Envelhecimento da população trará 'dinheiro extra' e 'dilemas' para educação no Brasil, diz economista:novibet greece

Salanovibet greeceaula

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Transição demográfica pode fazer com que Brasil tenha a chancenovibet greecegastar mais dinheiro por aluno -novibet greeceuma 'janelanovibet greeceoportunidade' para melhorar educação

São Paulo, enquanto isso, empregava no ano passado 115,9 mil professores dedicados ao fundamental 1, mas terá, daqui a três décadas, alunos suficientes para 98,9 mil professores nessa etapa.

Doutornovibet greeceeconomia pela Universidadenovibet greeceChicago, berço do liberalismo econômico que formou o ministro da Economia, Paulo Guedes, e os modelosnovibet greecePrevidência que pautaram reformas no Chile, Colômbia, México e Peru, Paesnovibet greeceBarros foi subsecretárionovibet greeceAções Estratégicas da Secretarianovibet greeceAssuntos Estratégicos da Presidência da República entre 2011 e 2015 e, por maisnovibet greece30 anos, integrou o Institutonovibet greecePesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), dedicando-se aos aos temasnovibet greecedesigualdade e pobreza, mercadonovibet greecetrabalho e educação no Brasil e na América Latina.

Ricardo Paesnovibet greeceBarros

Crédito, Instituto Ayrton Senna/Ivan Franchet

Legenda da foto, "Se a gente mantiver o percentual que gasta na educação, vamos ter mais dinheiro por aluno do que temos hoje. A questão é como queremos gastar esse dinheiro a mais?”, diz Paesnovibet greeceBarros

Em seu estudo mais recente, Enfrentando os Desafios Educacionais, ele reúne cercanovibet greece3 mil gráficosnovibet greeceestatísticas e projeções — como as citadas acima — para a educação nas próximas décadas relativos a todos os Estados brasileiros, para serem usados pelos governos estaduais.

O estudo, que será apresentadonovibet greecedezembronovibet greeceevento com o Conselho Nacionalnovibet greeceSecretáriosnovibet greeceEducação (Consed), tem por objetivo subsidiar as secretarias estaduais sobre os cenários para os próximos anos e possibilidadesnovibet greecedecisõesnovibet greecealocaçãonovibet greecerecursos — papel que, na visãonovibet greecePB, como é chamado o economista, poderia estar sendo desempenhado também pelo Ministério da Educação.

"A questão é garantir que todos ou a maioria (dos Estados) entenda e aproveite essa transição (demográfica). O governo federal deveria estar envolvidonovibet greecefazer estudos mostrando para as várias redes quem está aproveitando isso bem e o que está fazendo. É o que o Chile faz, aprender com quem faz bem e divulgar", afirma.

Para Paesnovibet greeceBarros, o Brasil é ineficientenovibet greeceadaptar bons exemplos já existentes na educação e replicá-los no país inteiro.

"Nosso fraco desempenho na verdade é uma misturanovibet greecealguns Estados, municípios e escolas fantásticos ou muito bons, junto com Estados, municípios e escolas muito fracos. Então, na verdade, o nosso grande problema é não sabermos aprender com nós mesmos", opina.

As projeções para a educação elaboradas pelo economista foram baseadas no cenário traçado pelo IBGE (Instituto Brasileironovibet greeceGeografia e Estatística), que calcula que a população brasileira vai crescer até 2047, quando deve chegar a 233,2 milhõesnovibet greecehabitantes. Nos anos seguintes, ela cairá gradualmente, até 228,3 milhõesnovibet greece2060, diz o IBGE.

A taxanovibet greecefecundidade das brasileiras, que já foinovibet greece4,3 crianças por mulher na décadanovibet greece1980, estánovibet greece1,77 filho por mulher (já abaixo, portanto, da taxanovibet greecereposição da população) e cairá para 1,66 daqui a quatro décadas, prevê o instituto.

Segundo dados compilados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o Brasil gasta percentualmentenovibet greeceseu PIB (Produto Interno Bruto) com educação básica e técnica mais do que a médianovibet greecepaíses da organização. No entanto, por causa do PIB relativamente baixo do Brasil, o número absoluto do gasto acaba não sendo tão alto: no fundamental 1, por exemplo, esse gasto anual por aluno foi estimadonovibet greeceUS$ 3,8 mil, contra US$ 8,6 mil na média dos países da OCDE.

Escola

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Legenda da foto, Transição demográfica vai mudar a demanda por escolas

Mas, se o Brasil mantiver os gastos educacionais públicos no patamar atual, sobrarão mais recursos por aluno, diz o economista. A ideia, segundo Paesnovibet greeceBarros, não é levar receitas prontas e recomendações aos Estados sobre o que fazer com esse dinheiro, mas sim dar números, informações e diretrizes que ajudem os secretários a tomarem decisõesnovibet greeceacordo com cada cenário.

E algumas dessas decisões podem ser difíceis e polêmicas.

Menos matrículas

Na previsãonovibet greeceRicardo Paesnovibet greeceBarros, o númeronovibet greececrianças e jovensnovibet greeceidade escolar cairá drasticamente nos próximos 30 anos. Em 2050, ele projeta, a populaçãonovibet greece6 a 10 anos no Brasil cairánovibet greeceum contingentenovibet greece12,3 milhõesnovibet greece2010 para 9,9 milhões, reduzindo para o mesmo patamar o númeronovibet greecematrículas nos anos iniciais da educação básica.

Entre a populaçãonovibet greece11 a 14 anos, o número deve passarnovibet greece10,2 milhõesnovibet greecepessoasnovibet greece2050 para 8,4 milhões.

"O Brasil está passando por uma transição demográfica bem acelerada - é seis vezes mais rápida do que a francesa, por exemplo. O que a França feznovibet greece120 anos vamos fazernovibet greece20 (em termosnovibet greecemudança do perfil populacional)", explica o economista à BBC News Brasil.

A queda se daránovibet greeceforma mais acelerada enovibet greeceproporção menos expressiva no ensino médio: o economista prevê que a populaçãonovibet greece15 a 17 anos, que eranovibet greecepouco maisnovibet greece10 milhõesnovibet greece2010, chegará a pouco menosnovibet greece8 milhõesnovibet greece2050.

"Nossa matrícula na melhor das hipóteses vai ficar parada (porque ainda é preciso aumentar cobertura nas creches e ensino médio), ou então vai cair. Isso significa o seguinte: como um país que vai ficar mais rico nos próximos 50 anos — talvez lentamente, talvez rapidamente, mas dificilmente vamos ficar mais pobres —, se a gente mantiver o percentual que gasta na educação, vamos ter mais dinheiro por aluno do que temos hoje. A questão é: como queremos gastar esse dinheiro a mais?"

"Desafogar" turmas ou pagar mais os professores? Uma decisão polêmica

Salanovibet greeceaula do ensino médio na Bahia,novibet greecefotonovibet greecearquivonovibet greece2016

Crédito, Suami Dias/GovBA

Legenda da foto, Ensino médio e creches ainda vão continuar a ter demanda, uma vez que ainda não atendem a totalidade dos alunos

Um dos dilemas fiscais apontados por Paesnovibet greeceBarros aos governos estaduais sobre o que fazer diante do possível excedentenovibet greecerecursos é, por exemplo: reduzir o tamanho das turmas (criando assim turmas novas, que vão exigir mais professores), ou manter as turmas como estão e, com menos professores, investir mais nas condiçõesnovibet greecetrabalho dos já contratados?

"Como o númeronovibet greeceturmas e professores vem crescendonovibet greeceforma muito acelerada, para essa oportunidade ser melhor aproveitada, é fundamental que o crescimento na contrataçãonovibet greecenovos professores seja devidamente moduladonovibet greecetal forma que maior atenção possa ser dada a melhorias na atratividade do magistério", diz o estudo do economista.

Hoje, o Brasil tem salasnovibet greeceaula consideradas "comparativamente numerosas" pelos parâmetros internacionais: uma médianovibet greece23 alunos por classe nos anos iniciais do ensino fundamental e 27 nos anos finais, acima das médiasnovibet greece21 e 23, respectivamente, nos países da OCDE.

O estudo do economista argumenta que, embora seja claro que turmas menores favorecem a qualidade do ensino, a evidência aponta que reduções adicionais a partirnovibet greeceum dado tamanho são pouco eficazes na promoção do aprendizado.

Polêmica e protestos

Num passado recente, a propostanovibet greecerepensar o númeronovibet greeceescolas e professores sob a perspectiva da transição demográfica foi alvonovibet greecemuita controvérsia e protestos.

Em São Paulo,novibet greece2015, um plano para reorganizar escolas com queda na demanda previa o fechamentonovibet greece93 unidades escolares, mas culminou na saída do então secretário da Educação do Estadonovibet greeceSão Paulo, Herman Voorwald, e na ocupaçãonovibet greececercanovibet greece200 escolas pelos estudantes - no que se tornou o maior movimentonovibet greeceprotesto estudantil das últimas décadas.

Laboratórionovibet greeceCiências

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Legenda da foto, Redes terãonovibet greeceescolher prioridadesnovibet greeceinvestimentos, por exemplonovibet greeceinfraestrutura escolar como laboratóriosnovibet greececiências

À época, as organizações estudantis argumentavam que a reorganização fecharia escolasnovibet greeceregiões superlotadas, e obrigaria muitos estudantes a serem realocados a escolas muito distantesnovibet greecesuas residências, por exemplo - sendo que muitos estudantesnovibet greeceperiferia e zonas rurais já passam parte significativa do dia no deslocamento entre casa e escola.

"É um tema superdelicado. São Paulo tinha um plano bem estruturado que fracassou porque não conseguiu comunicar direito e convencer todo mundo. É um desafio para a sociedade brasileira", opina Paesnovibet greeceBarros, que integrou o Institutonovibet greecePesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) por 30 anos e foi subsecretárionovibet greeceAções Estratégicas da Secretarianovibet greeceAssuntos Estratégicos da Presidência da República entre 2011 e 2015.

"O secretárionovibet greecePernambuco tem uma frase que é 'escolhe aí, você quer escola pertonovibet greececasa ou escola boa? Os dois não dá para fazer'. No limite, vai ser preciso escolher. Obviamente tem lugar com escola superlotada, onde vai ter que construir mais. Há bairros novos, cidades crescendo. Mas há cidades que estão encolhendo, estagnadas. Vai ser preciso decidir se fecha uma escola e melhora a outra ou se você vai querer ficar com um número maiornovibet greeceescolas", diz.

"Havendo menos escolas, dá para cuidar melhor delas. Uma escola com duas turmas dificilmente vai poder (comportar) um laboratórionovibet greececiências. Daí talvez seja melhor ter uma escola maior que seja fantástica, e os jovens vão ter que se deslocar a essa escola. Não estamos dizendo que vai ser assim, a decisão é deles (secretáriosnovibet greeceEducação). (...) Hoje, a porcentagemnovibet greeceescolas com laboratórionovibet greececiências é ínfima."

Professores: salários e melhores condiçõesnovibet greecetrabalho

Outro dilema dirá respeito aos investimentos na valorização da carreira dos professores.

"Pode-se ter políticas completamente diferentes para isso", afirma Paesnovibet greeceBarros: desde melhorar o clima na escola para atrair mais talentos, até criar políticasnovibet greecemotivação e formação ou mesmo aumentar salários.

"O que queremos é ajudar os Estados com essas macrodecisões - dos R$ 100 que você vai gastar a mais com o professor, o quanto você quer botar maisnovibet greeceatratividade, formação e promoção? Tem Estado que está bemnovibet greeceformação, mas não tantonovibet greecemotivação, e tem Estadonovibet greeceque é o contrário. São Paulo, pelo menos até recentemente, oferecia salários muito abaixo do mercado. Enquanto que no Mato Grosso do Sul e no Maranhão (professores) têm salário bem acima donovibet greecemercado. Em São Paulo, o professor tem que dar aulanovibet greeceturmas grandes enovibet greecevários lugares, enquanto (seria melhor) dar aulas para turmas menores, ficar conectado a uma mesma escola. Jánovibet greecePernambuco e Goiás, o professor tem uma conexão muito melhor com a escola."

Professora

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Valorizaçãonovibet greeceprofessores pode ser por salários, melhoria do clima escolar enovibet greececontratos, diz economista

Segundo o estudo, sem a garantianovibet greeceremunerações compatíveis ou mesmo acima dos valoresnovibet greecemercado, a baixa capacidadenovibet greeceatrair os melhores estudantes dificilmente será revertida.

Alémnovibet greeceaumentar os salários, o diagnóstico do Instituto Ayrton Senna aponta que é possível atrair mais talentos para a carreiranovibet greeceprofessor também cuidandonovibet greeceaspectos das condiçõesnovibet greecetrabalho, como melhorar os contratos, priorizando os que permitam ao professor trabalharnovibet greeceuma única escola.

"É notório que os cursosnovibet greeceLicenciatura e Pedagogia no país atraem estudantes com desempenho acadêmico e origem familiar inferiores à média; enquanto países com melhor desempenho educacional tendem a ser aqueles que atraem para o magistério seus melhores estudantes", diz o relatório. "Para o professor, é importante estabilidade da relaçãonovibet greecetrabalho, condições para aposentadoria e necessidadenovibet greecelecionarnovibet greecemaisnovibet greeceuma escola por não ter acesso a um contratonovibet greecetempo integralnovibet greeceuma mesma escola".

Para Paesnovibet greeceBarros, todos os Estados brasileiros precisarão levarnovibet greececonta esses fatores ao avaliar a contrataçãonovibet greecenovos professores para suas redes, para evitarnovibet greece"contratar um montenovibet greeceprofessor e não melhorar a atratividade da carreira".

"Agora temos que segurar a contratação dos professores e tentar oferecer contratos mais competitivos, e melhorar a qualidade da escola. Se a gente não mudar a lógicanovibet greecesair contratando um montenovibet greeceprofessores, pode acabar com uma crise violenta, uma quantidadenovibet greeceprofessoresnovibet greeceque não precisamos, e não tem como deixarnovibet greecetê-los, porque os contratamos por 30 anos. A mesma coisa com escolas: há escolasnovibet greecefundamental 1 que vão ternovibet greecevirar ensino médio ou educação infantil. Se a gente não for arrojadonovibet greeceadaptar a nossa infraestrutura à demanda, pode acabar tendo que colocar crianças pequenasnovibet greecesalas inadequadas para elas."

A valorização, opina Paesnovibet greeceBarros, passa também pelas expectativas que a sociedade tem para a docência.

"Uma das coisas que a gente vê é que, seja na União Europeia ou no Brasil, os professores acham que a profissão é muito pouco valorizada socialmente, embora a maior parte deles diga que, se tivesse que escolhernovibet greecenovo, ainda escolheria ser professor. Então os professores estão meio que naturalizando essa faltanovibet greeceprestígio social que a profissão carrega no Brasil", diz ele.

Alunonovibet greeceescola

Crédito, Raul Santana/Fiocruz

Legenda da foto, Brasil não tem conseguido aprender com seus bons exemplos na educação, argumenta Paesnovibet greeceBarros

"E se a gente realmente quer uma educaçãonovibet greecequalidade, tem que acabar com isso. Acho que o grande sucesso do Ceará (em estar entre os melhoresnovibet greeceeducação pública) enovibet greecepequenas cidades do interior é que o professor é tido como (alguémnovibet greeceprestígio). Ele anda pela rua e os pais falam, 'aquele ali é o professor do meu filho'. O cara tem orgulho do que ele faz. Aquinovibet greeceSão Paulo ninguém dá a menor bola ao professor. Você não vai ter educaçãonovibet greecequalidade se não tiver altíssimas expectativas sobre os professores."

Isso não passa por exigir práticas "mirabolantes ou inovadoras", mas por "valorizar a simplicidade envolvida num bom professor", opina o economista. "É o cuidado que ele tem com as crianças, como ele lida com cada uma delas — nadanovibet greeceespetacular."

Reduzir desigualdades e replicar casosnovibet greecesucesso

O relatório do Instituto Ayrton Senna começou a ser elaboradonovibet greece2018, quando o atual governo federal encomendou um diagnóstico a respeito dos desafios da educação no país.

Paesnovibet greeceBarros transformou issonovibet greecediagnósticos mostrando os desafios específicos para cada Estado, já levados para os secretáriosnovibet greeceEducação que assumiramnovibet greecejaneiro. O documento a ser entreguenovibet greecedezembro é uma extensão desse trabalho.

A potencial folga no orçamento da educação, favorecida pela transição demográfica, é para Paesnovibet greeceBarros uma "janelanovibet greeceoportunidade"novibet greecese reavaliar os gastos e reduzir disparidades regionais.

"O grande problema é que, para o aluno, não importa o quanto gastamos com ele, mas sim a qualidade da educação que ele recebe. E o que a gente percebe é que o Ceará gasta praticamente a mesma coisa que o Maranhão. Pernambuco também. E (CE e PE) são líderes educacionais do Brasil. Aquinovibet greeceSão Paulo temos diferenças regionais enormes. Apiaí, que é uma área na divisa com o Paraná, no Vale do Ribeira, tem escolas com desempenho muito bom. Ou seja, com o pouco que eles têm,novibet greeceuma região bem pobre, alcançam resultados muito bons", diz.

"A gente tem uma janelanovibet greeceoportunidade que é também um tremendo choque rápido na estrutura da demanda. Se a gente não se ajustar a isso, pode gastar muito mal os recursos que tem, e a nossa educação vai crescer lentamente. E, do pontonovibet greecevista fiscal, a situação pode ficar muito complicada se a gente aumentar muito o númeronovibet greeceprofessores e tentar aumentar o salário deles ao mesmo tempo. Já se a gente souber levarnovibet greececonta as mudanças que vêm pela frente e souber administrar isso, a gente pode dar um salto na educação", opina.

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