Descoberta brasileira alimenta debate sobre, afinal, quando a Humanidade chegou às Américas?:casa de apostas rodadas grátis

Outra prova da presença humana, segundo ela, são restoscasa de apostas rodadas grátisfogueiras.
'Tripla raridade'
O material encontrado foi datado por três métodos diferentes, envolvendo desde radiocarbono 14 até luminescência ótica.

Segundo Águeda, o sítiocasa de apostas rodadas grátisSanta Elina traz uma tripla raridade : "A primeira é que ocupações humanas pleistocênicas (entre 2,588 milhões e 11,7 mil anos atrás) são raras e por enquanto lá é o único local descoberto no centro do continente sul-americano."
A segunda e a terceira raridades dizem respeito aos adornos encontrados: alguns foram feitos com ossoscasa de apostas rodadas grátispreguiças-gigantes do gênero Glossotherium, já extinto.
"É o primeiro caso no Brasilcasa de apostas rodadas grátisuma perfeita associação do homem com a megafauna extinta", explica ela. "Há a confecçãocasa de apostas rodadas grátisobjetos simbólicos com ossos da megafauna, transformando-oscasa de apostas rodadas grátisadornos."
Discussão desde Colombo
A discussão sobre a datacasa de apostas rodadas grátischegada da Humanidade às Américas remete aos temposcasa de apostas rodadas grátisCristóvão Colombo, quando desembarcou no Caribecasa de apostas rodadas grátis12casa de apostas rodadas grátisoutubrocasa de apostas rodadas grátis1492.
Ele foi recebido pelos tainos, um povo amistoso, que o navegador genovês a serviço da Espanha achou que fossem indianos, pois estava convencido que havia chegado à Índia - e permaneceu com essa convicção até a morte.
O descobridor da América não sabia, mascasa de apostas rodadas grátischegada ao continente marcou, na verdade, o reencontrocasa de apostas rodadas grátisduas linhagens evolutivas do Homo sapiens, que estavam separadas havia pelo menos 50 mil anos: acasa de apostas rodadas grátisprópria, europeia, e a dos primeiros americanos, mongoloides, aparentados com os povos asiáticos.
Desde então, persiste o mistério: como e quando os povos encontrados por Colombo chegaram às Américas?
Teorias não faltam. A mais antiga e resistente é o modelo conhecidocasa de apostas rodadas grátisinglês como Clovis-first (Clóvis-primeiro). Deve seu nome a um sítio arqueológico assim denominado, descobertocasa de apostas rodadas grátis1939, no Novo México, Estados Unidos.

No local, foram encontrados artefatoscasa de apostas rodadas grátispedra lascada, datadoscasa de apostas rodadas grátis11,4 mil anos. Segundo essa teoria, defendida principalmente pela comunidade arqueológica americana, a chegada teria ocorrido há cercacasa de apostas rodadas grátis12 mil anos.
Já o chamado "modelo das três migrações", sugeridocasa de apostas rodadas grátis1983 por Christy Turner, se baseia num amplo levantamentocasa de apostas rodadas grátisdiversidade dentária, que concluiu ter havido três levas migratórias da Sibéria para a América.
A primeira, há 11 mil anos, teria dado origem a todos os índios das Américas Central e do Sul e à maioria dos povos nativos norte-americanos. A segunda teria chegado há 9 mil anos e originou os índios ancestrais dos Apaches e Navajos, sobretudo na costa pacífica do Estados Unidos e Canadá. A última seria bem mais recente, há 4 mil anos, e composta pelos ancestrais dos esquimós e povos aleutas (no Círculo Polar Ártico).
Teorias brasileiras
Cientistas brasileiros também têm suas teorias da ocupação das Américas.
Uma delas foi desenvolvida pelo biólogo e antropólogo Walter Alves Neves e pelo geógrafo Luís Beethoven Piló, ambos da Universidadecasa de apostas rodadas grátisSão Paulo (USP). Eles propõem que os primeiros americanos chegaram ao continentecasa de apostas rodadas grátisduas levas migratórias, a primeira há 14 mil anos e a segunda há 11 mil, vindas da Ásia pelo estreitocasa de apostas rodadas grátisBering.
De acordo com eles, a primeira leva seria composta por uma população com traços semelhante aos dos africanos e aborígines australianos. A segunda eracasa de apostas rodadas grátismongoloides, semelhantes aos asiáticos e índios americanos atuais.

Uma segunda teoria foi proposta por três geneticistas brasileiros e um antropólogo argentino, defendendo que houve apenas uma leva migratória, há 18 mil anos.
Antes disso, os ancestrais dos migrantes haviam ficado "presos" na Beríngia, região que unia o Alasca ao nordeste da Sibéria e que naquela época não estava submersa (era o ápice do último período glacial e o mar estava 120 metros abaixo do nível atual).
"Essa população abrigava desde tipos semelhantes aos africanos até os parecidos com os índios atuais", explica Maria Cátira Bortolini, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, uma integrante do grupo.
Há ainda uma terceira teoria sobre a ocupação da América. Bem mais polêmica, ela foi proposta pela arqueóloga Niéde Guidon, com basecasa de apostas rodadas grátissuas descobertascasa de apostas rodadas grátisvários sítios arqueológicos no sul do Piauí.
Para ela, o homem chegou à região há nada menos que 100 mil anos, vindo diretamente da África, cruzando o Atlântico, numa épocacasa de apostas rodadas grátisque o planeta também estava num período glacial, com o mar 120 metros abaixocasa de apostas rodadas grátisseu nível atual.
"Com o isso, o númerocasa de apostas rodadas grátisilhas entre a costa euro-africana e a costa sul-americana era bem maior", diz. "Além disso, as correntes marítimas favoreciam a passagem para leste, para o Caribe e para o litoral norte do Brasil."
Controvérsia
É nesse contexto que a descoberta do casal Vialou aumenta a controvérsia.
Alguns pesquisadores brasileiros a veem com cautela e outros, como a confirmaçãocasa de apostas rodadas grátisque os humanos chegaram ao continente muito antes do que propõem algumas teorias.
"Os autores são arqueólogos com excelente formação, portanto suas publicações devem ser levadascasa de apostas rodadas grátisconsideração", diz Guidon. "Todas as descobertas são importantes na arqueologia, pois os vestígios estão geralmente sob a terra e podem desaparecer com o passar dos anos."
O geneticista Fabrício Santos, da Universidade Federalcasa de apostas rodadas grátisMinas Gerais (UFMG), outro membro do grupo que propôs a teoriacasa de apostas rodadas grátisuma leva sócasa de apostas rodadas grátismigrantes, é mais cauteloso.
"É mais um sítio com datas antigas", afirma. "Parece que é bem datado, mas não tem ossos humanos, só dois utensílios furados. Abre perspectivacasa de apostas rodadas grátisque pode ser mais antiga a ocupação da América do Sul, mas faltam mais evidências com vários restos humanos e também ossos."
No que todos concordam é que o modelo Clóvis-primeiro está ultrapassado, por causacasa de apostas rodadas grátisuma sériecasa de apostas rodadas grátisdescobertas nas últimas décadas.
"A ideiacasa de apostas rodadas grátisque a cultura Clóvis teria sido a primeira a surgir na América foi definitivamente descartada devido à antiguidade incontestável do sítio Monte Verde, no Chile,casa de apostas rodadas grátis12,5 mil anos atrás, diz o pesquisador Francisco Mauro Salzano, do Departamentocasa de apostas rodadas grátisGenética do Institutocasa de apostas rodadas grátisBiociências, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS).
"Além disso, uma sériecasa de apostas rodadas grátisoutras datações na América do Sul e do Norte serviramcasa de apostas rodadas grátisreforço ao abandono dessa teoria, inclusive uma pontacasa de apostas rodadas grátisflecha encontrada enterrada na costelacasa de apostas rodadas grátisum mastodonte, no sítio Manis, Washington, EUA, datadacasa de apostas rodadas grátis13,8 mil anos atrás."








