A lutaamong us jogar agoratrês irmãs que tentam manter vivo idioma que só elas sabem falar:among us jogar agora

Por séculos, os San circularam livremente pela região vivendo da caça e da coletaamong us jogar agoravegetais. Hoje, porém, as práticas desapareceram. Seus descendentes dizem que a língua é uma das últimas ligações entre eles e a históriaamong us jogar agoraseu povo.

Em uma pequena casaamong us jogar agoramadeira, Esau dá aulasamong us jogar agoraN|uu. Ensina para crianças da comunidade os 112 sons da língua, incluindo os 45 "estalos" (cliques).

"Não quero que o idioma desapareça quando eu morrer", diz a idosa, que começou a dar aulasamong us jogar agoraN|uu há 10 anos.

"Quero passar o máximo que puder, mas tenho plena noçãoamong us jogar agoraque não há muito tempo".

Em Upington, as pessoas hojeamong us jogar agoradia falam principalmente o afrikaans, o idioma que evoluiu do holandês levado à África do Sul pelos colonizadores do país europeu, no século 17.

"O homem branco nos batia se nos visse falando nossa língua. Abandonamos o N|uu e aprendemos a falar afrikaans, embora não sejamos brancos. Isso afetou nossa identidade", diz Esau.

As outras únicas pessoas que falam o idioma são as irmãsamong us jogar agoraEsau, Hanna Koper e Griet Seekoei, ambas com maisamong us jogar agora90 anos.

Apelida pelos alunosamong us jogar agora"Vovó Pintinho", a idosa diz ter esperançasamong us jogar agoravencer a resistência da comunidade a falar o N|uu.

Assim como muitas línguas africanas, o N|uu foi transmitidoamong us jogar agoraforma oral, mas essa tradição ameaçaamong us jogar agorasobrevivência.

Até bem recentemente, não havia forma escrita da língua.

Isso fez com que Esau precisasse da ajudaamong us jogar agoralinguistas. Sheena Shah, da Escolaamong us jogar agoraEstudos Orientais e Africanos (Soas),among us jogar agoraLondres, e Matthias Brezinger, do Centro para a Diversidade Linguística Africana,among us jogar agoraCidade do Cabo (África do Sul), a ajudaram a criar um alfabeto e regras básicasamong us jogar agoragramática para fins didáticos.

"Essas comunidades veem a língua como uma importante marcaamong us jogar agorasua identidade", diz Shah.

"Quando analisamos línguas africanas, aprendemos que elas comunicam diferentes perspectivasamong us jogar agoravida, relacionamentos, espiritualidade e humanidade", acrescenta Brezinger.

"Há uma riquezaamong us jogar agoraconhecimento passadoamong us jogar agorageração para geraçãoamong us jogar agoracomunidades indígenas e sobre a qual o Ocidente sabe muito pouco. Quando essas línguas morrem, esse conhecimento único se perde".

Na salaamong us jogar agoraaulaamong us jogar agoraEsau estão cercaamong us jogar agora20 crianças, a maior parte delas menoresamong us jogar agora10 anos, e alguns adolescentes. Mary-Ann Prins,among us jogar agoraanos 16, é a melhor aluna e espera um dia assumir o lugar da idosa.

"Adoro aprender essa língua. Isso faz com que eu me sinta parteamong us jogar agoraalguma coisa, como se estivesse conectada a meus bisavôs. Eles falavam N|uu e hoje posso também ser parte disso", diz a menina, com um sorriso.

Desaparecimento

O N|uu não é a única língua sob o riscoamong us jogar agoradesparecer na África do Sul. Na cidadeamong us jogar agoraSpringbok, também na provínciaamong us jogar agoraNorthern Cape, falantes do Nama fazem lobby junto ao governo para que a língua ganhe status oficial no país.

Apesaramong us jogar agoraamplamente falado na África do Sul ao longo da história, o Nama não é reconhecido como uma das 11 línguas oficiais da chamada "Nação do Arco-Íris".

"É muito triste que nossas crianças não possam aprender Nama e que jamais poderão se comunicar com os mais velhos emamong us jogar agoraprópria língua", diz Maria Damara,among us jogar agora95 anos, uma das poucas pessoas que falam Nama na cidade.

"Qual será o futuroamong us jogar agoranossa cultura?"

among us jogar agora As línguas mais faladas da África do Sul (em percentual da população)

Fonte: SA.info/Censoamong us jogar agora2011

O líder comunitário Wiela Beker,among us jogar agora56 anos, concorda:

"Se você não tem uma língua, você não tem coisa alguma. Estou conversandoamong us jogar agorainglês com você, mas não sou inglês. Quero falar Nama porque isso é o que sou."

"A não ser que façamos alguma coisa, nossa cultura vai morrer. Lutamos por nossa cultura quando lutamos por nossa língua", diz ele.

Beker diz que, sem a ajuda do governo, não vai demorar muito para que o Nama se encontre na mesma situação do N|uu - à beira da extinção.