15 anos sem Jean Charles1xbet uaeMenezes: 'Minha dor ainda não acabou', diz mãe:1xbet uae

Maria1xbet uaeMenezes
Legenda da foto, Para Maria1xbet uaeMenezes, justiça 'não foi cumprida'

Os policiais responsáveis pela operação pensaram se tratar1xbet uaeHussain Osman, suspeito dos ataques a bomba fracassados do dia anterior no transporte público1xbet uaeLondres.

Legenda do vídeo, Erros e mentiras do caso Jean Charles, brasileiro morto1xbet uaeLondres pela polícia1xbet uae2005

O apartamento1xbet uaeque Jean Charles vivia com dois primos compartilhava uma entrada comum com uma propriedade ligada a Osman.

O incidente ocorreu1xbet uaemeio ao clima1xbet uaepânico e1xbet uaemedo que se instaurou na capital britânica duas semanas após os atentados1xbet uae71xbet uaejulho1xbet uaeLondres — nos quais quatro homens-bomba mataram 52 pessoas.

"Eu tenho outro filho, mas ele não substitui o que eu perdi. Depois1xbet uaetanto tempo, meu coração ainda está muito vazio", diz Maria à BBC News Brasil.

Jean Charles trabalhava como eletricista1xbet uaeLondres, onde chegou1xbet uae2002 com um visto1xbet uaeestudante.

O Crown Prosecution Service (CPS, ou o Ministério Público britânico) decidiu que nenhum policial deveria ser processado pelo assassinato do brasileiro.

Embora tenha dito que a morte poderia ter sido evitada, o CPS disse que não havia evidências suficientes para uma chance1xbet uaecondenação superior a 50%.

Por isso, nenhuma pessoa foi condenada individualmente pela morte.

A Polícia Metropolitana foi multada1xbet uae£ 175 mil libras por violar as leis1xbet uaesaúde e segurança.

O júri1xbet uaeum inquérito subsequente rejeitou a versão da polícia1xbet uaeque Jean Charles foi morto legalmente por dois policiais e emitiu um veredito "aberto" ou inacabado no caso.

Ou seja, os jurados não estavam certos sobre as circunstâncias da morte1xbet uaeJean Charles.

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Legenda da foto, Túmulo1xbet uaeJean Charles1xbet uaeMenezes1xbet uaeGonzaga, no interior1xbet uaeMinas Gerais

Em 2016, a família1xbet uaeJean Charles levou o caso ao Tribunal Europeu1xbet uaeDireitos Humanos, na tentativa1xbet uaever alguém ser processado. A ação foi vista como a última oportunidade1xbet uaeresponsabilizar o Estado britânico e processar os policiais envolvidos.

Mas a decisão1xbet uaeque não havia provas suficientes para processar alguém não violou as leis1xbet uaedireitos humanos, disseram os juízes.

Os advogados da família1xbet uaeMenezes alegaram que o limiar1xbet uaeevidência era muito alto e, portanto, incompatível com o artigo 2 da Convenção Europeia dos Direitos Humanos — que cobre o direito à vida.

No entanto, os juízes decidiram contra eles, por 13 votos a quatro.

O tribunal europeu disse ter acatado a conclusão da longa investigação das autoridades britânicas,1xbet uaeque não havia provas suficientes para uma chance realista1xbet uaecondenação1xbet uaequalquer oficial por causa do tiroteio.

A família também argumentou que os policiais não deveriam ter sido autorizados a dizer que agiram1xbet uaelegítima defesa.

No entanto, o tribunal,1xbet uaeEstrasburgo (França), apoiou a definição legal1xbet uaeautodefesa na Inglaterra e no País1xbet uaeGales — o que diz que deve haver uma crença honesta1xbet uaeque o uso da força era absolutamente necessário.

A corte disse que o caso era "indubitavelmente trágico" e que a frustração da família1xbet uaeMenezes pela ausência1xbet uaeprocessos individuais era compreensível.

No entanto, a decisão1xbet uaenão processar nenhum policial individualmente não se deveu a falhas na investigação "ou à tolerância ou conluio do Estado1xbet uaeatos ilegais", afirmou o tribunal.

Jean Charles1xbet uaeMenezes

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Jean Charles1xbet uaeMenezes tinha 27 anos e trabalhava como eletricista

"Em vez disso, foi devido ao fato1xbet uaeque, após uma investigação aprofundada, um promotor considerou todos os fatos do caso e concluiu que não havia provas suficientes contra qualquer policial para cumprir o teste1xbet uaelimiar1xbet uaerelação a qualquer ofensa criminal."

"Não acho que a justiça tenha sido cumprida —1xbet uaemaneira alguma", diz Maria.

Questionada sobre se poderia perdoar os envolvidos na tragédia, ela acrescentou: "Ainda não sei. Porque a dor é demais. E eles (policiais) estavam muito mal preparados."

"Meu filho era honesto e inteligente. Nunca fez mal a ninguém. Eles (policiais) mataram um homem inocente."

O que aconteceu com Jean Charles1xbet uaeMenezes?

• Duas semanas após os atentados1xbet uae7/71xbet uaeLondres (que matam 52 pessoas e deixaram mais1xbet uae700 feridos), o transporte público é alvo1xbet uaenovos ataques, mas as bombas não explodem

• Uma caçada humana é iniciada para capturar os quatro homens suspeitos1xbet uaetentar realizar o atentado

• A polícia encontra um endereço na Scotia Road, Tulse Hill, escrito1xbet uaeum cartão1xbet uaemembro1xbet uaeuma academia1xbet uaeginástica1xbet uaeuma das malas não explodidas usadas pelos suspeitos

• Jean Charles, que morava1xbet uaeum dos apartamentos da Scotia Road, é erroneamente identificado pela polícia como Hussain Osman

• Ele é morto a tiros1xbet uae221xbet uaejulho pela polícia na estação1xbet uaemetrô1xbet uaeStockwell

• Quatro homens, incluindo Osman, mais tarde são condenados por tentativa1xbet uaeatentado a bomba. Osman recebeu a sentença1xbet uaeprisão perpétua com pena mínima1xbet uae40 anos.

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