Os desafios e potenciais da educação à distância, adotada às pressasgoias e juventude palpitesmeio à quarentena:goias e juventude palpites

Crédito, REUTERS/Amanda Perobelli
Tia: 'Ai, tô virando Hulk. KKKKK Gente, a (aluna). voltou. Você está aí? Vamos corrigir o exercício, então...
Aluno: 'Posso falar no lugargoias e juventude palpitesA., tia?'
Tia: 'Espera aí um pouquinho'.
Aluno: 'Deixa eu, tia.'
Tia: 'Eu, quem?'
Aluno: 'Eu. J'.
Tia: 'Tá bom. Então, o resultado das palavras circuladas é isso. Gente, nossa aula acabou!'"
As circunstâncias um pouco caóticas e improvisadas talvez soem familiares para muitos pais e filhos diante das primeiras tentativasgoias e juventude palpitesaulas onlinegoias e juventude palpitessuas escolas. O mesmo vale para professores, muitos dos quais estão pela primeira vez se aventurando no ensino à distância ou online, e conciliando isso com o cuidadogoias e juventude palpitesseus próprios filhosgoias e juventude palpitescasa.
Não são poucas as famílias do mundo vivendo circunstâncias parecidasgoias e juventude palpitesmeio à pandemia do novo coronavírus. Segundo a Unesco (braço da ONU para educação), até 25goias e juventude palpitesmarço, 165 países haviam fechado suas escolas por causa da pandemia, interrompendo as aulas presenciaisgoias e juventude palpites1,5 bilhãogoias e juventude palpitesestudantes e mudando a rotinagoias e juventude palpites63 milhõesgoias e juventude palpitesprofessoresgoias e juventude palpiteseducação básica.

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Não há nenhum precedente para isso na história.
No Brasil, as respostas para a situação têm sido diversificadas, a dependergoias e juventude palpitescada rede ou escola. Algumas anteciparam as férias e se preparam para estruturar ensino à distância caso a quarentena se estenda, que é o mais provável; outras já estão,goias e juventude palpitesdiferentes graus e com diferentes métodos, produzindo conteúdo e enviando tarefas e aulas para os alunos fazeremgoias e juventude palpitescasa.
Na rede pública, Estados e municípios preparam aulas virtuais ou via transmissõesgoias e juventude palpitestelevisão aberta, às vezes complementadas por material enviado às casas dos alunos pelo correio ou transporte escolar. Alguns montam gruposgoias e juventude palpitesWhatsApp com alunos e professores, trocando vídeos e áudios com atividades.
Na quinta-feira (16), o governogoias e juventude palpitesSão Paulo afirmou que o período letivo para os 3,5 milhõesgoias e juventude palpitesjovens matriculados na rede estadual paulista recomeçagoias e juventude palpites27goias e juventude palpitesabril, com aulas ao vivo e vídeoaulas, mesmo para estudantes que não tenham 4Ggoias e juventude palpitescasa ou no celular.
Experiência no ensino superior
Até agora o Brasil só tinha a experiênciagoias e juventude palpitesensino à distância (ou EaD) na educação superior. E, embora as perspectivas sejamgoias e juventude palpitescrescimento nesse setor - no qual predominam as instituições privadasgoias e juventude palpitesensino -, os resultados até agora não são todos satisfatórios.
Segundo o mais recente Censo da Educação Superior, feito pelo Inep (órgão do Ministério da Educação),goias e juventude palpites2018, pela primeira vez na história, o númerogoias e juventude palpitesvagas ofertadasgoias e juventude palpitescursos universitários à distância (7,1 milhões) foi maior do que o númerogoias e juventude palpitesvagasgoias e juventude palpitescursos presenciais (6,3 milhões).
Mas o que espanta é a ainda baixa quantidadegoias e juventude palpitesestudantes que conseguem se formar. Em 2018, o Brasil teve 990 mil formandos universitários no ensino presencial, menos da metade da quantidade (2 milhões)goias e juventude palpitesalunos que se matricularamgoias e juventude palpitesuniversidades presenciais naquele mesmo ano.

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No ensino à distância, isso cai para um quinto: houve apenas 274 mil alunos formandos,goias e juventude palpitescomparação com os 1,3 milhão que se matricularam no mesmo ano.
"Muita gente se matricula achando que o curso à distância vai ser mais fácil, porque o professor não vai estar lá todos os dias", diz à BBC News Brasil Fredric Litto, presidente da Associação Brasileiragoias e juventude palpitesEducação à Distância (Abed) e professor emérito da USP.
"Quando na verdade é mais difícil, porque depende da motivação e da maturidade do aluno"goias e juventude palpitesse dedicar o suficiente aos estudos sem a presença física dos docentes, agrega.
Do lado das instituiçõesgoias e juventude palpitesensino, o avanço da EaD foi uma formagoias e juventude palpitesganhar escala e baratear os cursos, deixando-os mais acessíveis a alunos distantes ougoias e juventude palpitesbaixa renda. O problema, diz Litto, é que "uma boa porcentagem das escolas fez isso para baratear (o ensino) e ganhar mais dinheiro, demitindo, por exemplo, o corpo docente com doutorado, que é mais carogoias e juventude palpitesmanter. É bom fugir desse tipogoias e juventude palpitesinstituição, porque ela provavelmente não vai investir no enriquecimentogoias e juventude palpitesseus cursos e materiais e não vai além (do básico)."
Dito isso, Litto acha que o momento atual, que força alunos e professores a ficaremgoias e juventude palpitescasa, pode oferecer boas oportunidades para enriquecer o ensino básico com ferramentasgoias e juventude palpitesqualidade da educação à distância.

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'Melhor lugar para criança é na escola'
Mas, antes, como transpor o universo do ensino à distância para a educação básica, períodogoias e juventude palpitesque a presença física, o relacionamento com colegas e a proximidade com os professores fazem enorme diferença no processogoias e juventude palpitesaprendizagem?
"Naturalmente, o melhor lugar para a criança é na escola. Não vamos agora ter soluções (que seriam ideais) para os tempos normais, mas vamos poder aprender para aperfeiçoar a educação quando voltarmos aos tempos normais", diz à BBC News Brasil Claudia Costin, diretora do Centrogoias e juventude palpitesExcelência e Inovaçãogoias e juventude palpitesPolíticas Educacionais (Ceipe-FGV), que está assessorando redes estaduais e municipais a se adaptarem às circunstâncias atuais.
Soma-se a isso o fatogoias e juventude palpitesque, no Brasil, a qualidade da escola costuma ter o papelgoias e juventude palpitesredução - ou,goias e juventude palpitessituações negativas,goias e juventude palpitesaprofundamento - das desigualdades sociais.
Por isso, especialistasgoias e juventude palpiteseducação temem que estudantesgoias e juventude palpitesredes ou escolas menos estruturadas, particularmentegoias e juventude palpitesregiões carentes, acabem ficando para trás ou perdendo motivaçãogoias e juventude palpitesestudar e, futuramente,goias e juventude palpitesretomar as aulas presenciais.
"No pior dos cenários, se a escola não tiver estrutura (de criar uma aula online), precisa pelo menos mandar tarefas para o aluno fazergoias e juventude palpitescasa, para não desaquecer o processogoias e juventude palpitesaprendizagem", opina Costin.
"Neste momento, a única certeza égoias e juventude palpitesque temosgoias e juventude palpitesfazer algo para que não aumentem as desigualdades educacionais. Porque muitas escolas particulares estão mandando suas atividades, e nelas estão as famílias com mais letramento" - e, portanto,goias e juventude palpitesteoria com mais facilidadegoias e juventude palpitesmanter os filhos estimulados no processogoias e juventude palpitesaprendizagem.

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Incertezas das escolas
Por conta da pandemia, o Ministério da Educação permitiu que as escolas não cumpram os 200 dias letivos previstosgoias e juventude palpiteslei, desde que mantenham as 800 horasgoias e juventude palpitesaula obrigatórias para a educação básica.
Mas como encaixar as horasgoias e juventude palpitesum período letivo menor? Todas as aulas online durante a quarentena contarão como dia letivo? Como exigir o mesmo aprendizadogoias e juventude palpitescrianças que tenham diferentes condições (de tablets e acesso à internet a escrivaninhas, por exemplo) dentrogoias e juventude palpitescasa? Como avaliar, na volta às aulas, o que foi ensinado virtualmente?
Essas perguntas, por enquanto, permanecem sem uma resposta definitiva. O Conselho Nacionalgoias e juventude palpitesEducação (CNE, órgão independente ligado ao MEC) está preparando uma resolução com orientações às escolas para lidar com esses desafios.
"A grande dificuldade no Brasil, assim como nos demais países, é a situação imprevisívelgoias e juventude palpitesuma área que não tem tradicionalmente a cultura do digital, do trabalho remoto ou da educação à distância. Isso é novo e complexo para quem trabalha com educação básica nas escolas públicas e particulares", afirmou Maria Helena Guimarãesgoias e juventude palpitesCastro, conselheira do CNE,goias e juventude palpitesum seminário virtual realizadogoias e juventude palpites8goias e juventude palpitesabril pelo conselho, pela organização Todos Pela Educação e pelo Banco Mundial, para discutir a nova realidade do ensino.
A Unesco, porgoias e juventude palpitesvez, fez um chamado para que instituições educacionais públicas e privadasgoias e juventude palpitestodo o mundo sigam uma listagoias e juventude palpitesrecomendaçõesgoias e juventude palpitesmeio à pandemia:
1) preservem empregos e salários dos funcionários, dizendo que "a crise não pode ser um pretexto para baixar os padrões e desmerecer direitos trabalhistas";
2) priorizem a saúde e o bem-estargoias e juventude palpitesprofessores e alunos,goias e juventude palpitesmeio ao estresse e à crescente exposição da população global ao coronavírus;
3) deem voz aos professores no processogoias e juventude palpitesplanejamento das respostas educacionais, alémgoias e juventude palpitesoferecer-lhes treinamento adequado para lidar com as circunstâncias;

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4) coloquem a igualdade no centro dos debates. "Soluções tecnológicas que assegurem a continuidade do ensino frequentemente exacerbam as desigualdades", afirma documento da Força-Tarefa Internacionalgoias e juventude palpitesProfessores pela Educação, da Unesco. "Educação à remota e virtual só são eficientes para professores, estudantes e famílias com eletricidade adequada, conexão à internet, computadores e tablets, e espaço físico para trabalhar."
Para alguns dos especialistas ouvidos, diante das deficiências educacionais acumuladas pelo Brasil até mesmogoias e juventude palpitescondições normais e da possibilidadegoias e juventude palpitesque não seja possível transmitir todo o conteúdo esperado no modelo virtual, será preciso fazer preparos extras para que a volta às aulas presenciais compense as defasagens.
Isso não significa, porém, que não dê para fazer muito pelos alunos neste momento. A percepção dos educadores ouvidos pela reportagem égoias e juventude palpitesque não apenas é possível ensinar habilidades e conteúdos, como tirar lições que podem melhorar a educação presencial no futuro.
'Não é só transformar a aula presencialgoias e juventude palpitesonline'
Para Fredric Litto, da Abed, um erro comum é achar que basta gravar a aula do professor e transmiti-la online para fazer os alunos aprenderem.
"O aluno provavelmente vai ouvir dez minutos e desligar. Não dá para repetir (virtualmente) o ambiente da salagoias e juventude palpitesaula presencial. Tem que fazer algo diferente, e esse 'diferente' pode ser enriquecedor e eficaz se for bem feito. O sucesso da aula presencial depende muito da inspiração do professor naquele dia, e a vantagem da boa aula remota é que isso não acontece, se tiver uma equipe por trás, pensando no conteúdo, no audiovisual, na avaliação a ser feita daquilo depois", afirma.
O curioso é que Litto tem ouvido da filha, que mora na região altamente informatizada do Vale do Silício, na Califórnia, que seu netogoias e juventude palpites14 anos está enfrentando desafios semelhantes aosgoias e juventude palpitesalunos brasileiros neste momento.
"Nem lá eles estavam preparados", relata.
Para as escolas e professores que pela primeira vez estão tendogoias e juventude palpitestrabalhar plenamentegoias e juventude palpitesambientes virtuais, Litto sugere pensargoias e juventude palpitesformasgoias e juventude palpitesenriquecer o aprendizado com conteúdos interativos e disponíveis para qualquer um que tenha acesso à internet.
"Um professor pode, por exemplo, propor uma atividade com basegoias e juventude palpitesuma visita virtual (dos museus) Louvre e Hermitage. Ou com basegoias e juventude palpitesarquivos históricos online, filmesgoias e juventude palpitesanimação, etc. A vantagem é que um aluno do interior (com conexão à internet) pode ter acesso à equipamentos online da USP, mesmo estando longe."

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"O ideal é não só depositar conteúdo e arquivos PDF para as crianças lerem, mas sim estimular pesquisas e pensargoias e juventude palpitestemáticas criativas" para engajar os alunos, sugere Helena Faro, especialistagoias e juventude palpiteseducação integral do Instituto Ayrton Senna.
"Uma ideia é estimular as crianças a transformar as situações vividasgoias e juventude palpitescasagoias e juventude palpiteshistóriasgoias e juventude palpitesquadrinhos, a partir dos relatos deles próprios. As escolas estão sendo convidadas a pensargoias e juventude palpitesoutros tiposgoias e juventude palpitesestratégia e projetos que motivem os estudantes a usar o celular para algo além da diversão e das redes sociais", diz ela.
E para as crianças pequenas, ainda incapazesgoias e juventude palpitesse concentrar por muito tempogoias e juventude palpitesuma atividade virtual - e para quem o ensino presencial faz uma diferença ainda maior?
"Tenho visto algumas redes fazerem trabalhos colaborativos interessantes nessa fase, por exemplo, mandando um vídeo do professor pedindo aos alunos pequenos que contem o que gostamgoias e juventude palpitescomer ougoias e juventude palpitesfazer. Depois o professor junta as respostas e todos conversam a respeitogoias e juventude palpitesuma livegoias e juventude palpitesFacebook", conta Faro.
Na educação infantil, Claudia Costin diz que alguns professores têm usado gruposgoias e juventude palpitesWhatsApp para passar orientações aos paisgoias e juventude palpitescomo realizar atividades com as crianças e bebês. "Depois, uma vez por semana esse professor manda um vídeo individualizado para cada aluno, para manter o contato afetivo entre eles."
Ir alémgoias e juventude palpitesconteúdo - e ensinar habilidades
E, se está difícil transpor o ensinogoias e juventude palpitesalguns conteúdos para o modelo virtual, o atual momento desafiador -goias e juventude palpitespandemia e confinamento - pode ajudar a ensinar habilidades importantes às crianças, desde a concentração nos estudos até a autonomia e o hábitogoias e juventude palpitesleitura.
Um bom começo, diz Helena Faro, é o letramento emocional, algo que é difícil até mesmo para adultos: aprender a reconhecer e nomear os próprios sentimentos - que, no momento, podem ser tédio, medo e insegurança.
Além disso, "uma habilidade importante atualmente é agoias e juventude palpitesresolução colaborativagoias e juventude palpitesproblemas com criatividade. Então as famílias podem envolver as crianças no processo decisóriogoias e juventude palpitesseu cotidiano, organizando um quadrogoias e juventude palpitestarefas domésticas e estimulando-as a arrumargoias e juventude palpitescama e cozinhar", sugere Costin.
"É também o momentogoias e juventude palpitesfortalecer o vínculo familiar, contando históriasgoias e juventude palpitesfamília e lendo para as crianças. Sugiro reservar 20 minutos para que cada um leia um livro, todos juntos, e saia das telas, para lembrar que a leitura é um hábitogoias e juventude palpiteslazer."
Costin sugere, também, "baixar as expectativas", porque recriar o ambientegoias e juventude palpitesaprendizado da escolagoias e juventude palpitescasa vai ser mesmo muito difícil. "O importante é as crianças lembrarem deste período como umgoias e juventude palpitesconvivência familiar, mais do que umgoias e juventude palpitesestresse."
'Não vai ser igual volta das férias'
Isso nos leva aos preparativos para a volta às aulas, período que também desperta preocupaçãogoias e juventude palpitesobservadores da educação.
"As crianças não vão voltar às aulas como se tivessem voltado das férias", afirmou no semináriogoias e juventude palpites8goias e juventude palpitesabril Priscila Cruz, presidente do Todos Pela Educação. "Muitas vão voltar com marcas do estresse, porque suas famílias terão perdido renda ou terão perdido pessoas queridas durante a pandemia."
Outras crianças talvez desistam da escola, desmotivadas dos estudos ou forçadas a trabalhar para contribuir para o orçamento doméstico. Assim, muitas escolas terãogoias e juventude palpitesse organizar para buscar novamente esses alunos e encontrar formasgoias e juventude palpitesmanter as turmas engajadas nesse intervalo. Até quando, ninguém sabe por enquanto.
Nesse cenário complexo, opinou Cruz, é primordial que "não deixemos que este seja um ano letivogoias e juventude palpitesfazgoias e juventude palpitesconta. Porque o prejuízo disso ao país será gigantesco".

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