Eleições 2022: a matemática dos votos para a vitóriamelhores odds casas de apostasLula ou Bolsonaro:melhores odds casas de apostas

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Isso significa que Lula ficou a 1.855.395 votosmelhores odds casas de apostasvencer no primeiro turno (1,57% dos votos válidos mais um), enquanto Bolsonaro precisariamelhores odds casas de apostas8.042.233 (6,8% mais um).
Agora, eles se enfrentammelhores odds casas de apostasum segundo turno. Mas quantos votos são necessários para vencer exatamente?
Pode parecer a princípio uma conta simples, porque afinal bastaria ter mais da metade dos votos válidos, e sabemos quantos votos cada um recebeu na primeira votação.
Mas ela se complica porque não há garantiasmelhores odds casas de apostasque eles conseguirão manter todos os seus votos e há fatores que não se mantêm estáveismelhores odds casas de apostasum turno para o outro.
Um deles é a abstenção. O númeromelhores odds casas de apostaseleitores que não vão votar é determinante, porque altera a quantidademelhores odds casas de apostasvotos que estãomelhores odds casas de apostasdisputa.
Também é preciso levarmelhores odds casas de apostasconsideração os votos brancos e nulos, que influenciam diretamente o patamarmelhores odds casas de apostasvotos válidos necessários para a vitória.
Outra incógnita é para quem irão os eleitores dos candidatos que ficaram pelo caminho, especialmentemelhores odds casas de apostasSimone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT), que tiveram uma votação mais expressiva no primeiro turno.
Por isso, Lula e Bolsonaro vêm costurando apoios para expandir seu eleitorado, enquanto tentam roubar votos um do outro. Mas os desertores das campanhas petista e bolsonarista terão algum efeito sobre o resultado?
Para entender como todas essas variáveis podem influenciar o resultadomelhores odds casas de apostas30melhores odds casas de apostasoutubro, a BBC News Brasil levantou dados das cinco últimas eleições presidenciais,melhores odds casas de apostas2002 a 2018 e os comparou com este primeiro turno.
Também foram ouvidos cientistas políticos para compreender quais fatores são mais importantes e as chancesmelhores odds casas de apostasLula obter um terceiro mandato oumelhores odds casas de apostasBolsonaro conseguir uma virada até hoje inéditamelhores odds casas de apostaseleições presidenciais.
Abstenção maior favorece Bolsonaro (mas há um porém)

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O percentual dos que não votaram no primeiro turnomelhores odds casas de apostas2022,melhores odds casas de apostas20,95%, ou 32,77 milhõesmelhores odds casas de apostaseleitores, foi o mais alto nesta rodadamelhores odds casas de apostasvotação nas eleições presidenciais desde 2002.
Em tese, reduzir essa abstenção ao convencer esses eleitores a irem agora às urnas poderia ajudar Lula e Bolsonaro a conquistar os votos necessários para ganhar.
Mas o problema é que acontece justamente o contrário. Historicamente, o númeromelhores odds casas de apostaseleitores que não votam aumenta no segundo turno.
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No período analisado, entre 2002 e 2018, a abstenção no segundo turno cresceu no mínimo 0,97 ponto porcentual,melhores odds casas de apostas2018, e no máximo 3,35 pontos,melhores odds casas de apostas2010.
Cientistas políticos explicam que isso acontece porque a maior parte dos que não votam no primeiro turno costumam fazer o mesmo no segundo, e outra parte dos eleitores acaba se desmotivando, porque o candidato que escolheram não passou para o segundo turno.
Ou ainda porque as eleições locais foram totalmente resolvidas na primeira votação, o que gera menos mobilização para levá-los a votar.
"Em Estados onde há segundo turno para governador, o comparecimento tende a ser 2,5 pontos percentuais maior do que nos Estados onde não há", diz o cientista político Fernando Meireles, pesquisador do Centromelhores odds casas de apostasAnálise e Planejamento (Cebrap).
Neste aspecto, parece haver um equilíbrio entre os dois candidatos. Nos 15 Estados onde a eleição para o governo local foi decidida no primeiro turno (e a abstenção tende a ser maior), Lula ganhoumelhores odds casas de apostasoito e Bolsonaro,melhores odds casas de apostassete. Nos outros 12 que terão uma nova votação (e mais eleitores devem votar), cada um chegou à frentemelhores odds casas de apostasseis.
George Avelino, coordenador do Centromelhores odds casas de apostasPolítica e Economia do Setor Público da Fundação Getúlio Vargas (Cepesp-FGV) avalia que a abstenção deve aumentar entre os dois turnos, como nas eleições mais recentes.
"A abstenção aumentou nesta eleição, mas não foi tanto assim. Na verdade, podemos dizer que se estabilizoumelhores odds casas de apostasrelação ao ritmomelhores odds casas de apostascrescimento que vinha sendo registrado antes. Mas é difícil imaginar que não vá aumentar agoramelhores odds casas de apostasnovo", afirma o cientista político.
Uma maior abstenção pode favorecer Bolsonaro, porque estudos apontam que ela é maior entre os eleitoresmelhores odds casas de apostasmenor escolaridade e renda, que têm mais dificuldades para ir votar — e é entre essa parte da população que Lula obtém os maiores índicesmelhores odds casas de apostasapoio.
Uma pesquisa da consultoria Quaest divulgadamelhores odds casas de apostas13melhores odds casas de apostasoutubro apontou nessa direção ao indicar que, entre os que não devem votar, 45% são eleitoresmelhores odds casas de apostasLula e 27% optariam por Bolsonaro.
"Um eleitorado mais ideológico, como é o caso dos apoiadoresmelhores odds casas de apostasBolsonaro, tende a comparecer mais", explica Meireles.
Mas há dois fatores que vão na contramão das pretensões do presidente. Primeiro, é comum entre eleitoresmelhores odds casas de apostasmaior renda, entre os quais Bolsonaro se sai melhor nas pesquisas, aproveitar a eleição para viajar.
"Especialmente quem trabalha nos finaismelhores odds casas de apostassemana. E esse comportamento tende a ser mais comum nas capitais", diz Meireles. No primeiro turno, Bolsonaro ganhoumelhores odds casas de apostas16 capitais e Lula,melhores odds casas de apostas11.
O númeromelhores odds casas de apostasabstenções também pode crescer porque a segunda votação ocorrerá entre dois feriados. A sexta-feira imediatamente anterior é Dia do Servidor Público, com ponto facultativo nas repartições, e o Diamelhores odds casas de apostasFinados, um feriado nacional, cai na quarta-feira seguinte.
Os analistas dizem ser difícil estabelecer qual seria o patamarmelhores odds casas de apostasabstenção que poderia dar a vitória a Bolsonaro. "Ainda não tem dados suficientes do perfil do eleitorado para saber quem foi mais penalizado pela abstenção", diz Meireles.
Avelino calcula que, para cada ponto percentual a maismelhores odds casas de apostasabstenção, Bolsonaro conseguiria tirar apenas 0,2 ponto da dianteiramelhores odds casas de apostasLula.
Além disso, uma maior abstenção, mesmo que ocorra mais entre os eleitoresmelhores odds casas de apostasLula, não seria exatamente uma ótima notícia para Bolsonaro, porque ele ficoumelhores odds casas de apostassegundo na votação passada.
"Embora Bolsonaro pudesse tirar alguns décimos com o aumento da abstenção, isso também é ruim para ele porque Bolsonaro precisa ganhar eleitores para tirar a diferençamelhores odds casas de apostascinco pontos para Lula, e a abstenção maior reduziria o númeromelhores odds casas de apostaseleitores disponíveis."
Meireles avalia que, mesmo que a abstenção aumente, ela não deve ter um impacto significativo no resultado. "Para mudar o quadro, a abstenção teria que prejudicar muito mais o Lula", afirma.

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Mais votos brancos e nulos seria bom para quem?
O percentualmelhores odds casas de apostasvotos brancos e nulos neste primeiro turno foi na direção contrária à da abstenção e atingiu seu menor patamarmelhores odds casas de apostasrelação às últimas eleições presidenciais.
Foram ao todo 4,41%, quase metade do registrado há quatro anos, por exemplo.
Meireles acredita que a polarização contribuiu para isso. "O primeiro turno foi uma antecipação do segundo, com duas candidaturas muito consolidadas, tanto que as opções da terceira via desidrataram", afirma.
O cientista político avalia que esse público pode ser mais importante para as pretensõesmelhores odds casas de apostasLula e Bolsonaro do que os eleitores que se abstiveram. "Quem votou branco ou nulo já foi votar, então, tem um custo menor para as campanhas converterem essas pessoasmelhores odds casas de apostasseus eleitores", diz.
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A tendência histórica é que o númeromelhores odds casas de apostasbrancos e nulos caiamelhores odds casas de apostasum turno para outro. Foi assimmelhores odds casas de apostas2002 a 2014, com uma redução que variou entre 1,94 e 3,3 pontos percentuais.
A exceção foi justamentemelhores odds casas de apostas2018, quando Bolsonaro derrotou o petista Fernando Haddad. Naquele ano, houve um aumentomelhores odds casas de apostas0,78 ponto percentual.
"Foi a única vez que o nulo aumentou — o branco nunca aumentou — e foi porque teve uma campanha 'nem Bolsonaro, nem Haddad'", diz o cientista político Alberto Carlos Almeida, sócio-diretor da empresamelhores odds casas de apostaspesquisa e consultoria Brasilis.
Se isso se repetir neste ano, poderia ser positivo para Lula, porque o númeromelhores odds casas de apostasvotos válidos necessários para ganhar seria menor do que no primeiro turno, e isso favorece quem chegou à frente na primeira votação (caso não perca muitos votos entre turnos).
No entanto, Almeida acredita que, embora o patamarmelhores odds casas de apostasbrancos já esteja muito baixo, ele pode cair ainda mais.
"Muitos votos nulos se devem ao fato que as pessoas acabam errando na horamelhores odds casas de apostasvotar. Agora, será uma votação mais simples, metade dos eleitores só votarão para presidente. Isso faz com que o nulo despenque."
Em tese, uma quedamelhores odds casas de apostasbrancos e nulos seria boa para Bolsonaro, porque haveria mais eleitores disponíveis para ele conquistar para tentar anular a vantagemmelhores odds casas de apostasLula.
Mas esse cenário pode favorecer também Lula. "Há uma relação estreita com o perfil do eleitor, porque tem a ver com a escolaridade. Quem tem menos estudo tende a anular porque tem uma dificuldade para votar e operar a urna", diz Meireles.
Pormelhores odds casas de apostasvez, Avelino acredita que há chancesmelhores odds casas de apostaso percentualmelhores odds casas de apostasnulos e brancos se manter no mesmo patamar ou mesmo crescer um pouco, porque os eleitores dos outros candidatos podem votar para marcar posição e rejeitar tanto Lula quanto Bolsonaro.
O pesquisador diz que não será fácil para as campanhas conquistar essas pessoas. "Esse eleitor é o pior para convencer, porque ele já te rejeitou, já disse que não gostamelhores odds casas de apostasvocê."
Para quem vão os votosmelhores odds casas de apostasCiro Gomes e Simone Tebet?

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Simone Tebet e Ciro Gomes ficarammelhores odds casas de apostasterceiro e quarto lugar, respectivamente, no primeiro turno. Juntos, tiveram pouco maismelhores odds casas de apostas8,5 milhõesmelhores odds casas de apostasvotos, ou 7,2% dos votos válidos. Isso é mais do que a diferençamelhores odds casas de apostasvotos entre Lula e Bolsonaro.
Cientistas políticos apontam que uma virada do presidente dependemelhores odds casas de apostasele conquistar a grande maioria desse eleitorado. "Bolsonaro terá que conseguir quase todos esses votos, maismelhores odds casas de apostas80%, é muita coisa", diz Almeida.
Conta a favor do presidente que a tendência histórica aponta que o segundo colocado consegue geralmente ampliar maismelhores odds casas de apostasvotação do que o primeiro.
Foi assim com Haddad contra Bolsonaromelhores odds casas de apostas2018, Aécio Neves (PSDB) contra Dilma Rousseff (PT)melhores odds casas de apostas2014, com José Serra (PSDB) contra Dilmamelhores odds casas de apostas2010 e com Serra contra Lulamelhores odds casas de apostas2002 (embora a diferença aqui tenha sido a menor no período analisado).




A única exceção foi Geraldo Alckmin, então candidato do PSDB e hoje vice na chapa Lula pelo PSB. Em 2006, o ex-governador perdeu maismelhores odds casas de apostas2,4 milhõesmelhores odds casas de apostasvotos entre os dois turnos na disputa contra Lula. "Foi um caso raríssimo, é muito difícilmelhores odds casas de apostasisso acontecer", diz Avelino.

Mas Bolsonaro deve ter dificuldades para repetir o desempenhomelhores odds casas de apostasoutros segundos colocados, porque tanto Tebet quanto Ciro já declararam apoio a Lula. Até o momento, as pesquisas apontam Lula à frente nas intençõesmelhores odds casas de apostasvoto dos eleitoresmelhores odds casas de apostasambos os candidatos.
"O caso do Ciro é mais complicado, porque ele refugou muitomelhores odds casas de apostasseu apoio, mas a Tebet está se engajando com a campanha do Lula e pode mobilizar mais o seu eleitor", diz Avelino.
Meireles acredita, no entanto, que uma parcela dos eleitoresmelhores odds casas de apostasCiro deverá votarmelhores odds casas de apostasLula.
"Não acho que todo o eleitorado dele ou mesmo boa parte irá para Bolsonaro, porque tem pessoas que sãomelhores odds casas de apostasesquerda e não estariam dispostas a votar nele", diz.
O pesquisador do Cebrap considera improvável que Bolsonaro consiga repetir o desempenhomelhores odds casas de apostasAéciomelhores odds casas de apostas2014.
Naquela eleição, o tucano conquistou maismelhores odds casas de apostas16,1 milhõesmelhores odds casas de apostasvotos no segundo turno e ficou próximomelhores odds casas de apostasconseguir uma virada contra Dilma, que amplioumelhores odds casas de apostasvotaçãomelhores odds casas de apostas"apenas" 11,2 milhões.
"Agora, Lula já está com um percentualmelhores odds casas de apostasvotos muito alto e, com o apoio formalmelhores odds casas de apostasTebet e do PDT, espera-se que aumente, enquanto, do lado do Bolsonaro, ele pode subir, mas não consigo ver como vai conseguir aumentar tanto como o Aécio. Seria surpreendente. O mais provável é que a distância entre os dois fique como está", diz,
Uma diferença importante entre as eleiçõesmelhores odds casas de apostas2014 e 2022 é que Dilma e Aécio somados tiveram o apoiomelhores odds casas de apostas54,72% do eleitorado total, enquanto Bolsonaro e Lula receberam 69,24% neste primeiro turno. Esse é o maior percentualmelhores odds casas de apostasum primeiro turno nas últimas cinco eleições presidenciais.
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"Tem poucos votos disponíveis, sem levarmelhores odds casas de apostasconsideração que a abstenção ainda deve aumentar. Conseguir maismelhores odds casas de apostas80% dos votos que sobram não é algo trivial. Bolsonaro vai ter que tirar votos do Lula", diz Almeida.
Os desertoresmelhores odds casas de apostasLula e Bolsonaro vão mudar o resultado?

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As campanhas têm travado uma batalha intensa para tentar aumentar a rejeição ao adversário e tentar virar votos a seu favor. Mas analistas não acreditam que os desertoresmelhores odds casas de apostasLula e Bolsonaro têm força para desequilibrar a votação para um lado ou para o outro.
George Avelino aponta,melhores odds casas de apostasum estudo realizado com os cientistas políticos Guilherme Russo e Jairo Pimentel Junior, que consultas feitas após as eleições presidenciais e para governos estaduaismelhores odds casas de apostas2002 a 2014 pelo Centromelhores odds casas de apostasEstudosmelhores odds casas de apostasOpinião Pública, da Universidade Estadualmelhores odds casas de apostasCampinas, indicam que só 6% dos eleitores trocarammelhores odds casas de apostaslado entre um turno e outro.
"Um eleitor pode mudarmelhores odds casas de apostaslado, mas isso não quer dizer que vai tudo na mesma direção. O que se observa é que é um grupo pequeno e que metade vai para um lado e metade para o outro. No fim, isso tende a se anular, não faz diferença", diz Avelino.
Fernando Meireles avalia que o perfil das duas candidaturas,melhores odds casas de apostasum políticomelhores odds casas de apostasesquerda e outromelhores odds casas de apostasdireita, e a forte polarização já no primeiro turno dificultam essa migraçãomelhores odds casas de apostasvotos.
"Pesquisas feitas após as eleições indicam não ser comum um voto passarmelhores odds casas de apostasuma ponta do espectro ideológico para outra. Além disso, para a maioria do eleitorado que já escolheu um dos dois candidatos, simplesmente não é viável votar no outro", diz.
As pesquisas também apontam neste sentido ao indicar que maismelhores odds casas de apostas90% dos eleitores já se decidiram e não cogitam mudarmelhores odds casas de apostasvoto. Avelino acrescenta que particularidades desta eleição contribuíram para a cristalização dos votos.
"Estamos há quase um ano nessa disputa entre dois candidatos carismáticos. É talvez a campanha mais longamelhores odds casas de apostastodas, porque não tivemos a Copa do Mundo no meio do ano, o que normalmente faz com que as atenções só se voltem para a eleiçãomelhores odds casas de apostasagostomelhores odds casas de apostasdiante. O eleitor se engajou muito cedo."
Alberto Carlos Almeida avalia que esse cenário é ruim para Bolsonaro, já que Lula ficou muito próximomelhores odds casas de apostasvencer no primeiro turno.
"Quem deposita um voto no primeiro turno dificilmente mudamelhores odds casas de apostasideia. Todo mundo já sabe quem são Lula e Bolsonaro e quem votamelhores odds casas de apostasum não vota no outro. Tem uma rigidez aí que torna Lula favorito", diz.
Quais são as chancesmelhores odds casas de apostasvitóriamelhores odds casas de apostasLula e Bolsonaro?

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Alémmelhores odds casas de apostastodas essas variáveis, existe um fator que é preponderante nas estimativasmelhores odds casas de apostaschancesmelhores odds casas de apostasLula confirmarmelhores odds casas de apostasvitória oumelhores odds casas de apostasBolsonaro conseguir uma virada inédita: a votação no primeiro turno.
George Avelino, Guilherme Russo e Jairo Pimentel Junior desenvolveram um modelo matemático para calcular essa probabilidade com base nos votos recebidos por cada candidato e a distância entre eles. "Tentamos adicionar outras variáveis, mas elas contribuíram pouco para melhorar a capacidademelhores odds casas de apostasprevisão", explica Avelino.
O cientista político diz que esse método levamelhores odds casas de apostasconta a chamada preferência revelada. "Uma coisa é você fazer uma pesquisa e perguntarmelhores odds casas de apostasquem a pessoa deve votar, porque ela pode não dizer a verdade ou não ter clarezamelhores odds casas de apostasquem vai escolher. Outra coisa é a ação concreta, o voto", afirma.
O modelo foi criado com base nos dadosmelhores odds casas de apostas128 eleições presidenciaismelhores odds casas de apostas44 países e confrontado com os resultadosmelhores odds casas de apostas287 eleições para presidente e governador no Brasil, o que apontou uma forte correlação entre o apoio que os dois mais votados receberam no primeiro turno e o resultado do segundo turno.
Os cálculos apontam que Lula tem uma probabilidademelhores odds casas de apostas76,7%melhores odds casas de apostasvencer a eleição, enquanto Bolsonaro teria 23,3%melhores odds casas de apostaschancesmelhores odds casas de apostasvirar a disputa.
Os cientistas políticos estimam que o petista deve ter 52,4% dos votos válidos. Com uma margemmelhores odds casas de apostaserromelhores odds casas de apostas1,7%, teria entre 50,7% e 54,1%. Pormelhores odds casas de apostasvez, o presidente receberia 47,6% dos votos, com uma variação entre 45,9% e 49,3%.
Avelino explica que Lula tem mais chancesmelhores odds casas de apostasganhar porque ele chegou muito perto dos 50%, a soma dos seus votos emelhores odds casas de apostasBolsonaro é muito grande, e a distância entre eles foi significativa.
"Mesmo se o Lula estivesse próximo dos 50%, se a votação tivesse ficado 48% para ele e 47% para o Bolsonaro, por exemplo, a conversa seria diferente. Mas tem menosmelhores odds casas de apostas8% do eleitorado sobrando, e Bolsonaro precisa tirar uma desvantagemmelhores odds casas de apostaspouco maismelhores odds casas de apostas5%", afirma.
"Essa é uma situação dramática para Bolsonaro. Ele precisaria fazer mágica, precisariamelhores odds casas de apostasum fato novo, algo extraordinário para virar."
Ao mesmo tempo, com tantos votos consolidados e tão poucos eleitores disponíveis, tampouco Lula conseguirá abrir uma vantagem muito maior do que teve no primeiro turno, diz o cientista político.
"Lula não vai estourarmelhores odds casas de apostasvotos, porque não tem muito voto para ele pegar. O resultado vai ser apertado."
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