'Vivo rodeadabet apostas onlinecrianças sem partos nem insônia': as tias sem filhos que transformam famílias:bet apostas online

Caroline, cujo sobrenome está sendo omitido para proteger a privacidade das crianças, aprecia o tempo que passa com os sobrinhos e sente que por meio deles tem uma conexão tangível com a nova geração.

Para ela, ser tia não é um prêmiobet apostas onlineconsolação — pelo contrário, "parece um grande bônus".

Ela vêbet apostas onlinedevoção a este papel como um atobet apostas onlineresistência à promoção "feroz" da maternidade e gostaria que mais mulheres soubessem que ser tia pode ser "uma opção totalmente válida".

A tia sem filhos sempre foi objetobet apostas onlinefascínio na cultura e na literatura.

Seja a tia carinhosa que assume um órfão, como a tia Maybet apostas onlinePeter 'Homem-Aranha' Parker; a amargurada tia Lydia do Conto da Aia; ou a sofisticada e excêntrica tia Augustabet apostas onlineViagens com a Minha Tia,bet apostas onlineGraham Greene, esta figura sempre ilustrou uma espéciebet apostas online"a outra".

Muitas representações tendem a colocar o papelbet apostas onlinetia como a segunda melhor opção depois da maternidade, ou uma advertência para mulheres que agem à margem do que tradicionalmente se espera que as mulheres "deveriam" ser (segundo a sociedade tradicional).

Patricia Sotirin, professorabet apostas onlinecomunicação da Universidade Tecnológicabet apostas onlineMichigan, nos Estados Unidos, diz que não termos uma maneira significativabet apostas onlinedescrever uma mulher que faz uma escolha positivabet apostas onlinebuscar ser tia,bet apostas onlinevez da maternidade, "ressalta a pobreza da nossa linguagem".

Sotirin, que é coautorabet apostas onlinedois livros sobre tias na cultura e na sociedade, argumenta que as tias ainda "não recebem o respeito e o reconhecimento que merecem porbet apostas onlineimportânciabet apostas onlinenossas vidas".

Eu mesma, como uma tia adorável sem filhos, muitas vezes me pergunto onde me encaixo,bet apostas onlineuma culturabet apostas onlineque a maternidade é vista como um marcador da vida adulta.

Como um número cada vez maiorbet apostas onlinemulheres não está, por qualquer motivo, tendo seus próprios filhos, os especialistas dizem que é horabet apostas onlinevoltar o olhar para o papel que as tias desempenham e reconhecê-lo como potencialmente gratificante, socialmente benéfico ou até mesmo transgressor.

'Sem roteiros, sem referências'

Não é novidade que o mundo desenvolvido está passando por uma mudança demográfica, que está forçando a sociedade a repensar as expectativas tradicionaisbet apostas onlinefamília.

Um número cada vez maiorbet apostas onlinemulheres saembet apostas onlinesua idade reprodutiva sem ter tido filhos.

No Reino Unido,bet apostas online2019, 49% das mulheres nascidasbet apostas online1989 chegaram aos 30 anos sem filhos.

Nos EUA,bet apostas online2018, maisbet apostas online1bet apostas onlinecada 7 mulheres entre 40 e 44 anos não haviam tido filhos — e dados recentes do Pew Research Center mostram um número crescentebet apostas onlineamericanas com idade entre 18 e 49 anos que não querem ter filhos.

No entanto, ainda há um atraso no reconhecimento dessas mudanças sociais — as políticas, a mídia e as tradições ainda girambet apostas onlinetorno da família nuclear.

As sociólogas Vanessa May, da Universidadebet apostas onlineManchester, no Reino Unido, e Kinneret Lahad, da Universidadebet apostas onlineTel Aviv,bet apostas onlineIsrael, afirmam que isso também significa que o papel que as tias — e os tios, inclusive — desempenham na sociedade e nas famílias tem sidobet apostas onlineuma maneira geral negligenciado na pesquisa acadêmica.

Socialmente, este papel foi deixadobet apostas onlinegrande parte indefinido.

Diferentemente dos "papéis rígidos e expectativas rígidas" impostos às mães, "não há roteiros, nem referências" para as tias seguirem, diz Lahad.

Portanto, embora este papel possa variar enormemente entre as culturas, as tias são amplamente livres para definir suas próprias relações familiares e responsabilidades.

Quando Lahad e May começaram a pesquisar como as tias contemporâneas desempenham seu papel um tanto nebuloso e complicado nas famílias e na sociedade, descobriram que havia muito poucos dados disponíveis.

Uma boa fonte, no entanto, foram as cartas pedindo conselho enviadas para o site Savvy Auntie, que se autodenomina "a primeira comunidade para tias".

O site é administrado pela autora, comerciante e empreendedorabet apostas onlineNova York Melanie Notkin, quebet apostas online2008 lançou uma tentativa ousadabet apostas onlineredefinir a tia contemporânea.

Notkin, hoje com 52 anos, diz que enquanto esperava para ter filhos que nunca chegaram, descobriu que seus sobrinhos haviam se tornado "o centro da minha vida".

E não era só ela; cada vez mais, suas amigas não estavam tendo filhos. Mas, quando se encontravam, a rodabet apostas onlineconversa era frequentemente dominada pelo tema "sobrinhos".

Ela começou então a investigar como mulheres profissionais sem filhos eram retratadas na publicidade e na mídia. Nas raras ocasiõesbet apostas onlineque eram representadas, ela se deu contabet apostas onlineque "muitas vezes ébet apostas onlineuma forma estereotipada que não é necessariamente um reflexo positivo dessas mulheres", citando a imagem da mulher fria focada na carreira ou da baladeira irresponsável.

"Senti fortemente que era horabet apostas onlinecomeçarmos coletivamente a entender esta geraçãobet apostas onlinemulheres que muitas vezes nem sequer são reconhecidas como um coorte", diz ela.

Como comerciante, Notkin aproveitou o potencial comercial desta ideia, lançandobet apostas onlineprópria reformulação do papelbet apostas onlinetia. Ela criou a sigla Pank: Professional Aunt No Kids ("Tia profissional sem filhos",bet apostas onlinetradução literal).

Para ela, o termo descrevia as mulheres com boa formação, as profissionais bem remuneradas que conhecia e que, por escolha ou circunstância, não se viam como mães — mas, por outro lado, amavam os filhosbet apostas onlineirmãos ou amigos e estavam mais do que prontas para compartilhar seu dinheiro e tempo com eles.

Os primeiros trabalhosbet apostas onlineNotkin se concentravam nas Panks como consumidoras; posteriormente, ela transformou o conceito Pankbet apostas onlineuma marca, escreveu dois livros e lançou um site, com um fórumbet apostas onlineconselhos para tias, avaliaçõesbet apostas onlinepresentes, notícias e guias sobre como passar tempobet apostas onlinequalidade com os sobrinhos.

Mas o que começou como uma estratégia comercial, começou a ganhar um significado mais profundo quando ela percebeu que oferecer este ângulobet apostas onlineempoderamento ao papelbet apostas onlinetia sem filhos havia afetado profundamente muitas mulheres.

"Eu sabia o quão profundo seria e como seria uma espéciebet apostas onlineautoafirmação para tantas mulheres? Não", afirma.

Por meio das interações que teve no site, Notkin descobriu que reformular o conceito depreciativo da "solteirona sem filhos" para uma celebrada Pank permitiu às mulheres "reconhecer o papel que desempenham como tendo significado".

Ela se lembrabet apostas onlineuma mulher que escreveu para ela dizendo que estava sofrendo com a infertilidade e com uma inveja profunda da irmã, que tinha um filho.

"Ela falou: 'Quero que você saiba que, por causa do seu trabalho, pude ver meu papelbet apostas onlinemaneira diferente. Você me fez ver que posso não ter um filho agora... mas desempenho um papel materno valioso."

Mais maneirasbet apostas onlineviver?

Embora o sitebet apostas onlineNotkin tenha fornecido a Lahad e a May amplo material para suas pesquisas, elas sentem que o conceito Pank é apenas uma parte do quebra-cabeça quando se tratabet apostas onlinecriar um maior reconhecimento do papel emocional, financeiro e social que as tias desempenham — algo que se tornará mais urgente se a tendênciabet apostas onlinemais mulheres não terem filhos continuar.

As tias têm "responsabilidades que não estão roteirizadas da maneira como as responsabilidades geralmente são pensadas", explica Lahad, o que significa que podem ser negligenciadas quando se tratabet apostas onlinecoisas como pedir licença para cuidar dos sobrinhos, ou questõesbet apostas onlineherança.

Ela gostariabet apostas onlinever o papelbet apostas onlinetia reconhecido pelos formuladoresbet apostas onlinepolíticas e pela sociedade como "importante, valioso, significativo... e não apenas algo que você faz porque está entediado".

Sotirin diz que existem "muitas maneiras diferentesbet apostas online'ser tia'", e o fatobet apostas onlinehaver discussões e pesquisas acontecendobet apostas onlinetornobet apostas onlineum papel há muito tempo estereotipado é um sinalbet apostas onlinemudança.

Ela vê a atual exploração do papelbet apostas onlinetia como partebet apostas onlineuma reavaliação mais ampla do papel das mulheres na sociedade.

Na verdade, diz ela, como as tias não estão sobrecarregadas por um papel definido ou pelas pressões sociais sobre os pais, elas têm mais liberdade para "nos levar para outras direções, nos mostrar que outras coisas podem acontecer"; podem assumir um papel materno normativo se assim desejarem ou podem "nos libertarbet apostas onlineideias sobre as relações familiares que nos travam, que não reconhecem a realidadebet apostas onlinecomo vivemosbet apostas onlinefato".

Para Sotirin, as tias, sejam mães ou não, estão "meio que abrindo o caminhobet apostas onlinetermos não só do que as mulheres podem se tornar, mas como as famílias podem mudar e o que significa fazer partebet apostas onlineuma comunidade".

Embora Caroline reconheça que, para algumas mulheres, não ter filhos pode ser extremamente doloroso, ela diz que teria uma resposta "muito firme" se alguém perguntasse a ela se estava triste por ser "apenas" tia.

"Eu não diria que se alguém me visse, meu estilobet apostas onlinevida, meu relacionamento com as crianças, teria algum sentimentobet apostas onlinepena", afirma.

Em vez disso, suas experiênciasbet apostas onlinetia — como confidente e líderbet apostas onlinetorcida dos filhos dos irmãos — fizeram dela uma forte "defensora do papelbet apostas onlinetia".

"É quase como a gente tivesse que promover isso um pouco mais para as mulheres como uma opção realmente positiva", avalia.

bet apostas online Leia a versão original bet apostas online desta reportagem (em inglês) no site BBC Work Life bet apostas online .

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