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ABL: 40 curiosidades sobre instituição fundada por Machadoestrela bet escritorioAssis há 125 anos:estrela bet escritorio
estrela bet escritorio 1. Machadoestrela bet escritorioAssis nasceu no Morro do Livramento (RJ). De origem humilde, o primeiro presidente da ABL era filhoestrela bet escritorioum pintor, Francisco José, eestrela bet escritoriouma lavadeira, Maria Leopoldina. Gago e epilético, publicou Três Tesouros Perdidos, o primeiroestrela bet escritorioseus maisestrela bet escritorio200 contos, no jornal Marmota Fluminense,estrela bet escritorio1858. Ao longo da carreira, teve maisestrela bet escritorio20 pseudônimos, como Victorestrela bet escritorioPaula, João das Regras e Boas Noites.
estrela bet escritorio 2. No jardim do Petit Trianon carioca, uma esculturaestrela bet escritoriobronzeestrela bet escritorioMachadoestrela bet escritorioAssis,estrela bet escritorioautoriaestrela bet escritorioHumberto Cozzo (1900-1981), recebe os visitantes. O acervo da academia, conhecida como "Casaestrela bet escritorioMachadoestrela bet escritorioAssis", abriga, entre outros objetos pessoais do escritor, o pincenê (óculos sem haste), a escrivaninha, o tabuleiroestrela bet escritorioxadrez e o famoso fogareiro onde, reza a tradição, ele incinerava os manuscritosestrela bet escritorioque não gostava.
estrela bet escritorio 3. O "Bruxo do Cosme Velho", apelido dado por Carlos Drummondestrela bet escritorioAndrade (1902-1987) a Machado, não fundou a ABL sozinho. A ideiaestrela bet escritoriocriar uma academia literária, nos moldes da francesa, partiu do advogado e jornalista Lúcioestrela bet escritorioMendonça (1854-1909). Cada fundador escolheu um patrono paraestrela bet escritoriocadeira. Machadoestrela bet escritorioAssis, o dono da cadeira 23, optou por Joséestrela bet escritorioAlencar (1829-1877), e Lúcioestrela bet escritorioMendonça, da cadeira 11, por Fagundes Varela (1841-1875).
estrela bet escritorio 4. A obraestrela bet escritorioMachado, que morreu sem realizar o sonhoestrela bet escritorioconhecer a Europa, foi traduzida para 35 idiomas. Memórias Póstumasestrela bet escritorioBrás Cubas (1881),estrela bet escritorioobra-prima, virou Epitaph of a Small Winner (Epitáfioestrela bet escritorioUm Vencedor Medíocre)estrela bet escritorioinglês, Mémoires d'Outre-Tombeestrela bet escritorioBraz Cubas (Memóriasestrela bet escritorioAlém-Túmuloestrela bet escritorioBrás Cubas)estrela bet escritoriofrancês e En Vranten Herres Betragtninger (Consideraçõesestrela bet escritorioUm Rabugento)estrela bet escritoriodinamarquês.
estrela bet escritorio 5. Machadoestrela bet escritorioAssis não é o imortal da ABL com mais livros traduzidos. Esse título pertence, segundo levantamento da Unesco, a Paulo Coelho. Segundo o Index Translationum, o autorestrela bet escritorioO Alquimista (1988) ocupa o primeiro lugar no ranking dos autoresestrela bet escritoriolíngua portuguesa com 1.098 títulos. Jorge Amado (1912-2001) aparece na terceira colocação, com 421 livros, e Machadoestrela bet escritorioAssis na 10ª, com 97.
estrela bet escritorio 6. Em 2011, Woody Allen recebeu um pacote enviado pelo correio por um remetente brasileiro. Dentro dele, um exemplarestrela bet escritorioMemórias Póstumasestrela bet escritorioBrás Cubas: "Você vai gostar disso!", dizia um bilhete. Como o livro tinha poucas páginas, leu. Se fosse grosso, admitiu, teria jogado fora. "Fiquei surpreso com a leitura", declarou o cineasta americano ao jornal britânico The Guardian, "ao mesmo tempo divertida e encantadora".
estrela bet escritorio 7. A ABL já teve 48 presidentes. O primeiro deles foi Machadoestrela bet escritorioAssis (entre 1897 e 1908, anoestrela bet escritoriosua morte) e o atual, Merval Pereira (tomou posseestrela bet escritorio2022). Apenas quatro — Afonso Celso (1860-1938), Fernando Magalhães (1878-1944), Gustavo Barroso (1888-1959) e Marcos Vilaça — ocuparam o postoestrela bet escritoriomaisestrela bet escritoriouma ocasião. Duas mulheres presidiram a instituição: Nélida Piñon,estrela bet escritorio1997, e Ana Maria Machado,estrela bet escritorio2012 a 2013.
estrela bet escritorio 8. Austregésiloestrela bet escritorioAthayde (1898-1993) foi o acadêmico que passou mais tempo no poder: 34 anos,estrela bet escritorio1959 a 1993. Duranteestrela bet escritoriogestão foi construído, entre 1958 e 1961, o mausoléu da ABL, no Cemitério São João Batista,estrela bet escritorioBotafogo, e inaugurado, no dia 20estrela bet escritoriojulhoestrela bet escritorio1979, o prédioestrela bet escritorio29 andares que leva seu nome, ao lado do Petit Trianon. Por causa do mausoléu da ABL, ganhou o apelidoestrela bet escritorio"Austregésiloestrela bet escritorioAtaúde".
estrela bet escritorio 9. Por sugestãoestrela bet escritorioLúcioestrela bet escritorioMendonça, o nomeestrela bet escritorioJúlia Lopesestrela bet escritorioAlmeida (1862-1934) foi indicado para fazer parte do quadroestrela bet escritoriofundadores da ABL, mas os demais acadêmicos não aceitaram. A cadeira que, por direito, deveria ser dela foi cedida ao marido, o português Filintoestrela bet escritorioAlmeida (1857-1945). "Não era eu quem devia estar lá", desabafou o imortalestrela bet escritorioentrevista ao jornalista João do Rio (1881-1921),estrela bet escritorio1905. "Era ela."
estrela bet escritorio 10. A ABL levou 80 anos até elegerestrela bet escritorioprimeira mulher: Rachelestrela bet escritorioQueiroz (1910-2003). Em 1977, ela disputou a cadeira 5 com Pontesestrela bet escritorioMiranda (1892-1979) e levou a melhor: 23 votos a 15. Quando lançou seu primeiro romance, O Quinze (1930), Rachelestrela bet escritorioQueiroz enfrentou a desconfiançaestrela bet escritoriocríticos e escritores. "É pilhéria!", desdenhou Graciliano Ramos (1892-1953). "Deve ser pseudônimoestrela bet escritoriosujeito barbado!"
estrela bet escritorio 11. Até hoje, a ABL só elegeu nove mulheres, incluindo a pioneira Rachelestrela bet escritorioQueiroz: Dinah Silveiraestrela bet escritorioQueiroz (1980), Lygia Fagundes Telles (1985), Nélida Piñon (1989), Zélia Gattai (2001), Ana Maria Machado (2003), Cleonice Berardinelli (2009), Rosiska Darcyestrela bet escritorioOliveira (2013) e Fernanda Montenegro (2022). Considerando o númeroestrela bet escritorioacadêmicos que já passaram por lá, a presença feminina corresponde a apenas 3,5% do total.
estrela bet escritorio 12. Nélida Piñon foi a primeira acadêmica a presidir a ABL. E mais: no anoestrela bet escritorioseu centenário,estrela bet escritorio1997. Candidata única ao cargo, teve votosestrela bet escritorio38 dos 39 acadêmicos. A única que, curiosamente, não votou nela foi Rachelestrela bet escritorioQueiroz: uma criseestrela bet escritoriolabirintite a impediuestrela bet escritoriocomparecer à votação. Mas, se dependesseestrela bet escritorioRachel, o presidente da ABL no anoestrela bet escritorioseu centenário teria sido José Sarney, o atual decano da instituição.
estrela bet escritorio 13. O númeroestrela bet escritorionegros na ABL é ainda menor do que oestrela bet escritoriomulheres: Domício Proença Filho, eleitoestrela bet escritorio2006, e Gilberto Gil,estrela bet escritorio2021. Em 2018, Conceição Evaristo tentou, mas não conseguiu se eleger. Teve apenas um voto contra 22estrela bet escritorioCacá Diegues. De nada adiantaram, entre outras iniciativas, a campanha no Twitter usando a hashtag #ConceiçãoEvaristonaABL e uma petição com 25 mil assinaturas.
estrela bet escritorio 14. "Cadeira 41" é um cicloestrela bet escritoriopalestras dedicadas a autores que nunca ingressaram na ABL, como Graciliano Ramos, Carlos Drummondestrela bet escritorioAndrade e Clarice Lispector (1920-1977). Em bilhete escrito a Lygia Fagundes Telles, no anoestrela bet escritoriosua morte, a ucraniana naturalizada brasileira admitiu que, apesar do respeito que tinha pela academia, "jamais aceitaria entrar nela". "A gente dá um espirro, e já pensam que estamos morrendo", explicou.
estrela bet escritorio 15. A ABL é constituída por 40 membros efetivos e perpétuos. Quando um acadêmico morre,estrela bet escritoriocadeira é declarada vaga, e os escritores que quiserem ocupá-la terão dois meses para se candidatar. Primeiro, devem enviar uma carta ao presidente, oficializandoestrela bet escritoriocandidatura. E, depois, iniciarestrela bet escritoriocampanha buscando, voto a voto, a vitória. Os imortais são eleitos mediante votação secreta. Terminada a disputa, as cédulas são incineradas.
estrela bet escritorio 16. Quem deseja ingressar na ABL precisa ser brasileiro e ter um livro publicado. Contando assim, até parece fácil, mas nomes consagrados como Monteiro Lobato (1882-1948) deram com a cara na porta. Tentou, sem sucesso,estrela bet escritorio1922 e 1926. Em 1944, foi indagado se teria interesseestrela bet escritorioser indicado pela instituição. Quando soube da presençaestrela bet escritorioGetúlio Vargas (1882-1954), que o prenderaestrela bet escritorio1941, retirouestrela bet escritoriocandidatura: "É o maior ninhoestrela bet escritoriointrigalha do mundo".
estrela bet escritorio 17. Em 1980, Mário Quintana (1906-1994) anunciouestrela bet escritoriocandidatura à vaga aberta aberta pela morteestrela bet escritorioOtávioestrela bet escritorioFaria (1908-1980). Perdeu por 31 a 6 para o ex-ministro da Educação do governo João Figueiredo, Eduardo Portella (1932-2017). Abalado, o poeta gaúcho deu entrada numa clínicaestrela bet escritoriorepousoestrela bet escritorioPorto Alegre. O recordeestrela bet escritoriorecusas, porém, pertence a outro poeta: Jorgeestrela bet escritorioLima (1893-1953). Quatro vezes candidato e jamais eleito.
estrela bet escritorio 18. Certa ocasião, um poeta inconveniente visitou o acadêmico Afonso Celso e pediu que, assim que surgisse uma vaga, votasse nele. "Não posso empenhar minha palavra, tal como deseja meu caro amigo", respondeu o imortal. "A futura vaga pode ser a minha, o que me poria na posiçãoestrela bet escritorionão poder cumprir com minha palavra, coisa a que jamais falteiestrela bet escritoriotoda a minha vida."
estrela bet escritorio 19. A ideiaestrela bet escritorioabrir as portas da ABL para "notáveis" partiuestrela bet escritorioJoaquim Nabuco (1849-1910). "Não devem ser muitos, mas alguns devemos ter", justificou. Em 1898, Nabuco sugeriu a Machado o nome do Barão do Rio Branco (1845-1912). "Mas, o barão não tem livro publicado!", argumentou o presidente da Casa. "Rio Branco está escrevendo o mapa do Brasil", rebateu Nabuco. E o chanceler virou imortal.
estrela bet escritorio 20. Outros "notáveis" que vestiram o fardão da academia: o inventor Santos Dumont (1873-1932), o empresário Assis Chateaubriand (1892-1968) e o cirurgião plástico Ivo Pitanguy (1923-2016). Uma curiosidade: o "pai" da aviação foi eleitoestrela bet escritorio4estrela bet escritoriojunhoestrela bet escritorio1931, mas não tomou posse. Suicidou-seestrela bet escritorio23estrela bet escritoriojulhoestrela bet escritorio1932.
estrela bet escritorio 21. A mais disputada eleição da história da ABL aconteceu no dia 21estrela bet escritorioagostoestrela bet escritorio2008. Vinte e um candidatos, como o escritor Antônio Torres, o desenhista Ziraldo, a historiadora Isabel Lustosa e o crítico literário Fábio Lucas, disputaram a cadeira 23, que pertenceu à escritora Zélia Gattai (1916-2008). O escolhido foi o jornalista e críticoestrela bet escritoriomúsica clássica Luiz Paulo Horta (1943-2013).
estrela bet escritorio 22. Quando Luiz Paulo Horta morreu, cinco anos depoisestrela bet escritoriotomar posse, quem assumiuestrela bet escritoriovaga foi Antônio Torres, que disputou com eleestrela bet escritorio2008. À época, o "sonhoestrela bet escritorioconsumo" da academia era o crítico literário Antônio Cândido (1918-2017), que não aceitou o conviteestrela bet escritoriojeito nenhum. "Tenho um grande apreço pela Academia, tenho grandes amigos lá, mas não tenho espírito acadêmico", justificou.
estrela bet escritorio 23. Antesestrela bet escritorioingressar na ABL,estrela bet escritorio1967, Guimarães Rosa (1908-1967) serviu como cônsul-adjuntoestrela bet escritorioHamburgo. Tabagista incorrigível, acordou, certa noiteestrela bet escritorio1941, com vontadeestrela bet escritoriofumar. Como não havia cigarroestrela bet escritoriocasa, saiu para comprar. Estava na rua quando ouviu a sireneestrela bet escritorioataque aéreo e correu para o abrigo mais próximo. Pela manhã, ao voltar para casa, descobriu que o prédio onde morava havia sido bombardeado.
estrela bet escritorio 24. Em 8estrela bet escritorioagostoestrela bet escritorio1963, Guimarães Rosa foi eleito para a ABL, mas, supersticioso, adiou ao máximoestrela bet escritorioposse. Achava que morreria tão logo entrasse lá. Em 16estrela bet escritorionovembroestrela bet escritorio1967, durante seu discurso inaugural, declarou: "A gente morre é para provar que viveu". Três dias depois, fumante, cardíaco e sedentário, não resistiu a um infarto. "Viver é muito perigoso: sempre acabaestrela bet escritoriomorte", diria Riobaldoestrela bet escritorioGrande Sertão: Veredas (1956).
estrela bet escritorio 25. Nenhum acadêmico fez parte por tanto tempo da ABL quanto Carlos Magalhãesestrela bet escritorioAzeredo (1872-1963). Entre os fundadores, era o mais jovem: tinha 25 anos,estrela bet escritorio20estrela bet escritoriojulhoestrela bet escritorio1897. E tornou-se, também, o último deles a morrer,estrela bet escritorio4estrela bet escritorionovembroestrela bet escritorio1963, aos 91 anos. Foi imortal por 66 anos, 9 meses e 7 dias. Quem chegou mais perto dele foi Barbosa Lima Sobrinho (1897-2000),estrela bet escritorio1937 a 2000. Ou seja, 63 anos, 2 mesesestrela bet escritorio18 dias.
estrela bet escritorio 26. Medeiros e Albuquerque (1867-1934) foi o criador,estrela bet escritorio1910, do famoso fardão verde-oliva da academia. O dinheiro para bancar o trajeestrela bet escritoriogala da instituição, usado nas cerimôniasestrela bet escritorioposse, não sai do bolso do novo acadêmico. É doado, segundo a tradição, pelo governo do estado natal do imortal eleito e custa algoestrela bet escritoriotornoestrela bet escritorioR$ 70 mil. Alguns imortais, como Assis Chateaubriand, o Chatô, foram sepultados com seus fardões.
estrela bet escritorio 27. Eleitoestrela bet escritorio7estrela bet escritoriomaioestrela bet escritorio1910, João Paulo Alberto Coelho Barreto, o João do Rio (1881-1921), foi o primeiro acadêmico a tomar posse usando o famoso "fardão dos imortais". Quando Rachelestrela bet escritorioQueiroz venceu a eleiçãoestrela bet escritorio4estrela bet escritorioagostoestrela bet escritorio1977, os acadêmicos polemizaram: calça ou vestido? A própria Rachel pôs fim às especulações. "Decidi usar longo", mandou avisar.
estrela bet escritorio 28. Ao longo das décadas, poucos acadêmicos ousaram pedir desligamento da ABL. Rui Barbosa (1849-1923) foi um deles. O motivoestrela bet escritoriosua saída teria sido a anulaçãoestrela bet escritorioseu voto na eleiçãoestrela bet escritorioDom Silvério Gomes Pimenta (1840-1922). Impossibilitadoestrela bet escritoriocomparecer à votação, Rui enviou seu voto por carta. Como não residia fora do Rio, não foi computado. Além disso, contrariou o estatuto que defende o voto secreto. Magoado, pediu para sair.
estrela bet escritorio 29. Por duas vezes, a ABL se posicionou contra a ditadura militar. Na sessãoestrela bet escritorio2estrela bet escritoriojaneiroestrela bet escritorio1969, apenas 20 dias depois da instituição do AI-5, Alceu Amoroso Lima (1893-1983) deixou consignadoestrela bet escritorioata que "não é possível haver cultura sem liberdadeestrela bet escritorioimprensa". "A censura é um contrassenso que contraria profundamente todo o desenvolvimento cultural do Brasil", declarou.
estrela bet escritorio 30. Na sessãoestrela bet escritorio19estrela bet escritorioagostoestrela bet escritorio1976, foi a vezestrela bet escritorioBarbosa Lima Sobrinho (1897-2000) protestar contra as bombas deixadas nas sedes da Associação Brasileiraestrela bet escritorioImprensa (ABI) e da Ordem dos Advogados do Brasil (ABI), no Centro do Rio. "Se isso visa intimidar, creio que o tempo é perdido, porque a nossa tarefa é continuar a exercer a defesa dos direitos humanos", afirmou.
estrela bet escritorio 31. A ABL tem duas bibliotecas: a Lúcioestrela bet escritorioMendonça e a Rodolfo Garcia. Juntas, totalizam 90 mil volumes, inclusive os 720 livros da coleçãoestrela bet escritorioMachadoestrela bet escritorioAssis, doadosestrela bet escritorio1965 pela sobrinha-neta do autor, Ruth Leitãoestrela bet escritorioCarvalho Lima. Entre outras "relíquias", a instituição abriga a escrivaninhaestrela bet escritorioOlavo Bilac, o tinteiro portátilestrela bet escritorioEuclides da Cunha (1866-1909) e as estantes giratóriasestrela bet escritorioManuel Bandeira (1886-1968).
estrela bet escritorio 32. "Hora do recreio". É assim que alguns acadêmicos se referem ao chá da academia. Toda quinta-feira, às 15h, eles se reúnem para trocar amenidades e saborear quitutes, como pãoestrela bet escritorioqueijo, pastelestrela bet escritoriocarne e boloestrela bet escritorioaipim. Para beber, café, suco e vinho, além do chá. A cabeceira da mesa, por via das dúvidas, permanece vazia. Há quem diga que ela traria má sorte para quem a ocupasse. Temas políticos são proibidos.
estrela bet escritorio 33. A ABL já teve 263 membros. Foram eleitos jornalistas, filólogos e escritores, mas, também, médicos, diplomatas, cineastas, historiadores, advogados e até religiosos. Três ex-presidentes chegaram à academia: Getúlio Vargas (1883-1954), José Sarney e Fernando Henrique Cardoso. Juscelino Kubitschek (1902-1976) entrou na disputaestrela bet escritorio1975, mas perdeu a vaga para o escritor Bernardo Élis (1915-1997). O placar, aliás, foi apertadíssimo: 20 a 19.
estrela bet escritorio 34. Dos 39 membros da ABL — a cadeira 13, até 3estrela bet escritoriojulho ocupada por Sérgio Rouanet (1934-2022), está vaga —, 16 são octogenários; 12, septuagenários; 7, nonagenários e 2, Eduardo Gianetti,estrela bet escritorio65 anos, e Jorge Caldeira,estrela bet escritorio66, sexagenários. Marco Lucchesi, o mais novo da turma, tem 58 anos, e Cleonice Berardinelli, a mais experiente, 105.
estrela bet escritorio 35. Uma piada, duas versões. Atrasado para uma cerimôniaestrela bet escritorioposse, Aurélio Buarqueestrela bet escritorioHolanda (1910-1989) pediu ao taxista que se apressasse. Ao ver o passageiroestrela bet escritoriofardão, o motorista teria dito: "Do jeito que o senhor está vestido, a cerimônia não vai começar enquanto o senhor não chegar". Em outra versão, o sujeito, ao olhar o autor do dicionário mais famoso do Brasil, teria indagado: "Sois rei?".
estrela bet escritorio 36. Em 1989, Ariano Suassuna (1927-2014) recebeu um telefonema do alfaiate "oficial" da ABL, o italiano Francesco Rosalba. O autorestrela bet escritorioO Auto da Compadecida (1955) agradeceu a ligação, mas disse que preferia confiar a confecçãoestrela bet escritorioseu fardão a uma costureira do Recife chamada Edith Minervinaestrela bet escritorioLima. "Não vou dizer que eu era o mais bonito que tinha lá porque, na Academia, só tem gente feia. Mas, era o menos feio", brincou.
estrela bet escritorio 37. Volta e meia, um visitante ilustre assina o livro da ABL. Já passaram por lá, entre outros figurões, o francês Anatole France (1844-1924),estrela bet escritorio1910; o alemão Albert Einstein (1879-1955),estrela bet escritorio1925; o britânico Rudyard Kipling (1865-1936),estrela bet escritorio1927; o austríaco Stefan Zweig (1881-1942),estrela bet escritorio1936; o espanhol Carlos Fuentes (1928-2012),estrela bet escritorio1997...
estrela bet escritorio 38. Desde 2005, a tarefaestrela bet escritorioconfeccionar os fardões da ABL passou a ser do alfaiate Diógenes Cardoso. O convite partiu do então presidente da casa, Ivan Junqueira (1934-2014). À época, Diógenes trocou a lã por cambraia, um tecido mais leve e menos calorento. Os fiosestrela bet escritorioouro, bordados sob o formatoestrela bet escritorioramosestrela bet escritoriocafé, continuam sendo importados da França. Cada peça leva cercaestrela bet escritoriodois meses para ficar pronta.
estrela bet escritorio 39. Cada acadêmico ganha, como se fosse um "salário", um valor estimadoestrela bet escritorioR$ 3 mil por mês. Além disso, embolsa cachês semanaisestrela bet escritorioR$ 750 eestrela bet escritorioR$ 1,5 mil pela participaçãoestrela bet escritorioconferências e reuniões. O montante pode chegar a R$ 12 mil. A academia ainda oferece, entre outros benefícios, planoestrela bet escritoriosaúde. Boa parte dos recursos vem do aluguel das 300 salas comerciais do Palácio Austregésiloestrela bet escritorioAthayde, ao lado do Petit Trianon.
estrela bet escritorio 40. Por duas vezes, uma mesma cadeira da ABL foi ocupada por dois membrosestrela bet escritoriouma mesma família. No dia 10estrela bet escritorioagostoestrela bet escritorio1944, Rodrigo Octavio Filho (1892-1969), segundo ocupante da cadeira 35, foi eleito para ocupar a vagaestrela bet escritorioseu pai, Rodrigo Otávio (1866-1944). Em 7estrela bet escritoriodezembroestrela bet escritorio2001, Zélia Gattai (1916-2008) substituiu o próprio marido, Jorge Amado (1912-2001), na cadeira 23.
- Texto originalmente publicadoestrela bet escritoriohttp://roberthost1.accountsupport.com/brasil-62224349
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