CoronaVac: Chile vai aplicar terceira dose. Brasil fará o mesmo?:empresa novibet

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Por ora, os chilenos que tomaram duas doses da AZD1222 ou da Comirnaty não serão contemplados com o reforço. Mas eles configuram uma minoria: a CoronaVac foi aplicadaempresa novibet90% dos vacinados do país.
A decisão do governo vem como uma resposta aos estudos e orientações dos cientistasempresa novibetinstituições locais, que observaram uma diminuição da eficácia da vacina da Sinovac com o passar dos meses.
A nação sul-americana também passa por um momentoempresa novibetrelativa estabilidade da pandemia, com quedas nos númerosempresa novibetcasos e mortes por covid-19. Mas a chegada da variante Delta ligou o sinalempresa novibetalerta das autoridades sanitárias locais e acelerou a discussão e a decisão sobre a necessidadeempresa novibetuma terceira dose.
Por enquanto, ainda não há nenhuma definição sobre o reforço vacinal no Brasil, mas tanto o Ministério da Saúde quanto o Instituto Butantan (responsável por finalizar a produção da CoronaVac no país) admitem que avaliam e consideram essa possibilidade.
Na dúvida, melhor garantir
De acordo com o painel da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, o Chile contabiliza até o momento 1,6 milhõesempresa novibetcasos e 35 mil mortes pela covid-19.
O pior período da pandemia por lá ocorreu entre junho e julhoempresa novibet2020, quando o país alcançou uma média móvelempresa novibet240 óbitos por dia.
A nação também registrou uma segunda onda entre março e junhoempresa novibet2021 e ultrapassou a médiaempresa novibet7,3 mil diagnósticos diários da infecção pelo coronavírus.
É curioso notar que, nesse segundo períodoempresa novibetmaior gravidade, não houve um aumento proporcional na taxaempresa novibetmortes (embora elas tenham subido), o que reforça a ideiaempresa novibetque as vacinas estão cumprindo na prática o que foi visto nos estudos clínicos: uma proteção contra os casos mais graves, que exigem intubação e podem matar.
Falando na imunização, o Chile é o terceiro lugar no mundo com a campanha mais adiantada (só fica atrásempresa novibetEmirados Árabes Unidos e Uruguai),empresa novibetque 65% da população está com as duas doses e 8% com a primeira aplicação.
Todos esses dados vêm do Our World In Data, portal que reúne estatísticas e informações sobre a pandemia.

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Com um cenário relativamente tranquilo, o governo local decidiu aliviar as políticas restritivas e colocarempresa novibetmarcha o planoempresa novibetretomada das atividades econômicas e sociais.
Mas dois acontecimentos criaram uma preocupação nas autoridades sanitárias e deram força aos projetosempresa novibetdistribuir a terceira dose.
Primeiro, a confirmação da chegada da variante Deltaempresa novibetterritório chileno, que já foi detectada inclusiveempresa novibetpessoas que não viajaram ao exterior (o que confirma a transmissão comunitária dessa linhagem).
A experiênciaempresa novibetoutros países, como Israel, Reino Unido e Estados Unidos, mostra que essa nova versão do coronavírus é mais transmissível e está por trás do descontrole nos númerosempresa novibetcasos confirmados, mesmo nos lugares com a vacinação bem encaminhada.
O segundo fator decisivo foi a divulgaçãoempresa novibetjulhoempresa novibetum estudo da Universidade Católica do Chile e do Instituto Milênioempresa novibetImunologia e Imunoterapia com maisempresa novibet2 mil voluntários, que observou uma queda na produçãoempresa novibetanticorpos e na imunidade celular seis meses após a aplicação das duas doses da CoronaVac.
A boa notícia é que a vacina continua tendo uma eficácia considerável mesmo após esse tempo. Os autores ainda destacam que foram poucos (menosempresa novibet3%) os participantes que tiveram covid-19 grave após estarem completamente imunizados.
Mesmo assim, os especialistas recomendaram que o Ministério da Saúde do Chile avaliasse a possibilidadeempresa novibetoferecer uma terceira dose, para garantir que o sistema imunológico continue "antenado" para evitar um ataque bem-sucedido do coronavírus.
A bioquímica e imunologista Marcela Gatica, da Universidadeempresa novibetLa Serena, localizada no norte do Chile, chama a atenção para o fatoempresa novibeta pesquisa, que ganhou muito destaque, ainda não ter sido publicadaempresa novibetperiódicos científicos, o que dificulta uma avaliação mais aprofundada sobre seus resultados.
Ela também critica a faltaempresa novibetcritérios ou explicações para definir os tiposempresa novibetvacinas que serão aplicadasempresa novibetcada faixa etária.
"De forma geral, uma parte da população recebeu a informação da terceira dose com alegria e tranquilidade. Mas, por outro lado, uma parcela também ficouempresa novibetdúvida sobre o que isso significa e o que realmente se sabe sobre essa questão", analisa.
"Também há um sentimento questionando se é certo dar uma terceira dose enquanto outros países não têm vacinas", completa.
E no Brasil?
Com pouco maisempresa novibet52 milhõesempresa novibetdoses aplicadas (36% do total), a CoronaVac é a segunda vacina contra a covid-19 mais utilizada no Brasil — ela só fica atrás da AZD1222, com 68 milhõesempresa novibetunidades (48%).
A discussão sobre a necessidadeempresa novibetreforço, porém, está menos avançada por aqui. Até o momento, o assunto foi mencionado por cimaempresa novibetdiscursos e entrevistasempresa novibetpolíticos e gestoresempresa novibetsaúde.
Foi o caso, por exemplo, do governadorempresa novibetMinas Gerais, Romeu Zema (Novo). Ele disse recentemente que "tudo indica que precisaremosempresa novibetuma terceira dose".
O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, seguiu uma linhaempresa novibetraciocínio parecida e declarou que algumas vacinas demandarão esse reforço.
Por outro lado, o governadorempresa novibetSão Paulo, João Doria (PSDB) declarou que ainda não acredita na necessidade da dose adicional.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, parece concordar. Ao reclamar sobre anúncios adiantados feitos por representantesempresa novibetEstados e municípios sobre esse tópico, ele reafirmou a urgênciaempresa novibetfocar e avançar na vacinação com duas doses.
Do pontoempresa novibetvista oficial, o Ministério da Saúde vai iniciar um estudo para avaliar a necessidadeempresa novibetreforço para quem tomou a CoronaVac.

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"A pesquisa, que será realizadaempresa novibetparceria com a Universidadeempresa novibetOxford e deve começarempresa novibetduas semanas, vai verificar a intercambialidade dessa vacina com outros imunizantes disponíveis para a população brasileira", afirma a assessoriaempresa novibetimprensa do ministério, após um pedidoempresa novibetesclarecimentos feito pela BBC News Brasil.
De acordo com a pesquisadora Sue Ann Clemens, que vai coordenar a investigação diretoempresa novibetOxford, na Inglaterra, o objetivo é vacinar pessoas que já tenham tomado as duas doses da CoronaVac há pelo menos seis meses.
Os 1,2 mil voluntários serão divididosempresa novibetquatro grupos: um receberá um reforço da própria CoronaVac, enquanto os outros tomarão os imunizantes Comirnaty, AZD1222 ou Ad26.COV2-S (da Janssen).
A partir desses resultados, as autoridades públicas brasileiras poderão decidir até o final do ano se adotam a mesma estratégia do Chile ou não.
O médico Jorge Elias Kalil Filho, professor titularempresa novibetimunologia clínica da Faculdadeempresa novibetMedicina da Universidadeempresa novibetSão Paulo, revela que esse assunto também está sendo debatido pelo comitê técnico que assessora o Programa Nacionalempresa novibetImunizações (PNI) do Ministério da Saúde, do qual ele faz parte.
É possível que esse grupo faça novas orientações e recomendações sobre a questão ao longo das próximas semanas.
A reportagem da BBC News Brasil também procurou o Instituto Butantan, responsável por finalizar a produção da CoronaVac a partir da importação dos insumos da China.
"Já temos estudos iniciados no Brasil eempresa novibetoutros países que preveem a necessidadeempresa novibetuma doseempresa novibetreforço anual contra a covid-19, assim como acontece hojeempresa novibetrelação à influenza (gripe). Essa hipótese vem sendo amplamente discutida, especialmente diante do avanço da variante Delta", responderam os representantes da entidade, por meioempresa novibetnota enviada pela assessoriaempresa novibetimprensa.
"Vale ressaltar que o avanço da Delta [no país] está sendo acompanhado por meio da Redeempresa novibetAlertas das Variantes do Sars-CoV-2 [o coronavírus responsável pela pandemia atual], coordenada pelo Butantan e, por enquanto, não foi considerado representativo do pontoempresa novibetvista populacional", completam.
O momento certo entre a precipitação e o atraso
O resumo da ópera, portanto, é que o Brasil avalia a possibilidadeempresa novibetum reforço na vacinação contra a covid-19 no futuro, mas ainda estamos longeempresa novibetqualquer definição sobre esse tópico.
Do pontoempresa novibetvista científico, esse compassoempresa novibetespera até faz sentido: não temos evidências suficientes e um consenso entre os especialistasempresa novibetque a dose adicional será realmente necessária.

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A imunologista Ana Karolina Marinho, do Departamento Científicoempresa novibetImunização da Associação Brasileiraempresa novibetAlergia e Imunologia (Asbai), entende que é importante que especialistas e gestores discutam esse assunto e se planejem para o futuro.
"Nós não sabemos ainda quanto tempo dura a imunidade pela vacina ou pela infecção natural. Temos estudos mostrando que ela se mantém por pelo menos seis ou até oito meses, mas ainda precisamosempresa novibetdados mais sólidos", contextualiza.
Já Kalil acredita que é necessário começar a aplicar uma terceira dose agora nos grupos vulneráveis, como indivíduos com maisempresa novibet80 anos, aqueles que fizeram ou que têm algum problema no sistema imunológico.
"Muito provavelmente essa população se beneficiaria dessa estratégia, especialmente se aqueles que tomaram a CoronaVac lá atrás receberem agora uma dose da Pfizer ou da AstraZeneca", diz.
"Nós temos que fazer projeções das hospitalizações e mortes por covid-19 daqui para frente e pensarempresa novibetproteger aqueles que mais precisam", completa o professor, que aponta a chegadaempresa novibetuma boa quantidadeempresa novibetlotesempresa novibetimunizantes ao Brasil ao longo dos próximos meses, segundo o planejamento do Ministério da Saúde, como um caminho para suprir essa possível demanda extra.
Enquanto não temos uma definição, é importante que, do pontoempresa novibetvista individual, todo mundo continue fazendo aempresa novibetparte e vá ao postoempresa novibetsaúde nas datas estipuladas. Todas as vacinas contra a covid-19 usadas no PNI foram aprovadas pela Anvisa e têm a segurança e a eficácia comprovadasempresa novibetestudos rigorosos.
E, claro, mesmo com qualquer definição sobre o reforço, todas as pessoas (incluindo os vacinados) precisam continuar se cuidando e respeitando as orientaçõesempresa novibetdistanciamento físico, usoempresa novibetmáscaras, preferência por lugares bem arejados e higiene das mãos.
Moratória global
Ainda dentro desse debate, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu recentemente que os países esperem pelo menos até o fimempresa novibetsetembro antesempresa novibetiniciarem qualquer programaempresa novibetreforço vacinal.
A entidade entende que o momento éempresa novibetresguardar as pessoas mais vulneráveis, como os idosos e os profissionais da saúde, das nações mais pobres, cujas campanhasempresa novibetimunização contra a covid-19 caminhamempresa novibetritmo lento.
"Não podemos aceitar que os países que aplicaram a maior quantidadeempresa novibetdoses usem ainda mais vacinas, enquanto as pessoas mais vulneráveisempresa novibetoutras partes do mundo permanecem desprotegidas", declarou o biólogo etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

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Mas os apelos parecem não ter surtido resultado. Além do Chile, a Alemanha já anunciou que vai dar o reforçoempresa novibettodo mundo que não recebeu as vacinasempresa novibetmRNA, fabricadas pelas farmacêuticas Pfizer/BioNTech e Moderna.
Outras nações, como Israel e França, pretendem fornecer nas próximas semanas a terceira dose para idosos ou indivíduos com a imunidade comprometida. Os Estados Unidos também estudam essa possibilidade para agosto ou setembro.
"Num momentoempresa novibetque não temos vacinas disponíveis para o mundo inteiro, é preciso pensar nessa aplicação extra com muita cautela", acredita Marinho, da Asbai.
"Diante da escassez, a urgência agora é garantir o esquema básico com duas doses, que é o que temos planejado e bem documentado na literatura científica", finaliza a imunologista.

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