Brasil duplica armas registradasroleta sorteum ano, e mortes violentas crescem na pandemia:roleta sorte

Enquanto especialistasroleta sortesegurança pública apontam que a facilitação no acesso a armas favorece a violência, o governo argumenta que as medidas adotadas visam a desburocratização, a clareza das normas e "adequar o númeroroleta sortearmas, munições e recargas ao quantitativo necessário ao exercício dos direitos individuais".

Também mais do que dobrou (aumentoroleta sorte108%) a autorizaçãoroleta sorteimportaçõesroleta sortearmasroleta sortefogoroleta sortecano longo, categoria que inclui, por exemplo, carabinas, espingardas e fuzis.

Houve, ainda, altaroleta sorte29,6% nos registrosroleta sortecolecionadores, atiradores desportivos e caçadores, os chamados CACs.

"Diversos estudos mostram essa associação grande entre mais armas e homicídios", diz à BBC News Brasil David Marques, coordenadorroleta sorteprojetos do Fórum Brasileiroroleta sorteSegurança Pública, embora ele destaque que homicídios são um fenômeno com múltiplas causas no país.

"Essa flexibilização no acesso a armasroleta sortecurso desde 2019, junto à fragilização dos mecanismosroleta sortecontrole e rastreamentoroleta sortearmas cria um cenário explosivo do pontoroleta sortevista dos homicídios."

Abaixo, a BBC News Brasil mostra outros dadosroleta sorteviolência no país durante a pandemia e que foram compilados pelo relatório.

Aumentoroleta sortehomicídios

Segundo o Anuário, o Brasil teve um aumentoroleta sorte4% no númeroroleta sortemortes violentas intencionaisroleta sorte2020,roleta sortecomparação com o ano anterior.

Ao todo, 50.033 pessoas foram assassinadas no país no ano passado 78% morreram com ferimentos provocados por armasroleta sortefogo.

A maioria das vítimas era homens (91,3%), negros (76,2%) e jovens (54,3%).

O relatório aponta, também, que o Ceará foi o Estado com maior índiceroleta sortehomicídios no país, com 45,2 mortes violentas intencionais por gruporoleta sorte100 mil habitantes, seguido por Bahia (44,9) e Sergipe (42,6).

São Paulo é o ente federativo com menor taxaroleta sortehomicídios, com nove mortes por 100 mil pessoas. Em seguida, vêm Santa Catarina (11,2) e Minas Gerais (12,6).

Letalidade policial

No ano passado, o númeroroleta sortemortosroleta sorteintervenções da polícia chegou a 6.416 pessoas, uma ligeira altaroleta sorte0,3%roleta sorterelação a 2019.

Segundo o anuário, 98,4% dos mortos eram do sexo masculino, 78,9% eram negros, e 76,2% tinham entre 12 e 29 anos.

O númeroroleta sortevítimas subiu mesmo com uma decisão do STF,roleta sortejunhoroleta sorte2020, que proíbe operações policiaisroleta sortefavelas do Rio durante a pandemia. A decisão permite ações apenasroleta sorte"hipóteses absolutamente excepcionais".

Por outro lado, 194 policiais foram assassinados no país no ano passado, altaroleta sorte12,7%. O relatório aponta que 62,7% deles eram negros, 98,4% homens e 58,9% tinham entre 30 e 49 anos. Além disso, 72% dos policiais foram mortos durante o horárioroleta sortefolga.

Violência contra meninas e mulheres

No ano passado, 1.350 mulheres foram mortasroleta sorteepisódios classificados como feminicídio — quando o crime é motivado por violência doméstica ou discriminação por gênero. Altaroleta sorte0,7%roleta sorterelação a 2019.

Segundo a publicação, 61,8% das vítimas eram negras e 74,7% tinham entre 18 e 44 anos. O relatório aponta que 81,5% dos crimes tiveram como acusados companheiros ou ex-companheiros das mulheres.

O númeroroleta sortedenúnciasroleta sorteviolência doméstica pelo telefone 190 cresceu 16%, chegando a uma por minutoroleta sortetodo o país. As medidas protetivasroleta sorteurgência, concedidas pela Justiça, também cresceram 3,6% no período.

Mesmo com aumento das denúncias, a quantidaderoleta sorteboletinsroleta sorteocorrênciaroleta sorteviolência doméstica e lesão corporal teve uma quedaroleta sorte7,4%. Para Marques, com a pandemia, mulheres vítimasroleta sorteviolência podem ter enfrentado uma maior dificuldaderoleta sorteacesso a delegacias especializadasroleta sorteinvestigar esses crimes.

Queda nos crimes patrimoniais

No ano passado, o registroroleta sortecrimes contra o patrimônio também caiu durante a pandemia, sintoma da quedaroleta sortecirculaçãoroleta sortepessoas nas ruas.

Segundo o relatório, roubosroleta sorteveículos tiveram queda 26,9%roleta sorterelação a 2019. Assaltos a residência caíram 16,6% e a transeuntes, 36,2%. Já roubosroleta sortecarga e a estabelecimentos comerciais registraram quedaroleta sorte25,4% e 27,1%, respectivamente.

"Vínhamos notando desde 2019 a reduçãoroleta sortecrimes patrimoniais, mas alguns tiveram queda mais intensa na pandemia, como roubos a transeuntes. Com certeza a menor circulaçãoroleta sortepessoas nas ruas contribuiu para a reduçãoroleta sorteoportunidades", explica Marques.

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