'Precisamos falar nas escolas do risco1xbet 7000 bonussexualização precoce e violenta1xbet 7000 bonusadolescentes':1xbet 7000 bonus

Amanda Sadalla na frente1xbet 7000 bonusum muro pintado com a mensagem 'você não está sozinha'

Crédito, Isabella Cruvinel Santiago/Instituto Liberta

Legenda da foto, 'Se a gente não falar sobre pornografia, os meninos vão continuar aprendendo que sexo é violento', diz a consultora Amanda Sadalla.

É para evitar esse roteiro, que pode levar à violência sexual, que Sadalla defende a necessidade1xbet 7000 bonusdiscutir a pornografia nas escolas. Ela argumenta que a indústria pornográfica incentiva "uma sexualização super precoce" e leva crianças e adolescentes a relacionarem sexo com violência.

"A gente precisa falar1xbet 7000 bonuspornografia na escola. Se a gente não falar sobre pornografia, os meninos vão continuar aprendendo que sexo é violento", diz. "Tem meninos1xbet 7000 bonus13 anos totalmente viciados1xbet 7000 bonuspornografia."

A consultora trata do assunto1xbet 7000 bonusoficinas com adolescentes1xbet 7000 bonus12 a 18 anos1xbet 7000 bonusescolas do Estado1xbet 7000 bonusSão Paulo, promovidas1xbet 7000 bonusparceria com o Instituto Liberta, que tem como missão combater a exploração sexual1xbet 7000 bonuscrianças e adolescentes no Brasil.

Ela acredita que,1xbet 7000 bonusvez1xbet 7000 bonusimaginar que se possa evitar totalmente que os jovens assistam ao conteúdo proibido para menores, é mais eficaz explicar que os vídeos não refletem a realidade e que eles não devem se inspirar neles — que tratam as mulheres como objetos — quando tiverem suas próprias relações.

"O trabalho que a gente faz é explicar que a pornografia não é realidade, que eles não devem reproduzir um homem agressivo, que não se preocupa se a mulher está se sentindo confortável. A ideia é que o próprio aluno entenda que aquilo não é saudável. Entendo que isso é mais efetivo do que dizer 'não assista'."

Sadalla lembra1xbet 7000 bonusuma vez1xbet 7000 bonusque mencionou o termo "pornografia violenta" e uma aluna perguntou o que isso significava. A resposta veio1xbet 7000 bonusum colega adolescente.

"Ele respondeu 'como assim você não tá entendendo? É o que os meus amigos assistem todos os dias'. E ele sabia explicar com todos os detalhes o que é uma pornografia violenta", conta Sadalla.

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O que é violência sexual?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência sexual como "todo ato sexual, tentativa1xbet 7000 bonusconsumar um ato sexual ou insinuações sexuais indesejadas; ou ações para comercializar ou usar1xbet 7000 bonusqualquer outro modo a sexualidade1xbet 7000 bonusuma pessoa por meio da coerção por outra pessoa, independentemente da relação desta com a vítima,1xbet 7000 bonusqualquer âmbito, incluindo o lar e o local1xbet 7000 bonustrabalho".

A coerção pode acontecer "de diversas formas e por meio1xbet 7000 bonusdiferentes graus1xbet 7000 bonusforça, intimidação psicológica, extorsão e ameaças". Também pode ocorrer se a pessoa não estiver1xbet 7000 bonuscondições1xbet 7000 bonusdar seu consentimento, como sob efeito1xbet 7000 bonusálcool ou outras drogas, ou dormindo.

Alguns exemplos são o estupro — praticado por pessoas conhecidas ou desconhecidas — e o assédio sexual, que pode acontecer na escola, no local1xbet 7000 bonustrabalho e1xbet 7000 bonusoutros ambientes.

Entre as consequências da violência sexual para a saúde das mulheres, a OMS aponta gravidez não planejada, aborto inseguro, disfunção sexual, infecções sexualmente transmissíveis, depressão, transtorno por estresse pós-traumático, ansiedade, dificuldade para dormir, comportamento suicida e transtorno1xbet 7000 bonuspânico.

Quatro meninas1xbet 7000 bonusaté 13 anos estupradas por hora

A violência sexual acontece principalmente dentro1xbet 7000 bonuscasa. Do total1xbet 7000 bonusestupros registrados1xbet 7000 bonus2018 no Brasil,1xbet 7000 bonus75,9% dos casos as vítimas possuíam algum tipo1xbet 7000 bonusvínculo com o agressor (parentes, companheiros, amigos ou outros).

"A violência acontece1xbet 7000 bonustodas as classes, com pessoas1xbet 7000 bonustodas as cores. Mas, quando estamos falando1xbet 7000 bonuscrianças que vivem na pobreza, é ainda mais difícil sair desse ciclo1xbet 7000 bonusviolência", diz Sadalla.

Nesse caso, ela explica que a dificuldade pode vir do fato1xbet 7000 bonusque muitas vezes a mãe, que pode também sofrer violência do mesmo agressor, depende financeiramente dele. "Existe aí um medo1xbet 7000 bonuster uma separação desse agressor e essa mãe não saber como vai se sustentar."

Outro cenário que pode levar a mãe a não denunciar, segundo a consultora, é o medo1xbet 7000 bonusmais uma reação violenta do agressor.

"Muitas vezes escuto a escola culpabilizando a mãe. 'Olha essa mãe que sabe que a filha sofre violência e não faz nada'. Eu entendo a raiva, mas muitas vezes essa mãe também sofre violência e ela tem medo1xbet 7000 bonusdenunciar porque tem medo1xbet 7000 bonusesse homem fazer algo ainda pior com ela e ela não ter mais como cuidar da filha. Ela fala 'se eu morrer, quem vai cuidar da minha filha?'."

É exatamente pelo fato1xbet 7000 bonusa violência muitas vezes vir1xbet 7000 bonusalgum membro da família que Amanda Sadalla diz que é importante o tema ser discutido no âmbito escolar.

"É por isso que é tão importante a gente entender que não adianta a criança buscar ajuda na escola e a escola dizer 'vou resolver com os seus pais'. Por isso que o Estado tem que entrar. Às vezes a família é onde está o problema, por isso vem a ajuda da assistência social."

Imagem mostra um desenho infantil1xbet 7000 bonusum homem com a mão no rosto1xbet 7000 bonusuma criança

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A maioria dos 66 mil casos1xbet 7000 bonusestupro registrados no Brasil1xbet 7000 bonus2018 envolveu vítimas1xbet 7000 bonusaté 13 anos, segundo o Anuário Brasileiro1xbet 7000 bonusSegurança Pública.

Foram registrados no ano passado 66.041 casos1xbet 7000 bonusestupro, o que dá uma média1xbet 7000 bonus180 casos por dia, segundo o Anuário Brasileiro1xbet 7000 bonusSegurança Pública 2019. Oito a cada dez vítimas eram mulheres.

Pelo recorte1xbet 7000 bonusidade, os dados mostram que quatro meninas1xbet 7000 bonusaté 13 anos foram estupradas por hora1xbet 7000 bonus2018.

Considerando as vítimas1xbet 7000 bonusaté 17 anos, os casos somam 71,8% do total.

O anuário destaca que "os crimes sexuais estão entre aqueles com as menores taxas1xbet 7000 bonusnotificação à polícia, o que indica que os números aqui analisados são apenas a face mais visível1xbet 7000 bonusum enorme problema que vitima milhares1xbet 7000 bonuspessoas anualmente".

Segundo o documento, no caso do Brasil, a última pesquisa nacional1xbet 7000 bonusvitimização estimou que apenas cerca1xbet 7000 bonus7,5% das vítimas1xbet 7000 bonusviolência sexual notificam a polícia.

Amanda1xbet 7000 bonusroda1xbet 7000 bonusconversa com alunos

Crédito, Isabella Rechtman/Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Amanda Sadalla1xbet 7000 bonusoficina com adolescentes: 'falar1xbet 7000 bonusviolência sexual nas escolas é um dos grandes caminhos pra diminuir índices1xbet 7000 bonusviolência sexual e1xbet 7000 bonusgravidez precoce', diz.

Sadalla, que tem 23 anos, diz que começou o trabalho muito focada nas meninas, que são as principais vítimas, mas viu que é essencial envolver os meninos.

"Eu encontrei vários meninos que não queriam falar sobre violência porque as mães sofrem violência. Eu encontrei meninos que, quando sentei com eles e fui conversar, eles disseram: 'nossa, agora estou vendo como eu às vezes sou agressivo com a minha namorada como meu padrasto é com minha mãe e estou repensando'", disse.

E, quando os meninos são vítimas1xbet 7000 bonusviolência sexual, Sadalla diz que há ainda mais dificuldade1xbet 7000 bonuspedir ajuda.

"Existe essa ideia1xbet 7000 bonusque o menino não pode pedir ajuda, não pode chorar. Então às vezes a gente acha que meninos não sofrem violência, mas na verdade eles sofrem, é que eles não buscam ajuda", diz. Se eu não falo com os meninos sobre masculinidade tóxica, que é o machismo se virando contra eles, eles aprendem que não podem se expressar, chorar, buscar ajuda."

Como denunciar violência sexual?

Depois que começou a dar oficinas para crianças sobre o assunto, Sadalla — que é formada1xbet 7000 bonusAdministração Pública pela FGV e cursa mestrado1xbet 7000 bonusPolíticas Públicas na Universidade1xbet 7000 bonusOxford, na Inglaterra — passou a receber mensagens1xbet 7000 bonusprofessores que buscam a melhor forma1xbet 7000 bonusajudar os alunos que relatam casos1xbet 7000 bonusviolência sexual.

1. Ouça com cuidado

O primeiro passo, segundo ela, é ouvir a criança ou adolescente com muito cuidado e1xbet 7000 bonusforma empática. Evitar, por exemplo, perguntar por que a criança não falou sobre o assunto antes.

"A vítima1xbet 7000 bonusviolência sexual já se sente culpada pela violência sofrida. Porque nós, principalmente mulheres, crescemos1xbet 7000 bonusuma sociedade1xbet 7000 bonusque a gente entende que se você sofre uma violência é porque você mereceu, porque1xbet 7000 bonussaia estava curta e por aí vai. Se você vira pra esse aluno e fala 'por que você não me contou antes?', essa culpa que ele já carrega se torna ainda maior."

2. Registre: não faça a criança repetir o relato várias vezes

A consultora diz que um dos principais cuidados é evitar pedir para a vítima contar diversas vezes o que aconteceu com ela.

"O que acontece na maioria dos casos: a Maria conta para a professora1xbet 7000 bonusPortuguês que o pai está tocando nela. A professora1xbet 7000 bonusPortuguês não sabe o que fazer e leva a Maria na sala da direção e pede para a Maria contar pra diretora. A Maria conta1xbet 7000 bonusnovo o que aconteceu, a diretora vira e fala 'hum, isso é caso1xbet 7000 bonuspolícia' e leva para a polícia. E a Maria1xbet 7000 bonusnovo conta o que aconteceu. E por aí vai", diz.

"Aí a Maria, que confiou na professora1xbet 7000 bonusPortuguês — foi com ela que ela queria conversar — acaba recontando a história para cinco pessoas. E cada vez que a vítima reconta esse trauma, ela revive o trauma. Isso é o que chamamos1xbet 7000 bonusviolência institucional."

A recomendação, segundo Sadalla, é que a pessoa registre por escrito a história que a vítima contou, para evitar que ela tenha que repetir diversas vezes.

A consultora diz que, quando um aluno relata um caso1xbet 7000 bonusviolência, ela sempre procura elogiar a coragem e diz "você foi muito forte1xbet 7000 bonusconseguir vir até mim e contar o que aconteceu, porque isso não é fácil, então obrigada por ter confiado1xbet 7000 bonusmim e ter vindo conversar comigo."

3. Qual órgão procurar?

No caso dos professores, Amanda diz que eles devem informar o caso para a direção da escola, sem expor a criança, para que a diretoria faça o contato com os órgãos adequados. Ela explica que a organização dos municípios varia, mas que a recomendação inicial é entrar1xbet 7000 bonuscontato com o Conselho Tutelar.

No entanto, se a violência estiver acontecendo naquele momento e a criança estiver correndo risco se voltar para casa, a recomendação da consultora é para que a direção ligue para a polícia.

Se, por algum motivo, há um receio1xbet 7000 bonusfazer a denúncia, a indicação é ligar para o Disque 100, que é anônimo. O serviço funciona todos os dias, 24 horas. As ligações são gratuitas e podem ser feitas a partir1xbet 7000 bonustelefone fixo ou móvel.

Qualquer pessoa pode fazer uma denúncia por meio do Disque 100. Ela é recebida pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que fornece número1xbet 7000 bonusprotocolo para que o denunciante possa acompanhar o andamento.

Sadalla recomenda que o adulto que busca ajudar a criança explique a ela qual tipo1xbet 7000 bonusajuda vai buscar, para ajudar a criança a retomar o controle sobre a vida dela e entender que ela tem direito sobre o corpo dela.

"Por mais que a gente tenha medo1xbet 7000 bonusdenunciar, a gente não pode se omitir. A gente não pode saber que tem alguém sofrendo violência e não fazer nada sobre isso. Ainda mais porque se essa criança vem, me conta que tem algo acontecendo e eu não faço nada, o que ela aprende? Que não adianta nada ela pedir ajuda."

Sadalla, que também dá treinamento para delegados e delegadas para casos1xbet 7000 bonusviolência doméstica, diz que no Brasil prevalece a ideia1xbet 7000 bonusque violência doméstica e sexual é problema exclusivamente1xbet 7000 bonuspolícia.

"Isso não é verdade. Polícia é uma parte do negócio. Às vezes o que a vítima precisa é1xbet 7000 bonusatendimento da assistência social,1xbet 7000 bonusatendimento psicológico. A delegacia tem que encaminhar para outros serviços, mas ela não consegue resolver todos os problemas. A grande lacuna que temos é que a delegacia, a saúde, a assistência social não se comunicam."

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