2017 marcará o início da era dos robôs?:freebet 9club

Robôs humanóides Wakamaru, produzidos pela Mitsubishi

Crédito, YOSHIKAZU TSUNO/AFP/Getty Images

Legenda da foto, Tecnologia está cada vez mais integrada aos ambientesfreebet 9clubtrabalho

Mas o processo está caminhando cada vez mais rápido, acelerando o tempo todo. E a próxima onda pode arrebentar logo - e pertofreebet 9clubvocê.

Temos hoje uma grande diversidadefreebet 9clubnovas tecnologias aplicadas à robótica avançada e à criaçãofreebet 9clubcomputadores mais rápidos, melhores e mais brilhantes.

Ainda não se trata da chamada "inteligência geral", que vai conseguir atingir objetivos complexosfreebet 9clubambientes tão complexos quanto com poucos recursos computacionais e que pode levar ao enigma ético (e até agora fictício) sobre a consciência das máquinas.

Mas equipamentos cada vez mais elaboradas estão realizando mais e mais trabalhos que antes exigiam o cérebro humano e substituindo também a força física.

Impressoras 3D eliminaram vagasfreebet 9clubemprego na manufatura. Carros sem motoristas estão bem próximosfreebet 9clubvirar realidade, assim como os caminhões que não exigirão ninguém atrás do volante - o que não deixafreebet 9clubser um pouco assustador se pensarmos que o motoristafreebet 9clubcaminhão é um dos trabalhos mais comunsfreebet 9clubmuitas partes do mundo, por exemplo.

Uma pesquisa recente da Universidadefreebet 9clubOxford, no Reino Unido, sugere que cercafreebet 9clubmetade dos postosfreebet 9clubtrabalho existentes hoje nos EUA serão automatizados até 2033.

Datilógrafos e escriturários já foram extintos há algum tempo. Os próximos podem ser pessoas com boa formação que trabalhamfreebet 9clubMarketing, Medicina, Direito e, sim, até no Jornalismo.

E lembrem-se dos bancários. Em um artigo recente publicado pela agência Bloomberg, o presidente do banco State Street,freebet 9clubBoston, Michael Rogers, afirmou que atualmente emprega cercafreebet 9club30 mil pessoas, mas acredita que até 2020 umafreebet 9clubcada cinco delas será substituída por um algorítmo.

Carros automatizados sem motoristas

Crédito, JUSTIN SULLIVAN/GETTY IMAGES

Legenda da foto, Os carros sem motoristas são uma apostafreebet 9clubvárias empresasfreebet 9clubtecnologia

O escolhidofreebet 9clubDonald Trump para assumir o Ministério do Trabalho, Andrew Puzder, presidentefreebet 9clubuma empresa que controla redesfreebet 9clublanchonetes nos EUA, está felizfreebet 9clubter menos funcionários e é adepto dos serviços automatizadosfreebet 9clubatendimento ao consumidor.

"Eles são educados, sempre fazem vendas melhores, nunca tiram férias, chegam atrasados ou ficam doentes e nunca cometem discriminação por idade, sexo ou raça."

Se você acha que já leu essas previsões todas antes, está certo. Especialistas vêm falando há alguns anos sobre a quarta ou quinta revolução industrial, a terceira onda da globalização e a tecnologia disruptiva.

Mas então por que desta vez é diferente? Por conta do contexto político - a questão é essa.

A política

O que deve significar esse novo impulso econômico, chegando aos bastidores da revolta do Cinturão da Ferrugem, região industrial americana que impulsionou a vitóriafreebet 9clubTrump e um polo dos esquecidos?

Você deve ter percebido que 2016 foi um ano e tanto nos Estados Unidos. E tudo leva a crer que o clima deve continuar intensofreebet 9club2017 na Europa, com as eleições na Alemanha, França, Holanda e, provavelmente, Itália.

Joe Biden

Crédito, MARK WILSON/GETTY IMAGES

Legenda da foto, Joe Biden diz que a classe política não tem respostas para a automatização do trabalho

Muitos veem isso como nada menos que um aumento dos desprivilegiados. Se há temas recorrentes, alguns deles são sobre nacionalismo e identidade. Mas também os deslocamentos econômicos e o crescente sentimentofreebet 9clubdesigualdade.

O professor Richard Baldwin, economista do renomado Instituto Graduate,freebet 9clubGenebra, afirma que isso deve piorar.

Segundo as previsões dele, "alguns quartosfreebet 9clubhotéisfreebet 9clubLondres poderão ser limpos por pessoas conduzindo robôs diretamente do Quênia oufreebet 9clubBuenos Aires efreebet 9cluboutros lugares por menosfreebet 9clubum décimo do preço praticado na Europa".

E ele tem uma visão simples sobre a reação política das pessoas a este cenário: "Elas vão ficar com raiva".

Alguns políticos reconheceram que 2016 marcou o início dessa raiva. O problema é que, entre paredes e barreiras comerciais, eles têm poucas opções para lidar com o aumento da desigualdade. E o mesmo acontece entre pensadores e legisladores.

O ex-consultorfreebet 9clubeconomia do vice-presidente dos Estados Unidos Joe Biden escreveu recentemente: "Para sermos honestos, precisamos admitir que nenhum dos lados - democratas ou republicanos - tem um plano robusto e convincente para recuperar os postosfreebet 9clubtrabalhofreebet 9clubcomunidades que perderam muito da base manufatureira".

E admite: "Eu mesmo estudei esse problema durante vários anos e não cheguei nem pertofreebet 9clubuma resposta".

A economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, defende o usofreebet 9clubpolíticas para impulsionar as pessoas a novas vagasfreebet 9clubemprego. Mas, para isso, as vagas precisam existir. E nada garante que elas existirão.

Soluções exóticas

Há décadas se fala sobre a importância das habilidades e da formação - e não parece que a indústria britânica seja tão bem sucedida ou dinâmica nesses quesitos. Ao contrário: está aquém das mais básicas e óbvias habilidades, dos pedreiros à tecnologia da informação.

Vamos considerar um cenário: o Reino Unido está com déficitfreebet 9clubclínicos gerais, e muitos médicosfreebet 9clubhospitais são estrangeiros. Apesar disso, há uma grande competição para se tornar médico - somente os alunos mais brilhantes e aplicados, com as melhores notas, têm alguma chance. A conta não fecha.

Mas talvez seja horafreebet 9clubser otimista. Algumas soluções são bastante exóticas: uma das que mais me chamou atenção é o movimento conhecido como FALC (Fully Automated Luxury or Leisure Communism ou "comunismofreebet 9clubluxo e lazer totalmente automatizado").

Robô médico

Crédito, SPENCER PLATT/GETTY IMAGES

Legenda da foto, Os robôs também têm sido usados na Medicina

O argumento básico dos apoiadores desse movimento é que tudo o que precisamos logo vai ser tão barato que nós poderemos ter muito - isso, claro, se os atuais proprietários não ficarem com o lucro só para eles.

Alguns pensadores da esquerda são muito mais pessimistas e alertam que essas tendências podem terminar com uma guerra entre os pobres - o extermínio dos trabalhadores, literalmente.

"Robô" - termo usado pela primeira vez por um autorfreebet 9clubficção científica - é apenas a palavra tcheca para "servo". Com a lógica do FALC, todos nós seríamos donos do fruto do trabalho dos robôs, como proprietáriosfreebet 9clubescravos sem culpa. Algo como "o dinheiro é pobreza". As sociedades pós-escassez não precisam disso.

Mas tudo isso dependefreebet 9clubquem serão os proprietários dos robôs. Isso também poderia significar uma revolução na forma como nós encaramos o trabalho.

Uma versão menos radicalfreebet 9clubtudo isso poderia ser o salário dos cidadãos, uma renda básica universal. Isso significa que todos receberiam essa quantia mínima, estejam trabalhando ou não.

Em uma entrevista recente à revista Wired, o presidente Barack Obama já disse que a discussão sobre a renda universal básica é inevitável nos próximos anos.

Mas isso vai na contramão do espírito da época. A raiva dos eleitores com as circunstâncias econômicas está frequentemente atrelada com a reclamaçãofreebet 9clubque a elite está paparicando aqueles que não fazem por merecer, sejam os beneficiários domésticos ou os trabalhadores imigrantes.

Claramente um projeto para aumentar drasticamente os benefícios sociais a todos e sem distinção - dos bilionários fúteis aos trabalhadores da base da pirâmide - pode não conquistar tanto apelo político da população.

E também não há nenhuma certezafreebet 9clubque uma vida mais "básica" seria mais satisfatória, enobrecedora ou menos dividida e desigual que a vida com benefícios do governo como o seguro-desemprego.

Parece que não há soluções fáceis ou óbvias nem para a revolta do Cinturãofreebet 9clubFerrugem nem para a ascensão dos robôs.

Mas uma boa resoluçãofreebet 9clubAno Novo pode ser uma promessafreebet 9clubprocurar por soluções, sejam elas cinzentas, otimistas, pessimistas, estranhas, manjadas ou otimistas.

Demorou tempo demais para que os políticos acordassem para o fatofreebet 9clubque o fim da velha era industrial teria consequências graves para todos. Melhor que não leve o mesmo tempo para pensarfreebet 9clubum futuro que está ali, dobrando a esquina.