Vegetarianismo: é natural que os seres humanos incluam carne emaposta ganha aposta grátisdieta?:aposta ganha aposta grátis

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Espécie genuinamente onívora

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A biologia evolutiva nos mostra que os humanos diferemaposta ganha aposta grátisoutros primatas por serem as espécies mais genuinamente onívoras dessa ordemaposta ganha aposta grátismamíferos.
Assim, o Homo sapiens apresenta uma sérieaposta ganha aposta grátisadaptações, tanto anatômicas quanto fisiológicas,aposta ganha aposta grátisdireção a uma dieta mais carnívora que a dos grandes símios, como o chimpanzé, o gorila ou o orangotango, nossos parentes vivos mais próximos.
Da mesma forma, manifestamos outras características derivadas, como o tipoaposta ganha aposta grátisparasitas que abrigamos.
Sem querer ser exaustivo, a principal evidência evolutiva que permite argumentar contra a conveniênciaaposta ganha aposta grátisuma dieta vegana seriam características do nosso aparelho digestivo.
1. Cólon curto e outras razões intestinais
Em primeiro lugar, o coeficienteaposta ganha aposta grátisdiferenciação do trato digestivo (quociente entre a soma da superfície do estômago e do intestino grosso, dividido pela superfície do intestino delgado) assume um valor intermediário para nós (0,8). Isso o coloca entre a dos carnívoros (0,4-0,6) e a do chimpanzé ou orangotango (1,0-1,2), ambos frugívoros. E é a metade do gorila (1,6), com dieta exclusivamente herbívora.

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Na verdade, nosso intestino delgado e o cólon representam 67% e 17% do volume total do trato digestivo, enquanto nos macacos essas proporções variam entre 14-28% e 52-54%. Por termos um cólon mais curto, o trânsito dos alimentos pelo trato digestivo é mais rápido, dificultando a absorçãoaposta ganha aposta grátisalimentos vegetais ricosaposta ganha aposta grátisfibras.
2. Metabolismo e energia
Em segundo lugar, nos mamíferos, o aumento no tamanho corporal é acompanhado por uma diminuição na taxa metabólica basal por unidadeaposta ganha aposta grátismassa, o que permite reduzir a qualidade da dieta. Portanto, os grandes macacos subsistem consumindo 87-99% da matéria vegetal.
Os chimpanzés são a exceção, poisaposta ganha aposta grátisdieta frugívora, mais ricaaposta ganha aposta grátisenergia, permite que desenvolvam uma vida social mais intensa.
Nos ancestrais do nosso gênero (Homo), a evolução nas savanas áridas e sazonais da África subtropical levou à inclusãoaposta ganha aposta grátismais carne emaposta ganha aposta grátisdieta, obtida por meio do consumoaposta ganha aposta grátisanimais sem ter participadoaposta ganha aposta grátissua caça.
Isso é confirmado pelas marcasaposta ganha aposta grátisdescarnamento com lascasaposta ganha aposta grátissílexaposta ganha aposta grátisvários depósitos africanos, que datamaposta ganha aposta grátis2,6-2,3 milhõesaposta ganha aposta grátisanos. Que são semelhantes aos identificados nos ossos fósseisaposta ganha aposta grátisdepósitos da regiãoaposta ganha aposta grátisOrce (Granada, na Espanha), um milhãoaposta ganha aposta grátisanos depois, que mostram a presença humana mais antiga na Europa Ocidental.

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A dieta carnívora, mais ricaaposta ganha aposta grátisenergia (em kJ por dia e kgaposta ganha aposta grátismassa corporal) e mais digerívelaposta ganha aposta grátisrelação ao que se esperaaposta ganha aposta grátisnossa taxa metabólica, também nos abriu a porta para acessar aminoácidos essenciais e outros micronutrientes, como certos ácidos graxos ômega-3 (EPA e DHA), presentes apenasaposta ganha aposta grátistecidos animais.
Outro composto importante é a taurina, um aminoácido muito raro na matéria vegetal, com ação antioxidante e anti-inflamatória. Acontece que a capacidadeaposta ganha aposta grátissintetizá-lo é muito baixaaposta ganha aposta grátishumanos e está ausenteaposta ganha aposta grátisfelinos, hipercarnívoros por excelência.
3. Cérebro grande
Um dos principais motivos pelos quais precisamosaposta ganha aposta grátisuma alimentaçãoaposta ganha aposta grátisalta qualidade está no alto custoaposta ganha aposta grátismanutenção do nosso tecido nervoso, que representa 22% da taxa metabólica basal, contra 8% no chimpanzé.
Como no nosso corpo também existem outros órgãos muito caros para manter, como o coração, os rins ou o fígado, cujas dimensões não podiam ser reduzidas, a expansão do cérebro obrigou a um encurtamento do trato digestivo humano, promovendo a transição para uma dieta mais carnívora.

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Com isso, o grande desenvolvimento cerebralaposta ganha aposta grátisnossa espécie, principalmente durante a fase infantil, foi beneficiado por uma dieta concentrada,aposta ganha aposta grátisfácil digestão eaposta ganha aposta grátismelhor qualidade. Hoje, no primeiro mundo, existem alternativas a essa dieta que não incluem produtosaposta ganha aposta grátisorigem animal, mas essa possibilidade não era acessível aos caçadores-coletores nômades durante o Pleistoceno (97% do tempo desde nossa origem na África há cercaaposta ganha aposta grátis160 mil anos) e continua sem estaraposta ganha aposta grátispaísesaposta ganha aposta grátisdesenvolvimento.
4. A importância do ferro

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Também deve ser levadoaposta ganha aposta grátisconsideração que os enterócitos do sistema digestivo humano absorvem preferencialmente o ferro ligado à hemoglobina e compostos porfirínicos (em produtosaposta ganha aposta grátisorigem animal),aposta ganha aposta grátiscomparação com os íonsaposta ganha aposta grátisferro na matéria vegetal, cuja assimilação é reduzida por 50-70% devido à presençaaposta ganha aposta grátisfitatos e compostos fenólicos, que inibem a absorção.
Em contraste, os animais herbívoros não absorvem o ferro dos compostos ligados à carne e dependem dos íonsaposta ganha aposta grátisferro nas plantas.
Uma dieta vegana não atinge a ingestão mínimaaposta ganha aposta grátis1,5 mgaposta ganha aposta grátisferro/dia e deve ser suplementada. O que, no longo prazo, acaba prejudicando os rins, já que grande parte desse ferro não é absorvido e eles têm que excretá-lo. Portanto, embora seja verdade o que as nossas avós nos diziam que "as lentilhas têm muito ferro", é apenas meia verdade. Porque assimilamos muito melhor o ferro do sangueaposta ganha aposta grátisum bom bife ou umaposta ganha aposta grátisum filéaposta ganha aposta grátisatum.
Uma dieta que aumenta a longevidade

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Essas adaptações à dieta onívora também se refletemaposta ganha aposta grátisnossa expectativaaposta ganha aposta grátisvida.
Os humanos têm uma longevidade potencial 30% maior que a dos grandes macacos.
A seleçãoaposta ganha aposta grátisgenes adaptativos para o consumoaposta ganha aposta grátisgorduras animais, como o alelo ApoE3, teve papel relevante na mudança para uma dieta mais carnívora e uma vida mais longa durante a evolução da raça humana, reduzindo o riscoaposta ganha aposta grátissofreraposta ganha aposta grátisAlzheimer, doenças vasculares e infecções microbianas.
Portanto, não é por acaso queaposta ganha aposta grátistrês quartos das sociedades nômadesaposta ganha aposta grátiscaçadores-coletores, que representam nosso estiloaposta ganha aposta grátisvida tradicional (onde a seleção natural atuou, ao contrário das sociedades modernas), a caça e/ou pesca constituem maisaposta ganha aposta grátis50% da dieta. Enquanto o contrário ocorreaposta ganha aposta grátisapenas 14% deles. Em contraste, nos chimpanzés, a carne representa apenas 3% da dieta.
O menor consumoaposta ganha aposta grátiscarboidratosaposta ganha aposta grátispopulações humanas após adaptação a uma dieta mais carnívora pode levar ao aparecimentoaposta ganha aposta grátisresistência à insulina (diabetes mellitus do tipo 2) como mecanismoaposta ganha aposta grátisacúmuloaposta ganha aposta grátisgordura corporalaposta ganha aposta grátistemposaposta ganha aposta grátisabundânciaaposta ganha aposta grátisrecursos.
A frequência desta doença nas populações humanas modernas varia hoje entre 7 e 14%, emboraaposta ganha aposta grátisprevalência tenha aumentadoaposta ganha aposta grátis3-6%aposta ganha aposta grátis1980, devido ao excessoaposta ganha aposta grátispeso por causa do consumo excessivoaposta ganha aposta grátisácidos graxos saturados, da escassezaposta ganha aposta grátisfibra vegetal, bebidas com açúcares livres e vida sedentária.

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Finalmente, outras evidênciasaposta ganha aposta grátisnossa adaptação precoce à dieta carnívora vêm das tênias, uma famíliaaposta ganha aposta grátiscestoides parasitas que usam carnívoros como hospedeiros definitivos.
Três espécies do gênero Taenia nos utilizam apenas para completar seu ciclo, embora também possam nos infectar como hospedeiros intermediários secundários, resultandoaposta ganha aposta grátiscisticercose.
Em contraste, esses parasitas não infectam macacosaposta ganha aposta grátiscondições naturais. As últimas evidências científicas indicam que a adaptaçãoaposta ganha aposta grátistais cestoides para infectar humanos na fase finalaposta ganha aposta grátisseu ciclo ocorreu na África, logo após o surgimentoaposta ganha aposta grátisnossos ancestrais no continente. Ou seja, eles também comiam carne.

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Com base nesses argumentos, parece que uma dieta exclusivamente vegana não é apenas antinaturalaposta ganha aposta grátisnossa espécie, dado nosso passado evolucionário, mas há fortes razões fisiológicas que desaconselham isso.
Como tal, não deve ser considerada uma alternativa recomendável à dieta mediterrânea mais equilibrada e saudável. A biologia evolutiva é clara nisso.
*Paul Palmqvist Barrena é professoraposta ganha aposta grátisPaleontologia da Universidadeaposta ganha aposta grátisMálaga.
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