era apenas uma curiosidade, também foi objetoslot waypesquisas científicas sérias.

Seu localslot wayorigem, a Larsen C, é uma enorme plataforma flutuanteslot waygelo, construída pela fusãoslot waygeleiras que deslizaram da terra para o oceano.

A históriaslot wayvida do A68 dará pistas sobre como as plataformasslot waygelo são construídas e como elas se separam para produzir icebergs.

"O que vale à pena mencionar como resultado científico foi o quanto se aprendeu sobre a resistência à fratura das zonas onde as geleiras se juntaram para formar a plataformaslot waygelo flutuante", afirma Christopher Shuman, da Universidadeslot wayMaryland, Condadoslot wayBaltimore (UMBC) e Nasa-Goddard.

"Como tínhamos novos sensores vendo a evolução da fenda com mais frequência, tenho certezaslot wayque foram feitas descobertas úteis que não poderiam ter sido vistas na década anterior. Este é o resultado real dos investimentos que estão sendo feitosslot wayobservação do planeta"

A maioria dos cientistas especialistasslot waygelo considera o A68 o produtoslot wayum processo muito natural. O acúmuloslot wayneve e a chegadaslot waymais gelo das geleiras na terra vai tornando as plataformasslot waygelo cada vez mais pesadas. Mas as plataformas precisam manter o equilíbrio, então acaba acontecendo a 'ejeção' dos icebergs, o que diminui a massa das plataformas.

Portanto o A68 não é mais um resultado das mudanças climáticas geradas pela atividade humana no planeta. No entanto, ele mostrou os processos pelos quais o aquecimento pode destruir estruturasslot waygelo.

Processosslot wayderretimento

Um desses processos é o que os cientistas chamamslot wayhidrofratura: o aquecimento produz muita água derretida na superfície do iceberg, que começa a se infiltrar e preencher fissuras e rachaduras no gelo, aumentando essas aberturas até a base do bloco.

Houve alguns exemplos espetaculares no final da existência do A68, onde a hidrofratura transformou os fragmentos remanescentesslot wayágua quase da noite para o dia.

"Isso nos mostrou como as plataformasslot waygelo podem entrarslot waycolapsoslot wayum mundo mais quente. Acho que o iceberg testou muitos conhecimentos que eram apenas teóricos, e os conhecimentosslot waygrande parte estiveram à altura do desafio", diz Ted Scambos, especialistaslot waygelo da Universidades do Colorado.

Robôs enviados para investigar

O BAS também colocou alguns robôs no oceanoslot wayfevereiro para tentar estudarslot wayperto alguns dos pedaços da fase final do A68.

Um dos robôs desapareceu logoslot wayseguida e o outro ficou preso sob o gelo por duas semanas antesslot wayconseguir se libertar e continuar suas observações.

Este robô será recuperadoslot waymaio para a extração dos dados. Eles devem revelar como os icebergs afetam seus arredores, por exemplo, despejando enormes volumesslot wayágua doce no oceano enquanto derretem.

Como tudo terminou semana passada

O USNIC, nos EUA, é a entidade reconhecida internacionalmente por nomear icebergs e rastrear aqueles que possam representar uma ameaça ao transporte marítimo.

Para entrar na listaslot waypreocupações da USNIC, um iceberg deve ter um comprimentoslot waymaisslot way18,5 km ou uma áreaslot waypelo menos 68,5 km². Nenhum dos fragmentosslot wayA68 tem mais esse tamanho. Portanto, ele saiuslot wayvez do radar.

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