Fome e insegurança alimentar atingem metade dos lares com crianças no Norte e Nordeste:melhor aplicativo apostas

  • Mariana Alvim
  • Da BBC News Brasilmelhor aplicativo apostasSão Paulo
Mulhermelhor aplicativo apostascostas com filhomelhor aplicativo apostascolo abrindo armário com comida

Crédito, Getty Images/AFP

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Celia Barros com filho no colomelhor aplicativo apostasSanta Luzia (MG); ela ligou para a polícia pedindo ajuda para a família conseguir comer. Percentualmelhor aplicativo apostasfamílias com crianças passando fome no Brasil praticamente dobrou entre 2020 e 2022

melhor aplicativo apostas Lares onde vivem crianças menoresmelhor aplicativo apostas10 anos têm percentuais maioresmelhor aplicativo apostasinsegurança alimentar do que a média brasileira, e nas regiões Norte e Nordeste, o quadro é particularmente mais grave, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (14/9) no 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (VIGISAN).

No Norte, 51,9% dos domicílios com ao menos uma criança menormelhor aplicativo apostas10 anos têm nível moderado ou gravemelhor aplicativo apostasinsegurança alimentar; no Nordeste, este percentual émelhor aplicativo apostas49,4%. A insegurança grave é considerada como o mesmo que "fome"; já a insegurança moderada ocorre quando a quantidade e qualidade da alimentação são insatisfatórias e há, por exemplo, quebra na rotinamelhor aplicativo apostasalimentação por conta da faltamelhor aplicativo apostasalimentos.

Nessas regiões, os percentuais mais preocupantesmelhor aplicativo apostasinsegurança moderada e grave nos lares com crianças foram registrados no Maranhão (63,3% dos domicílios), Amapá (60,1%), Alagoas (59,9%), Sergipe (54,6%), Amazonas (54,4%), Pará (53,4%), Ceará (51,6%) e Roraima (49,3%).

Outras regiões tiveram percentuais mais baixos nesses níveismelhor aplicativo apostasinsegurança alimentar — 37,3% no Centro-Oeste, 32,6% no Sudeste e 25% no Sul — mas, mesmo assim, a situação é considerada preocupantemelhor aplicativo apostasváriosmelhor aplicativo apostasseus Estados.

"É um cenário esperado encontrar as formas mais severasmelhor aplicativo apostasinsegurança alimentarmelhor aplicativo apostasfamílias que têm pelo menos um menormelhor aplicativo apostasidade. É muito comum isso, não só no Brasil, masmelhor aplicativo apostaspesquisas internacionais", afirma Rosana Salles, professora do Institutomelhor aplicativo apostasNutrição da Universidade Federal do Riomelhor aplicativo apostasJaneiro (UFRJ) e pesquisadora da Rede Brasileiramelhor aplicativo apostasPesquisamelhor aplicativo apostasSoberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN).

Outros dados do relatório reforçam que o Norte e Nordeste "têm uma gravidade maior no acesso à alimentação", nas palavrasmelhor aplicativo apostasSalles. Ela destaca que processos históricos explicam um menor desenvolvimento econômico — e,melhor aplicativo apostasconsequência, piores indicadores sociais — nesses locais, embora haja variações internas importantesmelhor aplicativo apostasEstado para Estado.

Mas, nacionalmente, os dados mostram que,melhor aplicativo apostaspouco maismelhor aplicativo apostasum ano, a fome praticamente dobrou nas famílias com crianças menoresmelhor aplicativo apostas10 anos, passandomelhor aplicativo apostas9,4%melhor aplicativo apostas2020 para 18,1%melhor aplicativo apostas2022.

"Quando você tem famílias sómelhor aplicativo apostasadultos, é como se a gente tivesse mais arranjos: reduzindo a quantidademelhor aplicativo apostascomida, deixando para comer no trabalho... A preocupação existe, mas há sempre uma reorganização."

"Quando há crianças, o filho é sempre protegido nessa distribuiçãomelhor aplicativo apostasalimentos. Se tem que restringir a quantidademelhor aplicativo apostascomida, é a criança quem come mais, e os adultos reduzemmelhor aplicativo apostasquantidade."

"Mas a criança exposta à restrição alimentar vai estar comprometidamelhor aplicativo apostasuma sériemelhor aplicativo apostasquestões: no desenvolvimento cognitivo, rendimento escolar, resposta imunológica a doenças", enumera.

Sudeste tem maior númeromelhor aplicativo apostaspessoas com fome

Homem levanta pratomelhor aplicativo apostascujo fundo está escrito 'fome'

Crédito, Reuters

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Manifestantemelhor aplicativo apostasSão Paulo (SP) durante ato do 'Grito dos Excluídos' no 7melhor aplicativo apostassetembro

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No Brasil, considerando todos os domicílios e não apenas aqueles com crianças, a média da população na desejável situaçãomelhor aplicativo apostassegurança alimentar foimelhor aplicativo apostas41,3% (regionalmente, foimelhor aplicativo apostas28,4% no Norte; 31,9% no Nordeste; 40,5% no Centro-Oeste; 45,4% no Sudeste; e 51,8% no Sul).

Outros 28% da população brasileira foram considerados como sofrendomelhor aplicativo apostasinsegurança alimentar leve, quando há preocupação se haverá disponibilidademelhor aplicativo apostascomida no futuro e ocorre redução na qualidade da alimentação como estratégiamelhor aplicativo apostasracionamento. Por fim, o relatório afirma que 15,2% da população brasileira sofremelhor aplicativo apostasinsegurança alimentar moderada e 15,5% passa fome (25,7% no Norte; 21% no Nordeste; 13,1% no Sudeste; 12,9% no Centro-Oeste; e 9,9% no Sul).

Em números absolutos, e nãomelhor aplicativo apostaspercentuais, o Sudeste tem o maior volumemelhor aplicativo apostaspessoasmelhor aplicativo apostassituaçãomelhor aplicativo apostasfome, das quais 6,8 milhões estão no Estadomelhor aplicativo apostasSão Paulo e 2,7 milhões no Riomelhor aplicativo apostasJaneiro.

O relatório explora ainda outras características relacionadas à insegurança alimentar, mostrando que as famílias mais vulneráveis são aquelas com renda inferior a meio salário mínimo por pessoa, cujos chefes estão desempregados ou trabalhando precariamente, as altamente endividadas ou com baixa escolaridade.

Cenoura e abobrinha

Crédito, Getty Images

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Preçosmelhor aplicativo apostascenoura, tomate e abobrinha mais que dobrarammelhor aplicativo apostaspreço entre abrilmelhor aplicativo apostas2021 e abrilmelhor aplicativo apostas2022

A Rede PENSSAN, que realizou o estudo, é composta por pesquisadores e professoresmelhor aplicativo apostasdiversas instituições e universidades. O Instituto Vox Populi foi responsável pelo trabalhomelhor aplicativo apostascampo, que incluiu uma amostramelhor aplicativo apostas12.745 domicílios pelo Brasil. Os dados foram coletados entre novembromelhor aplicativo apostas2021 e abrilmelhor aplicativo apostas2022. Para medir os níveismelhor aplicativo apostasinsegurança alimentar, foram feitas oito perguntas da Escala Brasileiramelhor aplicativo apostasInsegurança Alimentar (EBIA), que considera desde a preocupação das pessoas sobremelhor aplicativo apostasalimentação à concreta faltamelhor aplicativo apostascomida.

Os resultados revelam que o períodomelhor aplicativo apostaspandemia agravou as condições sociais no Brasil, pioras que, segundo o relatório, já vinham sendo constatadasmelhor aplicativo apostasdados do Instituto Brasileiromelhor aplicativo apostasGeografia e Estatística (IBGE) desde o finalmelhor aplicativo apostas2015.

"Nos últimos anos, vimos a reduçãomelhor aplicativo apostaspolíticas sociaismelhor aplicativo apostascombate à fome, a redução do podermelhor aplicativo apostascompra do salário mínimo, o aumento do preço dos alimentos. As famílias nas regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas por tudo isso", afirma Rosana Salles, para quem o objetivo do país deve ser voltar ao percentualmelhor aplicativo apostasapenas 3,2% dos domicíliosmelhor aplicativo apostassituaçãomelhor aplicativo apostasinsegurança alimentar grave constatadomelhor aplicativo apostas2013 pelo IBGE.

- Este texto foi publicadomelhor aplicativo apostashttp://roberthost1.accountsupport.com/brasil-62897802

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