Ódio a judeus e interferência russa colocamcasas de apostas profissionaisxeque o negócio bilionário do Facebook:casas de apostas profissionais

Mark Zuckerberg, criador do Facebook
Legenda da foto, Mark Zuckerberg veio a público reconhecer as falhas do Facebook e prometer mudanças / Foto: Facebook/BBC

Uma conduta indevida, você pode dizer - mas não dá para demitir um algorítimo. Além disso, ele estava apenas cumprindo ordens. "Os algorítimos estão fazendo exatamente o que foram criados para fazer", diz Siva Vaidhyanathan, professorcasas de apostas profissionaisEstudoscasas de apostas profissionaisMídia da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos.

É isso que torna essa crise tão difícilcasas de apostas profissionaisresolver - uma crise que atinge diretamente o núcleo do negócio da maior rede social do mundo.

Inerentemente falho

O Facebook não construiu seu enorme serviçocasas de apostas profissionaispublicidade obtendo contratos com grandes empresas. Seu sucesso está nos negócios menores: o florista que deseja entrarcasas de apostas profissionaiscontato com os adolescentes que estão organizado a festacasas de apostas profissionaisformatura, ou o encanador que acaboucasas de apostas profissionaisse mudar para uma nova área e precisa anunciar seu trabalho.

Seu incrível lucrocasas de apostas profissionaisUS$ 3,9 bilhões (R$ 12,2 bilhões) entre abril e junho deste ano são por causacasas de apostas profissionaisum processo automatizado. Ele identifica o que o usuário quer, encontra anunciantes que desejam atender esse interesse, coloca os doiscasas de apostas profissionaiscontato e levacasas de apostas profissionaisparte por isso. Nenhum humano é necessário no processo.

Mas, infelizmente, a faltacasas de apostas profissionaissupervisão deixou a companhia vulnerável ao tipocasas de apostas profissionaisabuso que a investigação da ProPublica mostrou sobre os anúncios antissemitas. A agênciacasas de apostas profissionaisnotícias mostrou que anunciantes podiam escolher falar com 2,3 mil pessoas que expressavam interessecasas de apostas profissionaistópicos como "ódio aos judeus", "como queimar judeus" ou "históriacasas de apostas profissionais'por que os judeus arruínam o mundo'".

Mark Zuckerberg, presidente do Facebook
Legenda da foto, Mark Zuckerberg criou um sistemacasas de apostas profissionaispropaganda que o tranformoucasas de apostas profissionaisum bilionário / Foto: Getty

"O algorítimo do Facebook criou as categorias antisemitas. É um sinalcasas de apostas profissionaisquão absurdo um sistema sem a participaçãocasas de apostas profissionaishumanos pode ser, e como isso pode ser perigoso", diz Vaidhyanathan, que é autorcasas de apostas profissionais"Anti-Social Network" ("Anti-Rede Social"), um livro sobre o Facebook previsto para ser publicado até o fim deste ano.

Esse sistema vai se tornar um pouco menos automatizado no futuro, explicou Zuckerbergcasas de apostas profissionaisum comunicadocasas de apostas profissionaisnove minutos. Visivelmente desconfortável, ele veio a público dizer quecasas de apostas profissionaisempresa incluirá humanos no processo para prevenir abusos políticos da plataforma e identificará claramente campanhas políticas e seus financiadores.

No dia anterior, o diretorcasas de apostas profissionaisoperações do Facebook já havia declarado que mais pessoas estariam dedicadas a resolver a questão antissemita. "Mas o Facebook não é capazcasas de apostas profissionaiscontratar pessoas suficiente para vender anúncios para outras pessoascasas de apostas profissionaisuma escala assim", argumenta Vaidhyanathan. "É a própria ideia do Facebook que é o problema."

'Ideia maluca'

Mark Zuckerberg estácasas de apostas profissionaiságuas nunca antes navegadas. Como o "líder" (como ele diz às vezes) da maior comunidade já criada, ele não tem a quem pedir conselhos ou onde buscar precedentes;.

Isso ficou evidentecasas de apostas profissionais10casas de apostas profissionaisnovembro, o dia após que Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos. Quando questionado se as notícias falsas tinham afetado a votação, Zuckerberg rapidamente negou a hipótese e a considerou uma "ideia maluca".

Essa frase acabou se provando a maior trapalhada dele como presidente do Facebook.

Donald Trump, presidente dos EUA
Legenda da foto, Desde a vitóriacasas de apostas profissionaisTrump, a influência do Facebook na eleição tem sido debatida / Foto: Getty

Sua inocência sobre o podercasas de apostas profissionaissua empresa gerou uma grande reação negativa - interna e externamente - e uma investigação sobre o impacto das notícias falsas e outros abusos digitais foi criada.

Na quinta-feira, o executivocasas de apostas profissionais33 anos se encontrava ele próprio admitindo não apenas um abuso com efeitos sobre a eleição, sem ter feito muita coisa para impedir que isso ocorresse.

"Gostariacasas de apostas profissionaisdizer a vocês que vamos acabar com todo tipocasas de apostas profissionaisinterferência, mas isso não é realista. Sempre haverá pessoas ruins no mundo, e não podemos nos precavercasas de apostas profissionaistodas as interferênciascasas de apostas profissionaistodos os governos do mundo", disse.

Uma reviravolta nacasas de apostas profissionaisposiçãocasas de apostas profissionaisdez meses. "Parece que ele está basicamente admitindo que não tem controle sobre o sistema que construiu", afirma Vaidhyanathan.

Lobos na porta

Essa não é a primeira vez que a confiança depositada pelo Facebook nas máquinas o deixoucasas de apostas profissionaismaus lençóis - e seria injusto dizer que esse problema só da empresacasas de apostas profissionaisZuckerberg.

Na última semana, por exemplo, uma investigação da emissora Channel Four revelou que o algorítimo da Amazon era capazcasas de apostas profissionaissugerir os componentes para fazer uma bomba caseira com base no que outros consumidores haviam comprado.

Exemplos assim e casos como a propagaçãocasas de apostas profissionaisvídeoscasas de apostas profissionaisconteúdo extremista no YouTube - algo que o Google promoteu combater - motram que a tensão política está fazendo os algorítimos fugiremcasas de apostas profissionaiscontrole.

Ao menos dois senadores americanos estão anunciando seu apoio a uma nova lei que forçaria redes sociais com maiscasas de apostas profissionais1 milhãocasas de apostas profissionaismembros a seguir um códigocasas de apostas profissionaisconduta sobre publicidade.

O discursocasas de apostas profissionaisZuckerberg na quinta-feira ecasas de apostas profissionaispromessacasas de apostas profissionaisfazer melhor são vistos como uma formacasas de apostas profissionaismanter os lobos da regulamentação na porta. Ele e todos os outros presidentescasas de apostas profissionaisempresascasas de apostas profissionaistecnologia preferem lidar com o problema do seu próprio jeito.

Mas eles podem não ter esse luxo, alerta Vaidhyanathan: "Todos esses problemas são resultado do fatocasas de apostas profissionaisZuckerberg ter criado e lucrado com um sistema que cresceu a pontocasas de apostas profissionaisenglobar o mundo e colher informaçãocasas de apostas profissionaismaiscasas de apostas profissionais2 bilhõescasas de apostas profissionaispessoas."