Fim das bananas? Por que alguns vegetais correm riscoblaze acessarextinção, segundo livro:blaze acessar

Retratoblaze acessarDan Saladino sorrindo timidamenteblaze acessarfrente a fundo com tecido

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Legenda da foto, 'Comemos apenas um tipoblaze acessarbanana, embora existam 2.000 variedadesblaze acessarbanana', alerta Dan Saladino

Em seu livro Eating to Extinction (“Comendo até a extinção”), Saladino viajou para vários cantos do planeta para conhecer comunidades que cultivam e preparam alimentos tão únicos e ameaçados quanto seus estilosblaze acessarvida.

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O Que Significa "Over 2 Gols" blaze acessar {k0} Apostas?

"Over 2 Gols" blaze acessar {k0} apostas é um termo específico que significa que você está apostando que o número total blaze acessar gols marcados blaze acessar {k0} um determinado jogo será superior a dois. Isso pode ser blaze acessar {k0} qualquer esporte coletivo, como futebol ou hóquei no gelo, onde é esperado que haja mais blaze acessar dois gols no jogo.

Quando e Onde Fazer Essa Aposta?

Essa aposta pode ser encontrada blaze acessar {k0} muitas casas blaze acessar apostas online, mas geralmente é oferecida antes do início do jogo. No entanto, alguns sites podem aceitar apostas ao vivo para jogos selecionados. Em geral, este tipo blaze acessar aposta se aplica a quase todos os esportes coletivos onde há gols ou pontos, mas é mais comum blaze acessar {k0} jogos blaze acessar futebol ou hóquei no gelo.

Impacto e Consequências

Ao fazer esse tipo blaze acessar aposta, é importante saber que os resultados do jogo podem variar muito. Embora seja provável que haja mais blaze acessar dois gols blaze acessar {k0} partidas como essas, nunca há garantias. Portanto, sempre é uma boa ideia colocar apenas o que está disposto a perder, e nunca se arriscar a nada que seja necessário blaze acessar {k0} outro lugar.

O Que Virá Depois?

Se você estiver interessado blaze acessar {k0} apostar blaze acessar {k0} "Over 2 Gols", verifique se a casa blaze acessar apostas blaze acessar {k0} que está cadastrado oferece essa opção. Em seguida, tente entender plenamente as regras desse tipo blaze acessar aposta antes blaze acessar colocar dinheiro e tente até mesmo estudar um pouco as estatísticas anteriores das partidas para ter uma melhor ideia do que pode acontecer.

Perguntas Frequentes

Posso fazer essa aposta durante o jogo?
Isso depende realmente da casa blaze acessar apostas online com a qual você está trabalhando. Algumas casas blaze acessar apostas online não tem problemas blaze acessar {k0} aceitar apostas ao vivo blaze acessar {k0} jogos selecionados.
Isso tem algo haver com um time blaze acessar {k0} particular?
Não, a aposta "Over 2 Gols" é sobre o número total blaze acessar gols, independente do time que os marcar.
Preciso colocar muito dinheiro nisso?
Nunca se arrisque blaze acessar {k0} colocar algo que já não possa permitir-se perder.

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O jornalista alerta para "a imensidão do que estamos perdendo" e afirma que o nosso atual sistemablaze acessarprodução alimentar altamente intensivo "está contribuindo para a destruição do planeta".

Dan Saladino conversou com a BBC News Mundo, o serviçoblaze acessarespanhol da BBC, durante o festival Hay Festivalblaze acessarCartagena 2023, realizado na Colômbia entre 26 e 29blaze acessarjaneiro.

Na entrevista, ele defendeu que os alimentos ameaçados compõem um verdadeiro tesouro, alertou para os riscosblaze acessarum mundo cada vez mais uniforme e deu sugestões do que fazer para combater a perda da diversidade.

Confira os principais trechos da entrevista.

Tubérculosblaze acessarcesto

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Legenda da foto, Variedades do tubérculo oca nos Andes bolivianos
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Fim do Que História!

blaze acessar BBC - Como você começou a coletar históriasblaze acessaralimentos ameaçadosblaze acessarextinção?

blaze acessar Dan Saladino - Em 2007, comecei a trabalharblaze acessarum programablaze acessarrádio da BBC sobre alimentos chamado Food Programme, que existe há maisblaze acessar40 anos e se concentra na cultura, ciência e economia dos alimentos.

E o primeiro programa que fiz me levou para a Sicília. Fui lá esperando contar a colheitablaze acessarcítricosblaze acessartomblaze acessarfesta. Minha família vem da Sicília e eu sabia que as frutas cítricas vinham impactando a cultura, a paisagem e a identidade da ilha por milharesblaze acessaranos.

Mas, ao conversar com produtores das típicas laranjas da Sicília, eles me disseram que estavam colhendoblaze acessarúltima safra, porque com a demanda por variedades importadas, os pequenos agricultores não podiam mais continuar.

blaze acessar BBC - Foi ali que você descobriu a iniciativa que inspirou o seu livro, o projeto blaze acessar Ark of Taste blaze acessar ?

blaze acessar Saladino - Na Sicília, também fui convidado para uma refeiçãoblaze acessarum povoado chamado Lentini, onde todos os pratos tinham laranjas tradicionais como ingrediente. Lá, conheci um dos fundadores do movimento slow food, que tinha vindo do norte da Itália.

Ele me disse que as típicas laranjas sicilianas que crescem nas encostas do vulcão Etna seriam incluídas no catálogo do Ark of Taste (“Arca dos Sabores”). Eu nunca tinha ouvido falar naquilo. É como uma Arcablaze acessarNoé, mas com alimentos ameaçados.

A lista inclui hoje maisblaze acessar5.500 alimentos ameaçadosblaze acessarextinçãoblaze acessarcercablaze acessar150 países, incluindo muitos nas Américas.

Foi assim que entrei no assunto dos alimentosblaze acessarextinção e me apaixonei por esse tesouroblaze acessarhistórias.

blaze acessar BBC - Algoblaze acessarque gostei muito no livro é que ele nos faz ver os alimentos ameaçados não apenas como fontesblaze acessarnutrição, mas como históriasblaze acessarinovação e sobrevivência,blaze acessarhabilidades aprimoradas ao longoblaze acessarmilharesblaze acessaranos, por centenasblaze acessargerações.

blaze acessar Saladino - A comida é uma lente incrível para entender o mundo.

No livro, conto a históriablaze acessarcomo surgiram esses alimentos eblaze acessarcomo eles permitiram a sobrevivênciablaze acessarcomunidadesblaze acessardiferentes paisagens e terrenos.

E como a relação com esses alimentos influenciou a identidade e a cultura dessas populações.

Então, eu vejo a comida e a bebida do pontoblaze acessarvista da inovação, da ciência, da cultura, da sobrevivência — porque a comida representa todas essas coisas.

Fachadablaze acessarprédio modernoblaze acessarmeio à neve

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Legenda da foto, O banco subterrâneoblaze acessarsementesblaze acessarSvalbard, no Ártico norueguês, preserva cópiasblaze acessarsementesblaze acessartodo o mundo

blaze acessar BBC - Uma imagem comovente no livro é aquela contada por Cary Fowler, o cientista que teve a ideiablaze acessarcriar o bancoblaze acessarsementesblaze acessarSvalbard, no Ártico da Noruega. Ele disse que muitos visitantes do bancoblaze acessarsementes saem chorando e dizendo que "as sementes são resultado do trabalhoblaze acessarmeus ancestrais e tambémblaze acessarseus ancestrais". Você vê a comida dessa maneira quase espiritual?

blaze acessar Saladino - É uma das minhas passagens favoritas do livro. As sementesblaze acessarSvalbard foram enviadasblaze acessartodo o mundo, e a incrível escala dessa diversidade é o que emociona muitas pessoas.

Essas sementes representam o esforçoblaze acessarmaisblaze acessar12.000 anosblaze acessaragricultura, com pessoas adaptando o cultivo e passando essas sementesblaze acessargeraçãoblaze acessargeração.

São nosso patrimônio, porque dependemos dessa diversidade criada por milharesblaze acessaranos. Mas poucos conhecem essas histórias.

Vemos as pinturas, esculturas e catedrais como os melhores exemplos da criatividade e visão humana, mas também devemos olhar para os alimentos ameaçadosblaze acessarextinçãoblaze acessarque falo no livro.

blaze acessar BBC - Você poderia nos dar uma ideiablaze acessarquanta diversidade perdemos na alimentação atualmente?

blaze acessar Saladino - É difícil ter dados precisos. É por isso que bancosblaze acessarsementes como ablaze acessarSvalbard são uma formablaze acessarmedir a diversidade que ainda existe.

Svalbard contém milharesblaze acessaramostras, por exemplo,blaze acessararroz, milho e muitas plantas comestíveis. Tem maisblaze acessar200.000 amostrasblaze acessartrigo. Mas os agricultores da Europa recebem uma lista com apenas dez variedadesblaze acessartrigo — que são muito semelhantes geneticamente.

O mundo tornou-se dependenteblaze acessaruma quantidade relativamente pequenablaze acessaralimentos. Existem basicamente nove culturas principais consumidas globalmente. E cercablaze acessar50% das calorias que consumimos são fornecidas por apenas três: trigo, arroz e milho.

blaze acessar BBC - No início do livro, há uma citaçãoblaze acessarRachel Carson, a famosa bióloga americana. Ela diz que a natureza criou uma grande diversidade, mas o ser humano sempre tentou simplificar essa diversidade. E você enfatiza que vivemosblaze acessarum mundo marcado pela uniformidade.

blaze acessar Saladino - Rachel Carson é merecidamente famosa por seu trabalho pioneiro alertando contra o usoblaze acessarpesticidas no livro Primavera silenciosa. Ela era uma bióloga marinha, mas reconhecia a interconexãoblaze acessartodas as coisas.

Em todo o seu trabalho, ela quis transmitir aos leitores a beleza e a necessidadeblaze acessartoda a complexidade da natureza. Os seres humanos, no entanto, têm essa tendênciablaze acessarsimplificar a natureza.

Muitas pessoas podem dizer: "Mas a minha alimentação é mais variada que a dos meus avós, vou ao supermercado e compro comidablaze acessartodo o mundo."

O problema é que estamos todos tendo a mesma experiência globalmente, comendo o mesmo tipoblaze acessarsushi ou abacate, da mesma forma que usamos as mesmas vestimentas. Comemos, por exemplo, apenas um tipoblaze acessarbanana, a Cavendish, embora existam 2.000 variedadesblaze acessarbanana.

Pratoblaze acessarcomida com salada

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Legenda da foto, Podemos ter acesso a mais tiposblaze acessaralimentos que nossos avós, mas todo o mundo está comendoblaze acessarforma muito homogênea, segundo alerta jornalista

blaze acessar BBC - Por que é tão crucial preservar a diversidade e salvar alimentos ameaçados?

blaze acessar Saladino - Na segunda metade do século 20, gerou-se essa crençablaze acessarque questões alimentares eram resolvidas com soluções tecnológicas, com a genética, com sistemasblaze acessarirrigação que utilizam muita água, insumos químicos e fertilizantes.

Mas, agora, percebemos que esse sistema alimentar homogêneo que criamos tem um custo alto e gera muitas emissõesblaze acessargasesblaze acessarefeito estufa, as quais impactam as mudanças climáticas.

Acho que precisamos ser mais humildes e reconhecer que a ciência e a tecnologia funcionamblaze acessarum nível, mas também criaram muitos problemas. E um primeiro argumento para salvar a diversidade é que talvez, no futuro, muitas soluções podem ser encontradas na diversidade genéticablaze acessaralimentos cultivados há milharesblaze acessaranos.

blaze acessar BBC - Você também traz no livro argumentos relativos à saúde.

blaze acessar Saladino – As descobertas mais recentes da nutrição enfatizam que os seres humanos evoluíram consumindo diversos alimentos. Precisamos da diversidade para a saúde da nossa microbiota intestinal.

E há também outro argumento, que para mim é igualmente válido: queremos mesmo viver num planeta onde a experiência humana se torna cada vez mais uniforme?

Tratorblaze acessarplantação

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Legenda da foto, 'Na segunda metade do século 20, gerou-se essa crençablaze acessarque questões alimentares eram resolvidas com soluções tecnológicas', explica Saladino

blaze acessar BBC - No livro, você garante que o atual sistemablaze acessarproduçãoblaze acessaralimentos está contribuindo para a destruição do planeta. Poderia nos explicar isso?

blaze acessar Saladino - Houve várias mudanças na agricultura no século 20, por exemplo, com a invenção do processo chamado Haber-Bosch para produzir fertilizantes sintéticos, ou o surgimento das monoculturas.

Vastas faixasblaze acessarbiodiversidade estão sendo perdidas à medida que essa formablaze acessaragricultura se espalha pelo mundo. Os solos foram esgotados e os aquíferos, lagos e rios foram contaminados. Por isso, eu digo que nosso atual sistemablaze acessarproduçãoblaze acessaralimentos tem um custo muito alto.

O positivo, claro, é que a fome foi afastada enquanto a população mundial dobrou desde a décadablaze acessar1970. Mas não podemos continuar da mesma maneira. Até os protagonistas da chamada Revolução Verde, como Norman Borlaug, reconheceram isso.

Borlaug disse que esse sistema muito intensivo teve uma vida útil relativamente curta e nos deu tempo para elaborar uma estratégiablaze acessarlongo prazo. E acho que é onde estamos agora.

Grandes mentes da agricultura e da ciência estão tentando criar sistemasblaze acessarproduçãoblaze acessaralimentosblaze acessarmaior harmonia com a natureza,blaze acessarprol da nossa saúde e da saúde do planeta.

blaze acessar BBC – Falemosblaze acessaralguns exemplosblaze acessaralimentos ameaçados citadosblaze acessarseu livro, como o milho olotonblaze acessarOaxaca, no México.

blaze acessar Saladino - Este milho é um exemplo fascinanteblaze acessarquão diversas são as plantas e quão grande é a plasticidade genética deste cultivo. Quando botânicosblaze acessaroutros países exploraram as partes montanhosasblaze acessarOaxaca desde o final dos anos 1970, possivelmente antes, encontraram esse milho extremamente incomum, muito alto e com raízes aéreas que pingavam algo como um muco.

Este milho é cultivado há gerações pela comunidade Mixeblaze acessaraltitudes elevadas eblaze acessarterrenos pouco promissores para a agricultura.

Só nos últimos três ou quatro anos surgiu a tecnologia para analisar o muco desse milho. Foi possível constatar que ele contém bactérias que ajudam a fixar o nitrogênio do ar.

Este milho mostra como uma comunidade pode cultivar alimentos sem fertilizantes. E a produçãoblaze acessarfertilizantes requer a queimablaze acessargrandes quantidadesblaze acessarcombustíveis fósseis.

É uma história que mostra como a diversidade pode ajudar na segurança alimentar futura.

blaze acessar BBC - No livro, você também fala sobre a perdablaze acessarvariedadesblaze acessarmilhoblaze acessardecorrência do Tratado Norte-Americanoblaze acessarLivre Comércio (Nafta, na siglablaze acessaringlês).

blaze acessar Saladino - O Nafta existe desde a décadablaze acessar1990 e é um exemploblaze acessaracordo comercial que foi importante, mas não incluiu nablaze acessaragenda pequenos agricultores ou alimentos nativos.

A entrada do milho dent maize, dos Estados Unidos, teve um impacto devastador na diversidade do milho no México.

Não se sabe quais traços genéticos importantes desapareceram sem nunca terem sido analisados.

É por isso que quero contar essas histórias, para dizer que devemos dar mais valor à diversidade.

Homem trabalhando com ferramenta na plantação

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Legenda da foto, Secagem do cacau criollo

blaze acessar BBC - Outro exemploblaze acessaralimento ameaçado abordado no livro é o cacau criollo da Venezuela.

blaze acessar Saladino - Fui à Venezuela para conhecer María Fernanda di Giacobbe, que está fazendo um trabalho pioneiro para resgatar esse cultivo.

O primeiro cacau que chegou à Europa veio da Venezuela e mudou o paladarblaze acessargrande parte do mundo.

Mas, devido à ascensão da indústria do petróleo no século 20, os investimentos no cacau criollo pararam, os agricultores não recebiam mais bons pagamentos e a diversidade genética começou a ser perdida. María Fernanda embarcou entãoblaze acessaruma missão,blaze acessarum contextoblaze acessarcolapso econômico, para resgatar tradições e variedades genéticas do cacau.

Ela trabalha com agricultores e ajuda as famílias no processoblaze acessartransformação do cacaublaze acessarbarrasblaze acessarchocolate para aumentar a renda delas.

Assim, o reconhecimento da diversidade pode ser um importante recurso econômico.

blaze acessar BBC - E o sabor desse chocolate é diferente?

blaze acessar Saladino - Sim, esse cacau foi muito valorizado quando chegou na Europa por ter um sabor mais delicado, menos amargo. Hoje muito açúcar é adicionado na produçãoblaze acessarchocolate.

Mas o cacau criollo permite um produto com perfil único, sabor equilibrado e harmonioso.

blaze acessar BBC - As mudanças climáticas estão tornando mais urgente a necessidadeblaze acessarpreservar alimentos ameaçados?

blaze acessar Saladino - Uma história que conto no livro é a do café. Em 2014, muitas plantações da variedade arábica foram devastadas por um fungo.

Foi uma lição sobre a fragilidade das duas principais espécies cultivadas: arábica e robusta.

A solução, apontam, é uma maior diversidade nos tiposblaze acessarcafé cultivados. Por exemplo, uma espécie da África chamada Coffea stenophylla [que tolera temperaturas mais altas do que outras espécies] mostra como a diversidade pode nos ajudar a enfrentar os desafios do futuro.

Mão segurando frutosblaze acessarcafé

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Legenda da foto, Cercablaze acessar60% das espécies silvestresblaze acessarcafé estão ameaçadasblaze acessarextinção, segundo estudo do Kew Gardens,blaze acessarLondres

blaze acessar BBC - No epílogoblaze acessarseu livro, você mostra o que pode ser feito para salvar alimentos ameaçadosblaze acessarextinção e impedir a perdablaze acessardiversidade. Uma das recomendações trata do problema dos subsídios agrícolas. O quão ruim eles são?

blaze acessar Saladino - Não digo no livro que os cercablaze acessartrinta alimentos ameaçadosblaze acessarextinção que eu analiso alimentarão o mundo. Mas eu digo que precisamosblaze acessarmúltiplos sistemas agrícolas. Existe lugar para a tecnologia, mas ao mesmo tempo precisamosblaze acessarum sistema onde a diversidade possa prosperar.

E é extremamente difícil que isso aconteça por causa dos bilhõesblaze acessardólaresblaze acessarsubsídios agrícolas que sustentam o sistema atual e favorecem as três culturas dominantes que mencionei anteriormente.

Temos que ser mais criativos na produçãoblaze acessaralimentos.

Há outras histórias no livro que são exemplosblaze acessaralimentos que podem ter um enorme potencial, mas este sucesso só vai se concretizar com investimentos.

blaze acessar BBC – Outra recomendação que você dá é que as pessos pensem "como um hadza". Você poderia nos explicar isso?

blaze acessar Saladino – Os hadza, na Tanzânia, representam uma parte importante da nossa história como humanos. Eles são caçadores-coletoresblaze acessarum dos locais onde o Homo sapiens evoluiu na África.

Eles têm uma grande diversidade na dieta, com um cardápio que pode incluir até 800 espéciesblaze acessarplantas e animais.

Eles ilustram que a diversidade é crucial. E, além disso, sobrevivem porque têm um conhecimento íntimo da natureza.

Claro que nunca mais seremos caçadores-coletores, mas acho que eles podem nos inspirar a construir uma conexão mais forte com a natureza, a ter mais consciênciablaze acessarque somos extremamente dependentes dela.

Os hadza entendem isso e nós devemos entender também.

Pessoa coletando frutoblaze acessarplanta

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Legenda da foto, Os hadza na Tanzânia têm um cardápio que pode incluir maisblaze acessar800 espéciesblaze acessarplantas e animais

blaze acessar BBC - O que você gostaria que os leitores tivessemblaze acessarmente na próxima vez que cozinhassem alguma coisa ou se sentassem dianteblaze acessarum pratoblaze acessarcomida?

blaze acessar Saladino - Quaisquer que sejam os ingredientes que você esteja usando, gostariablaze acessarconvidá-lo a parar por um momento e pensar que há uma história por trás desse ingrediente, uma históriablaze acessarmilhares e milharesblaze acessaranosblaze acessaragricultores que adaptaram o cultivo para que ele chegasse ao seu prato. Conhecer essa história é importante.

Também os convidaria a comprar outra variedade deste ingrediente, com visual e sabor diferentes,blaze acessaruma próxima oportunidade.

E convido todos também a estabelecer contato com quem produz seus alimentos.

No livro, conto a históriablaze acessarum agricultor chinêsblaze acessarmaisblaze acessar70 anos que cultiva uma variedade ameaçadablaze acessararroz vermelho.

Quando perguntei como ele conseguia vender o produto, ele pegou o celular e me mostrou como se comunicava com os consumidoresblaze acessarPequim por meio do Wechat, que é como o WhatsApp na China.

Com a tecnologia moderna, é possível conectar-se com as pessoas que cultivam nossos alimentos e incentivá-las a fornecer mais diversidade no futuro.