A fugacassinos no brasiluma vítimacassinos no brasilviolência domésticacassinos no brasilcinco objetos:cassinos no brasil

Ilustraçãocassinos no brasilmãoscassinos no brasilmulher fazendo crochêcassinos no brasilcimacassinos no brasilmesa
Legenda da foto, Para Victoria, crochê foi uma 'salvação'

Para cada três mesescassinos no brasilque o lockdown se prolonga, é estimado que mais 15 milhõescassinos no brasilmulherescassinos no brasiltodo o mundo sejam afetadas por violência vindacassinos no brasilseus parceiros.

'Embora ele estivesse sentado lá o tempo todo, eu podia bloqueá-lo um pouco'

Desde que ela consegue se lembrar, o parceirocassinos no brasilVictoria tentou controlar cada um dos passos dela.

Ele telefonava 10, 20, 30 vezes por dia. Um dia, quando o telefone dela estavacassinos no brasilmodo silencioso no andarcassinos no brasilcimacassinos no brasilcasa, ele mandou uma amigacassinos no brasilsua mãe para ver como ela estava.

Antes da pandemia, ela quase conseguiu ir embora - trabalhandocassinos no brasilturnos noturnos cansativos para economizar o dinheiro do depósito para alugar seu próprio apartamento. Mas seus planos foram frustrados quando umcassinos no brasilseus filhos foi hospitalizado.

A essa altura, o parceirocassinos no brasilVictoria havia cortado o contato dela com amigos e familiares.

E agora o casal estava presocassinos no brasilcasa, juntos 24 horas por dia, sete dias por semana. Eles não podiam sair nem para fazer compras ou exercícios, porque o problemacassinos no brasilsaúde da criança obrigava a família a se proteger.

Eles tinham um jardim, mas o parceirocassinos no brasilVictoria se recusava a deixá-los usar o espaço. Ele dizia que era possível pegar coronavírus mesmocassinos no brasilambiente aberto, longecassinos no brasiloutras pessoas.

Victoria então tentou atravessar os longos dias fazendo um curso online. Mesmo assim, ele se sentava ao lado enquanto ela estudava, e checava seu históricocassinos no brasilnavegação na internet depois.

A tensão se tornou tão insuportável que Victoria pensoucassinos no brasilsuicídio. Ela ficava acordada à noite, pensandocassinos no brasilcomo poderia levar antes as crianças para um lugar seguro.

"Eu pensava 'Eu vou ter que me matar, porque não posso viver o resto da minha vida desse jeito e não consigo ver nenhuma saída'."

Mas ela descobriu que aprender a fazer crochê ajudava a relaxá-la, dando a ela outra coisacassinos no brasilque se concentrar.

Muitas pessoas começaram a praticar um hobby na pandemia devido ao tédio. Mas, para Victoria, isso se tornou uma tábuacassinos no brasilsalvação.

Ela começou a passar os dias fazendo coisas para o mundo alémcassinos no brasilsuas quatro paredes - roupas para o bebêcassinos no brasiluma amiga, uma bolsa paracassinos no brasilfilha usar quando elas pudessem voltar a sair.

"Embora ele estivesse sentado lá o tempo todo, ou me seguindo, eu podia me perder nisso e bloqueá-lo um pouco. Foi uma das poucas coisas que me fizeram seguircassinos no brasilfrente."

Ilustraçãocassinos no brasilcelular sobre superfície
Legenda da foto, Parceirocassinos no brasilVictoria telefonava 10, 20, 30 vezes por dia

'Ela estava farta da maneira como ele controlava a todos e como ficávamos com medo o tempo todo'

Mas, quando a dispensa temporária do trabalhocassinos no brasilseu parceiro foi estendida para julho, e depois para setembro, a situação doméstica começou a sair do controle.

Já um beberrão, ele começou a gastar 500 libras (cercacassinos no brasilR$ 3,6 mil) por mêscassinos no brasilálcool. E beber trazia junto uma ameaça constantecassinos no brasilviolência.

Ele deixou um tacocassinos no brasilbaseball ao lado da porta da rua e um bastão no andarcassinos no brasilcima, alémcassinos no brasilfacas por toda a casa. Victoria sabia que ele poderia usá-las - ele já havia dito que cortaria a garganta dela se ela a qualquer momento tentasse ir embora.

Cercacassinos no brasildois terços das mulheres da Inglaterra que convivem com a violência doméstica disseram a uma pesquisa da Women's Aid, publicadacassinos no brasilagosto, que suas dificuldades se tornaram piores durante o primeiro lockdown do Reino Unido no começo deste ano.

Foi uma das filhascassinos no brasilVictoria que finalmente desencadeoucassinos no brasilfuga.

A filha escreveu para um serviçocassinos no brasilajuda psicológica confidencial. E conseguiu então fugir da casa para ficar com um parente.

"Ela estava farta da maneira como ele controlava a todos, e como ficávamos com medo o tempo todo", diz Victoria.

'Minha filha deu um parcassinos no brasilcalçados dela para eu usar'

Ilustraçãocassinos no brasilparcassinos no brasilchinelos
Legenda da foto, Em fugacassinos no brasilmadrugada, filha emprestou parcassinos no brasilchinelos à mãe

Não está claro o que a filhacassinos no brasilVictoria disse ao serviçocassinos no brasilsaúde mental, mas a polícia visitou a casa da família para verificar seu bem estar.

O parceiro dela respondeu entrandocassinos no brasiluma bebedeira, enquanto ela e as crianças se escondiam no andarcassinos no brasilcima da casa.

Então, nas primeiras horas da madrugada, ele entrou no quartocassinos no brasilVictoria e tentou tirar o telefone dela, exigindo saber o que a filha estava falando sobre ele.

Quando Victoria se recusou a entregar o aparelho, ele deu um soco no rosto dela.

Ela gritou paracassinos no brasiloutra filha, que ligou para a polícia, e elas rapidamente acordaram as crianças mais novas e levaram-nas para fora da casa.

Era uma e meia da manhã. Victoria não teve tempocassinos no brasilpegar nenhuma roupa - ela saiucassinos no brasilshorts e regata, e calçando um parcassinos no brasilsapatos nos quais não conseguia andar direito. A filha dela lhe emprestou um parcassinos no brasilchinelos e elas adentraram a madrugada.

'O penhoar da minha mãe foi a única coisa que me assegureicassinos no brasillevar comigo'

Victoria e seus filhos encontraram refúgio com um parente, enquanto a polícia prendia seu parceiro. Na manhã seguinte, ela voltou à casa da família, enquanto ele era mantido sob custódia.

Ela rapidamente juntou alguns pertences - brinquedos para as crianças;cassinos no brasilagulhacassinos no brasiltricô. Ela também pegou seu penhoar, um presente dacassinos no brasilmãe.

Ilustraçãocassinos no brasilvestido pendurado na parede
Legenda da foto, Um presente especial para Victoria, penhoar foi pego às pressas

O parceirocassinos no brasilVictoria não havia permitido a ela vercassinos no brasilmãe por dois anos, antes dela morrercassinos no brasilcâncer. No primeiro aniversáriocassinos no brasilsua morte, ele começou a dizer que estava sofrendo do mesmo tipocassinos no brasilcâncer.

"As atenções não estavam voltadas para ele, e ele sabia que dizer isso me aborreceria", diz ela.

Victoria é grata por ter se lembradocassinos no brasillevar consigo essa lembrançacassinos no brasilsua mãe, já que ela nunca mais retornou à casa. Ela entroucassinos no brasilcontato com a Women's Aid, ecassinos no brasilpoucos dias ela e seus filhos se mudaram para um abrigo.

As primeiras semanas foram difíceis. As crianças reagiam mal a barulhos altos e portas batendo, e Victoria tinha dificuldade para dormir, imaginando que seu parceiro estava atrás da porta.

Mas, eventualmente, eles começaram a se sentircassinos no brasilfato seguros.

"Não ter as ligações e mensagenscassinos no brasiltexto constantes, ou a ameaçacassinos no brasilalguém chutar a porta e arrancar suas cobertas no meio da noite, te faz relaxar - como se você pudesse respirar", ela diz.

'Depois da tempestade, vem o arco-íris'

Ilustraçãocassinos no brasilpapel com arco íris desenhado
Legenda da foto, Victoria recebeu mensagemcassinos no brasiluma pessoa querida lembrando: 'Após a tempestade, vem o arco-íris'

Embora o abrigo ofereça um refúgio do mundo exterior, ele não está imune à pandemia.

Victoria diz que está muito aliviadacassinos no brasilter recebido um lugar ali. Mas os repetidos lockdowns resultamcassinos no brasilque muitas famílias não conseguiram deixá-lo, reduzindo o espaço para outras, mesmo com um aumentocassinos no brasil150% na demanda.

Mensagens para a Linhacassinos no brasilAjuda Nacionalcassinos no brasilAbuso Doméstico do Reino Unido aumentaram 120%cassinos no brasiluma noitecassinos no brasilparticular no início do isolamento social, e ao longo dos últimos meses, a demanda continuou a aumentarcassinos no brasilforma constante, diz a instituiçãocassinos no brasilcaridade Refuge, que opera a linhacassinos no brasilajuda.

Quando alguém no abrigocassinos no brasilVictoria testou positivo para covid-19, as mulheres foram mergulhadas novamente no isolamento, o que para muitas trouxecassinos no brasilvolta memórias traumáticascassinos no brasilestarem presas com seu agressor.

"Foi muito difícil começar o isolamento, porque isso me levoucassinos no brasilvolta para 'lá', para onde não me era permitido fazer isso ou aquilo", diz Victoria.

"Mas depoiscassinos no brasilalguns dias, não era mais tão ruim. Eu pensei: 'Estou cercadacassinos no brasilpessoas que se importam comigo, posso ir ao jardim. Você sabe que estará livrecassinos no brasilalgumas semanas'."

Embora o abrigo tenha dado a Victoria um porto-seguro, ela não pode ter muito contato com o mundo exterior.

Paracassinos no brasilprópria segurança, o abrigo disse a ela que mudasse seu númerocassinos no brasiltelefone e mantivesse seu novo endereçocassinos no brasilsegredo, embora ela pudesse avisar amigos e familiares que estava segura.

Então foi uma surpresa inesperada quando, atravéscassinos no brasilum terceiro, ela recebeu um cartãocassinos no brasiluma velha amiga.

A mensagem na capa: "Após a tempestade, vem o arco-íris".

Victoria está ansiosa para começar uma nova vida comcassinos no brasilfamília,cassinos no brasilvolta à sociedade, e livre do medo. O abrigo permitiu a eles se sentirem normais novamente.

"Eu não sabia o que seriacassinos no brasilnós, mas tudo o que precisávamos estava lá. Foi confortável, agradável. Parece um lar agora."

Muitas pessoas temem que a pandemia signifique que o Natal será diferente esse ano. Mas, para Victoria, essa é a melhor parte.

Ela ensinou algumas das outras mulheres a fazer crochê, e elas estão fazendo decoraçõescassinos no brasilNatal para enviar a suas famílias.

Pode ainda ser novembro, mas ela já comprou todos os seus presentes, e seus filhos já têm árvorescassinos no brasilNatalcassinos no brasilseus quartos.

"O Natal vai ser maravilhoso - poderemos comer o que quisermos, e fazer o que quisermos. Estou muito animada para isso", diz ela.

*Os nomes foram alterados

Violência doméstica: Contatos úteis

No Brasil, o Disque 180 recebe denúnciascassinos no brasilviolência contra a mulher. A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas,cassinos no brasiltodo o país.

Vítimascassinos no brasilabuso doméstico também pode ligar para o Disque 100, que recebe denúnciascassinos no brasilviolaçãocassinos no brasildireitos humanos, ou diretamente para a Polícia Militar, através do 190.

A Casa da Mulher Brasileira presta apoio às vítimascassinos no brasilviolência doméstica.

No Reino Unido, uma sériecassinos no brasilcontatos úteis pode ser acessada aqui.

Nos Estados Unidos, a linha diretacassinos no brasilviolência doméstica é 1-800-799-SAFE (7233).

O projeto BBC 100 Women nomeia 100 mulheres influentes e inspiradoras a cada ano e compartilha suas histórias. Encontre-nos no Facebook, Instagram e Twitter e use a hashtag #BBC100Women

Línea

cassinos no brasil Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube cassinos no brasil ? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimoscassinos no brasilautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticacassinos no brasilusocassinos no brasilcookies e os termoscassinos no brasilprivacidade do Google YouTube antescassinos no brasilconcordar. Para acessar o conteúdo cliquecassinos no brasil"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdocassinos no brasilterceiros pode conter publicidade

Finalcassinos no brasilYouTube post, 1

Pule YouTube post, 2
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimoscassinos no brasilautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticacassinos no brasilusocassinos no brasilcookies e os termoscassinos no brasilprivacidade do Google YouTube antescassinos no brasilconcordar. Para acessar o conteúdo cliquecassinos no brasil"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdocassinos no brasilterceiros pode conter publicidade

Finalcassinos no brasilYouTube post, 2

Pule YouTube post, 3
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimoscassinos no brasilautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticacassinos no brasilusocassinos no brasilcookies e os termoscassinos no brasilprivacidade do Google YouTube antescassinos no brasilconcordar. Para acessar o conteúdo cliquecassinos no brasil"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdocassinos no brasilterceiros pode conter publicidade

Finalcassinos no brasilYouTube post, 3