Covid: 3 certezas e 3 dúvidas sobre o futuro das vacinas, segundo cientista brasileirabr bet apostasOxford:br bet apostas

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Diretora e uma das fundadoras do Programabr bet apostasMestradobr bet apostasVacinologia da Universidadebr bet apostasSiena, na Itália, Clemens também é professorabr bet apostasSaúde Global na Universidadebr bet apostasOxford, no Reino Unido, e atua no Departamento Clínico ebr bet apostasRelações Internacionais do Instituto Carlos Chagas, no Riobr bet apostasJaneiro.
A médica ainda é conselheira sêniorbr bet apostasdesenvolvimentobr bet apostasvacinas da Fundação Bill e Melinda Gates e esteve envolvida diretamente na criaçãobr bet apostasimunizantes contra o rotavírus e o HPV.
Durante a atual pandemia, ela atua como diretora do Grupobr bet apostasVacinas Oxford-Brasil e foi uma das coordenadoras dos testes clínicos que comprovaram a eficácia e a segurança da vacinabr bet apostasAstraZeneca/Universidadebr bet apostasOxford. Parte desses estudos foram, inclusive, realizados no nosso país.
Segundo a análise da especialista durante o evento, a vacinação contra a covid trouxe uma sériebr bet apostasaprendizados e legados, como a criaçãobr bet apostascentrosbr bet apostaspesquisa clínicabr bet apostasvárias partes do mundo e os conhecimentos sobre a combinaçãobr bet apostasdiferentes tecnologias, mas ainda restam muitos desafios pela frente — como a necessidadebr bet apostasampliar a produçãobr bet apostasdoses e proteger toda a população mundial.

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Como chegamos até aqui?
Clemens começoubr bet apostaspalestra lembrandobr bet apostasduas crises globaisbr bet apostassaúde recentes: a pandemiabr bet apostasH1N1,br bet apostas2009, e a epidemiabr bet apostasebola, que acometeu alguns países africanos a partirbr bet apostas2014.
"Nesses dois casos, surgiram esforços para criar vacinas, mas os produtos chegaram um pouco tarde ou enfrentaram problemas na fasebr bet apostasprodução e regulação", analisou.
"Mas, quando pensamos particularmente no ebolabr bet apostas2014, vemos que esse episódio ajudou a conscientizar o mundo sobre a necessidadebr bet apostasinvestirbr bet apostastecnologia e inovação para evitar epidemias e pandemias", destacou.
Como exemplo dessa maior preocupação sanitária, a médica citou duas ações globais que ocorreram nos últimos anos. Primeiro, a publicação da listabr bet apostasdoenças prioritárias da Organização Mundial da Saúde (OMS) a partirbr bet apostas2015.
Esse documento, atualizadobr bet apostastemposbr bet apostastempos, permitiu um foco maior nos agentes infecciosos mais preocupantes, para os quais devem ser pesquisados métodosbr bet apostasprevenção e tratamento.
O segundo passo fundamental foi a criaçãobr bet apostas2017 do Centrobr bet apostasPreparo e Inovações para Epidemias (Cepi, na siglabr bet apostasinglês).
"A partir daí, tivemos uma maior conscientizaçãobr bet apostasgovernos e instituiçõesbr bet apostasque precisávamos acelerar o desenvolvimentobr bet apostasvacinas para patógenos com potencial epidêmico", contextualizou a especialista.

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Clemens também lembrou que uma das grandes barreiras na horabr bet apostaspesquisar novos imunizantes é a dificuldadebr bet apostasfazer os testes clínicos maiores, que envolvem até dezenasbr bet apostasmilharesbr bet apostasvoluntários, o investimentobr bet apostasmilhõesbr bet apostasdólares e uma enorme infraestrutura.
Para responder à pandemiabr bet apostascovid-19 e desenvolver soluçõesbr bet apostastempo recorde, foi necessário atacar esse problema.
"Algumas instituições passaram a financiar a organizaçãobr bet apostascentrosbr bet apostaspesquisabr bet apostasvárias partes do mundo. Em quatro meses, conseguimos treinar e estabelecer 22 locais para os testes clínicosbr bet apostassete países da América Latina", contou.
"E foram esses centros que ajudaram o mundo a validar as vacinas e passar a produzir as doses que foram usadas nos últimos meses", completou Clemens.
A médica destacou que, no caso da vacina da AstraZeneca, o processobr bet apostasnegociação para trazer a pesquisa clínica para o Brasil começoubr bet apostasabrilbr bet apostas2020. Os testes se iniciarambr bet apostasmeadosbr bet apostasjulho daquele ano e,br bet apostasnovembro, a eficácia e a segurança do produto estava comprovada.
"Em cercabr bet apostasoito meses, conseguimos validar um imunizante que viria a se tornar um dos maiores fornecedores do Covax Facility [instrumento internacionalbr bet apostascompra e distribuiçãobr bet apostasdoses para os países mais pobres]", disse.
As três certezas
Lançar e manter uma campanha mundialbr bet apostasvacinação contra uma doença nova, que mata milhares todos os dias, foi um imenso desafio.
E Clemens aponta que todo esse processo, que continuabr bet apostasandamento, trouxe uma sériebr bet apostasaprendizados e exigiu adaptações no meio do caminho.
Um primeiro fato que a médica citou foram as ampliações do tempobr bet apostasintervalo entre as duas doses e os esquemas heterólogos (em que um indivíduo toma AstraZeneca e depois Pfizer, por exemplo).
"Quando desenvolvemos vacinas, não basta provar a eficácia. Precisamos acompanhar a persistênciabr bet apostasanticorpos, a efetividade das doses e eventualmente até realizar adaptações na campanha", contou.
"Aumentar o intervalo entre a primeira e a segunda dose, por exemplo, foi muito importante, pois conseguimos vacinar mais pessoas num momentobr bet apostasescassez."
O Brasil mesmo se utilizou desta estratégia na virada do primeiro para o segundo semestre deste ano: as duas dosesbr bet apostasPfizer oubr bet apostasAstraZeneca chegaram a ser aplicadas com quase três mesesbr bet apostasintervalo. Desse modo, foi possível resguardar rapidamente, mesmo quebr bet apostasforma parcial, uma grande parcela da população adulta.
Um segundo aspecto que virou uma certeza nos últimos meses foi a necessidadebr bet apostasdosesbr bet apostasreforço.
Os primeiros contemplados com uma terceira vacina foram os idosos e os indivíduos com o sistema imune comprometido, mas a chegadabr bet apostasnovas variantes (casobr bet apostasDelta e Ômicron) acelerou a necessidadebr bet apostasgarantir uma proteção extrabr bet apostaspraticamente todos os grupos.
"A efetividade das duas dosesbr bet apostasvacina contra a ômicron é mais baixa, fica na casa dos 40%. Uma terceira dose aumenta essa taxa para 70% ou 80%. Então, se houver possibilidadebr bet apostasdar o reforço, é o melhor a ser feito", analisou Clemens.

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Atualmente, no Brasil, a terceira dose é garantida a todas as pessoas com maisbr bet apostas18 anos. De acordo com os últimos anúncios do Ministério da Saúde, esse reforço deve ser dado quatro meses depois da imunização primária completa (com duas doses, no casobr bet apostasquem tomou CoronaVac, Pfizer e AstraZeneca, ou com uma dose, no casobr bet apostasquem recebeu Janssen).
A última certeza da lista tem a ver com a desigualdade na distribuiçãobr bet apostasvacinas pelo planeta.
"Esses dias eu estava fazendo entrevistas para um projeto com candidatos que são da Eritreia, na África, e eles me disseram que a vacinação contra a covid-19 praticamente não começou por lá", contou.
"Enquanto não vacinarmos todo mundo, continuaremos como um celeirobr bet apostasnovas variantes. Foi justamente isso o que a gente acaboubr bet apostasver com o surgimento da ômicron", alertou a pesquisadora.
As três dúvidas
Por mais que a ciência tenha encontrado muitas respostasbr bet apostastempo recorde para lidar com a pandemia, existem algumas dúvidas importantes sobre o futuro da vacinação contra a covid-19.
Na visão da cientista brasileira, a primeira e a segunda perguntas dessa lista estão relacionadas ao tempobr bet apostasproteção das vacinas e se será necessário realizar campanhas anuaisbr bet apostasimunização, a exemplo do que acontece com a gripe.
"A gente ainda precisa entender a dinâmica das variantes, se alguma delas vai se tornar a dominante e como esse cenário vai se modificar daqui pra frente", avaliou.
"É possível que nós tenhamos uma vacinação anual para algumas faixas etárias, mas não para todas. Daí resta saber se precisaremos adaptar as doses e quanto tempo isso levaria", complementou.
E essas incertezas todas são fruto da faltabr bet apostastempo suficiente para medir quanto dura a imunidade após a vacinação, ou como interagem as célulasbr bet apostasdefesa e os anticorpos para nos proteger da infecção pelo coronavírus (oubr bet apostassuas formas mais graves) depoisbr bet apostasmeses ou anos.

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"Estamos estudando cada plataforma vacinal, quanto tempo dura a proteção, qual é a persistênciabr bet apostasanticorpos ao longo do tempo…", listou Clemens.
Para fechar, a última dúvida pode representar até uma esperança: será que é possível utilizar apenas meia dosebr bet apostasvacina como reforço?
Clemens explicou que os estudos nessa área estãobr bet apostasandamento. Caso as respostas sejam positivas, essa poderá ser uma das melhores notícias dos próximos meses.
"Com meia dose, podemos vacinar um maior númerobr bet apostaspessoas muito mais rápido", projetou a médica.
"Isso ampliaria a nossa capacidade num momentobr bet apostasque há escassezbr bet apostasinfraestrutura, material e mãobr bet apostasobra", emendou.
"Estamos correndo atrás para aumentar a produção e vacinar o mundo, especialmente a África, com muito mais rapidez", finalizou.

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