Como falar com adolescentes sobre os riscos do sexting?:apostas com
Por isso, o papel dos pais é tão importante.
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“Como pais, é nosso trabalho ajudar nossos filhos a evitar erros que podem causar problemas sérios. O sexting é uma dessas coisas que, quando feitoapostas comforma leviana, pode trazer consequências muito dolorosas”, afirma a psicóloga clínica Karol Espejoapostas comum artigo do Child Mind Institute.
Cross diz que, como o lobo frontal ainda não está completamente formadoapostas comcrianças e adolescentes, eles não pensam plenamente nas consequências dos seus atos.
“Precisamos ajudá-los a ver quais são essas consequências, para que, quando eles passarem por essas situações, eles se lembrem dessas conversas”, disse.
Para os pais, no entanto, conversar com os filhos sobre uma prática que eles não têm muito conhecimento, e que tem a ver com sexualidade, nem sempre é fácil.
Confira quatro dicasapostas comespecialistas para abordar o assunto.
1. Converse antecipadamente com seu filho
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Para Cross, um dos erros que os pais cometem é esperar muito tempo para ter esse tipoapostas comconversa.
O sexting pode acontecer por volta dos 12 anos, quando as crianças começam a ter interesses afetivo-sexuais pelos outros, diz.
“É nessa época que eles podem realmente nos ouvir”, diz Cross, acrescentando que é muito improvável que as crianças procurem os pais no momentoapostas comque alguém lhes pedir uma foto explícita.
"O sexting é algo que as crianças vão descobrirapostas comalgum momento. É por isso que é importante conversar sobre esse assunto com os filhos desde cedo, para que eles tenham as informações necessárias quando precisarem tomar uma decisão", diz Yolanda Reid, da Universidade da Califórniaapostas comLos Angeles.
De acordo com Reid, a conversa deve acontecer assim que os filhos começarem a ter acesso ao celular. Uma boa maneiraapostas comintroduzir a assunto é perguntar o que eles sabem ou já ouviram falar sobre aquilo.
“É importante saber primeiro o que seu filho sabe do assunto e depois dar informações apropriadas à idade”, explica Reid.
Ela aconselha, por exemplo, dizer às crianças que ainda não sabem muito sobre sexo que seus chatsapostas combate-papo nunca devem conter fotos ou vídeosapostas compessoas sem roupas, se beijando ou tocando seus órgãos genitais.
No casoapostas comadolescentes, ela recomenda incluir o termo sexting na conversa e perguntar especificamente se eles foram expostos a imagensapostas compessoas nuas ou seminuas.
Cross acrescenta que, para que qualquer conversa sobre esse assunto funcione, ela deve ser realizadaapostas comforma recorrente e não apenas uma vez.
2. Coloque-se no lugar do seu filho
Outro erro frequente que os pais cometem é simplesmente tentar "proibir" o sexting. "Muitas vezes, os pais dizem: 'Se alguém lhe pedir uma foto explícita, é uma pessoa ruim, não fale com ela'", diz Cross.
"A realidade é que os filhos não vão seguir esse conselho porque não estamos nos colocando no lugar deles, e a pessoa que pediu a foto pode ser uma pessoaapostas comquem eles estão interessados. É difícil dizer não se você gosta da pessoa e quer flertar com ela", acrescenta.
Nesse sentido, a psicóloga Karol Espejo recomenda que a conversa comece reconhecendo que enviar mensagens com conteúdo sexual pode ser divertido e que "não há nadaapostas comerradoapostas comquerer se sentir sexy ou desejado".
Até porque compartilhar detalhes íntimos é uma formaapostas comconstruir relacionamentos mais próximos, "o que faz parte do desenvolvimento na adolescência", diz Espejo.
Para as crianças que frequentam o seu consultórioapostas compediatria, Cross diz que "estar interessadoapostas comalguém não significa que você sempre tenha que fazer o que a pessoa pede".
"Em qualquer relacionamento saudável, há limites. Há coisas que você se sente confortável e outras que você não se sente confortável. E você tem que decidir isso antesapostas comentrarapostas comum relacionamento", aconselha.
"Se é uma pessoa com quem vale a pena ter um relacionamento, ela vai respeitar seus limites quando você fala sobre eles", acrescenta Cross.
Segundo a médica, conselhos como esse têm muito mais chancesapostas comdar certo com crianças e adolescentes do que um simples "não faça isso", porque eles querem se sentir capazesapostas comter relacionamentos maduros.
3. Reforce as consequências
Espejo diz que o ideal é que a conversa não se concentre se o sexting é certo ou errado, mas nas “consequências a curto e longo prazo”. “A última coisa que você quer ao ter esse tipoapostas comconversa com seus filhos é parecer irritante”, diz Espejo.
Uma dica dos especialistas é enfatizar para as crianças e adolescentes que, uma vez que eles enviam uma foto, ela tem “vida própria” e fica para sempre na internet.
“Se você vai enviar uma foto para alguém e ela te deixaria envergonhado se seu avô, professor ou futuro filho a visse, provavelmente não deveria enviar”, aconselha Cross.
Segundo o estudo publicado pelo JAMA Pedriatrics, 14,5% das crianças entre 12 e 17 anos já encaminhou mensagens com conteúdo sexual sem consentimento.
O que está por trás desse número é que, muitas vezes, assim como um adolescente confiaapostas comoutro para enviar uma foto sexual, esse outro adolescente pode confiarapostas comum amigo próximo e pensar que está tudo bemapostas comcompartilhar a foto”, explica Espejo.
Nem sempre é algo feito com maldade, mas que tem consequências.
Cross diz ser comum que, ao receber uma mensagem com conteúdo sexual, o adolescente queira contar aos colegas sobre isso, porque dá uma espécieapostas com“prestígio”.
“Eu sempre digo a eles que,apostas comalgum momento, você vai terminar com essa pessoa, ela vai ficar chateada com você ou você vai ficar chateado com ela, e ela vai ter as suas fotos”, afirma.
Para Reid, uma boa estratégia para os pais é estar atento às notícias que mostram as consequências reais do sexting tanto para quem envia as fotos e mensagens quanto para quem recebe, para poder conversar com os filhos.
“Pode ser uma boa desculpa para praticar com seu filho como responder quando lhe pedirem para enviar uma mensagem com conteúdo sexual”, afirma Reid.
Além disso,apostas commuitos países, o sexting é considerado pornografia infantil e pode ter consequências legais.
"Lembre aos seus filhos que existem leis, e que eles podem sofrer consequências graves se forem pegos fazendo algo ilegal. É algo que já aconteceu com outras pessoas", diz Espejo.
4. Ensine seu filho a resistir à pressão
Muitos adolescentes contam que só enviaram uma foto após receberem pedidos várias vezes. Por isso, parte da tarefa dos pais,apostas comacordo com especialistas, é ajudar os filhos a resistir à pressão.
“É fundamental ensinar aos seus filhos que,apostas comum relacionamento respeitoso, 'não é não', tanto no mundo físico como no mundo virtual”, disse Cross.
Para Reid, a tarefaapostas comevitar os riscos do sexting não está completa se crianças e adolescentes não forem introduzidos à cidadania digital.
Isso significa ensiná-los que não devem pressionar e nem serem pressionados a compartilhar fotosapostas comconteúdo sexual ou encaminhá-las sem consentimento.
Apesar dos esforços dos pais, a decisão sobre o que enviar e o que não enviar pelo celular continua sendo, pelo menosapostas comparte, das crianças e adolescentes. Por isso, mesmo após serem orientados pelos pais, os filhos podem ter uma mensagem ou foto caindoapostas commãos erradas.
Nesses casos, Espejo destaca que é importante lembrar a criança ou adolescente que, "embora eles possam se sentir angustiados ou envergonhados, eles não têm menos valor por causa disso.