Quando ocorrerá uma nova reversão dos polos magnéticos da Terra e como seremos afetados?:pixbet grátis palpites

Interior da Terra

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Legenda da foto, 'Nosso campo magnético cria uma bolha protetora dentro da qual todos nós podemos viver', explica cientista

A "bolha protetora", no entanto, está sujeita a instabilidades e muda constantemente. Ao longopixbet grátis palpitessua história, o planeta Terra vivenciou centenaspixbet grátis palpitesepisódios conhecidos como "reversões magnéticas", nos quais a bolha perde força e os polos magnéticos norte e sul trocampixbet grátis palpiteslugar.

"Quando o núcleo da Terra está estável, sem grandes mudanças, a polaridade norte e sul se mantém. Mas,pixbet grátis palpitesrepente, acontece alguma coisa, uma 'tempestade' no núcleo da Terra, que afeta esse equilíbrio", diz Livermore.

Segundo ele, as tempestades são como redemoinhospixbet grátis palpiteslíquido - tal qual as tempestades que ocorrem na atmosfera - associados a mudanças no campo magnético local.

"Basicamente, elas afetam o equilíbrio, assim como tempestades na atmosfera."

"Isso faz com que uma áreapixbet grátis palpitespolaridade reversa cresça. Se essa área cresce o suficiente, (a polaridade de) todo o núcleo será revertida", afirma o especialista.

Também podem ocorrer reversões temporárias e incompletas, nas quais os polos magnéticos se distanciam dos polos geográficos. Às vezes, chegam a cruzar o Equador - e depois voltam para suas posições originais, conta Livermore.

Campos magnéticos

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Legenda da foto, Correntes elétricas geram um campo magnético que envolve o planeta e protege a Terra contra a radiação espacial

Quando será?

Para os especialistas, a questão é saber quando acontecerá a próxima reversão e como isso afetará a população.

Livermore e seus colegas calculam que uma nova reversão magnética é iminente. E baseiam suas suposiçõespixbet grátis palpitesalgumas pistas.

Estudos indicam que o campo magnético da Terra vem encolhendo 5% a cada século. Durante uma reversão magnética, o campo protetor da Terra fica bastante reduzido, podendo chegar a apenas 10%pixbet grátis palpitessua força.

Além disso, vestígios deixados por reversões magnéticaspixbet grátis palpitesrochas muito antigas mostram que as reversões acontecem algumas vezes a cada 1 milhãopixbet grátis palpitesanos.

A última reversão completa, a Brunhes-Matuyama, ocorreu há 780 mil anos. Uma reversão temporária, o evento Laschamp, aconteceu há 41 mil anos.

Com base nesses fatores, os cientistas concluíram que "está na hora"pixbet grátis palpitesacontecer mais uma reversão.

Mas não há motivo para pânico.

"O que sabemos é que a reversão não vai acontecer amanhã", diz Livermore.

"Só temos os vestígios deixados nas rochas como pista, mas, com base neles, calculamos que levou mil anos para (ocorrer a) a última reversão completa. Então, mesmo se ela começasse hoje, ainda levaria um bom tempo."

Bússola

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Legenda da foto, A boa notícia, segundo especialistas, é que a vida na Terra sobreviveu a centenaspixbet grátis palpitesreversões magnéticas ao longo da história do planeta

Por que então dizer que a próxima reversão é iminente? Mil anos,pixbet grátis palpitesescala humana, é muito tempo. Mas na escala da Terra, não significa nada, acrescenta o geofísico.

Sobrevivência humana

A boa notícia, segundo o especialista, é que a vida na Terra sobreviveu a centenaspixbet grátis palpitesreversões magnéticas ao longo da história do planeta.

"Humanos sobreviveram ao evento Laschamp (que não foi uma reversão completa) há 41 mil anos. Ele durou mil anos e a mudança na polaridade durou cercapixbet grátis palpites250 anos", afirma.

Sem eletricidade e sem GPS

Em artigo publicado no site The Conversation, Livermore diz, no entanto, que não é possível saber ao certo o real impactopixbet grátis palpitesuma reversão completa sobre a espécie humana, já que o homem moderno não existia durante a última reversão magnética completa, há quase 800 mil anos.

Mas os cientistas fazem algumas previsões.

As alterações no campo magnético da Terra durante uma reversão enfraquecerão seu efeitopixbet grátis palpitesescudo, levando a um aumento nos níveispixbet grátis palpitesradiação na superfície da Terra.

Se isso acontecesse hoje, a radiação poderia afetar a frotapixbet grátis palpitessatélitespixbet grátis palpitescomunicações, aviões e a rede elétrica.

Sem satélites, sistemas bancários, meteorologia, comunicações, operações militares, tecnologias à basepixbet grátis palpitesGPS, tudo isso deixariapixbet grátis palpitesfuncionar.

Com a rede elétrica comprometida, sistemaspixbet grátis palpitesaquecimento, aparelhospixbet grátis palpitesar-condicionado, transportes, hospitais e indústrias também seriam afetados.

Animais que, supostamente, usam o campo magnético da Terra para orientação - como baleias e algumas espéciespixbet grátis palpitespássaros - também seriam atingidos, sugerem alguns especialistas.

Satélite

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Legenda da foto, Radiação decorrentepixbet grátis palpitesmudanças no campo magnético poderia afetar a frotapixbet grátis palpitessatélitespixbet grátis palpitescomunicações, aviões e a rede elétrica

Além disso, sem o escudo protetor, ficaríamos muito mais vulneráveis às chamadas explosões solares (chamadaspixbet grátis palpitesinglêspixbet grátis palpites"tempestades solares") que bombardeiam a Terra com energia vinda do Sol.

Em 2003, uma tempestade magnética batizadapixbet grátis palpitesHalloween Storm provocou apagões na Suécia e obrigou companhias aéreas a alterarem rotaspixbet grátis palpitesaeronaves para evitar os riscos causados pela radiação e problemaspixbet grátis palpitescomunicação. Satélites e sistemaspixbet grátis palpitescomunicação também foram afetados.

Previsão do tempo no núcleo da Terra

Os riscos associados às explosões solares preocupam os cientistas,pixbet grátis palpitesparticular, aqueles que estudam o sol e tentam descobrir formaspixbet grátis palpites"prever o tempo" solar.

Enquanto isso, geofísicos como Phil Livermore se dedicam a tentar entender o que acontece - e fazer a previsão do tempo - no interior do planeta Terra.

No total, 3 mil quilômetrospixbet grátis palpitesrocha nos separam do núcleo da Terra. No entanto, são as leis da física que regem o movimento do ferro líquido no núcleo do planeta.

Segundo Livermore, com base nessas leis, deveríamos ser capazespixbet grátis palpitesmonitorar esse movimento e prever o tempo lá embaixo - da mesma forma que fazemos a previsão do tempo real ao observarmos a atmosfera e o oceano.

Com base nessas observações, deveríamos então, a princípio, ser capazespixbet grátis palpitesassociar reversões no campo magnético do planeta a um tipo particularpixbet grátis palpitestempestade no núcleo da Terra.

O pesquisador epixbet grátis palpitesequipe ainda estão longepixbet grátis palpitesalcançar a meta, mas acreditam ter identificado uma "corrente marítima" no interior do planeta.

"Sabemos que o ferro líquido se move e que o movimento provoca mudanças no campo magnético. Ultimamente, tem havido muitas alterações no campo magnético perto do Polo Norte."

"Acreditamos que possam estar vinculadas a uma corrente", completa.

Essas correntes seriam como riachospixbet grátis palpitesferro líquido correndo dentro da massapixbet grátis palpitesferro incandescente.

"Sabemos que o núcleo da Terra estápixbet grátis palpitesconstante movimento, mas nunca havíamos visto mudanças tão rápidas no campo magnético."

Mas como os especialistas concluíram isso? Para responder, Livermore recorre a uma metáfora:

"Imagine que há folhas flutuando na superfíciepixbet grátis palpitesum rio. Quando as folhas se movem, sabemos que o que está se movendo, na verdade, é a água."

O rio, explicou o especialista, é o núcleo da Terra. E as folhas são partes do campo magnético.

"Não podemos ver o núcleo da Terra, mas se observamos algo que se move na superfície, podemos ver como o núcleo está se movendo."

"A ideiapixbet grátis palpitesum dia sermos capazespixbet grátis palpitesprever o tempo no núcleo da Terra já não parece tão inatingível", conclui.