Por que viver maissportsbet br100 anos ainda é mistério para ciência:sportsbet br
- Richard Faragher e Nir Barzilai
- The Conversation*

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Hideko Arima celebra seu 101° aniversáriosportsbet brseu pequeno barsportsbet brTóquio, no Japão
sportsbet br Um homem com 35 anossportsbet bridade tem apenas 1,5%sportsbet brprobabilidadesportsbet brmorrer nos 10 anos seguintes. Mas o mesmo homem com 75 anos tem 45%sportsbet brprobabilidadesportsbet brmorrer antessportsbet bratingir 85.
É claro que o avanço da idade é ruim para a nossa saúde. Mas, olhando pelo lado bom, fizemos progressos sem precedentes na compreensão dos mecanismos fundamentais que controlam o envelhecimento e as doenças da idade avançada.
Alguns processos biológicos intimamente relacionados — às vezes chamadossportsbet br"sinais do envelhecimento", incluindo o suprimentosportsbet brcélulas-tronco e a comunicação entre as células — agem para nos manter saudáveis nos primeiros anos das nossas vidas. Os problemas surgem quando eles começam a falhar.
Existem exames clínicossportsbet brandamento para verificar se é possível cuidarsportsbet bralguns desses sinais para o tratamentosportsbet brnefropatia diabética, aspectos das funções imunológicas e fibrose pulmonar relativa à idade, entre outras condições.
Até aqui, tudo bem. Mas, infelizmente, ainda existem grandes perguntas sem resposta na biologia do envelhecimento.
Para avaliar essas questões e como abordá-las, a Federação Norte-Americana para a Pesquisa do Envelhecimento — uma organização beneficente — promoveu recentemente uma sériesportsbet brreuniões com médicos e cientistassportsbet brponta. Esses especialistas concordaram que o grande desafio atual é compreender o que hásportsbet brespecial com a biologia das pessoas que sobrevivem por maissportsbet brum século.
Essas pessoas centenárias correspondem a menossportsbet br0,02% da população do Reino Unido, mas elas excedem a expectativasportsbet brvida dos seus paressportsbet brquase 50 anos (os bebês que nasceram na décadasportsbet br1920 tipicamente tinham expectativasportsbet brvidasportsbet brmenossportsbet br55 anos). Como eles conseguem isso?

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Cachorros pequenos costumam viver mais que os grandes
Sabemos que os centenários vivem muito porque são incomumente saudáveis. Eles permanecem com boa saúde por cercasportsbet br30 anos a mais que a maioria das pessoas e, quando eles finalmente ficam doentes, é por tempo muito curto.
Essa "redução da morbidade" claramente é boa para eles, mas também beneficia a sociedade como um todo. Nos Estados Unidos, os custossportsbet brassistência médica para um cidadão centenário nos seus dois últimos anossportsbet brvida somam cercasportsbet brum terço do custo para pessoas que morrem na casa dos 70 anos — uma épocasportsbet brque a maioria dos centenários não precisa nem mesmo consultar o médico.
Os filhos dos centenários,sportsbet brmédia, também são muito mais saudáveis que a média, o que indica que eles estão herdando algo benéfico dos seus pais. Mas essa herança é genética ou ambiental?
Os centenários nem sempre se preocupam com a saúde
Seriam os centenários modelossportsbet brum estilosportsbet brvida saudável?
Para a populaçãosportsbet brgeral, controlar o peso, não fumar, beber moderadamente e comer pelo menos cinco porçõessportsbet brfrutas, legumes e verduras por dia pode aumentar a expectativasportsbet brvidasportsbet braté 14 anos,sportsbet brcomparação com as pessoas que não têm essas preocupações.
Essa diferença é maior que a observada entre as regiões mais abastadas e as mais pobres do Reino Unido. Por isso, seria intuitivamente esperado que essas ações influenciassem a sobrevivência das pessoas centenárias. Mas, surpreendentemente, este nem sempre é o caso.

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Existe uma genética especial que explique por que existem pessoas que vivem por maissportsbet br100 anos?
Um estudo concluiu que até 60% dos judeus asquenazes (oriundos da Europa Central e Oriental) centenários fumaram muito ao longo da vida, a metade deles sofreu obesidade pelo mesmo períodosportsbet brtempo, menos da metade pratica exercícios, mesmo que moderados, e menossportsbet br3% são vegetarianos. E os filhos dos centenários aparentemente não têm maiores preocupações com a saúde que a populaçãosportsbet brgeral.
Mas a incidênciasportsbet brdoenças cardiovasculares entre eles é a metade das outras pessoas com o mesmo consumo alimentar, saúde e peso do corpo. Existe alguma coisa naturalmente excepcional nessas pessoas.
O grande segredo
Poderia ser devido a raras condições genéticas?
Este caso poderia funcionarsportsbet brduas formas. Os centenários podem ser portadoressportsbet brvariantes genéticas incomuns que ampliam seu temposportsbet brvida; ou eles poderão não ter variantes genéticas comuns que causem doenças e debilitaçõessportsbet bridade avançada.
Diversos estudos, incluindo o nosso próprio trabalho, demonstraram que os centenários têm as mesmas variantes genéticas ruins da populaçãosportsbet brgeral. Alguns são até portadoressportsbet brduas cópias do gene comum mais conhecido que aumenta o riscosportsbet brmalsportsbet brAlzheimer (APOE4), mas não desenvolvem a doença.
Por isso, uma hipótese plausível para estudo é que os centenários tenham variantes genéticas benéficas raras e não uma faltasportsbet brvariantes desvantajosas. E os melhores dados disponíveis sustentam essa possibilidade.

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Mulheres com níveis mais baixos do hormônio do crescimento IGF-1 vivem por mais tempo
Maissportsbet br60% dos centenários possuem variações genéticas que alteram os genes reguladores do crescimento na infância. Isso significa que essas pessoas notáveis são exemplos humanossportsbet brum tiposportsbet brextensão da vida observadosportsbet broutras espécies.
A maioria das pessoas sabe que cães pequenos tendem a viver mais que os grandes, mas poucos sabem que esse é um fenômeno comumsportsbet brtodo o reino animal. Pôneis vivem mais que cavalos e muitas linhagenssportsbet brratossportsbet brlaboratório com mutações responsáveis pelo nanismo vivem por mais tempo que seus paressportsbet brtamanho normal.
Uma possível causa desse fenômeno é a redução dos níveissportsbet brum hormônio do crescimento chamado IGF-1, embora os centenários humanos não sejam necessariamente menores que as demais pessoas.
É claro que o hormônio do crescimento é necessário no início da vida, mas existem cada vez mais evidênciassportsbet brque altos níveissportsbet brIGF-1 a partir da meia idade são associados ao aumento das doenças da idade avançada. Os mecanismos detalhados responsáveis por esse processo permanecem desconhecidos, mas, mesmo entre os centenários, as mulheres com níveis mais baixossportsbet brhormônio do crescimento vivem por mais tempo que as demais. Elas também dispõemsportsbet brmelhor função cognitiva e muscular.
Mas isso não resolve o problema. Os centenários também são diferentes dos demaissportsbet brmuitas outras formas. Eles tendem, por exemplo, a ter baixos níveissportsbet brcolesterol — o que indica que pode haver outras razões parasportsbet brlongevidade.
Em última análise, os centenários são "experimentos da natureza" que nos mostram que é possível viver com excelente saúde, mesmo se você enfrentar uma herança genética perigosa e decidir não prestar atenção às mensagens das condiçõessportsbet brsaúde — mas somente se você possuir mutações raras e mal compreendidas.
A compreensão exatasportsbet brcomo essas mutações funcionam deverá permitir aos cientistas desenvolver novos medicamentos ou outras intervenções dirigidas a processos biológicos nos tecidos certos, no momento preciso. Se isso se tornar realidade, muitossportsbet brnós talvez possamos ver a chegada do próximo século. Mas, até lá, não aceite conselhos sobre estilosportsbet brvida saudável das pessoas centenárias.
* Richard Faragher é professorsportsbet brBioenterologia da Universidadesportsbet brBrighton, no Reino Unido.
Nir Barzilai é professorsportsbet brMedicina e Genética do Albert Einstein College of Medicine, nos Estados Unidos.
Este artigo foi publicado originalmente no sitesportsbet brnotícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em inglês).

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