Quem é Ismail Haniyeh, líder do Hamas morto no Irãroleta aovivoataque que grupo atribui a Israel :roleta aovivo

Considerado um dos principais líderes do Hamas, Ismail Abdel Salam Haniyeh foi morto na madrugadaroleta aovivoquarta-feira (31/7) numa residênciaroleta aovivoTeerã, no Irã. Ele havia viajado ao país para acompanhar a posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.

Segundo um comunicado do Hamas, o ataque foi conduzido por Israel.

Em um pronunciamento televisivo nesta quarta, o primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu não citou a morteroleta aovivoHaniyeh, mas afirmou que Isreal deu "golpes esmagadores" no Hamas.

"Há ameaças vindasroleta aovivotodas as direções. Estamos preparados para qualquer cenário e permaneceremos unidos e determinados contra qualquer ameaça", afirmou Netanyahu. "Israel cobrará um alto preço por qualquer agressãoroleta aovivoqualquer arena", afirmou o primeiro-ministro.

O assassinato ocorre apenas algumas horas depoisroleta aovivoum ataque israelense matar um importante comandante do Hezbollah,roleta aovivoBeirute, no Líbano,roleta aovivoretaliação pelo lançamentoroleta aovivoum foguete que matou 12 pessoas nas Colinasroleta aovivoGolã, território ocupado por Israel.

A morteroleta aovivoHaniyeh pode ter consequências importantes e potencialmente alastrar o conflito pelo Oriente Médio, segundo especialistas.

O assassinato aproxima a regiãoroleta aovivouma guerra total, avalaia Nader Hashemi, professorroleta aovivoEstudos do Médio Oriente na Universidaderoleta aovivoGeorgetown.

"Penso que também tem impacto nos acontecimentos no Líbano porque apenas algumas horas antes Israel tentou assassinar um líder importante do Hezbollah no sulroleta aovivoBeirute. Acreditava-se que Irã e o Hezbollah não estavam interessados ​​numa escalada."

Mas o assassinatoroleta aovivoHaniyeh alterou esses cálculos, acrescenta. “Agora o Irã tem todos os incentivos para tentar escalar este conflito.”

Alguns meses atrás,roleta aovivo11roleta aovivoabril, Ismail Haniyeh já havia sofrido um duro golperoleta aovivoIsrael. Três dos seus filhos e dois netos foram mortosroleta aovivoataque das Forçasroleta aovivoDefesaroleta aovivoIsraelroleta aovivoGaza. O Exército israelense afirmou que os três irmãos eram “militares do Hamas” e confirmou que eles foram mortos, dizendo que foram “eliminados”.

Na época, Haniyeh, também conhecido como “Abu Al-Abd”, disse à rederoleta aovivotelevisão Al Jazeera que recebeu a notícia enquanto visitava palestinos feridos que haviam sido transferidos para a capital do Catar para tratamento.

Ele disse que agradeceu a Deus pela “honra que me foi concedida pelo martírio dos meus filhos e netos” e garantiu que isso não afetaria o posicionamento do Hamas nas negociações do grupo com Israel sobre um cessar-fogoroleta aovivoGaza.

“O inimigo tem ilusões se pensa que atacar os meus filhos, no auge das negociações e antesroleta aovivoenviarmos a resposta, levará o Hamas a mudar seu posicionamento”, disse ele à Al Jazeera

“O sangue dos meus filhos não é mais valioso do que o sangue do nosso povo”, acrescentou Haniyeh.

Aquela não era a primeira vez que a família do líder do Hamas é atingida por Israel. Sabe-se que outroroleta aovivoseus filhos morreuroleta aovivofevereiro, enquanto seu irmão e sobrinho foram mortosroleta aovivooutubro, seguidos por um netoroleta aovivonovembro.

Mas quem foi Haniyeh e qual a relevância dele para a guerraroleta aovivoGaza?

A ascensãoroleta aovivoHaniyeh

Haniyeh viveu exilado no Catar nos últimos anos, incluindo os meses que se seguiram ao ataqueroleta aovivoHamas a Israel que desencadeou um conflitoroleta aovivogrande escalaroleta aovivoGaza.

O líder político do Hamas tinha 62 anos e nasceuroleta aovivoum dos camposroleta aovivorefugiados palestinosroleta aovivo1962.

Ele se envolveu na causa palestina desde muito jovem. Em 1989 foi preso por Israel e, após três anosroleta aovivoprisão, exilou-se com vários líderes do Hamasroleta aovivoMarj al-Zuhur, uma “terraroleta aovivoninguém” na fronteira entre o Líbano e o território palestino da Cisjordâniaroleta aovivo1992.

Depois desse ano no exílio, ele voltou à Gaza eroleta aovivo1997 foi nomeado cheferoleta aovivogabinete do xeque Ahmed Yassin, líder do Hamas, o que fortaleceuroleta aovivoposição no movimento islâmico.

Em fevereiroroleta aovivo2006, o Hamas o nomeou primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), a organização política que governa os territórios palestinos,roleta aovivoum acordo com o Fatah, um grupo político palestino rival do Hamas.

Um ano depois, Haniyeh foi removido do cargo pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, quando a votação que elegeu o Hamas para o controleroleta aovivoGaza foi considerada inválida pelo Fatah. Então as Brigadas al-Qassam (o braço armado do Hamas) assumiram violentamente o controleroleta aovivoGaza, expulsando o Fatah da região.

O Fatah passou a ter o controle político apenas da Cisjordânia, embora oficialmente estivesse no controle da ANP, que teria autoridade sobre todos os territórios palestinos.

No entanto, na prática, Haniyeh continuou sendo o líderroleta aovivoGaza, cargo que deixariaroleta aovivo2014.

Anos mais tarde,roleta aovivo6roleta aovivomaioroleta aovivo2017, ele foi eleito chefe político do Hamas, considerada a posição mais alta na estrutura do grupo.

Pouco depois ele se exilou no Catar, onde o Hamas tem uma espécieroleta aovivoembaixadaroleta aovivoonde foram realizadas algumas negociações com Israelroleta aovivocrises anteriores.

O Departamentoroleta aovivoEstado dos EUA tinha Haniyeh naroleta aovivolistaroleta aovivoterroristas procurados.

Embora Haniyeh tenha liderado a organização remotamente nos últimos anos, o controleroleta aovivoGaza é relegado a Yahya Sinwar, enquanto Mohamed Deif lidera as Brigadas Al Qassam ao ladoroleta aovivoMarwan Issa.

Apesar da retórica bélica, Haniyeh era considerado por especialistas como mais moderado que Sinwar e Deif.

Também são considerados líderes proeminentes os fundadores do Hamas Khaled Meshaal e Mahmoud Zahar.