Por que as flores são tão caras?:novibet nba

Alto risco

Flores consideradas perfeitas são extremamente frágeis - tanto fisicamente quantonovibet nbauma perspectivanovibet nbanegócios. E quando se tratanovibet nbaflores cultivadas para estarem à vendanovibet nbadatas especiais, tanto os agricultores quanto os floristas enfrentam custos trabalhistas mais altos e riscos financeiros.

Um elemento importante por trás disso é o fatonovibet nbatantos países importarem suas flores.

Segundo uma pesquisa da Comtrade, a basenovibet nbadados internacional da Organização das Nações Unidas, as exportações globaisnovibet nbaflores cortadas, ou seja, aquelas apresentadasnovibet nbabuquês (como rosas, lírios, tulipas), renderam US$ 8,48 bilhões (maisnovibet nbaR$ 30 bilhões)novibet nba2017, um aumentonovibet nba46%novibet nbarelação a 1995. A Holanda foi a maior exportadora, seguida por paísesnovibet nbadesenvolvimento como Colômbia, Equador, Quênia e Etiópia.

Equador e Colômbia exportaram mais rosas e cravosnovibet nba2018, a Tailândia liderou o comércionovibet nbaorquídeas, enquanto a Colômbia dominou com lírios e crisântemos.

Os principais importadores são quase exclusivamente países desenvolvidos: os Estados Unidos, a Alemanha, o Reino Unido, os Países Baixos e a Rússia. Amy Stewart, autora do Flower Confidential, livro que mostra os bastidores dessa indústria, diz que quase todas as flores compradas no mundo desenvolvido são importadas.

"Elas estão se movendo pelos continentes e, como são perecíveis, precisam ser refrigeradas enquanto viajam, o que é caro. Para os floristas, pode ser arriscado, porque eles podem pedir 10 mil tulipas na esperançanovibet nbavendê-las para um evento como o Dia das Mães. Mas, se eles não vendem todas, as sobras morrem rapidamente e se tornam inúteis. Parte do que os consumidores estão pagando é esse risco."

Mãonovibet nbaobra cara

Alcançar esses picosnovibet nbavendas requer precisão e habilidade. As flores devem ser cultivadasnovibet nbatal forma que não desenvolvam doenças ou fungos, que poderiam se espalhar por culturas inteiras.

Jeanie McKewan, que cultiva flores há 13 anos nos Estados americanosnovibet nbaIllinois e Wisconsin, aponta os danos causados por insetos como um grande desafio. Segundo ela, há uma políticanovibet nbatolerância zero. "É por meio da vigilância constante enovibet nbaum controle integradonovibet nbapragas que evitamos que os pequenos insetos consigam o melhornovibet nbanossas culturas", diz ela.

As flores também precisam florescer seguindo um calendário. Por exemplo: as tulipas vendidas para o Dia das Mães precisam ser plantadasnovibet nbajaneiro ou fevereiro para florescer no inícionovibet nbamaio a temponovibet nbaserem colhidas e transportadas.

Além desses fatores, há um custo alto com mãonovibet nbaobra.

De acordo com o Censo Agropecuário dos EUAnovibet nba2012, contratosnovibet nbatrabalho representavam 10% do total das despesas operacionais agrícolas no país, mas esse número subiu para 40% para quem trabalha com produçãonovibet nbaflores, devido a um menor mercadonovibet nbatrabalho e aumento dos salários. Então você adiciona custos extras quando.

McKewan contrata mãonovibet nbaobra extra nas altas temporadas, mas diz que cortar flores "requer experiência e não pode ser feito por qualquer funcionárionovibet nbatempo parcial". Chris Drummond, um florista da Filadélfia, diz que os salários sãonovibet nbamédianovibet nbaUS$ 13,25 por hora nos Estados Unidos. "A fimnovibet nbaaumentar a produção para atender à demanda dos dias festivos, os produtores são obrigados a pagar muito acima da média."

Em países desenvolvidos como a Holanda ou a Alemanha, Stewart diz que há estufas com tecnologia automatizada, como máquinasnovibet nbarega sofisticadas ou colheitadeiras robôs, onde menos trabalhadores são necessários. Masnovibet nbanações mais pobres e com mãonovibet nbaobra mais barata, há menos usonovibet nbatecnologia.

Logística complicada

Então chega a horanovibet nbadespachar as flores.

Enquanto elas estão esperando na pista ounovibet nbaum caminhão, as temperaturas não podem ser muito frias ou muito quentes, para quando chegarem aos atacadistas elas tenham aparência perfeita. Isso significa que não pode haver picadasnovibet nbainsetos, nem pétalas perdidas, nem botões mortos. Caso contrário, elas são jogados fora. "Tem que estar impecável", diz Stewart.

O florista Chris Drummond estima que o volumenovibet nbatrabalho para as datas festivas "é geralmente quase 20 vezes o volume diário". Ele diz que muitos agricultores cultivam flores o ano todo para garantir flores suficientes para essas datas.

Durante os outros meses na fazenda, diz, as flores são vendidas a preçonovibet nbacusto ou abaixo do custo, ou descartadas e transformadasnovibet nbapalha. "Então, é claro, os preços aumentam conforme a demanda", explica. "Os consumidores estão pagando um ágio para garantir que o agricultor seja compensado por suas despesas e esforços para manter as plantas o ano todo, garantindo assim que a ampla variedadenovibet nbaflores esteja disponívelnovibet nbacada data especial."

Ele destaca os custosnovibet nbatoda a cadeianovibet nbafornecimento, dizendo que os integrantes do setor devem "alugar espaço temporário, pagar sobretaxasnovibet nbacombustível, encontrar espaço nas companhias aéreas, contratar motoristas independentes, encontrar mais caminhões refrigerados, pagar horas extras aos funcionários" e muito mais.

Rosas que viajamnovibet nbaBogotá para Miami recebem uma taxanovibet nbaimportaçãonovibet nbaUS$ 0,15 para passar pela alfândega e pela inspeção. O transporte refrigerado doméstico pode variar, mas isso são outros US$ 0,06 por rosa. Também depende do tiponovibet nbaflor que você está enviando - Drummond diz que 300 cravos podem caber na mesma caixanovibet nba150 rosas, então o preçonovibet nbatransporte por haste é reduzido pela metade.

O temponovibet nbaviagem entre o campo até florista pode sernovibet nbaaté uma semana (embora possa variar muito dependendonovibet nbaonde as flores estão vindo), e as flores devem ser cuidadosamente manuseadasnovibet nbacada etapa do caminho.

Na floricultura

Hans Larsen é um produtornovibet nbaflores no Estado americanonovibet nbaWisconsin e comanda uma fazendanovibet nbaflores comnovibet nbaesposa desde 1975. Seu maior desafio? "Tempo. Nunca há tempo suficiente ", afirma. "Entre a semeadura, o plantio, a colheita, o marketing, a venda e a contabilidade, esse trabalho seria basicamente para cinco funcionáriosnovibet nbatempo integral, mas que ficam a cargonovibet nbaum empregado mal-remunerado."

Um desafio extra, ele diz, é a variação do que está na moda a cada hora.

"A popularidade da flor é muito parecida com a moda, já que a cor, as formas, as texturas variam. Ficarnovibet nbaolho nas redes sociais enovibet nbafóruns é preciso para entender tudo. As dálias são extremamente populares no momento, uma vez que fotografam tão bem e têm tantas cores e formas."

Finalmente é horanovibet nbacomprar esse buquê.

A apresentação das flores também pode elevar esse custo, porque os floristas são treinados a fazerem suas mágicas para conquistar os clientes.

Stewart tem uma dica - não defina o que você quer no buquê, mas deixe o florista te sugerir opções, assim você terá uma boa relação qualidade / preço. "É melhor dizer: 'Quero umas flores para minha mãe. Ela ama a Itália, ela vai para a Toscana o tempo todo - eu quero algo que pareça ter saído da zona rural italiana", aconselha.

Dados os desafios, as demandas logísticas e os níveisnovibet nbaqualificação necessáriosnovibet nbatoda a cadeianovibet nbafornecimento, não énovibet nbase admirar que as flores custem caro.

Mas pessoas do setor dizem que é preciso fazer com que os consumidores percebam a quantidadenovibet nbatrabalho envolvidanovibet nbaum único buquê.

Debra Prinzing, ex-jornalista especializadanovibet nbacasa e jardinagemnovibet nbaSeattle e defensora do cultivo e da vendanovibet nbaflores locais, diz que as mudanças na indústrianovibet nbaflores refletem a evolução da indústrianovibet nbaalimentos há algumas décadas.

Ela dá o exemplonovibet nbaum chef que compartilha uma história interessante sobre a origem das trufas para um determinado prato; ela quer que as pessoas valorizem as flores e suas históriasnovibet nbaorigem da mesma maneira,novibet nbaveznovibet nbavê-las apenas como produtonovibet nbaconsumo.

"Acho que as flores têm um valor incrível quando você tem essa ligação com um agricultor que as cultivou", diz ela. E aprender como avaliar o tempo, o esforço e o risco investidosnovibet nbaum buquê especial pode ajudar o consumidor a entender melhor o custo.

"Essas flores passaram por mais mãos, percorreram mais países, podem ter sido faladasnovibet nbamais idiomas, podem ter sido negociadasnovibet nbamais moedas e viajaram mais do que vocênovibet nbasuas últimas fériasnovibet nbaverão", diz Stewart. "É tão incrivelmente complexo nos bastidores."

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