Terremotos lentos: como esse fenômeno pode ajudar a Ciência a prever os grandes tremores:2o bet

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Ele e seus colegas publicaram recentemente um estudo sobre esse tipo2o betterremoto que ocorre2o betcertas regiões sísmicas, como a do sudeste mexicano, onde duas placas interagem.
A pesquisa deles constatou que terremotos lentos (ou silenciosos) estavam por trás dos últimos quatro tremores2o betmaior magnitude no país.

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Diferentemente dos tremores que sacodem a superfície, os terremotos lentos liberam energia pouco a pouco durante semanas ou meses, o que os torna imperceptíveis e nada destrutivos.
Mas especialistas afirmam que estuda-los é muito importante para entender melhor como os terremotos são gerados. Embora um tremor lento nem sempre antecipe um "normal", é um fator a ser levado2o betconsideração.
"A observação dos terremotos lentos ocorridos nos últimos 20 anos abre uma janela para entendermos a física que controla os terremotos", diz Sergio Ruiz, do Departamento2o betGeofísica da Universidade do Chile.
"E também abriria uma janela para 'antecipar' os terremotos. Mas, por enquanto, é fundamental criar um modelo, por que isso acontece às vezes, e não2o bettodos os casos", explica.
O que acontece nas profundezas
Os terremotos geralmente acontecem quando a interação das placas tectônicas libera energia para a superfície, o que faz com que o solo trema abruptamente.
No entanto, há outros tipos2o betinterações2o betcamadas inferiores ou superiores àquelas2o betque ocorrem os terremotos que são sentidas na superfície terrestre. Um desses eventos são os terremotos lentos.
Ruiz lembra que alguns atingiram magnitude 7, o que seria um perigo considerável se fossem terremotos com efeitos na superfície, mas o fato2o betocorrerem durante semanas ou meses elimina o risco.
É como se sobre uma mesa houvesse pratos, xícaras e talheres, explica o geofísico chileno. Se a mesa for movida rapidamente, o que está2o betcima vai balançar. Mas, se for movida bem lentamente, os objetos vão permanecer praticamente estáticos.
"Um terremoto lento pode ser da mesma dimensão2o betum grande, um 'normal', mas como se move muito lentamente não é percebido", diz Ruiz.

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Cruz-Atienza explica que eles podem ser monitorados com aparelhos2o betGPS específicos,2o bet"altíssima precisão", que medem a deformação dos continentes com uma exatidão aproximada2o bet2 mm.
"Com isso, podemos medir até que ponto o continente se deforma e, como há um rebote, a volta do deslizamento lento ou do terremoto lento, com o contato das placas sob o continente", explica o especialista.
Por trás2o betgrandes terremotos
A partir do estudo2o betterremotos lentos, os cientistas determinaram que vários abalos sísmicos2o betgrandes proporções que sacudiram diferentes regiões do planeta foram precedidos por esses eventos "silenciosos".
Entre eles, estão o terremoto2o betmagnitude 9,1 no Japão2o bet2011, que causou um tsunami e acidente nuclear na usina2o betFukushima; o2o betmagnitude2o bet7,8 na Nova Zelândia2o bet2016; e o2o betmagnitude 8,2 no Chile2o bet2014.
No caso do México, Cruz-Atienza identificou que terremotos lentos precederam quatro grandes terremotos no país, incluindo o2o betsetembro2o bet2017, que provocou o desmoronamento2o betprédios na Cidade do México, e o2o betfevereiro2o bet2018, perto da cidade2o betPinotepa Nacional.
"Demonstramos as tensões ou deformações que este lento e profundo terremoto induziu na área mais superficial2o betcontato das placas e que foi ele que desencadeou a ruptura desse terremoto2o betmagnitude 7,2 que causou tantos danos2o betPinotepa", explica o especialista.
Sua pesquisa no Sul do México constatou que terremotos lentos ocorrem a cada 3,5 anos no Estado2o betGuerrero, e a cada 1,5 anos2o betOaxaca, como resultado do deslizamento das placas2o betCocos (oceânica) e Norte-Americana (continental).
Cada região do mundo tem2o betprópria periodicidade. No entanto, tanto Cruz-Atienza quanto Ruiz alertam que, com as evidências atuais, não se pode dizer que terremotos lentos são um fenômeno que sempre produzirá terremotos na superfície.

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"Há muitos terremotos lentos que não produziram terremotos. Terremotos lentos, pelo menos com a capacidade2o betobservação que temos hoje, parecem ser uma condição necessária, mas não suficiente para produzir um terremoto. Deve haver outras condições para produzi-los", explica Cruz-Atienza.
O que isso ensina aos cientistas?
O estudo2o betterremotos lentos é um passo importante para os pesquisadores avaliarem se há evidências2o betque a atividade na crosta terrestre está avançando2o betdireção a um evento com potencial destrutivo.
"Eles permitiram que a comunidade científica entendesse muito melhor o comportamento das falhas geológicas onde ocorrem terremotos perigosos. Esses terremotos lentos que não percebemos modificam as tensões e deformações da crosta continental que podem eventualmente causar grandes terremotos" , diz o pesquisador mexicano.

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A observação2o betterremotos lentos só foi feita nos últimos 20 anos, mas para Ruiz "isso abre uma janela para entender a física que controla os terremotos".
"Ainda é muito difícil concluir se os terremotos lentos são um fenômeno geral. Como não temos uma boa quantidade2o betterremotos lentos registrados, fica a dúvida. Essas observações precisam ser mantidas ao longo do tempo para ser possível tirar conclusões mais precisas", avalia.
Mas o que falta para a ciência ser capaz2o betantecipar a possibilidade2o betum terremoto perigoso? Ambos os especialistas concordam que é preciso realizar mais pesquisa sobre como esses eventos são gerados.

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Além disso, é necessário instalar mais instrumentos2o betmedição2o bettodas as regiões sísmicas. "Por enquanto, o que mais falta é aumentar a instrumentação para poder medir terremotos2o betforma terrestre", explica Ruiz.
Embora sejam realizadas inúmeras pesquisas geofísicas na América Latina, a região ainda está atrasada no que se refere a isso2o betcomparação com outras partes do mundo.

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