Governo Bolsonaro: Ex-embaixador dos EUA defende entrada do Brasil na Otan, aliança militarbetfair bonuspotências ocidentais:betfair bonus

Thomas Shannon, maiobetfair bonus2018

Crédito, State Department

Legenda da foto, 'O Brasil não é para principiantes', disse o ex-embaixador, citando Tom Jobim

"Nos piores momentos dos governos militares na América do Sul, a Venezuela foi muito generosabetfair bonusreceber pessoas que escapavambetfair bonusgovernos autoritários. No ápice da violência na Colômbia, eles receberam muitos colombianos que estavam fugindo para salvar suas vidas (...) A Venezuela mostrou generosidade na história e é importante que outros países agora mostrem o mesmo."

O americano também surpreende ao defender a entrada do Brasil na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) - principal aliança militar do planeta e um dos interessesbetfair bonusauxiliares ligados à política internacionalbetfair bonusBolsonaro, segundo a BBC News Brasil apurou.

"Traria ao Brasil uma oportunidade para se envolver e trabalhar diretamente não apenasbetfair bonusquestões militares e das forças armadas, masbetfair bonustudo que for ligado a segurança nacional e segurança global", diz.

Os EUA apoiariam a ideia? "Torço para que sim."

Após atribuir aos protestosbetfair bonus2013 a reviravolta política brasileira que afastou Dilma Rousseff e trouxe o nacionalismo conservadorbetfair bonusBolsonaro ao poder, Shannon não nega que haja ameaças à nossa democracia, mas recalibra a mira contra o presidente eleito.

"A ameaça à democracia veio antesbetfair bonusBolsonaro", diz. "Ela é fruto da acumulaçãobetfair bonusquestões que produziram ele."

Sobre a eventual nomeaçãobetfair bonusSergio Moro ao Ministério da Justiça ou à Suprema Corte, o americano diz que o juiz "é profundamente respeitado fora do Brasil".

"O Brasil não é para principiantes", diz o ex-embaixador à reportagem, citando Tom Jobim. "Também não é para apressados."

Leia os principais trechos da entrevista.

betfair bonus BBC News Brasil - Qual ébetfair bonusopinião sobre Bolsonaro? Como vê o próximo presidente do Brasil?

betfair bonus Tom Shannon - Ele é alguém que recebeu muitos votos. Receber maisbetfair bonus55% dos votos no segundo turno é um sinal muito forte sobre a rejeiçãobetfair bonuspolíticos e partidos mais tradicionais pela população brasileira. Mas também cria uma base bem fortebetfair bonusapoio com a qual ele pode começar seu governo.

No fim das contas, os parceiros estrangeiros do Brasil, como os Estados Unidos ou tantos outros países, precisam respeitar os resultados desta eleição e estar preparados para trabalhar com o novo governo que o povo brasileiro escolheu.

betfair bonus BBC News Brasil - O senhor o vê como o "Trump dos trópicos", como dizem alguns?

betfair bonus Shannon - Ele é parecido com o presidente Trumpbetfair bonustermosbetfair bonustrajetória política.

Quero dizer, Bolsonaro está envolvido com a política há mais tempo que o presidente Trump. Ele é um membro da Câmara dos Deputados há quase 30 anos, mas obviamente é alguém que soube tomar vantagem do desânimo que muitos brasileiros sentiram na sequência dos escândalosbetfair bonuscorrupção e seu desejobetfair bonusbuscar mudanças por meio do processo eleitoral.

Nesse sentido, o presidente Bolsonaro foi capazbetfair bonuscaptar essa energia e rejeição da política tradicional da mesma maneira que o presidente Trump foi.

betfair bonus BBC News Brasil - betfair bonus Vocês tiveram algum contato enquanto o senhor estava no Brasil como embaixador?

betfair bonus Shannon - Nós tínhamos regularmente um contato intenso com todos os membros do Legislativo, mas eu não tive pessoalmente contato direto com Bolsonaro naquela época.

Jair Bolsonaro

Crédito, Tânia Rêgo/Agência Brasil

Legenda da foto, Shannon atribuiu aos protestosbetfair bonus2013 a reviravolta política que afastou Dilma e trouxe o nacionalismo conservadorbetfair bonusBolsonaro ao poder

betfair bonus BBC News Brasil - O senhor era o embaixador dos EUA no Brasil quando os grandes protestosbetfair bonus2013 explodiram por todo o país. As chamadas "marchasbetfair bonusjunho", ou a "primavera brasileira". Acha que isso foi o pontobetfair bonuspartida para as mudanças dramáticas que o Brasil viveu depois - do impeachmentbetfair bonusDilma Rousseff a esta curva à direita na Presidência?

betfair bonus Shannon - Sim. Porque ficou claro naquela época que um grande segmento do Brasil, especialmente os jovens e a classe média, estava muito preocupado com muitas coisas no país, algumas relacionadas a corrupção, outras serviços públicos, outras a impostos altos.

Os protestos começaram com os aumentos nos preços do transportebetfair bonusSão Paulo, mas esta era claramente a "primeira rachadura na barragem".

Isso mostra que há uma insatisfação profunda e um ressentimento quebetfair bonusrepente se apresentarambetfair bonusgrande escala quando o escândalo da Lava Jato se tornou público.

betfair bonus BBC News Brasil - O que podemos esperar das relações entre EUA e Brasil sob a presidênciabetfair bonusBolsonaro?

betfair bonus Shannon - Ainda vamos ver. Houve um telefonema inicial entre o presidente Trump e o presidente eleito do Brasil e para todos os efeitos foi uma ligação positiva. O que é um bom começo.

Obviamente, há um grande interesse sobre quando eles vão conseguir marcar uma reunião para definir uma agenda mútua e seguirbetfair bonusfrente.

Brasil e EUA são parceiros naturaisbetfair bonusmuitas coisas, tem sido assim há muito tempo. Esta relação pode ser melhorada, claro.

Acho que os dois lados neste momento estarão buscando maneirasbetfair bonusmostrar sinais mútuos clarosbetfair bonusque querem uma aproximação melhor para então tornarem essa aproximação benéfica para os dois lados. Acho que é assim eles vão se comportar no curto prazo.

betfair bonus BBC News Brasil - betfair bonus Comercialmente, como se pode melhorar a relação entre os dois países?

betfair bonus Shannon - Bom, para começar, os EUA ainda são um parceiro muito importante para o Brasil, apesarbetfair bonustermos perdido o primeiro lugar na parceria comercial para a China. Muito disso foi por conta da grande quantidadebetfair bonuscommodities, especialmente grãosbetfair bonussoja, minérios e energia que a China compra.

Os EUA são um parceiro comercial único para o Brasil porque boa parte dos nossos negócios envolve valor agregado.

Em outras palavras, é um comércio que se liga às cadeiasbetfair bonussuprimentos locais e acho que o Brasil pode ganhar muito mais com uma abertura maior para o investimento americano, com mais abertura para empreendimentos conjuntos ("joint ventures") entre empresas americanas e brasileiras.

Sergio Moro

Crédito, Reuters/Rodolfo Buhrer

Legenda da foto, 'Moro seria recebido muito positivamente', diz ex-embaixador dos EUA sobre eventual ministério

Tenho esperança que os dois países - os dois governos, mas também o setor privado - se concentrembetfair bonusampliar as trocas comerciaisbetfair bonusáreas que podem trazer retornos significativos, como aviação civil, defesa, tecnologia espacial, aparatos médicos e científicos ou, especialmente no setor agrícola, onde há uma quantidade enormebetfair bonuspesquisas sobre pecuária,betfair bonusforma a trazer benefícios mútuos.

Há muitas áreas nas quais o comércio e os investimentos podem melhorar e isso só dependebetfair bonusliderança política.

betfair bonus BBC News Brasil - betfair bonus Enquanto os EUA são o segundo principal parceiro comercial do Brasil, o Brasil é apenas o 12º no rankingbetfair bonusparceiros dos EUA. Muita gente diz que o Brasil nunca foi uma prioridade para os EUA. O senhor concorda?

betfair bonus Shannon - Não, não concordo. Acho que o Brasil é uma prioridade se você olhar para o nosso hemisfério.

É a segunda maior democraciabetfair bonustermosbetfair bonuspopulação, é o maior território da América do Sul, e o país tem recursos naturais incríveis e muitas realizações, mas também muito potencial. Por esta razão, os EUA sempre tiveram interesses especiais no Brasil.

Mas os dois países, enquanto potências regionais, são também países com ambições e aspirações globais. Da mesma forma que os EUA não querem ser definidos só como um país na América do Norte, o Brasil não quer ser visto só como um país sul-americano. Nós dois vemos os nossos interessesbetfair bonusforma mais ampla.

Esta é uma áreabetfair bonusque precisamos trabalhar melhor e tentar encontrar formasbetfair bonustrabalharmos juntos globalmente, para benefício dos dois lados.

betfair bonus BBC News Brasil - betfair bonus O presidente Trump disse recentemente que o Brasil deve ser o país "mais duro do mundo para negócios" e que "cobrabetfair bonusnós o que quer". É verdade?

betfair bonus Shannon - O Brasil tem um grande mercado interno que historicamente é protegido. Nunca foi fácil para empresas estrangeiras entrarem neste mercado. Porém, não é impossível.

Uma das coisas importantes que é preciso lembrar e entender sobre o Brasil é que, como disse Tom Jobim, o "Brasil não é para iniciantes". Em outras palavras, leva tempo.

Mas o Brasil também não é para apressados. Ou seja, para fazer algo dar certo no Brasil é preciso estabelecer uma relação, é preciso mostrar que se tem um comprometimento com o sucesso do Brasil. E as empresas estrangeiras, especialmente as americanas, algumas estão no Brasil há maisbetfair bonus100 anos, como a Chevron, a Boeing, se dão muito bem no Brasil.

Acho que isso é algo que precisa ser compreendido. Obviamente, pode haver muitas formas para o Brasil começar a abrir seu mercado, se fazer mais atraente para o investimento externo, para a indústria estrangeira, mas este é um processo que leva tempo. E neste meio tempo é importante entender que é possível fazer negócios com o Brasil, só é preciso dedicação.

betfair bonus BBC News Brasil - betfair bonus E politicamente, como o senhor vê esta aproximação?

betfair bonus Shannon - É preciso que conversemos para entender nossos interesses globais e onde podemos trabalhar juntosbetfair bonusbusca destes interesses. Na regiãobetfair bonussi, temos desafios muito significativos no curto prazo.

Um dos maiores está na Venezuela e o problema encarado por Brasil, Colômbia e outros com a circulaçãobetfair bonusrefugiados saindo da Venezuela.

Trabalhar não só com os EUA, mas com todos estes vizinhos na América do Sul e com países latino-americanos importantes como o México, e com países importantes da América do Norte, como o Canadá, para encontrar uma formabetfair bonusatender os interesses da população venezuelana, acho que seria um importante desafio inicial para o Brasil e para todos os países do hemisfério.

Donald Trump

Crédito, Reuters/Leah Millis

Legenda da foto, Assim como Trump, Bolsonaro foi capazbetfair bonuscaptar a rejeição à política tradicional, diz Shannon

betfair bonus BBC News Brasil - E como poderíamos ajudar a resolver o problema venezuelano?

A primeira coisa importante é atenção ao problema dos refugiados e tentar garantir que as pessoas que estão saindo da Venezuela porque não têm acesso a comida, ou remédios, ou abrigo ou segurança encontrem espaços temporáriosbetfair bonusabrigo enquanto sonhambetfair bonusvoltar para casa.

É importante lembrar que durante os piores momentos dos governos militares na América do Sul, a Venezuela foi muito generosabetfair bonusreceber pessoas que escapavambetfair bonusgovernos autoritários. E, no ápice da violência na Colômbia, eles receberam muitos colombianos que estavam fugindo para salvar suas vidas naquela época.

Então, a Venezuela mostrou generosidade a muitos países da região na história e é importante que outros países agora mostrem a mesma generosidade para a Venezuela.

betfair bonus BBC News Brasil - betfair bonus O presidente Trump mostrou simpatia por uma intervenção militar na Venezuela, o que foi imediatamente recusado pelo Brasil e pelo Mercosul. Isso pode mudar agora, sob o governobetfair bonusBolsonaro? Esta seria uma opção?

betfair bonus Shannon - Essa é uma pergunta que você vai precisar fazer ao presidente eleito e àbetfair bonusequipe. Mas uma intervenção militar na América do Sul é algo que não acontece há muito, muito tempo. Não é uma boa ideia.

betfair bonus BBC News Brasil - betfair bonus Auxiliaresbetfair bonusBolsonaro me falaram sobre a intençãobetfair bonustrazer o Brasil para a Otan. Não sei se ouviu algo a respeito.

betfair bonus Shannon - Sim.

betfair bonus BBC News Brasil - betfair bonus Como vê esta ideia?

betfair bonus Shannon - Eu acho que é uma boa ideia. Obviamente, seria uma grande decisão para o Brasil e para a Otan também.

A Colômbia tem uma relaçãobetfair bonusafiliação com a OTAN.

O lado importantebetfair bonusse alinhar com os países da Otan é que esta é provavelmente o principal arranjo coletivobetfair bonussegurança no mundo e liga algumas das forças armadas mais capazes e inovadoras do mundo.

Neste sentido, algo como isso traria ao Brasil uma oportunidade para se envolver e trabalhar diretamente não apenasbetfair bonusquestões militares e das forças armadas, masbetfair bonustudo que for ligado a segurança nacional e segurança global.

Então é uma ideia interessante, acho que sublinha a criatividade que existebetfair bonusparte da equipe que o presidente eleito reuniu e vamos ver qual será a resposta.

betfair bonus BBC News Brasil - betfair bonus Acha que os EUA poderiam apoiar esta ideia?

betfair bonus Shannon - Eu torço para que sim.

betfair bonus BBC News Brasil - E sobre a cooperação militar entre os dois países - há espaço para ampliação? Como?

betfair bonus Shannon - Para começar, a relação é boa e forte há bastante tempo. A maneira com que fazemos trocas militares, enviamos oficiais para nossos respectivos centrosbetfair bonusensino, realizamos treinamentos conjuntos e facilitamos açõesbetfair bonuscooperação para nossas Forças Armadas são boas para todo mundo.

E também a forma que olhamos para onde podemos cooperarbetfair bonustermos da produçãobetfair bonusequipamentos militares vale muito a pena ser vista. O Brasil tem conhecimento específico nesta área e muita experiência, o que pode ser muito útil.

betfair bonus BBC News Brasil - O senhor testemunhou a violência no Brasil enquanto viveu lá. Este é um dos principais problemas do país. Acha que revogar o Estatuto do Desarmamento, como Bolsonaro planeja, pode ajudar a resolver a questão?

betfair bonus Shannon - Esta é uma questão interna que os brasileiros precisam resolver por si mesmos. Há muitos países que encaram desafios semelhantes, inclusive os Estados Unidos - nós temos um problema significativo com a violência armada.

Minha visão pessoal é que a formabetfair bonusse resolver estes problemas é expandindo a qualidade do policiamento e tendo um sistema Judiciário que é capazbetfair bonuslidar com este tipobetfair bonuscrime com agilidade.

É muito melhor neste caso confiar nas instituições do Estado do que no "vigilantismo" (termobetfair bonusinglês que abarca pessoas ou grupos que atuam por conta própria pela aplicação da lei, sem autoridade legal - agindo,betfair bonusmuitos casos, como milícias).

betfair bonus BBC News Brasil - O senhor deve ter ouvido algumas das frases controversasbetfair bonusBolsonarobetfair bonusrelação a gays, negros e mulheres. O que podemos esperar na perspectiva dos direitos humanos?

betfair bonus Shannon - Eu percebi que desde a eleição ele tem sido muito cauteloso na forma como descreve seu comprometimento com a democracia, com os direitos humanos e especialmente os direitos dos brasileiros sob a Constituição.

Acho que este é um sinal positivo.

No fim das contas, o teste está nos passos que ele tomará depoisbetfair bonusse tornar presidente. Ressalto que, especialmente nas relações com os EUA, mas também com os países da Europa Ocidental, questõesbetfair bonusdireitos humanos têm um papel grande. Elas dão forma ao tom e à efetividade destas relações.

Bandeira da Venezuela

Crédito, Reuters/Adriana Loureiro

Legenda da foto, Venezuela foi generosa com vizinhos durante governos autoritários - países precisam fazer o mesmo agora, diz Shannon

O Brasil sempre foi um forte e importante promotor - durantebetfair bonusdemocracia - dos direitos humanos. Nesse sentido, se o Brasil puder continuar fazendo isso, isso só fará a relação com os EUA e com outras democracias mais forte.

betfair bonus BBC News Brasil - O senhor mencionou democracias. Vê alguma ameaça à democracia brasileira sob o governobetfair bonusBolsonaro?

betfair bonus Shannon - A ameaça à democracia brasileira veio antesbetfair bonusBolsonaro.

Ela é fruto da acumulaçãobetfair bonusquestões que o produziram (Bolsonaro). A ameaça à democracia brasileira veio da corrupção,betfair bonuspartidos políticos que quiseram seu bem próprio,betfair bonusvez do bem público, e a frustração profunda que isso produziu na população brasileira.

Então, acho que, se você pensar no que menciono aqui, não acho que elas devam ser atribuídas ao senhor Bolsonaro.

betfair bonus BBC News Brasil - betfair bonus Bolsonaro acababetfair bonusmostrar vontadebetfair bonustrazer o juiz Sergio Moro para o Ministério da Justiça ou para o Supremo Tribunal Federal. Como vê estas possíveis nomeações?

betfair bonus Shannon - Eu não estou por dentro disso e não gostariabetfair bonuscomentar amplamente sobre nomeaçõesbetfair bonusgabinete.

Acho que isso é algo que o presidente precisa ser capazbetfair bonusfazer com algum nívelbetfair bonustranquilidade e sem os comentários especialmentebetfair bonusquem não é brasileiro. O que eu diria apenas é que Sergio Moro é profundamente respeitado fora do Brasil e é alguém que seria recebido muito positivamente.

betfair bonus BBC News Brasil - Positiva e negativamente, o que mais o surpreendeu no Brasil como um estrangeiro?

betfair bonus Shannon - Bom, positivamente: eu vivi no Brasil duas vezes. De 1989 a 1992, ebetfair bonusnovo como Embaixadorbetfair bonus2010 a 2013. Eram dois países muito diferentes.

No intervalobetfair bonusque eu não estive no Brasil, o país fez avanços enormes, tanto economicamente quanto socialmente. Eu voltei a um país que realmente fez um trabalho memorávelbetfair bonusexpandir os benefícios econômicos e sociais da democracia e mostrou que era possível transformar fundamentalmente um país pelo uso das instituições democráticas e do processo constitucional.

Em outras palavras, você pode conduzir uma revolução social pacificamente.

E isso é algo que eu não sei se os brasileiros entendem bem, porque os brasileiros podem ser muito duros consigo mesmos. Porque eles têm grandes aspirações e expectativas.

E o que o Brasil está enfrentando agora, e os desafios que encara enquanto luta contra a corrupção, são algo que decepcionou e desmoralizou alguns brasileiros, mas eu gostariabetfair bonuslembrá-losbetfair bonusque eles lidaram com os problemas recentes sempre dentro da Constituição, sempre sem violência e semprebetfair bonusuma forma que ajuda e fortalece as instituições que obedecem ao Estadobetfair bonusDireito.

É uma conquista notável, algobetfair bonusque os brasileiros deveriam se orgulhar. Porque traz bases para um alicerce a partir da qual eles podem reconstruir e fortalecerbetfair bonusdemocracia. Então, o primeiro ponto é quanto o Brasil conquistoubetfair bonustão pouco tempo com este grande exemplo para muitos outros países no mundo que estão enfrentando desafios semelhantes.

(Negativamente): O Brasil é um país grande, complexo e bonito e,betfair bonusalgumas maneiras, a violência ainda afeta a sociedade brasileira, este é provavelmente o aspecto mais decepcionante e preocupante.

Mas, falando como um americano, nós também temos nossos problemas com a violência. Então eu não digo isso como crítica, masbetfair bonusum sentidobetfair bonussolidariedade.

betfair bonus BBC News Brasil - Do que mais sente falta no Brasil?

betfair bonus Shannon - Essa é uma linda pergunta porque eu passei, no total, 7 anos e voltei com um grande respeito e uma afeição muito grande pelo Brasil. Eu amo a música brasileira,betfair bonussuas mais variadas formas, acho a cultura brasileira notavelmente aberta e alegre, o que eu adoro.

E existe a palavra "saudade". Para os brasileiros, é essa palavra linda que mistura sentimentalismo ou nostalgia com uma referência ao mesmo tempo doce e amarga sobre a brevidade da vida, mas que também ressalta os momentos bons que existiram.

Acho que o sinto mais falta do Brasil é a ideiabetfair bonussaudade,betfair bonusser capazbetfair bonuscompreender como a vida pode ser bonita, mesmobetfair bonusmomentosbetfair bonusgrandes tragédias.

betfair bonus BBC News Brasil - Agora que o senhor se aposentou depois dessa longa temporada trabalhando para o seu país, é bom estar fora do governo e fora da diplomacia oficial? Como se sente?

betfair bonus Shannon - É uma boa pergunta porque ainda estou tentando entender como me sinto. Por um lado, me sinto abençoado por ter servido meu país por 35 anos e ter feito issobetfair bonusuma época muito importante e decisivo. E sou muito grato por isso.

Ao mesmo tempo, eu achei que queria experimentar um segundo atobetfair bonusminha vida, ver se havia algo mais que eu poderia fazer e fazer bem. E achei que era melhor começar agora,betfair bonusvezbetfair bonusesperar. Então, nesse sentido, foi um bom momento para sair.

Mas o serviço público é doce, tem algobetfair bonusencantador e tenho certezabetfair bonusque vou sentir falta disso pelo resto da minha vida.

betfair bonus BBC News Brasil - betfair bonus O que o senhor está fazendo desde então?

betfair bonus Shannon - Atualmente trabalho para um escritóriobetfair bonusadvocaciabetfair bonusWashington chamado Arnold & Porter, que é um dos escritórios mais antigos e respeitados da cidade.

Eu trabalho como um conselheiro sêniorbetfair bonuspolítica internacional, o que significa que trabalho com os clientes do escritório, alguns deles países, alguns deles empresas privadas, para ajudá-los a entender o ambiente global no qual eles atuam e especialmente como se aproximar e trabalhar com o governo dos EUA. E até o momento tem sido interessante e agradável.

betfair bonus BBC News Brasil - O senhor tem clientes brasileiros?

betfair bonus Shannon - Não tenho clientes brasileiros ainda, mas tenho clientes dos EUA que estão trabalhando no Brasil.

betfair bonus BBC News Brasil - Pode dizer quais?

betfair bonus Shannon - Neste momento é melhor não, mas espero estar no Brasil no fimbetfair bonusnovembro, quando vou ter a chancebetfair bonuster contato com vários outros clientes e clientes potenciais. Quero muito voltar ao Brasil.

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