Covid: Gêmeas prematuras que perderam mãe para coronavírus lutam pela vidaslot online grátisUTI:slot online grátis

Crédito, iSEA
Três dias depois, sofreu uma parada cardiorrespiratória e os médicos iniciaram uma cesáreaslot online grátisemergência. Foram seis horas tentando salvar mãe e bebês. As meninas nasceram sem respirar, foram reanimadas e levadas para a UTI neonatal. Mas a mãe morreu no mesmo dia,slot online grátis30slot online grátismaio.

Crédito, Acervo Pessoal
As duas filhas, que nasceram com 26 semanasslot online grátisgestação, continuam internadas sem previsãoslot online grátisalta.
"Foi um choque muito grande perder Aline assim. A gente não esperava", diz Expedito. Ao ver as filhas na incubadora pela primeira vez, tão pequenininhas, ele sentiu um mistoslot online grátisemoções.
"Fiqueislot online grátiscoração aliviadoslot online grátisver minhas filhas eslot online grátiscoração partido, porque perdi minha esposa."
A obstetra Melania Amorim, que tratou Aline enquanto esteve internada, disse que as gêmeas continuam na UTI sem previsãoslot online grátisalta porque ainda não ganharam o peso necessário para deixar o hospital.
"Elas nasceram com menosslot online grátis1kg e precisam ficar lá ainda um bom tempo, pois têm que ganhar peso."
UTIs neonatais lotadas com 'legiãoslot online grátisprematuros'
Casos como oslot online grátisAline e as gêmeas prematuras estão se tornando rotina na vidaslot online grátisobstetras e pediatrasslot online grátistodo país. A epidemiaslot online grátiscovid-19 no Brasil já matou pelo menos 1.461 grávidas, sendo 1.007 apenas neste ano, segundo dados oficiais compilados pelo Observatório Obstetrício Covid-19.
Mas o número é bem maior, segundo especialistas, porque muitos casosslot online grátisSíndrome Respiratória Aguda (Sars) acabam não sendo testados para covid.
Além disso, as altas nos casosslot online grátisinfecção pelo coronavírusslot online grátis2021, com a variante P.1 como cepa prevalente, tem provocado uma "avalanche"slot online grátisnascimentosslot online grátisbebês prematuros, lotando maternidades e UTIs neonataisslot online grátisdiferentes cidades do país, segundo neonatologistas e obstetras ouvidos pela BBC News Brasil.
A P.1, primeiro identificadaslot online grátisManaus e rebatizadaslot online grátisGamma pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é mais transmissível e capazslot online grátisdriblar parcialmente anticorpos produzidos pela vacina ou por infecções anterioresslot online grátiscovid.
Enquantoslot online grátis2020, foram reportados 6.805 casosslot online grátisgrávidas infectadas pelo coronavírus, só nos primeiros cinco mesesslot online grátis2021, o número foislot online grátis7.679.

Crédito, iSEA
"Estamos enfrentando um problema terrívelslot online grátissuperlotação, principalmente nos leitosslot online grátisUTI neonatal covid, porque a gente não pode misturar. É uma legiãoslot online grátisprematuros e, muitas vezes, órfãosslot online grátismãe", diz à BBC News Brasil a obstetra Melania Amorim, do Institutoslot online grátisSaúde Elpídioslot online grátisAlmeida, hospital que realiza cercaslot online grátis600 partos por mês na Paraíba.
"Houve aumento muito grande esse anoslot online grátisinternações e casosslot online grátiscovid-19slot online grátisgestantes. Se têm aumentoslot online grátisgestantes, também temos número maior dos nascimentos prematuros."
Pesquisas apontam qque a covid-19 aumenta o riscoslot online grátismorte neonatal eslot online grátisparto prematuro. E,slot online grátisalguns casos, quando a grávida desenvolve quadro muito grave da doença, os médicos precisam fazer cesáreaslot online grátisemergência e antecipar a gestação, como ocorreu com Aline.
"A gente tenta levar a gestação adiante, mesmo com a grávida intubada, estabilizando o quadro dela. Masslot online grátisalguns casos, é necessário interromper prematuramente, para tentar salvar a vida da mãe e dos bebês", explica Melania Amorim.
A obstetra paraibana coordena uma pesquisa que envolve sete hospitaisslot online grátistrês Estados do Nordeste - Pernambuco, Ceará e Paraíba. Entre esses hospitais estão o ISEA,slot online grátisCampina Grande, a Maternidade Frei Damião,slot online grátisJoão Pessoa, e a maternidade da Universidade Federal do Ceará,slot online grátisFortaleza.
"Posso dizer com toda certeza queslot online grátistodos esses centros a taxaslot online grátisnascimentos prematuros disparou por conta da covid-19", diz.
"Já aconteceuslot online grátister que recorrer a hospitaisslot online grátiscidade vizinha para arrumar leito para bebê prematuro nascidoslot online grátiscesáreaslot online grátisemergência."
Superlotação no Sul
E o problema não é localizado no Nordeste. O principal hospitalslot online grátisPorto Alegre está com a UTI neonatal lotada por causa da disparada no númeroslot online grátisprematuros nascidosslot online grátismães com covid.
"A gente nunca tem leito agora na UTI neonatal. Houve um aumentoslot online grátisnascimentos prematurosslot online grátisfunção da covid materna. Diria que a situação está pior mesmo desde abril", diz à BBC News Brasil Ritaslot online grátisCássia Silveira, diretora da UTI neonatal do Hospital das Clínicasslot online grátisPorto Alegre (HCPA).

Crédito, iSEA
Por ser um hospitalslot online grátisreferência, o HCPA costuma receber casos gravesslot online grátisbebês com problemas genéticos que chegamslot online grátisdiferentes cidades do Rio Grande do Sul e atéslot online grátisoutros Estados.
Mas, devido à superlotação causada pela covid-19, transferências foram suspensas.
Segundo Silveira, houve um aumentoslot online grátis20% do númeroslot online grátispartos prematuros no hospitalslot online grátismaio, na comparação com o mesmo período do ano passado.
"Estamos lotados, mas tivemos outro dia que produzir uma vaga, porque chegou um bebê transferido por determinação judicial", conta a neonatologista, que também é professora da Faculdadeslot online grátisMedicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Outras maternidades sofreram superlotaçãoslot online grátisUTIs com bebês prematuros e grávidasslot online grátisestado grave entre março e abril, no pico da segunda ondaslot online grátiscovid.
Foi o caso da Maternidadeslot online grátisCampinas, no Estadoslot online grátisSão Paulo, que ultrapassou 100%slot online grátisocupação nesses dois meses. Nesse período, três mulheres morreram ainda grávidas ou logo depoisslot online grátisdar luz aos bebês.
"Chegamos a ter um grande númeroslot online grátisinternaçõesslot online grátisgestantes e puérperas suspeitas ou infectadas pelo coronavírus entre março e abril", disse o diretor do hospital, Marcos Miele.
Parto na UTI e múltiplas mortes por dia
Melania Amorim diz que perdeu as contas do númeroslot online grátisgrávidas intubadas que teve que operar com urgência para salvar os bebêsslot online grátis2020 e 2021.
Tanto no ISEA, na Paraiba, quanto no Hospital das Clínicasslot online grátisPorto Alegre, partos prematuros tiveram que ocorrer nas UTIs, porque transferir a mulher para o centro cirúrgico significaria risco adicionalslot online grátisqueda da oxigenação.
"Nossas interrupções, o obstetra tem feito na CTI quando é urgência urgentíssima e a gestante não tem condiçãoslot online grátistransferência dado seu comprometimento pulmonar", diz Ritaslot online grátisCássia Silveira, diretoraslot online grátisneonatologia do Hospital das Clínicasslot online grátisPorto Alegre.
"Outro dia operamos uma mãe grávidaslot online grátisgêmeos que entrouslot online grátistrabalhoslot online grátisparto na CTI. Fizemos a cesárea lá mesmo por causa da gravidade. A mãe continua internadaslot online grátisestado grave. As gêmeas se recuperam bem, mas nasceram com 29 semanas."

Crédito, EPA/Nathalia Aguilar
Já Melania Amorim se lembra emocionada do diaslot online grátisque perdeu duas grávidas com covid num espaçoslot online grátispoucas horas, há três semanas. As duas estavam na UTI e tiveram que passar por cesáreasslot online grátisemergência porque o quadroslot online grátissaúde se deteriorouslot online grátisrepente.
Os bebês, todos prematuros, sobreviveram e se recuperam na UTI. Um deles será criado pela avó. Os outros dois, gêmeos, ficarão com o pai.
"O problema dessa pandemia, com essas mortes à granel, é que não tem tido temposlot online grátisa gente elaborar o luto. Mal há uma morte e já temos que lidar com outra", lamenta a obstetra.
"Escolhi essa especialidade pensandoslot online grátislidar com a vida. Trabalhoslot online grátisUTI há muitos anos, mas mesmo assim o desfecho costuma ser feliz. Mortes maternas não deveriam acontecer eslot online grátisrepente é uma atrás da outra."
As consequências para a vida da prematuridade
Um bebê é considerado prematuro quando nasce com menos da 37ª semanaslot online grátisgestação. Quanto mais prematuro e menor o bebê, maiores os riscosslot online grátismorte e complicaçõesslot online grátissaúde.
"Abaixoslot online grátis30 semanas é um pontoslot online grátiscorte bastante significativo para maior gravidade associada à prematuridade. A gravidade é proporcional à baixa idade gestacional", diz Ritaslot online grátisCássia Silveira, diretoraslot online grátisneonatologia do Hospital das Clínicasslot online grátisPorto Alegre.
As especialistas ouvidas pela BBC News Brasil destacam que as consequências da prematuridade não se encerram com a morte ou sobrevivência do bebê. Muitos podem ter problemasslot online grátissaúde,slot online grátiscognição e desenvolvimento ao longo da vida.
"Prematuridade não é algo que passa desapercebido na vidaslot online grátisuma criança. Tem consequênciasslot online grátislongo prazo significativas dependendo do grauslot online grátisprematuridade", diz a neonatologista.

Crédito, iSEA
"Ou seja, quanto menor a idade gestacional, quanto menor o peso, maior o riscoslot online grátisatraso no neurodesenvolvimento,slot online grátisatraso no crescimento,slot online grátisbaixa imunidade, reinfecções nos primeiros anosslot online grátisvida, dificuldades alimentares…", elenca.
Os bebês prematuros nascidosslot online grátiscentrosslot online grátisreferência ainda conseguem receber tratamentos que evitem complicações após o parto. Mas com as UTIs desses centros lotadas, muitas mulheres grávidas com covid acabam ficando desassistidas.
"Quando há riscoslot online grátisnascer com prematuridade, a gente pode fazer corticoide para acelerar a maturidade do pulmão do bebê. Quando está vendo que o riscoslot online grátisnascimento prematuro é iminente, pode fazer sulfatoslot online grátismagnésio para proteção neurológica, para diminuir o riscoslot online grátishemorragia cerebral ou disfunção motora grosseira", explica a obstetra Melania Amorim.
"Mas têm as grávidas que não chegam aos serviçosslot online grátisreferência ou nascimentos que acontecem no meio do caminho, na ambulância ou no pronto-socorro. E aí não dá para fazer intervenções para melhorar a vida e prognósticos."
Bebês criados por pais, avós…
E,slot online grátisalguns casos, a criança que sobrevive pode precisarslot online grátisacompanhamento médico especializado e fisioterapia. Essas dificuldades se somam ao fatoslot online grátisvários desses bebês terem perdido as mães.
"Vamos ter um número enormeslot online grátisprematuros sendo criado pelas avós, companheiros ou companheiras, pelas tias... E a gente sabe que esses prematuros podem ter uma sérieslot online grátissequelas", diz Melania Amorim.

Crédito, iSEA
Para as mães que sobreviveram, os próprios efeitos prolongados da covid dificultam os cuidados com os filhos prematuros.
A neonatologista Ritaslot online grátisCássia Silveira se lembraslot online grátisuma paciente que simplesmente não se lembra e não aceita que teve um bebê. A mulher precisou ser intubada e passar por cesárea com 33 semanasslot online grátisgestação,slot online grátismarço deste ano.
Quando retiraram a ventilação mecânica, ela não se lembrava sequer que tinha engravidado. Mesmo depoisslot online grátisacompanhamento psiquiátrico e psicológico, a memória sobre a gestação não retornou. Para piorar, o pai do bebê, que também havia sido internado com covid, morreu.
A criança, um menino, sobreviveu e está sendo cuidado pela avó.
"A paciente não lembraslot online grátister tido filho. Ela esqueceu. Não lembra nada, diz que a criança não é dela. É uma jovemslot online grátis28 anos, que ficou com sequela na perna. Ela agora manca e os músculos estão acabados, fracos. Muito triste", recorda a neonatologista.
Para as especialistas ouvidas pela BBC News Brasil, o impacto dos nascimentos prematuros provocados pela covid-19 continuarão a ser sentidos após o fim da pandemia.
"Os pediatras e as políticas públicasslot online grátissaúde vão ter que voltar uma atenção especial para o acompanhamento dessa geraçãoslot online grátisprematuros e, muitos deles, infelizmente, órfãos da covid", diz a obstetra Melania Amorim,slot online grátisCampina Grande.
Enquanto isso, láslot online grátisBaraúna, Expedito se prepara para receber as filhas gêmeas, que vai ter que criar sem a ajuda da companheira.
"Meu maior desejo é elas duas do meu lado. Quando receberem alta, não vou me separar delas."
Ele pretende terminar a casa simples que construía para viver com Aline e diz que vai "trabalharslot online grátissol a sol" para as gêmeas terem o que precisam. Sem emprego fixo, garante que "aceita qualquer bico e serviço".
"Vou batalhar por elas duas. Vou dar o máximoslot online grátismim para dar o melhor a elas."

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