CoronaVac: é horaplaybonds cassinopensarplaybonds cassinorevacinar os idosos?:playbonds cassino

Profissional da saúde preparando uma seringa com vacina

Crédito, EPA

Legenda da foto, Até agora, 10% da população está 100% vacinada

"Não consigo acreditar neles, porque a pesquisa tem problemas gravesplaybonds cassinometodologia", diz à BBC News Brasil o diretor médico do Butantan, Ricardo Palacios.

O presidente do instituto, Dimas Covas, negou que seja necessário aplicar uma nova dose nos idosos agora, porque estudos feitos pelo Butantan até o momento mostram que essa vacina protege contra os sintomas da covid-19, internações e mortesplaybonds cassinoadultos.

"Portanto, fiquem tranquilos. A vacina é eficiente", disse Covasplaybonds cassinoum vídeo divulgado pelas redes sociais.

"Neste momento, não existe necessidadeplaybonds cassinose preocupar com uma terceira dose como foi propalado por aí recentemente. Isso não corresponde aos fatos."

O presidente do Butantan esclareceu depoisplaybonds cassinosua participação na Comissão Parlamentarplaybonds cassinoInquérito (CPI) da Covid que provavelmente será necessário aplicar uma doseplaybonds cassinoreforço da CoronaVacplaybonds cassinoalgum momento.

"Isso será necessário para todas as vacinas", afirmou Covas, acrescentando que o Butantan já estuda a possibilidade. Mas é algo que ocorreria só a partir do próximo ano.

Há cientistas que dizem no entanto que pode ser necessário vacinar os idososplaybonds cassinonovo antes disso.

O perigoplaybonds cassinonão tomar a segunda dose

A possibilidade começou a ser discutida após o estudo feito pelo grupo Vaccine Effectiveness in Brazil Against COVID-19 (Vebra Covid-19), apoiado pelo Organização Pan-Americanaplaybonds cassinoSaúde (Opas), o braço da OMS nas Américas.

O trabalho está por enquantoplaybonds cassinofaseplaybonds cassinopré-print, ou seja, ainda precisa ser revisado por pares e avaliado por revistas especializadas.

Esse estudo foi o primeiro trabalho a analisar os efeitos da CoronaVac especificamenteplaybonds cassinoidosos. Não foi possível tirar conclusões a esse respeito com os testes clínicos porque havia poucas pessoas dessa faixa etária entre os voluntários.

Os resultados trazem dois alertas importantes, diz à BBC News Brasil o infectologista Julio Croda, cientista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o responsável pela pesquisa.

O primeiro é que a CoronaVac só funciona efetivamente depois da segunda dose.

Linhaplaybonds cassinoprodução da CoronaVac

Crédito, Reuters

Legenda da foto, CoronaVac é a vacina contra covid-19 mais aplicada até agora

Muita gente só tomou a primeira, porque faltou vacina ou porque ainda não voltou ao posto. É preciso garantir que todos tomem as duas, diz Croda.

Também pode ser necessário aplicar um reforçoplaybonds cassinoquem tem maisplaybonds cassino80 anos antes do que se esperava.

Isso porque a efetividade da vacina medida no estudo foi sóplaybonds cassino28%. "Isso chama atenção. É algo a que a gente precisa ficar atento", afirma Croda.

A expectativa até agora é que todo mundo, independentemente da idade, precise ser vacinadoplaybonds cassinonovo,playbonds cassinoalgum momento. Isso pode ocorrerplaybonds cassinotemposplaybonds cassinotempos, como já acontece com a gripe, por exemplo.

Pesquisas ainda investigam se vai ser necessário e qual seria a frequência. Mas já há países pensando nisso, encomendando doses e fazendo propostasplaybonds cassinorevacinação, afirma Croda.

"Num futuro próximo, talvez ainda este ano, a gente deva programar a revacinação desse grupo específico", diz o pesquisador da Fiocruz.

'A vacina está funcionando', diz o diretor médico do Butantan

Ricardo Palacios se opõe categoricamente a isso. "Não temos nenhum dado que sustente a aplicação da terceira dose", afirma.

O diretor médico do Butantan questiona a forma como a pesquisa do Vebra Covid-19 foi feita.

Seu argumento é que os idosos começaram a ser vacinadosplaybonds cassinomomentos diferentes da pandemia e que a crise era mais grave quando os mais velhos foram imunizados.

Em um momento quando o riscoplaybonds cassinopegar a doença é maior, é natural que a efetividade da vacina tenha sido menor, diz o diretor médico do Butantan.

"Se todo mundo tivesse sido vacinado ao mesmo tempo e a pandemia estivesse estabilizada, seria diferente. Mas, desse jeito, estão comparando peras com maçãs", diz Palacios. "Eles deveriam ter esperado para fazer esse estudo."

O pesquisador aponta ainda para um novo estudo feito no Uruguai, também ainda não publicado, que apontou uma efetividadeplaybonds cassino57% da CoronaVac para casos da doençaplaybonds cassinogeral.

A taxaplaybonds cassinoefetividade contra internaçõesplaybonds cassinoUTIs e mortes foiplaybonds cassino95% e 97% respectivamente.

"Claro que se uma vacina evitar a transmissão do vírus a gente fica feliz, mas ela é feita para evitar internação e óbito, e isso não foi avaliado pelo estudo feito no Brasil", afirma Palacios.

Ele afirma, porém, que um outro dado deste mesmo estudo depõe a favor da CoronaVac.

A pesquisa apontou que a incidênciaplaybonds cassinocasosplaybonds cassinocovid-19 caiu sensivelmente a partirplaybonds cassinomeadosplaybonds cassinomarço entre os idosos com maisplaybonds cassino70 anos.

"Isso mostra que a vacina está funcionando. A gente precisa tranquilizar as pessoas. Muita gente ficou angustiada (com os resultados do estudo)."

Gráficoplaybonds cassinoestudo sobre a CoronaVac

Crédito, Reprodução

Legenda da foto, Queda na incidênciaplaybonds cassinocasos entre idosos a partirplaybonds cassinomeadosplaybonds cassinomarço indica que 'a vacina está funcionando', diz diretor médico do Butantan

O funcionamento do sistema imune dos idosos

Os cientistas dizem que já esperavam por um efeito menor da CoronaVac entre idosos.

O mesmo acontece com outras vacinas, porque o sistema imune funciona pior conforme envelhecemos. É algo especialmente comum com as vacinasplaybonds cassinovírus inativados (incapazesplaybonds cassinose reproduzir), como é o caso da CoronaVac.

Dimas Covas falou sobre isso quando foi questionado pelos senadores sobre a morteplaybonds cassinoNelson Sargento, aos 96 anos, por causa da covid-19. O sambista já tinha tinha tomado as duas dosesplaybonds cassinoCoronaVac.

"Pessoas idosas têm um fenômeno biológico chamado imunossenescência. Os idosos respondem menos na produçãoplaybonds cassinoanticorposplaybonds cassinorelação aos indivíduos mais jovens", afirmou Covas.

Mas os dados da efetividade da CoronaVacplaybonds cassinoidosos "deixaram muita gente assustada", reconhece Natália Pasternak, doutoraplaybonds cassinomicrobiologia e presidente do Instituto Questãoplaybonds cassinoCiência.

A pesquisadora diz que não há motivo para se preocupar por enquanto.

Primeiro porque uma vacinaplaybonds cassinogeral confere algum grauplaybonds cassinoproteção, mesmo quando ela não consegue impedir que alguém fique doente.

Segundo porque, quando destrinchados, os dados do estudo sobre a proteçãoplaybonds cassinoidosos contam uma outra história. "O estudo não surpreende e, quando surpreende, é positivamente", diz Pasternak.

Por exemplo, entre os participantes com idades entre 70 e 74 anos, a efetividade foi melhor (61%) do que a eficácia dos testes clínicos.

Uma hipótese para isso é que os primeiros estudos foram feitos com profissionaisplaybonds cassinosaúde, que naturalmente se expõem mais ao vírus.

A efetividade entre os que tinhamplaybonds cassino75 a 79 anos também ficou bem próxima da eficácia medida pelos testes (48,9%).

Foi só entre os que têm maisplaybonds cassino80 anos que a efetividade foi significativamente mais baixa.

Natália Pasternak diz que isso não deve ser encarado como um problema, mas como uma informação que precisa ser levadaplaybonds cassinoconta por quem cuida da estratégiaplaybonds cassinoimunização.

"Podem colocar uma terceira dose da CoronaVac ou aplicar a vacina da AstraZeneca. Isso é normal. Vai se adaptando a vacinação conforme chegam novas informações", diz a cientista.

Jorge Kalil, diretor do Laboratórioplaybonds cassinoImunologia do Instituto do Coração (Incor), defende que seja aplicada uma doseplaybonds cassinouma outra vacina.

Assim, os antígenos, que são as substâncias que desencadeiam a resposta imune, são apresentadosplaybonds cassinooutra forma.

"Tem mais possibilidadesplaybonds cassinodeixar uma resposta mais forte, especialmente com outras vacinas que são mais eficazes. Então, por exemplo, podemos dar uma dose da vacina da Pfizer", diz Kalil.

'O mais importante é evitar hospitalizações e mortes'

Os cientistas estão pesquisando os efeitos da aplicaçãoplaybonds cassinodosesplaybonds cassinoreforçoplaybonds cassinouma mesma vacina ou entre vacinas diferentes.

Antesplaybonds cassinoter essas informações não dá para pensarplaybonds cassinofazer correções na imunização, afirma o médico Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileiraplaybonds cassinoImunizações.

Além disso, há outros estudos sendo feitos sobre a capacidade da CoronaVacplaybonds cassinoevitar os casos mais gravesplaybonds cassinoquem tem maisplaybonds cassino70 anos.

Renato Kfouri defende que os resultados dessa pesquisa são mais relevantes no momento.

"Prevenir sintomas leves é interessante, mas não é o principal. O que mais importa agora é a capacidade da vacinaplaybonds cassinoevitar hospitalizações e mortes", afirma Kfouri.

Isso está sendo pesquisado nas cidadesplaybonds cassinoManaus eplaybonds cassinoSão Paulo, e os resultados devem sairplaybonds cassinoquatro semanas.

Duas pessoasplaybonds cassinobicicletas dianteplaybonds cassinoneonplaybonds cassinoque se lê vacina já

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Estudos estão avaliando o impacto da vacina no mundo real

Muitos brasileiros ainda não tomaram nenhuma dose

Natalia Pasternak e Jorge Kalil concordam que é preciso esperar por isso.

"Isso vai dar um panorama mais completo. Não adianta sair mudando tudo a toda hora", diz Pasternak.

"Assim tomamos uma decisão baseadaplaybonds cassinodados", defende Kalil.

Os cientistas ouvidos pela BBC News Brasil também apontam para o problema crônicoplaybonds cassinofaltaplaybonds cassinodoses no país.

Renato Kfouri diz que, com só 10% da população totalmente vacinada, não é horaplaybonds cassinocogitar um reforço.

"Ninguém vai pensarplaybonds cassinodar uma terceira dose com tanta gente que ainda não tomou as duas. Não faz sentido, não seria justo", afirma Kfouri.

Mas vai ser inevitável lidar com essa questão, e as alternativas e soluções podem ser pensadas desde agora, diz Julio Croda.

"A gente sempre vendeu que a solução era a vacinação. Se não provarmos que por meio da vacinação a gente vai sair disso, a gente terá vendido uma falsa esperança."

Línea

playbonds cassino Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube playbonds cassino ? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosplaybonds cassinoautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaplaybonds cassinousoplaybonds cassinocookies e os termosplaybonds cassinoprivacidade do Google YouTube antesplaybonds cassinoconcordar. Para acessar o conteúdo cliqueplaybonds cassino"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdoplaybonds cassinoterceiros pode conter publicidade

Finalplaybonds cassinoYouTube post, 1

Pule YouTube post, 2
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosplaybonds cassinoautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaplaybonds cassinousoplaybonds cassinocookies e os termosplaybonds cassinoprivacidade do Google YouTube antesplaybonds cassinoconcordar. Para acessar o conteúdo cliqueplaybonds cassino"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdoplaybonds cassinoterceiros pode conter publicidade

Finalplaybonds cassinoYouTube post, 2

Pule YouTube post, 3
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosplaybonds cassinoautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaplaybonds cassinousoplaybonds cassinocookies e os termosplaybonds cassinoprivacidade do Google YouTube antesplaybonds cassinoconcordar. Para acessar o conteúdo cliqueplaybonds cassino"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdoplaybonds cassinoterceiros pode conter publicidade

Finalplaybonds cassinoYouTube post, 3