Ministério da Saúde cometeu ‘erro gravíssimo’ ao confiscar insumos para kit intubação, diz Doria:banca aposta

Governador João Doria

Crédito, Governo do Estadobanca apostaSão Paulo

Legenda da foto, Governador João Doria também disse que presidente Jair Bolsonaro 'deveria ter dado vacina, e não cloroquina, aos brasileiros'

"O Ministério da Saúde cometeu um erro gravíssimo ao confiscar os insumos que as empresas produzem. Isso foi realizado na gestão do ministro anterior, Eduardo Pazuello, mas ainda não foi suspenso", disse Doria.

"Nenhum governo estadual, municipal ou instituições privadas pode adquirir esses insumos porque as empresas receberam um confisco, um sequestro do Governo Federal. Gostaríamosbanca apostasaber por que o Ministério da Saúde não faz a distribuição desse material aos Estados, que podem levar até a ponta, nos hospitais", completou.

De acordo com os cálculosbanca apostaGorinchteyn, o Estado paulista precisa receber essas medicaçõesbanca apostaaté 24 horas para conseguir abastecer 643 hospitais pelos próximos dez dias.

Nas palavras do secretário, a situação é "gravíssima" e o sistemabanca apostasaúde está na "iminência do colapso" por causa da escassez desses medicamentos.

Entenda o imbróglio

Quando a pandemia começou a ficar ainda mais grave, no iníciobanca apostamarçobanca aposta2021, o Ministério da Saúde tomou uma sériebanca apostamedidas administrativas para centralizar a compra dos remédios do chamado kit intubação.

Com isso, todo o excedentebanca apostaprodução dos laboratórios farmacêuticos que fabricam esses anestésicos, sedativos e bloqueadores neuromusculares foi encaminhado para o Governo Federal, que ficou responsável por realizar a distribuição para os Estados por meio do Sistema Únicobanca apostaSaúde, o SUS.

Mas,banca apostaacordo com Gorinchteyn, o númerobanca apostadoses enviadas até o momento é "ínfima".

O secretáriobanca apostaSaúdebanca apostaSão Paulo revelou que nos últimos 40 dias já encaminhou nove ofícios ao Ministério da Saúde sobre a situação e a redução contínua dos estoques.

Porém, segundo o relato dele, não foi enviada nenhuma resposta.

"À medida que o Governo Federal fez essa requisição emergencial, nós perdemos a possibilidadebanca apostaadquirir esses produtos. Nós atendemos os nossos hospitais estaduais, mas os municípios também estão pedindo ajuda e nós precisamos acolhê-los", afirmou Gorinchteyn, durante a entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira no Palácio dos Bandeirantes.

O secretáriobanca apostasaúde Jean Gorinchteyn

Crédito, Governo do Estadobanca apostaSão Paulo

Legenda da foto, O secretáriobanca apostasaúde Jean Gorinchteyn disse que enviou nove ofícios ao Ministério da Saúde alertando para falta dos remédios para kit intubação, mas não recebeu resposta

"Precisamos que o governo nos responda, masbanca apostaforma ativa. É necessário que o país tenha um estoque desses medicamentos por muito mais tempo, pois estamos num momento muito dramático", completou.

Já o governador João Doria fez um apelo direto ao novo ministro da saSúde. "O ministro Marcelo Queiroga tem mostrado boa vontade e sensibilidade na defesa da ciência. Que ele se sinta compelido pela situação e resolva o envio dos insumos".

E não é só São Paulo que levantou preocupações sobre a disponibilidade do kit intubação.

Nos últimos dias, representantesbanca apostaRiobanca apostaJaneiro, Mato Grosso do Sul, Bahia e outros Estados também fizeram manifestações e alertas sobre a escassez dessas medicações.

'Situação desesperadora'

Um levantamento da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estadobanca apostaSão Paulo (Fehosp) indica que 160 unidadesbanca apostasaúde que fazem atendimento dos casos gravesbanca apostacovid-19 tem estoque para, no máximo, os próximos três a cinco dias.

"Monitoramos a situação por meiobanca apostaum grupo online com maisbanca aposta200 hospitais e a cada dia a situação é mais desesperadora. Mesmo os hospitais que apontam entre 8 e 10 diasbanca apostaestoque, a situação é delicada, pois são instituições maiores, que também recebem grande volumebanca apostanovas internações a cada dia e, dependendo da região, o estoque cai bruscamentebanca apostaum dia para o outro", explica Edson Rogatti, diretor-presidente da Fehosp, por meiobanca apostanota enviada à imprensa.

Profissionais da saúde fazem intubaçãobanca apostapaciente internado

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Sem sedativos, anestésicos e bloqueadores neuromusculares, a intubação é muito mais difícil e traumática

No estado paulista, cidades como Matão, Guarujá, Votuporanga e Fernandópolis só possuem uma quantia suficiente para dois ou três dias.

Rogatti declara também que os gestores hospitalares não têm conseguido encontrar fornecedores para realizar as compras.

"A Secretaria estadual tem ajudado, mas também não está conseguindo grandes volumes. Estamos batalhando por importações que estão sendo lideradas pela Confederação das Santas Casas, mas os estoques no exterior também não estão disponíveis e tememos pelo pior. Se o volumebanca apostainternação não cair rapidamente, não conseguiremos repor os estoques e será uma situação trágica", alerta.

Outro levantamento feito pela Associação Nacionalbanca apostaHospitais Privados (Anahp) no dia 7banca apostaabril já antecipava para uma possível falta dos remédiosbanca apostakit intubação, oxigênio e anestésicos.

Na pesquisa feita com 88 instituições, 75% delas disseram que só teriam estoque para mais uma semana.

"Os associados da Anahp,banca apostaum esforço emergencial, definiram a estratégiabanca apostaacesso e estão realizando importações extraordinárias dos produtosbanca apostafalta, com total apoio e agilidade da Agência Nacionalbanca apostaVigilância Sanitária (Anvisa), que alterou procedimentos administrativosbanca apostamodo a permitir as importações no menor tempo possível", relatou a diretoria da entidadebanca apostanota.

A resposta do governo

A reportagem da BBC News Brasil entroubanca apostacontato com a assessoriabanca apostacomunicação do Ministério da Saúde, que nos respondeu por meiobanca apostauma nota enviada por e-mail.

O texto informa que o ministério "já distribuiu aos estados e municípios maisbanca aposta8 milhõesbanca apostamedicamentos para intubaçãobanca apostapacientes ao longo da pandemia. Nesta semana, um grupobanca apostaempresas vai doar maisbanca aposta3,4 milhõesbanca apostamedicamentos, que serão distribuídos imediatamente aos entes federativos. Além disso, estábanca apostaandamento dois pregões e uma compra direta via OPAS [Organização Pan-Americanabanca apostaSaúde]".

O ministro da saúde, Marcelo Queiroga

Crédito, Júlio Nascimento/PR

Legenda da foto, Doria pediu que o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, 'se sinta compelido e resolva a situação'

"A pasta esclarece que todos os acordos feitos para aquisiçãobanca apostamedicamentosbanca apostaintubação orotraqueal (IOT) respeitam a realidadebanca apostacada fabricante, os contratos fechados anteriormente e a necessidade do Brasil, contemplando hospitais públicos e privados nas regiões com maior riscobanca apostadesabastecimento", finaliza a nota.

Anúncios e pendências

Durante a coletiva, Doria também anunciou que 2,2 milhõesbanca apostapaulistas com idade entre 60 e 64 anos serão vacinados entre o finalbanca apostaabril e o começobanca apostamaio.

"A vacinação dependerá da entrega da vacinabanca apostaAstrazeneca/Oxford pela Fiocruz. A Fiocruz informou o Governo do Estadobanca apostaSão Paulo, os governadores e o Ministério da Saúde sobre a entrega da vacina. Essas pessoas nessas faixas etárias serão vacinadas majoritariamente com a vacina da Fiocruz, mas também com a vacina do Butantan."

Com os idososbanca apostatodas as faixas etárias imunizados, a próxima etapa da campanhabanca apostavacinação deve focarbanca apostaindivíduos portadoresbanca apostadoenças crônicas que apresentam maior riscobanca apostaagravamento da covid-19.

"Seguindo o planejamento do Programa Nacionalbanca apostaImunizações, o PNI, assim que finalizarmos a proteção das pessoas com 60 anos ou mais, vamos começar a trabalhar com os indivíduos com comorbidades", anunciou Regianebanca apostaPaula, coordenadora do Plano Estadualbanca apostaImunização (PEI)banca apostaSão Paulo.

A especialista, porém, demonstrou certa preocupação com os seguidos atrasos nas entregas das vacinasbanca apostaAstraZeneca/Oxford pela Fiocruz.

Regianebanca apostaPaula, coordenadora do Plano Estadualbanca apostaImunizaçõesbanca apostaSP

Crédito, Governo do Estadobanca apostaSão Paulo

Legenda da foto, Coordenadora do Plano Estadualbanca apostaImunizações, Regianebanca apostaPaula planeja finalizar a vacinaçãobanca apostatodas as pessoas acima dos 60 anos para iniciar a campanha com os portadoresbanca apostadoenças crônicas

"A expectativa era que o Estadobanca apostaSão Paulo recebessebanca apostaabril 720 mil doses, mas só chegaram 510 mil. Temos que acompanhar o quantitativo total e precisamosbanca apostamais doses", vislumbra.

Sobre a CoronaVac, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que os resultadosbanca apostaum estudo clínico divulgados recentemente não alterarãobanca apostanada as campanhasbanca apostavacinação que já estãobanca apostacurso.

No último domingo (11/04), novos dados sobre o imunizante desenvolvido por Sinovac e Instituto Butantan revelaram que esperar um intervalobanca aposta21 dias entre a primeira e a segunda dose aumenta a taxabanca apostaeficácia contra o coronavírus.

Até o momento, as autoridades orientavam aguardarbanca aposta14 a 28 dias entre as duas aplicações.

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan

Crédito, Governo do Estadobanca apostaSão Paulo

Legenda da foto, Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, explica que a descoberta recentebanca apostauma taxabanca apostaeficácia maior quando a segunda dose da CoronaVac é aplicada com mais 21 diasbanca apostaintervalo não interfere nas campanhasbanca apostaimunização

"Essa descoberta não impacta o nosso cronograma e a orientação segue para que as pessoas respeitem esse intervalobanca apostaaté 28 dias. Isso permitirá um aumento da eficácia da vacina, como aponta o nosso estudo clínico", explicou.

Por fim, Doria disse não ver problemas na instauração da CPI da pandemia no Senado e na possível investigação não só do Governo Federal, mas tambémbanca apostaestados e municípios.

"Quem não deve, não teme. Apoio meu partido sobre a CPI que está sendo instalada e discutida no Senado para avaliar aquilo que o Governo Federal deixoubanca apostafazer", declarou.

O governador aproveitou também para tecer críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"Acabobanca apostaver que Bolsonaro fez um pronunciamento onde afirmou a apoiadores, que são malucos como ele, que espera alguma sinalização para tomar providências. O que ele deveria fazer é ter compaixão e proteção à populaçãobanca apostaseu país", comentou.

"Com o negacionismo, o senhor [Bolsonaro] é responsável por uma parcela considerávelbanca apostamortes por covid-19 no país. O senhor deveria ter dado vacina, e não cloroquina, aos brasileiros", completou.

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