Como o aquecimento global pode multiplicar a populaçãomercado virtual bet365ratos:mercado virtual bet365

Na Indonésia, estima-se que as perdas anuaismercado virtual bet365colheitasmercado virtual bet365arroz decorrentesmercado virtual bet365danos causados por roedores estão na ordemmercado virtual bet36517%.

Se isto é uma guerra, então os humanos estão perdendo. E as coisas estão fadadas a piorar: cientistas alertam que a urbanização crescente e o aquecimento global provocarão aumento nas populaçõesmercado virtual bet365roedoresmercado virtual bet365todo o mundo.

Urbanização: mais prédios para humanos... e para ratos também

Os ratos não representam um risco apenas para carreiras políticas.

Eles espalham doenças, comprometem a segurança alimentar e causam estragosmercado virtual bet365estruturas criadas pelo homem. Um estudo da Universidademercado virtual bet365Cornell, por exemplo, estima que estes animais causam prejuízosmercado virtual bet365US$ 19 bilhões (cercamercado virtual bet365R$ 74 bilhões) todos os anos nos Estados Unidos.

Sobre as populações humanas, a estimativa das Nações Unidas aponta que, até 2050, quase 70% das pessoasmercado virtual bet365todo o mundo viverãomercado virtual bet365cidades - acima dos atuais 55%.

Mais pessoas e mais prédios nas cidades significam mais comida e abrigo para os ratos, que há milharesmercado virtual bet365anos têm vivido bem perto dos seres humanos para aproveitar o que deixam para trás.

Uma espécie, mais do que qualquer outra, representa um grande problema: o Rattus norvegicus, conhecido como ratazana ou rato-castanho, um dos tipos mais comuns.

Temperaturas mais altas levarão a ciclos reprodutivos mais longos - ou seja, com o nascimentomercado virtual bet365mais filhotes -, o que não pode ser menosprezado no caso do roedor. De acordo com especialistas, um casalmercado virtual bet365ratos pode criar um ninho com 1.250 indivíduosmercado virtual bet365apenas 12 meses.

"Os ratos são um inimigo terrível e precisamos aceitar que é impossível erradicá-los. Matá-los não funciona, porque os que ficam para trás podem se recuperar rapidamente", explicou à BBC Steve Belmain, professormercado virtual bet365ecologia da Universidademercado virtual bet365Greenwich,mercado virtual bet365Londres.

Mudando a tática

"Uma ratazana fêmea já pode ter filhotes às 5 ou 6 semanasmercado virtual bet365idade, por exemplo", diz o cientista.

Belmain faz partemercado virtual bet365um grupomercado virtual bet365pesquisadores que tentam alterar o "discurso militar" na abordagem dos problemas criados pelos ratos.

"O problema que temos com a abordagem da guerra é que estamos simplesmente reagindo ao inimigomercado virtual bet365vezmercado virtual bet365planejarmos proativamente antesmercado virtual bet365atacar", diz Michael Parsons, biólogo da Fordham University,mercado virtual bet365Nova York.

"Não ajuda o fatomercado virtual bet365sabermos muito mais sobre pandas gigantes do que sobre ratos-castanhos. Existe uma escandalosa faltamercado virtual bet365pesquisas sobre eles".

Para ilustrar seu desânimo, Parsons cita uma estatística surpreendente: alguns pesquisadores calcularam que os ratos causaram mais mortes do que todas as guerras combinadas nos últimos mil anos.

Estes animais foram associados, por exemplo, à peste negra, uma pandemiamercado virtual bet365peste bubônica que dizimou um terço da população da Europa no século 14. Alguns cientistas, no entanto, têm questionado se são os roedores, e não pulgas e piolhos humanos, os verdadeiros culpados pela pandemia.

"Os ratos não vão embora, porque aprenderam a viver pertomercado virtual bet365nós e a não se assustar com os humanos. Ainda assim, estamos incrivelmente no escuro no que sabemos sobre seus hábitos", critica Parsons.

A maioria das soluções usadas hojemercado virtual bet365dia envolve matar os animais, especialmente por envenenamento. Mas isso cria riscos ambientais e também pode afetar seres humanos e outros animais.

Os cientistas também registraram casosmercado virtual bet365que ratos desenvolveram imunidade a alguns tiposmercado virtual bet365substâncias supostamente destinadas a matá-los.

Além disso,mercado virtual bet365acordo com organizações como o Peta (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais), o envenenamento é um método extremamente doloroso para matar estes animais.

Gatos não dão conta

"Os venenos são inúteis, perigosos para os humanos e extremamente cruéis, já que os animais passam dias sofrendo antesmercado virtual bet365finalmente morreremmercado virtual bet365agonia", diz um porta-voz do Peta.

"Quando os animais morrem, o aumento resultante na disponibilidademercado virtual bet365alimentos provoca acasalamento acelerado entre os sobreviventes e os recém-chegados - e isso significa aumento das populações".

Algumas cidades também apostaram no usomercado virtual bet365predadores contra infestaçõesmercado virtual bet365ratos. Washington, por exemplo, colocou "pelotões"mercado virtual bet365gatosmercado virtual bet365plena capital americana.

Mas a pesquisamercado virtual bet365Parson foi um grande golpe para esse tipomercado virtual bet365iniciativa.

No períodomercado virtual bet365cinco mesesmercado virtual bet365que ele emercado virtual bet365equipe monitoraram uma colôniamercado virtual bet365ratos no Brooklyn,mercado virtual bet365Nova York, os gatos conseguiram matar apenas doismercado virtual bet365uma população estimadamercado virtual bet365150 ratos.

"Gatos e ratos são mais propensos a ignorar ou a evitar um ao outro do que se engajarmercado virtual bet365conflitos diretos, especialmente depois que os ratos atingem um certo tamanho", explica Gregory Glass, ecologistamercado virtual bet365doenças da Universidade da Flórida.

Contraceptivos para ratos

Em 2016, a empresa americana Sensetech anunciou ter criado um contraceptivo que poderia tornar as ratas inférteis. Nas palavras da fundadora da empresa, Loretta Mayer, a invenção "mudaria o mundo".

O produto, o ContraPest, foi testadomercado virtual bet365vários tiposmercado virtual bet365ambiente e,mercado virtual bet365acordo com a Sensetech, resultoumercado virtual bet365uma "redução adicionalmercado virtual bet36546% na atividademercado virtual bet365ratos na comparação com o usomercado virtual bet365um método letal sozinho".

O ContraPest foi testadomercado virtual bet365Nova York no ano passado - acredita-se que a cidade seja a casamercado virtual bet365maismercado virtual bet3652 milhõesmercado virtual bet365ratos. Mas alguns especialistas são mais céticos na eficácia deste produto.

"Os ratos que não morderem a isca podem na verdade acabar procriando mais, pois haverá menos competição por comida", disse Peter Banks, especialista da Universidademercado virtual bet365Sydney, à revista New Scientist.

O que parece ser consenso é que a interrupção da disponibilidademercado virtual bet365comida para ratos é a chave para manter as populações destes animais à distância.

Cada rato por si

"As soluções são mais básicas do que pensamos. Se as autoridades lidarem com questões como armazenamentomercado virtual bet365lixo e faltamercado virtual bet365saneamento, isso pode ter efeitos profundos", diz Steve Belmain.

Com menos comida, os ratos "se voltam para si",mercado virtual bet365acordo com Mike Parsons.

"A indústriamercado virtual bet365combate aos roedores é um negóciomercado virtual bet365bilhõesmercado virtual bet365dólares. Mas ações simples como carregar o lixo consigomercado virtual bet365vezmercado virtual bet365despejá-lomercado virtual bet365uma lixeira pública podem ser mais eficazes."

"Com menos comida, os ratos terão que ajustarmercado virtual bet365população. Isso implicamercado virtual bet365se reproduzir menos e lutar uns contra os outros."

Mas, para Jan Zalasiewicz, paleobiologista da Leicester University, se as coisas continuarem como estão, o futuro pode realmente pertencer a ratos.

"Os ratos são um dos melhores exemplosmercado virtual bet365espécies que ajudamos a espalhar pelo mundo e que se adaptaram com sucesso a muitos dos novos ambientesmercado virtual bet365que acabaram se encontrando", disse Zalasiewicz à BBC.

"Eles serão protagonistas do futuro geológico da Terra e podem sobreviver aos humanos."

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