'Vi a mortenovibet gift wheelperto': como é surfar as ondas gigantesnovibet gift wheelNazaré:novibet gift wheel

Crédito, Getty Images
Nas praiasnovibet gift wheelNazaré — uma pequena cidade com cercanovibet gift wheel15 mil habitantes, a 97 km ao nortenovibet gift wheelLisboa —, quebram ondas gigantescas, algumas com a alturanovibet gift wheeledifíciosnovibet gift wheel10 andares.
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Fim do Matérias recomendadas
Para geraçõesnovibet gift wheelpescadores locais, estas condições sempre foram sinônimonovibet gift wheelperigo e morte. Mas, para Cotton, elas são seu trabalho e um estilonovibet gift wheelvida.
"É meio estranho, mas transformei aquilonovibet gift wheelum trabalho e, quando as ondas estão altas, você vai até lá", ele conta.
"Você fica por lá o dia todo e faz o que precisa fazer."
Nesses dias, Cotton nem precisa olhar. Quando a onda maior e mais lucrativa do mundo chega, ele sabe assim que acorda, antesnovibet gift wheelabrir olhos.
"Morando aqui, sei o tamanho das ondas pelo quanto as janelas estão trepidando", afirma.
"Pode ser realmente único, sabe? O oceano pode ser assustador quando não há ondas. E aqui quando elas são grandes... pode ser aterrorizante."
O começo
A fama do marnovibet gift wheelNazaré tem diversas origens. Uma delas fica a 210 km da praia, a 5 kmnovibet gift wheelprofundidade. Foi criada milhõesnovibet gift wheelanos atrás, nas águas calmas e frias do Oceano Atlântico.
Ali, formou-se um profundo cânion submarino, que se estende pelo litoralnovibet gift wheelPortugal. Ele sobe abruptamente ao largo da costanovibet gift wheelNazaré e, quando as condições são favoráveis, uma massanovibet gift wheelágua se afunilanovibet gift wheeluma coluna assustadora.
Outra origem é 14novibet gift wheelsetembronovibet gift wheel1182. Reza a lenda que nessa data um caçador local foi salvonovibet gift wheelcairnovibet gift wheelum rochedo no oceano por um milagrenovibet gift wheelNossa Senhora. O episódio fez com que Nazaré ficasse eternamente relacionada ao céu, ao inferno e ao alto mar, no imaginário português.
Para Cotton e outros surfistas, as ondasnovibet gift wheelNazaré ficaram conhecidasnovibet gift wheelforma mais moderna e menos dramática. Foi por meionovibet gift wheelum e-mail enviado por Dino Casimiro,novibet gift wheel2005.
Filhonovibet gift wheelpescador, Casimiro, quando criança, costumava roubar tampasnovibet gift wheelcaixas para surfar nas ondas, enquanto as mulheres embalavam os peixes.
"Eles me diziam que eu iria morrer", conta ele, relembrando a reação danovibet gift wheelfamília quando levounovibet gift wheelprancha artesanal para a Praia do Norte, onde quebram as ondas mais fortesnovibet gift wheelNazaré.
"Eles viam as ondas como um demônio."
"Em Nazaré, temos uma relaçãonovibet gift wheelamor e ódio com o oceano. Amor, porque ele nos dá o alimento e os turistas — e ódio, porque também tira a vida dos nossos parentes."
Casimiro insistiu, mas houve diasnovibet gift wheelque as ondas e as dúvidas eram grandes demais.
"Nós nos sentávamos na areia, procurando as ondas enormes e perfeitas sem ninguém por perto, pois não tínhamos confiança, experiência e equipamento para surfar nelas", relembra ele.
Mas Casimiro conhecia algumas pessoas que poderiam enfrentar aquelas ondas.
O tow-in surfing — modalidadenovibet gift wheelque os surfistas se revezam para rebocar uns aos outros sobre as ondas com um jet ski — havia começado a ser praticado no Havaí uma década antes. Ele permitia que os bravos surfistas pegassem ondas monstruosas inalcançáveis.
Quando as ondasnovibet gift wheelNazaré ficavam mais fortes, Casimiro tirava fotos, ligavanovibet gift wheelcâmera ao computador e começava a "surfar" — não no oceano, mas na internet.
"Pesquisei pelos surfistasnovibet gift wheelondas grandes enovibet gift wheeljet ski mais conhecidos, mas o ano era 2005", diz.
"Todos agora têm Instagram e Facebook. Naquela época, não era fácil, mas Garrett já tinha seu próprio site e havia um botãonovibet gift wheelcontato no canto da página."
O recorde mundial
Uma voz feminina surge no rádio. "Vocês têm três ondas gigantes chegando."
O jet ski, dirigido por Cotton, rasga a superfície íngreme da onda. A prancha, carregando Garrett McNamara, segue na direção oposta, até o pontonovibet gift wheelnão retorno.
O ângulo não é perfeito. "Eu queria entrar mais fundo naquela onda", afirma McNamara.
"Eu segurei aquela corda até o último segundo. Ela me fez ir até o fundo da onda e saí o mais forte que pude", relembra ele. "Quando olheinovibet gift wheelnovo para o mar, todo o horizonte escureceu."
O dia era 1ºnovibet gift wheelnovembronovibet gift wheel2011 — seis anos após o primeiro e-mailnovibet gift wheelCasimiro e um ano depois que McNamara esteve no farolnovibet gift wheelNazaré pela primeira vez, declarando que havia encontrado seu Santo Graal.
Aquela foi a maior onda que ele já havia surfado. As imagens são fascinantes e desorientadoras.
McNamara se lança para baixo, mas parece simplesmente deslizarnovibet gift wheeldireção ao fundo da onda, que aumentanovibet gift wheeltamanho quase tão rápido quando ele consegue surfar.
Ele é levadonovibet gift wheeldireção à câmera, mas a perspectiva está foranovibet gift wheelsincronia. McNamara parece encolhernovibet gift wheelveznovibet gift wheelcrescer, enquanto a crista da onda sobenovibet gift wheeldireção ao céu atrás dele.
E, por todo o tempo, toneladasnovibet gift wheelágua caem ao seu redor. Ele se mantémnovibet gift wheelequilíbrio graças apenas ànovibet gift wheelprancha, que deixa uma fina trilha branca na superfície da onda.
"Você não ouve a onda”, acrescenta McNamara. "Você se movimenta tão rápido que tudo o que você ouve é o vento nos seus ouvidos."
"Você realmente não pensa. Você estánovibet gift wheelestadonovibet gift wheelfluxo, seguindo seu coração."
"É emocionante. É como dirigir um carronovibet gift wheeluma avalanche, mas você está desafiando a avalanche,novibet gift wheelveznovibet gift wheelse afastar dela", descreve McNamara.
Assim que a espuma se dissipou, as notícias do seu feito viajaram rapidamente. Dois dias depois, a lenda do surfe Kelly Slater tuitou para descrever as imagens que havia recebido.
"Acabeinovibet gift wheelver uma fotonovibet gift wheelGarrett McNamaranovibet gift wheelPortugalnovibet gift wheeluma onda estupidamente grande. Ele precisa postar aquilo o mais rápido possível", escreveu.
Uma semana depois, ele postou. O vídeo foi publicado pela primeira vez na televisão pela ESPN, que apresentou as primeiras imagens do surfista americanonovibet gift wheelhorário nobre nos Estados Unidos.
Na manhã seguinte, as imagens estavam nas manchetes dos jornais portugueses e, logo depois,novibet gift wheeltodo o mundo. A onda havia atingido 24 metrosnovibet gift wheelaltura, batendo um recorde mundial.
"Foi uma loucura", relembra McNamara.
"Uma maluquice! O alvoroço da mídia que tivemos que enfrentar foi muito maior do que a onda."
'No início, ninguém acreditava'
Os pedidosnovibet gift wheelentrevista vieramnovibet gift wheeltodo o mundo. McNamara passou as três semanas seguintes repetindonovibet gift wheelhistória e contando sobre as ondasnovibet gift wheelNazaré para apresentadoresnovibet gift wheelrádio e televisão, alémnovibet gift wheelrepórteresnovibet gift wheeljornal.
Foi um triunfo para ele, mas também um impulso para o planejamento da cidade. O palpitenovibet gift wheelCasimironovibet gift wheelque as águasnovibet gift wheelNazaré poderiam oferecer algo mais do que peixe e turistas no verão ganhou apoio do governo municipal.
"Nós não tínhamos um orçamento muito grande e percebemos que, fazendo algo com aquelas ondas enormes, ganharíamos 20 a 30 anosnovibet gift wheelpublicidade", explica Pedro Pisco, partenovibet gift wheeluma pequena equipe municipal que, ao ladonovibet gift wheelCasimiro, apostou suas fichas nas ondas da Praia do Norte.
Juntos, eles recrutaram um pequeno gruponovibet gift wheelsurfistas, forneceram equipamentos e criaram uma estratégia para vendernovibet gift wheelpequena cidade para o mundo.
Mas os outros moradoresnovibet gift wheelNazaré acharam que era uma má ideia.
"No início, ninguém acreditavanovibet gift wheelnós. Nenhuma pessoa", relembra Casimiro.
"Foi muito difícil. Todos nos ridicularizavam. Diziam que estávamos perdendo nosso tempo na Praia do Norte. Nenhum patrocinador acreditavanovibet gift wheelnós."
Inicialmente, assim que McNamara chegou a Nazaré, os céticos pareciam estar certos.
Os jet skis tinham pouca potência. Seus motores ficavam inundados ou bloqueados por sacos plásticos, deixando o piloto e o surfista boiando perigosamente no caminho das ondas que chegavam à praia.
Mesmo quando já estava trabalhando, Cotton admite que, como piloto, não tinha experiência suficiente.
"Eu não estava à altura, eu só enganava”, ele conta, sobre seu controle do motor.
A véspera do recorde mundial havia sido um fracasso: um jet ski quebrou, e Cotton se lesionou.
Eles nem iriam se aventurar na manhã seguinte. Mas, quando as condições mudaram, McNamara, Cotton e o irlandês Al Mennie mudaramnovibet gift wheelideia. E, juntos, eles pegaram a onda que fez toda a diferença.
Risco calculado
"Quando você larga a corda, a sensação é que você está sozinho", afirma a surfista francesa Justine Dupont.
"A onda ainda está se formando embaixo dos seus pés, vindo do fundo do oceano. É como se você estivesse subindonovibet gift wheelum elevador."
"Depois, você sai cada vez mais rápido e se sente como se estivesse usando 100% dos seus sentidos e do seu potencial como ser humano, como se estivesse ativando seu modo super-herói", descreve ela.
"Você está apenas vivendo o momento, não existe mais nada além daquele momento."
Dupont assistiu ao vídeo da onda recordenovibet gift wheelMcNamara. E viu a foto viralnovibet gift wheeloutra onda assustadoranovibet gift wheelque ele havia surfado pouco maisnovibet gift wheelum ano depois.
Quando chegou pela primeira vez a Nazarénovibet gift wheel2016 com seu parceiro Fred David — que também é surfista e, às vezes, pilota o jet ski —, aquelas imagens a intimidaram, mas também serviramnovibet gift wheelinspiração.
"Fiquei supernervosa e impressionada com as imagens", ela conta.
"Nós entramos na água, as ondas não eram tão grandes, e Fred me disse: 'Ora, se você está assustada com este tamanho, vamos ter problemas para ficar aqui!'", relembra ela.
"Mas consegui vencer o medo."
E ela fez mais do que isso. Dupont, agora com 31 anos, é uma das melhores surfistasnovibet gift wheelondas grandes do mundo. Poucas ondasnovibet gift wheelNazaré testemunharam tanta categoria, ou foram filmadasnovibet gift wheelforma tão emocionante, como uma que ela pegounovibet gift wheelfevereironovibet gift wheel2020.
Mas o medo permanece. É necessário. O perigo é claro demais, e os lembretes dele, muito recentes.
Em janeiro deste ano, o surfista brasileiro Márcio Freire,novibet gift wheel47 anos, um veterano do mundo das ondas grandes, foi o primeiro surfista a morrer na Praia do Norte.
DuPont aceita este risco. Ela reconhece que, sempre que entra na água, pode não voltar.
"É loucura, você se sente tão livre na onda quando está tudo bem, você se sente superviva, mas, quando alguma coisa dá errado, você pensa: 'OK, eu posso morrer'", diz ela.
"Há um breve momentonovibet gift wheelque você se pergunta o que vai acontecer. Há um suspense sobre como a onda vai atingir você e, embaixo d'água, é superviolento. Você precisa estar satisfeita com as boas coisas que fez na vida."

Crédito, Instagram
A visãonovibet gift wheelCotton é uma mistura similarnovibet gift wheelfé e fatalismo, baseada emnovibet gift wheelprópria experiência.
Em 2017, enquanto era rebocado para uma onda por McNamara, ele avaliou mal uma linha e foi lançado para fora da prancha. Seu corpo foi arremessado a seis metros da ondanovibet gift wheeldireção ao ar.
Quando ele caiu sobre a superfície da água, o impacto quebrou suas costas. Ele voltou a surfarnovibet gift wheelNazaré um ano depois.
"Não existe segurança completa, não há sentidonovibet gift wheelsair para a água com este pensamento", ele afirma.
"Cair da prancha machuca, mas faz parte do surfe. Você não tem como apitar ou pedir tempo, as ondas não param. Ou você aprende a apreciar, ou simplesmente não faz."
"Em alguns momentos, você pensa que tudo acabou, mas uma boa habilidade que eu tenho é conseguir desligar. Nessas situações, não pensonovibet gift wheelabsolutamente nada e quase me conformo que estou morrendo."
"Quando você consegue fazer isso, é surpreendente o quanto o corpo pode aguentar, quanto tempo você consegue prendernovibet gift wheelrespiração e como a mente é poderosa", acrescenta Cotton.
"Mas, se você entrarnovibet gift wheelpânico e seus batimentos cardíacos aumentarem, aqueles 30 segundos debaixo d’água podem parecer um minuto. Fica perigoso."

Crédito, Xabi Barreneche
'Como um casamento'
Em um esporte que normalmente é solitário, esses riscos geram estresse para a parceria entre o surfista e o pilotonovibet gift wheeljet ski.
"Quando as ondas ficam muito grandes, é um esportenovibet gift wheelequipe", afirma Cotton.
"Todos precisam participar e precisa ser menos sobre você, mais sobre a equipe."
"Você pode [um dia] ter o melhor surfe da vida e, quando começa a pilotar o jet ski, não consegue oferecer novas ondas para o seu parceiro. Pode ser frustrante, vocês podem discutir e, às vezes, você pode sair se sentindo culpado."
"Pode ser como um casamento, você tem altos e baixos, dias bons e dias ruins", diz ele.
No casonovibet gift wheelDupont, os paralelos entre a vida pessoal e profissional são pertinentes.
"Certamente é delicado para um casal”, diz ela sobre trabalhar com seu parceiro.
"Sei que ele vai fazer o melhor por mim, mas chegamos a um pontonovibet gift wheelque sentimos o risco, e Fred tem dificuldadenovibet gift wheelme levar para uma onda muito grande."
"Por isso, durante os dias melhores, comecei a trabalhar com [o surfista brasileiro] Lucas Chumbo. Eu o respeito e não discuto com ele. Com Fred, eu o respeito, mas, às vezes, preciso falar!"
"No começo,novibet gift wheelNazaré, era bom porque Fred e eu podíamos surfar muito e progredir rapidamente", ela relembra.
"Mas, quando você está no line-up nos grandes dias,novibet gift wheelcondições adversas, realmente você sente os riscos."
"Você pensa: 'O que estamos fazendo aqui, isso não é inteligente, deveríamos voltar para casa, nós nos amamos e temos uma vida boa'."
Se colocar seu parceironovibet gift wheeluma situaçãonovibet gift wheelperigo é difícil, estar fora da cidade e do circuito talvez seja pior.
Nos grandes diasnovibet gift wheelNazaré, Fred continua na água. Mas, agora, ele trabalha no jet skinovibet gift wheelsegurança. A tarefa dele é retirar Dupont da água ao final da onda,novibet gift wheelveznovibet gift wheellançá-la ao mar.
A esposanovibet gift wheelMcNamara, Nicole, tomou decisão parecida, se envolvendo,novibet gift wheelveznovibet gift wheeltentar ignorar o risco.
Ela fica no farol. Lá, ela identificou no horizonte a onda que bateu o recorde mundialnovibet gift wheel2011, instruindo McNamara, Cotton e Mennie pelo rádio para que se preparassem.
Um ano depois, ela e Garrett se casaramnovibet gift wheeluma cerimônia no mesmo local. Eles têm três filhos, e Nazaré é o nome do meio da segunda.
A cidade é parte da estrutura familiar deles. É um ponto determinante da carreiranovibet gift wheelDupont e Cotton. Mas todos eles fizeram o nome da cidadenovibet gift wheelNazaré, da mesma forma que Nazaré fez os nomes deles próprios.

Crédito, Getty Images
A repercussão na cidade
O jornal local Região da Nazaré não dedicou muito espaço à chegadanovibet gift wheelMcNamara,novibet gift wheeldezembronovibet gift wheel2010. Uma reportagem cobrindo a entrevista coletiva do havaiano, ao lado do então prefeitonovibet gift wheelNazaré, Jorge Barroso, ocupou apenas um terço da página 12 do jornal.
Menosnovibet gift wheelquatro meses antes, uma reportagem especial sobre "profissões à beira da extinção" recebeu muito mais destaque.
Abaixo da reportagem, havia uma fotografianovibet gift wheelum tecelão produtornovibet gift wheelcestos, José Manuel Rebelo. Em outra imagem, o sapateiro José Maria Eusébio apertava um parnovibet gift wheelchinelos. E a costureira Ana Emília Amada Curado Lourácio olhava para a câmera, ao lado danovibet gift wheelmáquinanovibet gift wheelcostura.
O texto lamentava o declínio das indústrias tradicionaisnovibet gift wheeluma cidadenovibet gift wheeltelhadosnovibet gift wheelterracota e calçadas polidas. Ela receava o que o futuro poderia reservar.
A reportagem nunca poderia prever a grande onda que chegaria a Nazaré.
Vendedores ambulantes e food trucks ocupam a estrada até o farol, enquanto ônibus repletosnovibet gift wheelgente, sobretudo jovens, disputam uma posição estratégica. Milharesnovibet gift wheelpessoas ocupam os rochedos. Drones com câmeras zumbem pelo ar, e os pilotosnovibet gift wheeljet ski e surfistas enfrentam ondas imensas.
Depoisnovibet gift wheelalguma oposição inicial do outro lado do Atlântico, podemos dizer que Nazaré indiscutivelmente tem as maiores ondas do mundo. O recorde mundialnovibet gift wheelmaior onda já foi quebrado duas vezes desde o feitonovibet gift wheelMcNamaranovibet gift wheel2011 — as duas vezes,novibet gift wheelNazaré.
O atual recordista é o alemão Sebastian Steudtner, com uma ondanovibet gift wheel26 metrosnovibet gift wheelaltura que ele surfounovibet gift wheeloutubronovibet gift wheel2020.
A francesa Dupont e a brasileira Maya Gabeira disputam o recorde feminino —mas quem quer que vença a disputa, também seránovibet gift wheelNazaré.
Alémnovibet gift wheelser a maior onda do mundo, Nazaré também é uma das mais acessíveis. Uma das maiores concorrentes da cidade portuguesa — Cortes Bank, na Califórnia, nos EUA — quebra a 160 km do litoral e só acontece alguns dias por ano.
Já Nazaré fica a 90 minutosnovibet gift wheelcarro do aeroporto internacional e quebra tão perto da praia que os espectadores podem ouvir do alto os gritos dos surfistasnovibet gift wheelum ambiente parecido com um estádio.

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O farol que, um dia, alertou os pescadores para que se afastassem das rochas, é uma espécienovibet gift wheelholofotenovibet gift wheelimagens online hipnotizantes, atraindo as pessoas para Nazaré.
Ele agora abriga um museu do surfe. Os ingressos custam dois euros (cercanovibet gift wheelR$ 11), e o museu recebeu 371.391 visitantesnovibet gift wheel2022 — quase cinco vezes mais quenovibet gift wheel2015, quando ficou aberto pela primeira vez por um ano completo.
Um estudo local afirma que a quantidadenovibet gift wheelturistas na cidade triplicounovibet gift wheel10 anos, desde 2010. As vitrines das imobiliáriasnovibet gift wheelNazaré estão repletasnovibet gift wheelimóveis novos, prometendo atendimentonovibet gift wheeldiversos idiomas.
"É uma maluquice", afirma Dupont. Ela e seu parceiro agora moram a 15 minutosnovibet gift wheelcarro do burburinhonovibet gift wheelNazaré,novibet gift wheeluma casa sossegada, à sombranovibet gift wheelpinheiros.
"Em 2016, nós conseguíamos irnovibet gift wheelcarro até o farol e, às vezes, encontrávamos duas pessoas por lá. Agora, tem tanta gente, a estrada fica congestionada e quase não há acesso para nós, surfistas, verificarmos as ondas."
"Eu costumava ir com o gorro do meu patrocinador, mas agora eu meio que o escondo porque não quero que as pessoas me parem e façam 100 perguntas", diz ela.
"Eles são muito simpáticos, mas mudou muito — e, eu acho, para sempre."
Dinheiro e publicidade
O fluxonovibet gift wheelpessoas certamente trouxe mais dinheiro para a cidade. Empresas que antes sobreviviamnovibet gift wheelverãonovibet gift wheelversão, agora continuam a funcionar na temporada das ondas grandes no inverno.
Mas alguns moradores locais não colhem os mesmos benefícios. Os sapateiros, costureiras e cesteiros não faturam muito entre a galera do surfe.
E, como acontecenovibet gift wheelterra, os dividendos para quem está na água são divididosnovibet gift wheelforma desigual.
Há algumas competiçõesnovibet gift wheelsurfenovibet gift wheelondas grandes. Dupont ganhou o prêmionovibet gift wheelUS$ 9 mil (cercanovibet gift wheelR$ 45 mil) pela melhor apresentação femininanovibet gift wheelNazaré no ano passado, mas seus patrocinadores são a maior fontenovibet gift wheelrenda.
Antesnovibet gift wheel2011, McNamara era patrocinado por alguns fabricantes pequenosnovibet gift wheelequipamentonovibet gift wheelsurfe do Brasil.
"Nenhuma das empresas da moda", como ele diz.
Mas, depois da forte campanha publicitária cuidadosamente planejada por Nazaré para seu recorde mundial, marcas importantes chegaram à pranchanovibet gift wheelMcNamara. E, alémnovibet gift wheeluma sérienovibet gift wheelnovos patrocinadores, ele também representou uma empresa automobilística alemãnovibet gift wheelponta, uma marca suíçanovibet gift wheelrelógios e um fabricante sueconovibet gift wheelbicicletários.
Este tiponovibet gift wheelapoio depende da exposição. Para conseguir, é preciso jogar o jogo e perseverar no esporte.
"Há muitas ondas grandes todos os anos", explica Cotton.
"Você pega o maior swell do ano, e a imprensa diz que só existe uma onda nele. Uma pessoa é escolhida e, nem sempre, é a pessoa ou a onda certa."
"Pode ser uma marca anunciando seu atleta ou uma agência publicando suas fotos... é assim", diz ele.

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Medir ondas imensasnovibet gift wheelmovimento é uma ciência inexata e demorada. A onda do recorde mundialnovibet gift wheelSteudtner só foi medida oficialmente e ratificada 18 meses depois.
A propaganda exagerada preenche essa lacuna.
"Duas ou três vezes por ano, haverá comunicados à imprensa", afirma Cotton.
"Li um recentemente dizendo que uma ondanovibet gift wheel35 metros foi surfada aqui. Outro falavanovibet gift wheeluma ondanovibet gift wheel31 metros. Outro,novibet gift wheel30 metros."
"As pessoas simplesmente inventam números, trazem um cientista para dizer alguma coisa, e sabe o que acontece? É ótimo para o surfenovibet gift wheelondas grandes, para a cidade e para o esporte", avalia.
Na cidade das ondas enormes, as estatísticas podem nem sempre ser o que parecem. Mas,novibet gift wheelNazaré, os desafios e o surfe são muito maiores do quenovibet gift wheelqualquer outro lugar.














