Olimpíada não vai reverter decadência do Rio, diz ‘Economist’:aposta ganha 7 reais

Vista panorâmica do Rio, com Cristo Redentor

Crédito, Matthew Stockman/Getty Images

Legenda da foto, Quando venceu a disputa para sediar a Olimpíada, há sete anos, Rio parecia ser mesmo a cidade maravilhosa, diz "Economist"

Alémaposta ganha 7 reaislistar os notórios problemas que o Rio enfrenta às vésperas da abertura da Olimpíada - da sujeira da Baíaaposta ganha 7 reaisGuanabara às inacabadas instalações da Vila dos Atletas -, a revista britânica The Economist afirma,aposta ganha 7 reaismatéria publicada nesta sexta-feira (29), que a cidade estáaposta ganha 7 reaisdecadência desde os anos 1960.

"A cidade olímpica estáaposta ganha 7 reaisdeclínio desde os anos 60", diz a revista. "Os Jogos não vão mudaraposta ganha 7 reaisdireção."

Para a revista, sete anos atrás, quando o Rio venceu a disputa para sediar os Jogos, ele até parecia fazer jus ao títuloaposta ganha 7 reais"Cidade Maravilhosa". A violência estavaaposta ganha 7 reaisqueda havia maisaposta ganha 7 reaisuma década e a economia passava por um boom motivadoaposta ganha 7 reaisboa parte pela demanda por petróleo - e pelas perspectivas positivas criadas pela descoberta do pré-sal na costa do Estado.

"Os Jogos exibiriam uma cidade próspera e autoconfiante, diziam seus organizadores...", diz o artigo. "Mas agora, a poucos dias da cerimôniaaposta ganha 7 reaisabertura, essa autoconfiança parece estar abalada. O sucesso dos jogos pode elevar o ânimo. Mas isso não será suficiente para fazer da cidade uma potência econômica."

As raízes da decadência estão nos anos 1960, quando a capital federal foi transferida do Rioaposta ganha 7 reaisJaneiro para Brasília, afirma a revista. Desde então, o Rio viu a maioria das agências públicas se mudaremaposta ganha 7 reaismassa para a nova sede dos Três Poderes, perdeu a liderança industrial para São Paulo e assistiu ao setor financeiro ser engolido.

Para a revista, o Rio não encontrou vocação para substituir a renda gerada por bancos e burocratas. A descoberta do pré-sal e os preços (então) altos dos barrisaposta ganha 7 reaispetróleo sugeriam, há poucos anos, que a cidade poderia tirar proveito do benefício que seria obtido pelo Estado todo, como empregos e investimento, mas isso acabou não se confirmando.

Ainda assim, a Economist destaca que o Rio continua sendo a casaaposta ganha 7 reaisvários empreendimentos criativos e universidades, e cita a presença do maior grupoaposta ganha 7 reaismídia do país, a Rede Globo eaposta ganha 7 reaiscentros pesquisa da GE e da Microsoft.

Mas os dotes culturais da cidade não conseguiram reverter as perdas, e a revista insinua que desde a Bossa Nova, pouco se produziu ali.

A Economist também salienta que as administrações estaduais foram incapazesaposta ganha 7 reaisatrair investimentos e melhorar serviços e infraestrutura.

A reportagemaposta ganha 7 reaistrês páginas aponta os esforços do prefeito Eduardo Paesaposta ganha 7 reaismelhorar os gastosaposta ganha 7 reaissaúde e educação. Mas ressalta a dificuldade do Estadoaposta ganha 7 reaisequalizar despesas e arrecadação, alémaposta ganha 7 reaisconter o aumento da violência.

Finaliza admitindo que até que os jogos conseguiram manter os empregos e aumentar renda no Rio, enquanto o resto do Brasil sofre com recessão. Mas diz que será preciso mais que uma Olimpíada para melhorar a situação da cidade.

"O cenário espetacular faz as pessoas desejarem ir ao Rio, mas vai ser preciso mais que uma luta contra a violência, melhor gestão fiscal e melhora nos serviços públicos para fazer alguém querer ficar".