Médica brasileirasite de apostas online gratisIsrael: 'Maioria dos pacientes graves não se vacinou':site de apostas online gratis

"Pelo que observamos na prática e nos dados oficiais, a grande maioria dos pacientes graves não estão vacinados", relata.

Em conversa com a BBC News Brasil, Schleifer relatasite de apostas online gratisexperiência ao longo desses últimos dois anos e lista os aprendizados obtidos durante a pandemia.

Experiência inesperada

A médica brasileira,site de apostas online gratis41 anos, conta que teve contato com um paciente que estava com covid logo no início da pandemia, lásite de apostas online gratismarçosite de apostas online gratis2020.

"Com isso, precisei ficarsite de apostas online gratisisolamento imediatamente, pois nem existiam muitos exames à disposição", diz.

"Como tinha acesso a um computador no meu quarto, uma das diretoras do local onde trabalho pediu que eu fizesse o monitoramento remoto das pessoas com covid, que à época eram isoladassite de apostas online gratishotéis. Imagina, naquele início víamos 150 pacientes e achávamos um absurdo", lembra.

Schleifer trabalha para a Clalit Health Services, um dos quatro "planossite de apostas online gratissaúde" disponíveissite de apostas online gratisIsrael. No país, todos os cidadãos são obrigados a ter um seguro médico.

A Clalit atende cercasite de apostas online gratis4,5 milhõessite de apostas online gratispessoas, praticamente metade da população israelense, informa a especialista.

"Essa primeira tarefa,site de apostas online gratisentrarsite de apostas online gratiscontato com os pacientes, fez com que eu desenvolvesse uma experiência com a covid que poucos profissionais tinham naquele momento", relata.

Com isso, a brasileira virou uma das diretoras da resposta à pandemia da empresa. Ela supervisiona a porção nortesite de apostas online gratisIsrael, uma das oito zonassite de apostas online gratisque os serviçossite de apostas online gratissaúde são divididos no país.

Ela esite de apostas online gratisequipe acompanham cercasite de apostas online gratis800 mil indivíduos, numa faixa territorial que abrange a cidadesite de apostas online gratisTel Aviv e chega até as cercaniassite de apostas online gratisHaifa.

"Nós fazemos ligações telefônicas, conferimos as informações dos pacientes com covid, vemos se eles precisamsite de apostas online gratisalgum antiviral, se podem receber alta…", exemplifica.

Um tsunami causado pela ômicron

Para Schleifer, os últimos dois anos comprovaram que a covid pode sempre surpreender.

"Parece que o coronavírus traz uma nova surpresa. A cada onda, descobrimos algo novo, que não tínhamos visto até então", destaca.

A exemplo do que ocorresite de apostas online gratisvárias partes do planeta, Israel também foi afetado pela variante ômicron. Os númerossite de apostas online gratiscasos, hospitalizações e óbitos registrados recentemente ultrapassam,site de apostas online gratislonge, o que ocorreusite de apostas online gratisoutros períodossite de apostas online gratiscrise por lá, especialmente nos mesessite de apostas online gratissetembrosite de apostas online gratis2020 e janeirosite de apostas online gratis2021.

"Quando surgiram as primeiras notícias da ômicron e se especulava sobre a possibilidadesite de apostas online gratistermos 80 mil infectados por dia, pensávamos que era impossível atingir um número tão alto", conta a médica.

"Pois passamos dos 100 mil novos casos diários no finalsite de apostas online gratisjaneiro."

"E devemos considerar que Israel é um país relativamente pequeno. Portanto, ter maissite de apostas online gratis70 mil diagnósticos diários representa um desafio para o sistemasite de apostas online gratissaúde, mesmo que uma proporção menor dos pacientes tenha complicações", complementa.

A partirsite de apostas online gratisfevereiro, os registrossite de apostas online gratisnovas infecções voltaram a cair — no dia 2/2, foram feitos 62 mil diagnósticossite de apostas online gratiscovidsite de apostas online gratisIsrael.

O mesmo efeito, porém, ainda não foi observado nas mortes pela doença, que continuam a subir, ainda que a taxasite de apostas online gratisóbitossite de apostas online gratisrelação ao númerosite de apostas online gratisnovos casos seja proporcionalmente menor do que ocorreu nas ondas anteriores.

Israel, inclusive, chegou a figurar entre os países com a maior mortalidade por milhãosite de apostas online gratishabitantes nessas primeiras semanassite de apostas online gratis2022.

"Sabemos que há um descompassosite de apostas online gratisalguns dias nas curvassite de apostas online gratiscasos e mortes. Esperamos, portanto, que os óbitos comecem a diminuirsite de apostas online gratisbreve", analisa a especialista.

O poderio das vacinas

Schleifer aponta que o estrago só não foi maior graças à vacinação contra a covid. E isso fica claro quando ela cita os dados oficiais do Ministério da Saúdesite de apostas online gratisIsrael.

"Em pessoas com maissite de apostas online gratis60 anos, temos 375 pacientes graves que não se vacinaram a cada 100 mil habitantes. Entre os vacinados, esse número cai para 31 pacientes por 100 mil", calcula a médica.

Ou seja: na população mais velhasite de apostas online gratisIsrael, o riscosite de apostas online gratiscomplicações pela covid é 12 vezes mais alto entre quem não tomou as três doses do imunizante.

"Já naqueles com menossite de apostas online gratis60 anos, essa taxa ficasite de apostas online gratis5 pacientes por 100 mil entre não vacinados e 1,5 entre os vacinados", completa.

Embora Israel tenha sido pioneiro na distribuição e na aplicação dos imunizantes contra a covid, e inclusive liderou as discussões sobre a necessidadesite de apostas online gratisuma terceira dose, os númerossite de apostas online gratisnovos vacinados cresceram mais lentamente no segundo semestresite de apostas online gratis2021 e no iníciosite de apostas online gratis2022.

Para ter ideia, 62% dos israelenses tinham recebido ao menos uma dosesite de apostas online gratisjulho do ano passado. Agorasite de apostas online gratisfevereiro, esse índice estásite de apostas online gratis72%.

A médica brasileira avalia que o país deveria ter feito campanhassite de apostas online gratiscomunicação mais direcionadas e adaptadas a algumas parcelas da população.

"Nós vemos que algumas pessoas são mais resistentes às vacinas e outras camadas tiveram uma alta taxasite de apostas online gratiscontaminação logo no início da pandemia, como os judeus ultraortodoxos", cita.

"Outro dia estava conversando com um médico árabe e ele me relatou que, dentro da comunidade, existe uma hierarquia familiar que respeita muito a decisãosite de apostas online gratisavôs e avós. Portanto, se os mais velhos resolvem não se vacinar, ninguém abaixo deles naquela família vai tomar as doses", continua.

"Seria interessante ter campanhas mais dirigidas, para tirar as dúvidas que cada um desses grupos apresenta", sugere.

Perspectivas e aprendizados

A médica brasileira conta que as demais medidas restritivas, como a proibiçãosite de apostas online gratisaglomerações e o usosite de apostas online gratismáscaras, estãosite de apostas online gratisdiscussão atualmentesite de apostas online gratisIsrael.

"Temos o green pass, que é válido para quem tomou a terceira dose ou teve covid e se recuperou. Esse documento é exigido para entrarsite de apostas online gratismuitos lugares, como restaurantes e shoppings. Também se recomenda o usosite de apostas online gratismáscarassite de apostas online gratislocais fechados", conta.

"Mas agora, com tanta gente infectada pela segunda vez, o green pass parece perder um poucosite de apostas online gratissentido, mas ainda não há uma decisão se ele será mantido ou abandonado."

Schleifer vê outra mudança significativa que começou a acontecer recentemente: muitos pacientes com covid que antes precisavam ficarsite de apostas online gratishospitais agora são tratadossite de apostas online gratiscasa, com monitoramento à distância.

"O sistemasite de apostas online gratissaúdesite de apostas online gratisIsrael conseguiu se estruturar para deixar o paciente emsite de apostas online gratiscomunidade. Ele fica internadosite de apostas online gratiscasa, mas sob os cuidadossite de apostas online gratismédicos e enfermeiras, que fazem o acompanhamento pela internet", detalha.

"Isso foi uma solução para não sobrecarregar ainda mais os hospitais."

Com tantas alterações no conhecimento sobre a doença e nas formassite de apostas online gratisprevenção e tratamento, a médica brasileira torce para que a evolução natural do vírus faça com que ele fique menos perigoso num futuro próximo.

"Espero que a gente não seja surpreendido com uma nova variante do coronavírus ainda mais perigosa e contagiosa", conta.

"Mas essa pandemia nos mostrou que precisamos ser flexíveis e dinâmicos, especialmente quando o assunto é saúde e educação. Pode ser necessário mudar os planos, adaptar e criar novas condiçõessite de apostas online gratisacordo com a realidade."

"A covid nos pregou um baita susto e espero que a gente aprenda com todos os erros para estarmos melhor preparados para a próxima crisesite de apostas online gratissaúde que aparecer", finaliza.

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