‘Sergio’: o relato da viúva do diplomata brasileiro retratadoapostar em basquetenovo filme da Netflix:apostar em basquete

Em 2017, por uma decisão da Justiça do Rio, a união civil entre Carolina Larriera e Sergio Vieiraapostarapostar em basquetebasqueteMello foi reconhecida, com apoio da mãe do diplomata.

"Ser reconhecida como esposa serviu para proteger um período heroico que merece ser lembrado como foi", contaapostar em basqueteentrevista à BBC News Brasil.

Do Timor-Leste a Bagdá

Para Larriera, se o filme dirigido por Greg Barker e com Wagner Moura no papel principal acertaapostar em basquetecontar a história do casal desde o encontro no Timor-Leste, ele não é bem fiel aos fatos no momento pós-atentado, no Iraque.

"A única pessoa que foi liberada do buraco onde Sergio estava, que foi regatada pelos soldados americanos, foi um cidadão americano. Não é verdade que o soldado americano tinha o reconhecido."

"Ele tinha um nome impronunciável e certamente esquecível para um soldado - ele era apenas um estrangeiro no momento do resgate das vítimas norte-americanas", ressalta.

Naquele dia, o americano Gil Loescher foi retirado com vida dos escombros, após ter as pernas amputadas.

Em um artigo para a revista Piauí,apostar em basquete2008, a diplomata norte-americana Samantha Power, autora do livro "O Homem que Queria Salvar o Mundo", sobre Sergio Vieiraapostarapostar em basquetebasqueteMello, relata que o bombeiro responsável pelo resgate "estava pessimista quanto a Vieiraapostarapostar em basquetebasqueteMello, imobilizado sob entulhos tão pesados que não via como retirá-lo".

"Eu tinha um plano. Eu tinha que retirar Gil primeiro, depois teria algum lugar onde pôr os escombros, e poderia tentar mover Sérgio para onde Gil estava", disse a Powers o bombeiro paramédico Andre Valentine.

Desde a morte e o funeralapostarapostar em basquetebasqueteVieiraapostarapostar em basquetebasqueteMello, Larriera sempre foi muito crítica à forma como a ONU a tratou no episódio - sem a reconhecer como companheira oficial - e aos esforços medidos durante o resgateapostar em basqueteBagdá.

Segundo o relato da economista argentina, o diplomata planejava ter uma rotina mais calma e só topou a missão no Iraque a pedidosapostarapostar em basquetebasqueteKofi Annan, então secretário-geral das Nações Unidas.

"É importante ter noção do descasoapostar em basqueteque ele morreu, apesarapostarapostar em basquetebasqueteter sido o funcionário mais importante da historia da ONU até hoje", critica.

Larriera e Vieiraapostarapostar em basquetebasqueteMello se conheceram quando os dois trabalhavam no Timor-Leste,apostar em basquete1999. Na época, o brasileiro chefiava a administraçãoapostarapostar em basquetebasquetetransição da ONU no país.

Ela executava projetos para o Banco Mundial e estabelecia iniciativasapostarapostar em basquetebasquetemicrocrédito.

No período, Timor-Leste enfrentava uma sangrenta guerra civilapostar em basquetedecorrênciaapostarapostar em basquetebasqueteum plebiscitoapostar em basqueteque foi aprovada a independênciaapostar em basqueterelação à Indonésia.

Os bons resultados diplomáticos obtidos na nação asiática levaram Vieiraapostarapostar em basquetebasqueteMello ao Iraque, país que estava sob domínio dos Estados Unidos após a quedaapostarapostar em basquetebasqueteSaddam Husseim.

"A biografia dele não poderia ser apenas uma história dos lugares onde ele morou. Quando Sergio exerceu funções no Sudão,apostar em basqueteMoçambique eapostar em basqueteBangladesh, era júnior na ONU. Timor-Leste e Iraque foram os lugares onde ele teve o 'passaporte' para estender todo o seu talento", diz Larriera.

Nascido no Rioapostarapostar em basquetebasqueteJaneiroapostar em basquete1948, Vieiraapostarapostar em basquetebasqueteMello teve maisapostarapostar em basquetebasquete30 anosapostarapostar em basquetebasqueteexperiência diplomática internacional. Seu primeiro cargo na ONU foi exercidoapostar em basquete1969.

Na décadaapostarapostar em basquetebasquete1970, trabalhouapostar em basquetediferentes programas da organizaçãoapostar em basqueteBangladesh, Sudão, Chipre, Moçambique e Peru. Nos anos 1990, atuou na repatriaçãoapostarapostar em basquetebasqueterefugiados do Camboja e foi delegado da ONU na Bósnia-Herzegovina.

O retratoapostarapostar em basquetebasqueteum 'herói'

A fugaapostarapostar em basquetebasqueteum estereótipo "latino" é, para Carolina Larriera, o grande trunfo do novo filme.

"Estamos sinceramente cansadosapostarapostar em basquetebasqueteser reduzidos a simplesmente a 'charmosos' e 'sexys', como se fôssemos 'exóticos'. A gente é preparado, trabalhador e profissional", desabafa.

No longa, Vieiraapostarapostar em basquetebasqueteMello aparece enfrentando líderes americanos no Iraque e negociando a independência do Timor-Leste com o presidente da Indonésia. Já Larriera apresenta ao diplomata mulheres trabalhadoras do país, numa das cenas mais emocionantesapostarapostar em basquetebasquete"Sergio".

A vontadeapostarapostar em basquetebasquetejogar luz à história do diplomata foi ressaltada por integrantes da produção. Em entrevista à Agência EFE, nos EUA, Wagner Moura disse que os brasileiros "deveriam saber mais sobre quem foi Sergio" e que o filme "pode ajudar".

"Temos que deixarapostarapostar em basquetebasqueteachar que tudoapostarapostar em basquetebasquetefora é melhor, para começar a valorizar nossa própria cultura, pessoas, instituições e os nossos próprios talentos", ressalta Larriera.

Na atual crise global com a pandemiaapostarapostar em basquetebasquetecoronavírus, a viúva acredita que, se estivesse vivo, Vieiraapostarapostar em basquetebasqueteMello teria papel fundamental para ajudar o Brasil:

"Temos tanto conhecimento adquirido por causaapostarapostar em basquetebasquetetantos obstáculos atravessados, que estamos muito melhor preparados que muitos que hoje trabalham no âmbito internacional", conta a viúva, que espera novos documentários e livros sobre a históriaapostarapostar em basquetebasqueteSérgio Vieiraapostarapostar em basquetebasqueteMello.

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