Quando é bom ou ruim ajudar os filhos com a liçãobanca de aposta com bonuscasa?:banca de aposta com bonus

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Uma pesquisa recente da fundação educacional britânica Varkey concluiu que pais brasileiros dedicam uma médiabanca de aposta com bonusoito horas por semana ajudando os filhos com as atividades escolares - uma hora a mais do que a média global, entre 29 países que participaram do levantamento.
E 46% dos mil pais brasileiros entrevistados na pesquisa acham que não passam tempo suficiente auxiliando na educação dos filhos.

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Como ajudar - e como não ajudar?
Mais importante do que o tempo, porém, é o modo como os pais participam da vida escolar dos filhos.
A primeira coisa é nunca ceder à tentaçãobanca de aposta com bonusresolver os problemas da tarefa para as crianças, destacam especialistas ouvidos pela BBC Brasil. E lembrar, assim como fez Cristina Dorneles, que a lição é um momentobanca de aposta com bonuspraticar autonomia.
"A tarefa é para o aluno, não para o pai. Ébanca de aposta com bonusse questionar se ele se envolve demais e com muita frequência na tarefa do filho", diz Silviane Bueno, diretora escolar no Balneário Camboriú (SC) e autorabanca de aposta com bonusdissertaçãobanca de aposta com bonusmestrado sobre liçãobanca de aposta com bonuscasa na Universidade Federalbanca de aposta com bonusSanta Catarina.
"É o momentobanca de aposta com bonusque o aluno se depara sozinho com seu conhecimento, e isso não pode exigir sempre a presençabanca de aposta com bonusum adulto."

Dito isso, acrescenta Bueno, os pais têm um papel importante na liçãobanca de aposta com bonuscasa: principalmente para as crianças menores, é ajudar a preparar o ambiente - um local bem iluminado, organizado e silencioso - e a controlar o tempo, "para que o filho não acabe se distraindo e ficando quatro horas fazendo a mesma tarefa".
É o que Cristina tem aprendidobanca de aposta com bonusseu novo modobanca de aposta com bonusacompanhar a vida escolar tantobanca de aposta com bonusMaria Rita quanto do filho mais novo, Davi Henrique,banca de aposta com bonus5 anos.
"Já ensinei que ele é que tem a responsabilidadebanca de aposta com bonusme dizer quando tem liçãobanca de aposta com bonuscasa. E criamos uma rotina: o Davi toma banho ao chegar da escola, janta, descansa um pouco e eu leio para ele a tarefa (o menino estábanca de aposta com bonusprocessobanca de aposta com bonusalfabetização), mas é ele quem faz." Com Maria Rita, Dorneles tem focado seus esforçosbanca de aposta com bonusmostrar à filhabanca de aposta com bonusquais fontes confiáveis ela pode buscar dados para tirar as dúvidas das lições.
Silviane Bueno sugere ainda explicar às crianças a importânciabanca de aposta com bonuslimitar o acesso a eletrônicos - celulares e tablets - durante a lição: "As crianças hoje já funcionam no modo 'multitask' (de fazer múltiplas coisas ao mesmo tempo). É importante que o momento da tarefa seja para elas pensarem, sem interrupçõesbanca de aposta com bonusWhatsApp, e usar os eletrônicos apenas para pesquisa".
E se a criança deixou a tarefa para última hora e não vai conseguir terminar sozinha?
Bueno acha que nem sempre os pais devem intervir nesse momento. "Às vezes, deixar que a criança vá à escola sem a tarefa e enfrente as consequências disso é um momento educativo. A frustração faz parte do processo", diz.
Aproveitar para conversar
Vale lembrar que a liçãobanca de aposta com bonuscasa serve, também, para indicar à escola o que os alunos aprenderam ou não. Mais um motivo para os pais serem cautelosos ao intervir.
"A utilidade da tarefa é a criança entender que ela consegue fazer aquilo sozinha, se estiver dentro dos seus limites. E, se ela não conseguir fazer, o professor precisa saber disso", diz Maria Amabile Mansutti, coordenadora técnica do Cenpec - Centrobanca de aposta com bonusEstudos e Pesquisasbanca de aposta com bonusEducação, Cultura e Ação Comunitária.
Ao mesmo tempo, as especialistas afirmam que as tarefasbanca de aposta com bonuscasa podem ser bons ganchos para conversas entre pais e filhos - seja sobre os temas das lições, que podem render bons debates ou leiturasbanca de aposta com bonusconjunto, seja sobre o cotidiano das crianças na escola.
"A juventude acha que sabe tudo, mas às vezesbanca de aposta com bonusbase teórica é o que leu no Facebook. Então quanto mais os pais conversarem, mais deixarão claros seus valores, que serão basesbanca de aposta com bonusconstruçãobanca de aposta com bonusopinião", prossegue Bueno.
O paranaense Paulo Sérgio Pacheco,banca de aposta com bonus43 anos, aproveitou o interesse do filho Paulo Henrique, 11,banca de aposta com bonusum trabalho escolarbanca de aposta com bonusfilosofia para presenteá-lo com o livro O Mundobanca de aposta com bonusSofia, obra infantojuvenilbanca de aposta com bonusreferência sobre o assunto. Ele e a mulher também ajudaram o menino a fazer uma apresentaçãobanca de aposta com bonusPowerPoint sobre filósofos, e a avó vai costurar para ele uma fantasia, com a qual vai apresentar o projeto na escola.
"A gente curte muito o processobanca de aposta com bonusacompanhar a vida escolar dele", conta. "Eu ajudo mais com as dúvidasbanca de aposta com bonushistória e geografia, por exemplo, e a mãe, com matemática, sempre deixando ele fazer antes para identificar o que entende ou não e permitindo que ele chegue à própria conclusão. Mas é um processo que não tem hora nem lugar - acontece o tempo todo. Estamos sempre conversando sobre os temas que despertam a curiosidade dele."

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Para que serve a lição?
A escola, porbanca de aposta com bonusvez, tem um papel crucial nesse processo: garantir que a tarefabanca de aposta com bonuscasa reforce o conteúdo dadobanca de aposta com bonussalabanca de aposta com bonusaulabanca de aposta com bonusmodo estimulante e construtivo, o que nem sempre acontece.
"É algo sobre o qual ainda há pouca reflexão, tanto que há poucos estudos sobre isso", diz Silviane Bueno. "Mas estamos avançando: antes, a liçãobanca de aposta com bonuscasa era usada só para controle - 'aluno fez, aluno não fez'. Hoje, já é vista como um momento importante da aula, que permite a retomada do conteúdo no dia seguinte. E já existem softwares onlinebanca de aposta com bonusque os alunos completam as tarefas (no computador ou celular) e o professor recebe imediatamente um relatóriobanca de aposta com bonusquais foram as principais dúvidas."
"A tarefa não pode ser para castigar o aluno, mas sim para ajudar no desenvolvimentobanca de aposta com bonuscompetências", agrega Amabile Mansutti, do Cenpec. "Tem que ser relevante, adequada (à faixa etária) e voltada a rever o que foi dadobanca de aposta com bonussalabanca de aposta com bonusaula, mas não só repetindo-o, e sim motivando a criatividade."
Mansutti cita, por exemplo, o modelobanca de aposta com bonus"aula invertida" -banca de aposta com bonusque os alunos pesquisam o tema da aula antes e, depois, ajudam a construir um conhecimento conjuntobanca de aposta com bonussala - como um método cada vez praticado nas etapas do ensino médio e do fundamental II.
De todo modo, a própria liçãobanca de aposta com bonuscasa é alvobanca de aposta com bonusdebates - desde a intensidade com que deve ser aplicada até mesmo se ela deve existir. Há especialistas, escolas e sistemas educacionais no mundo inteiro que rejeitam a prática, com basebanca de aposta com bonusalgumas pesquisas acadêmicas que encontraram pouca evidênciabanca de aposta com bonusque as tarefasbanca de aposta com bonuscasa ajudavam a melhorar o desempenho escolar dos jovens.
Em 2016, a mensagem da mãebanca de aposta com bonusuma aluna da 2ª sériebanca de aposta com bonusuma escola no Texas (EUA) viralizou na internet: ela postou o bilhete que recebeu da professora da filha, explicando que a classe havia abolido a liçãobanca de aposta com bonuscasa e sugerindo aos pais que dedicassem seu tempo com os filhos "fazendo coisas que comprovadamente influenciam com seu sucesso acadêmico, como refeiçõesbanca de aposta com bonusfamília, leiturasbanca de aposta com bonusconjunto, brincadeiras e dormir cedo".

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Na Finlândia, país que é referência globalbanca de aposta com bonuseducação, a liçãobanca de aposta com bonuscasa continua a existir, mas tem um papel muito claro, explica à BBC Brasil Pasi Sahlberg, especialista no sistema educacional finlandês.
"A quantidadebanca de aposta com bonustempo dedicada a tarefas escolares aumenta com a idade do aluno, e estudantes do ensino médio muitas vezes têm uma carga pesadabanca de aposta com bonustrabalho a ser feitobanca de aposta com bonuscasa", diz ele. "(Mas) muitas escolas acreditam que as crianças devem ser capazesbanca de aposta com bonusfazer na própria escola a maior parte da preparação para o próximo diabanca de aposta com bonusaula."
Papel dos pais
Segundo Sahlberg, "é muito importante ensinar crianças a serem responsáveis por suas próprias obrigações escolares. Fazer as tarefas dos filhos seria uma grande violação desse valor educacional. (...) Não é comum que pais ajudem os filhos com a lição - o melhor que podem fazer é ajudar as crianças a assumirem essa responsabilidade e manter comunicação constante com a escola delas."
De volta ao Brasil, Mansutti, do Cenpec, diz que há muitas formasbanca de aposta com bonusparticipar da vida escolar dos jovens, citando estudos que mostram que até mesmo pais com pouca instrução - e, portanto, com dificuldadebanca de aposta com bonusacompanhar a liçãobanca de aposta com bonuscasa - conseguem ser presentes mantendo diálogo constante com os filhos, ensinando-os a se esforçar e cobrando capricho nas tarefas.
Para os pais entrevistados pela BBC Brasil, a tarefabanca de aposta com bonuscasa acaba sendo um momento para se manter a par da vida escolar das crianças - e tentar criar laços ainda mais forte com elas.
"O deverbanca de aposta com bonuscasa acaba sendo um momento para toda a família,banca de aposta com bonusver como meus filhos agem, como eles estão lidando com as frustrações e até mesmo se a escola está conforme os meus anseios", diz Cristina Dorneles. "Também quero que eles não tenham vergonhabanca de aposta com bonusdizer 'não sei',banca de aposta com bonusfalar a verdade ebanca de aposta com bonusreceber críticas. E mostrar que estou aqui para ajudá-los, mas não para resolver o problema para eles, como fiz tantas vezes antes."









