Os truques da produtividade dos trabalhadores que não seguem horário comercial:estrela 🌟 bet

"Parece um tanto extremo, mas é apenas um reflexo do fatoestrela 🌟 betque eu realmente me concentroestrela 🌟 bettorno das 8, 9 ou 10 horas da noite", afirma Skinner. "É quando sou mais produtiva."

Em meio a um desejo cada vez maior por trabalho flexível após a pandemiaestrela 🌟 betcovid-19, os profissionais vêm se interessando por esse tipoestrela 🌟 betcronograma adotado por Skinner. Muitos pressionam suas empresas para adaptar os horáriosestrela 🌟 bettrabalho aos seus níveis naturaisestrela 🌟 betenergia. Com isso, eles podem atingir o máximoestrela 🌟 betprodutividade.

Já existe até um termoestrela 🌟 betinglês para este sistema: "chronoworking" – algo como "cronotrabalho",estrela 🌟 betportuguês. Ele foi criado pela jornalista britânica Ellen C. Scott.

O cronotrabalho permite que os profissionais ignorem o horário padrão dos escritórios e definam cronogramas que atendam aos seus "cronotipos" pessoais – as horas naturaisestrela 🌟 betque os seus corpos querem dormir.

Existem quatro cronotipos, segundo o psicólogo clínico americano e "médico do sono" Michael Breus.

Suas pesquisas indicam que 55% das pessoas atingem o pico da produtividade no meio do dia (10 às 14 horas); 15% são mais adequados para iniciar o trabalho no começo da manhã; 15% são melhores trabalhando tarde da noite; e 10% têm um ritmo circadiano mais errático, que pode variarestrela 🌟 betum dia para outro.

Apesar dessas variações, o diaestrela 🌟 bettrabalho tradicionalestrela 🌟 betoito horas, das 9 às 17h – criado pelos sindicatos americanos no século 19 – ainda é a norma entre as empresas. O resultado é que muitas pessoas precisam trabalhar fora dos seus horáriosestrela 🌟 betpicoestrela 🌟 betprodutividade.

Em uma pequena pesquisa realizadaestrela 🌟 betjaneiroestrela 🌟 bet2024 entre cercaestrela 🌟 bet1,5 mil profissionais americanos, 94% dos participantes afirmaram que trabalham fora do seu horárioestrela 🌟 betmaior produtividade, enquanto 77% disseram que os horáriosestrela 🌟 bettrabalho padrão estabelecidos prejudicam seu desempenho profissional.

Para lidar com a situação, cerca da metade dos participantes da pesquisa tira sonecas durante o diaestrela 🌟 bettrabalho; 42% se abastecemestrela 🌟 betcafeína para manter os níveisestrela 🌟 betenergia; e 43% usam técnicasestrela 🌟 betgestão do estresse, como a meditação mindfulness (atenção plena).

A ideia do cronotrabalho não é nova. Mas ela vem atraindo mais atenção desde a pandemia, quando o trabalho híbrido e remoto se tornou padrão, segundo o professorestrela 🌟 betgestãoestrela 🌟 betRH Dirk Buyens, da Escolaestrela 🌟 betNegócios Vlerickestrela 🌟 betBruxelas, na Bélgica.

"Nós deixamosestrela 🌟 betpassar uma hora no transporte entre os horários definidosestrela 🌟 betcercaestrela 🌟 bet7 a 9 horas da manhã e podemos verdadeiramente entender quando somos mais produtivos e como conseguir o máximo do nosso trabalho", explica o professor.

Os profissionais, principalmente os mais jovens, gostam da ideiaestrela 🌟 betadaptar seus horários para aproveitar seus períodos mais produtivos. Mas as empresas também se beneficiam do cronotrabalho, prossegue Buyens.

Afinal, permitir que os funcionários trabalhem quando estão no melhor daestrela 🌟 betforma pode aumentar seu desempenho e bem-estar, com fortes efeitos positivos sobre aestrela 🌟 betpermanência no emprego.

"Se os profissionais estiverem satisfeitos e seus gerentes permitirem que eles trabalhem nos horários mais adequados às suas necessidades, eles terão maior probabilidadeestrela 🌟 betpermanecer na empresa", explica ele.

Mas este fenômeno não é generalizado.

Muitas empresas acham que este sistemaestrela 🌟 bettrabalho não é convencional e simplesmente pode não funcionar para outras companhias, como as que atendem clientes ou dependemestrela 🌟 betfatores externos, como os horários do mercadoestrela 🌟 betações.

Paralelamente, outras empresas não enfrentam essas restrições. Elas frequentemente possuem funcionários distribuídosestrela 🌟 betvárias partes do mundo – e estão adotando este tipoestrela 🌟 betcronogramaestrela 🌟 bettrabalho.

Um exemplo é a plataformaestrela 🌟 betempregos Flexa, com sedeestrela 🌟 betLondres. Seus 17 funcionários seguem padrõesestrela 🌟 bettrabalho diferentes.

A CEO da empresa, Molly Johnson-Jones, explica que seus funcionários têm a liberdadeestrela 🌟 betorganizar os diasestrela 🌟 bettrabalho com base nos horáriosestrela 🌟 betque eles se sentem mais produtivos. Alguns começam logo às 7h30 da manhã, enquanto outros não se apresentam antes das 11 horas e trabalham até a noite.

Para ela, este é o esquema ideal paraestrela 🌟 betempresaestrela 🌟 bettrabalho remoto.

"Não faz sentido que todos nós precisemos trabalhar juntos ao mesmo tempo", destaca ela. "Você consegue muito mais das pessoas se operar com base nos diferentes cronotipos."

Outro benefício deste sistema é a normalizaçãoestrela 🌟 bethorários flexíveis para os funcionários que têm filhos ou outras responsabilidades que dificultam a manutenção do horário das 9 às 5, segundo Johnson-Jones. "Ele nivela o campoestrela 🌟 betjogo."

Mas Buyens adverte que o cronotrabalho pode criar dificuldades práticas. Por mais que o sistema ofereça independência aos profissionais e a capacidadeestrela 🌟 better um diaestrela 🌟 bettrabalho não linear, os funcionários ainda precisamestrela 🌟 betalgumas "horasestrela 🌟 betconvergência" para realizar reuniões e tratarestrela 🌟 betprojetos comuns.

Eles também precisam conhecer os horáriosestrela 🌟 bettrabalho individuaisestrela 🌟 betcada colega. E os gerentes podem enfrentar dificuldades para supervisionar a produção dos funcionários e garantir que sejam líderes disponíveis e apoiem os profissionais, acrescenta o professor.

Mas, para algumas das empresas que adotaram o cronotrabalho, existem formasestrela 🌟 betcontornar essas questões.

A Flexa, por exemplo, determinou que todos os seus funcionários fiquem online no horário central das 11 às 15 horas. Isso permite que a equipe trate rapidamente das suas tarefas comuns.

Outras empresas usam software para gravar reuniões e enviá-las para os membros da equipe que não estiveram presentes, o que ajuda a conectar as pessoas durante o horárioestrela 🌟 bettrabalho não sincronizado.

Johnson-Jones acredita que os benefícios superamestrela 🌟 betmuito as dificuldades. "Conseguimos mais das pessoas, que serão mais produtivas se puderem trabalhar segundo seus próprios cronotipos."

"Algumas pessoas são matutinas, outras preferem a noite e ainda outras estão no meio-termo. Somos todos diferentes e não se pode esperar que todos nós tenhamos sucesso nas mesmas condições."

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Worklife.