Ouro para Martine e Kahena: medalha consolida soberania olímpica da vela e do clã Grael:blaze apostas bônus

blaze apostas bônus A medalhablaze apostas bônusouro conquistada pela carioca Martine Grael e pela paulista Kahena Kunze na madrugada desta terça-feira (3/8)blaze apostas bônusTóquio 2021 consolidou o domínio da vela como o esporte mais campeão do Brasilblaze apostas bônusOlimpíadas.

O ouro é o oitavo da história da vela brasileira — uma trajetória que começou com dois ourosblaze apostas bônusMoscoublaze apostas bônus1980 e que vem rendendo medalhas ao paísblaze apostas bônustodas as edições dos Jogos desde então, com exceçãoblaze apostas bônusBarcelona 1992. É disparado o esporte brasileiro com o maior númeroblaze apostas bônusmedalhasblaze apostas bônusouro nos Jogos. O segundo esporte mais campeão do Brasil, o atletismo, ganhou cinco ouros.

A vela brasileira também produziu o maior campeão olímpico da história do país: o velejador Robert Scheidt, detentorblaze apostas bônusdois ouros, duas pratas e um bronze.

Mas a trajetória que mais impressiona é a da famíliablaze apostas bônusMartine, os Grael. O clã é responsável por nove medalhas olímpicas. O pai da velejadora, Torben, é um dos maiores campeões olímpicos do Brasil, com dois ouros, uma prata e dois bronzes (possui o mesmo númeroblaze apostas bônusmedalhasblaze apostas bônusScheidt, mas com uma prata a menos).

O tio, Lars Grael, ganhou dois bronzes. Ele continuou competindo mesmo depoisblaze apostas bônusum acidenteblaze apostas bônus1998, quando, durante uma provablaze apostas bônusVitória, um barcoblaze apostas bônuspesca invadiu a área da regata e se chocou com a embarcaçãoblaze apostas bônusLars. O velejador caiu na água e teve umablaze apostas bônussuas pernas decepadas pela hélice da lancha.

O irmão mais velhoblaze apostas bônusMartine, Marco Grael, também competiublaze apostas bônusTóquio 2021 na mesma classe, 49er FXblaze apostas bônusdupla, mas não se classificou para a Medal Race, a regata final.

Hoje com 30 anosblaze apostas bônusidade, a bicampeã olímpica começou a velejar aos quatro anosblaze apostas bônusidade e é atleta do Rio Yacht Club.

A tradição da famíliablaze apostas bônusNiterói — berço dos Grael e do iatismo brasileiro — é longa. Martine é neta do coronel do Exército Dickson Melges Grael, ex-presidente da Comissãoblaze apostas bônusDesportos das Forças Armadas, e da velejadora Ingrid Grael — cujos irmãos Axel e Erik Schmidt foram os primeiros campeões mundiaisblaze apostas bônusvela,blaze apostas bônus1961.

A família também tem participação na política. Axel Grael, irmãoblaze apostas bônusTorben e Lars, é prefeitoblaze apostas bônusNiterói pelo PDT. A cidade abriga desde 1998 o Projeto Grael, que busca conciliar iatismo e inclusão social. Lars também ocupou cargos no governo FHC e no governo Alckmin.

Martine e Torben se tornaram a primeira duplablaze apostas bônuspai e filha bicampeã olímpica como atletas, um desempenho excepcional na história do paísblaze apostas bônusJogos —blaze apostas bônuscada dez medalhasblaze apostas bônusouro do Brasil, uma veio dos Grael.

Esporte caro eblaze apostas bônusnicho

A vela está longeblaze apostas bônusser um dos esportes favoritos dos brasileiros, oublaze apostas bônusqualquer outro torcedor no mundo. Consideradoblaze apostas bônuselite e caro — um curso introdutório, com quatro aulas, custa a partirblaze apostas bônusR$ 500; um barco a vela dificilmente sai por menosblaze apostas bônusR$ 15 mil — a vela é um esporteblaze apostas bônusnicho praticado e acompanhado apenasblaze apostas bônusclubes especializados, com pouca transmissão na televisão ou cobertura pela imprensa esportiva.

No Brasil, a vela começou a ganhar espaçoblaze apostas bônus1906, com a fundação do Yacht Clube Brasileiro no bairroblaze apostas bônusBotafogo, no Rioblaze apostas bônusJaneiro, que pouco depois se mudaria para Niterói. A primeira prova nacional foi disputadablaze apostas bônus1935.

O Brasil levou 13 velejadores a Tóquio 2021 (seis mulheres e sete homens) — equipe chefiada pelo paiblaze apostas bônusMartine, Torben.

A vela é um dos esportes olímpicos mais tradicionais da era moderna — esteve presenteblaze apostas bônustodas as edições dos Jogos, com exceção da primeira Olimpíada,blaze apostas bônus1896.

A competiçãoblaze apostas bônusTóquio tem seis classes: Laser, RS: X (windsurfe), 470, 49er, Finn (só para homens) e Nacra 17.

Duas classes fazemblaze apostas bônussegunda aparição no programa olímpico. O 49er FX Skiff para mulheres (vencido por Martine e Kunze) e o Nacra 17 fizeramblaze apostas bônusestreia no Rio 2016.

A vela exige rapidezblaze apostas bônusraciocínio, agilidade, força física e capacidadeblaze apostas bônuselaboraçãoblaze apostas bônusestratégia dos atletas.

Cada competição é formada por uma sérieblaze apostas bônuscorridas. Os pontosblaze apostas bônuscada corrida são atribuídosblaze apostas bônusacordo com a posição: o vencedor ganha um ponto, o segundo colocado ganha dois e assim por diante. A corrida final é chamadablaze apostas bônusMedal Race (corridablaze apostas bônusmedalhas), na qual os pontos são duplicados. Após a corrida pela medalha, o indivíduo ou equipe com o menor número totalblaze apostas bônuspontos é o campeão.

Durante as corridas, os barcos navegamblaze apostas bônusum percursoblaze apostas bônusformablaze apostas bônusum enorme triângulo, rumo à linhablaze apostas bônuschegada após enfrentarem o ventoblaze apostas bônustrês direções. Eles devem passar por boiasblaze apostas bônusmarcação um certo númeroblaze apostas bônusvezes eblaze apostas bônusuma ordem pré-estabelecida.

O iatismo não é apenas uma corrida contra outros barcos, mas uma batalha com a natureza: a altura das ondas, a força das marés, a força do vento e outros fatores climáticos.

Não é possível velejarblaze apostas bônuslinha retablaze apostas bônustodo o percurso. Ao navegar com vento contrário, os barcos tentam "pegar" o vento movendo-seblaze apostas bônuszigue-zague. Avançar no percurso requer mudanças ousadasblaze apostas bônusdireção e curvas apertadas, com as tripulações controlando suas embarcações mudando a posição e a orientaçãoblaze apostas bônusseus corpos no barco.

Confira abaixo as 19 medalhas conquistadas pela vela brasileirablaze apostas bônusOlimpíadas.

1. 1968 México: Bronze — Burkhard Cordes e Reinaldo Conrad (Flying Dutchman)

2. 1976 Montreal: Bronze — Peter Ficker e Reinaldo Conrad (Flying Dutchman)

3. 1980 Moscou: Ouro — Eduardo Penido e Marcos Soares (470)

4. 1980 Moscou: Ouro — Alexandre Welter e Lars Björkström (Tornado)

5. 1984 Los Angeles: Prata — Torben Grael, Daniel Adler e Ronaldo Senfft (Soling)

6. 1988 Seul: Bronze — Torben Grael e Nelson Falcão (Star)

7. 1988 Seul: Bronze — Clinio Freitas e Lars Grael (Tornado)

8. 1996 Atlanta: Ouro — Robert Scheidt (Laser)

9. 1996 Atlanta: Ouro — Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)

10. 1996 Atlanta: Bronze — Kiko Pelicano e Lars Grael (Tornado)

11. 2000 Sydney: Prata — Robert Scheidt (Laser)

12. 2000 Sydney: Bronze — Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)

13. 2004 Atenas: Ouro — Robert Scheidt (Laser)

14. 2004 Atenas: Ouro — Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)

15. 2008 Pequim: Prata — Bruno Prada e Robert Scheidt (laser)

16. 2008 Pequim: Bronze — Fernanda Oliveira e Isabel Swan (470)

17. 2012 Londres: Bronze — Bruno Prada e Robert Scheidt (star)

18. 2016 Rio: Ouro — Martine Grael e Kahena Kunze (49er)

19. 2021 Tóquio: Ouro — Martine Grael e Kahena Kunze (49er)

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