Como funcionam os clubes que produzem maconha legalmente no Uruguai?:all online casinos

Jacinta Trobo

Crédito, Jacinta R. Trobo

Legenda da foto, Comoall online casinosum vinhedo, os membros do clube analisam nutriantes e variaçõesall online casinoscada florall online casinosmaconha

Apesarall online casinosser legalizado, Bianchi e outros sócios preferem que o local exato permaneçaall online casinossegredo.

"Por segurança e para não ter problemas com os vizinhos", afirmou.

Estes "clubes canábicos" são uma das alternativas legais que existem atualmente no Uruguai para a compra da maconha. Nestes locais, entre 15 e 45 consumidores se associam para produzir e distribuir a maconhaall online casinosforma coletiva.

A regulamentação da leiall online casinosprodução, distribuição e vendaall online casinosmaconha aprovada no fimall online casinos2014 abriu o caminho para esta produção.

Bianchi e Mello cultivavamall online casinosforma ilegal há anos.

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"Corríamos este risco porque queríamos saber o que estávamos fumando, ter o controle sobre o que introduzíamosall online casinosnosso corpo", disse Bianchi.

99 plantas

Jacinta Trobo

Crédito, Jacinta R. Trobo

O diretorall online casinoscultivo do clube Tricoma leva a reportagem da BBC Mundo para uma visita guiada às instalações.

Bianchi explica o detalhe do cicloall online casinosvida da planta e conta cada passo para conseguir os melhores "cogollos", a palavra usada no Uruguai para denominar as flores da planta da maconha que têm as substâncias canabinóides.

O controle é cuidadoso para manter o produto o mais natural possível: o ciclo noturno das plantas é obedecido, com as luzes da salaall online casinosfloração apagadas durante 12 horas e a porta da sala que permanece fechada.

Bianchi abre um cadeado e mostra o tesouro mais valioso do clube: 99 plantasall online casinosflor, o máximo permitido pela lei uruguaia.

Depoisall online casinosexaminar algumas flores, ele explica as característicasall online casinoscada variedade e as diferentes formasall online casinoscultivo. Como um produtorall online casinosvinhos, ele diferencia cada variedade pelo odor e aparência dos "cogollos".

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"Neste tipoall online casinoscultivo interno devemos simular à perfeição (as condições) do ar livre para fazer a produção render", disse.

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A lei uruguaia

Jacinta Trobo

Crédito, Jacinta R. Trobo

Além deste tipoall online casinosclube, os uruguaios também podem conseguir maconha cultivando para consumo próprio e por meio do sistemaall online casinosprodução estatal, que vai comercializar o produtoall online casinosfarmácias até o fimall online casinos2016.

Aprovada durante o governo do ex-presidente José Mujica como uma aposta para combater o narcotráfico, esta lei colocou o Uruguai na vanguarda internacional e transformou-o no primeiro país do mundo a regulamentar o cultivo, distribuição e consumo.

Segundo a lei cada clube pode ter entre 15 e 45 sócios. Além disso, a lei exige que sejam residentes no país.

O máximo anual permitido éall online casinos480 gramas para cada um dos sócios do clube.

O Institutoall online casinosRegulamentação e Controleall online casinosCannabis (IRCCA) é a organização responsável por conceder as certificações legais depoisall online casinosanalisar o planoall online casinosprodução e visitar as instalações onde o clube funcionará. Até o momento dez clubes já estão regularizados.

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Música brasileira e vizinhos

Quando todos saem para o pátio da casa onde funciona o clube, música brasileira começa a tocar. A discrição é fundamental para o funcionamento do Tricoma e é melhor que os vizinhos não ouçam o que Bianchi e a reportagem da BBC estão conversando.

Jacinta Trobo

Crédito, Jacinta R. Trobo

Legenda da foto, O governo permite o cultivoall online casinosapenas 99 plantas

O Tricoma conta com 22 sócios que sempre visitam a casa e, durante estas visitas, ajudam com os cuidados com as plantas, experimentam alguma variedade nova e compartilham sensações.

Além disso levam cercaall online casinos40 gramasall online casinosmaconha por mês para consumo com fins recreativos.

Como eles mesmos se definem, o Tricoma é um grupoall online casinosamigos e, graças à perseverança deles, é o segundo clube autorizado a produzir maconha no Uruguai.

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A idade média dos membros do clube éall online casinoscercaall online casinos35 anos. O preço da matrícula no clube éall online casinos6 mil pesos (pouco maisall online casinosR$ 680) e a mensalidade custa 2,8 mil pesos uruguaios (cercaall online casinosR$ 318).

Entregas personalizadas

Duas das características mais marcantes do Tricoma são pesquisa e rastreabilidade. Os cultivadores registram cuidadosamente cada passo durante o crescimento da planta para identificar as propriedadesall online casinoscada uma.

E, nas encomendas que eles montam todos os meses para entregar aos sócios, são incluídas etiquetas onde são especificadas as origemall online casinoscada "cogollo". Desta forma eles podem personalizar as entregas mensais a gosto do consumidor.

Jacinta Trobo

Crédito, Jacinta R. Trobo

Legenda da foto, O clube produz dez variedades diferentesall online casinosmaconha

"Cada nutriente importa, cada variação que você faz leva a um efeito e potência diferentes, um uso diferente", disse Bianchi.

Mas a maconha produzida no clube também tem outros usos.

"Fumarall online casinosforma recreativa é apenas a ponta do icebergall online casinostodos os usos da maconha. Existem possibilidadesall online casinosutilizar o cânhamo como fibra têxtil ou na fabricaçãoall online casinospomadas e óleos com fins medicinais", afirmou a secretária do clube, identificada apenas como Lucía.

"Uma vez que entregamos a maconha, cada sócio decide como deve consumi-la. As possibilidades são muito amplas. Sabemos que há sócios que cozinham com ela e outros que usam com fins medicinais para eles mesmos ou algum familiar próximo", acrescentou.

Os sócios do clube conseguiram realizar o primeiro sonho: fumar legalmente a maconha que eles mesmos cultivam.

Agora eles se preparam para a próxima colheita e entre os próximos planos está a mudança para um lugar maior onde possam plantar mais e dar melhores condições para as plantas.

Além disso, o clube quer abrir suas atividades para a comunidade organizando workshops e debates sobre como e para quê cultivar maconha.