A desconhecida revolta popular armada que barrou o primeiro censo no Brasil,poker mini1852:poker mini

Ilustraçãopoker minihomens e mulheres lavradores, com armas nas mãos e rasgam papeis - no caso, os decretos estatísticos do Império

Crédito, Kako Abraham/BBC

Legenda da foto, Homens e mulheres pobres se armaram, ocuparam vilas e ameaçaram autoridades para impedir que o Censo e o Registropoker miniNascimentos e Óbitos fosse iniciado no Brasil

Para protestar contra os decretos, manifestantes se aglomerarampoker minivoltapoker minidelegacias e prédios do Poder Executivo, rasgaram cópias dos documentos e impediram que fossem lidos, afixados e implementados. Em alguns casos, ameaçarampoker minimorte funcionários públicos e até membrospoker miniforçaspoker minisegurança.

"O motivo pelo qual o povo se ostenta tão descontente e ameaçador é porque diz que (os decretos) têm por fim escravizar seus filhos, visto que os ingleses não deixam mais entrar africanos (no Brasil)", escreveu o juizpoker minipazpoker miniSanto Antão,poker miniPernambuco, ao presidente da província, no iníciopoker mini1852 - segundo documentação encontrada pelo historiador Guillermo Palacios.

Naquele momento, a sociedade escravocrata brasileira passava por uma grande transformação. Em 1850, o tráficopoker miniafricanos escravizados havia sido proibido pela Lei Eusébiopoker miniQueiroz. "A importaçãopoker miniescravos no território do Império fica nele considerada como pirataria", decretava a lei.

Assim, fechava-se a principal formapoker miniaquisiçãopoker minipessoas escravizadas, que foi responsável pela entradapoker mini4,8 milhõespoker miniafricanos no Brasil, ao longopoker minitrês séculos e meio - nenhum outro local no mundo traficou tanta gente assim.

Qual seria, então, a nova formapoker miniobter mãopoker miniobra no Brasil? Ninguém sabia. E se o Império quisesse escravizar brasileiros pobres, negros e pardos?

Afinal, a escravidão ainda era permitida no Brasil. O tráfico não havia acabado porque a sociedade brasileira reivindicava a liberdade dos escravos, mas, sim, por causa da pressão feita pela Inglaterra.

Pouco depois do fim do tráfico, vieram os decretos estatísticos. Então, logo proliferou a crençapoker minique o objetivo real do Estado era saber quem eram as pessoas pobres e livres (especialmente, negros e pardos) e transformá-laspoker mininovos escravos.

"Os indivíduos mais incautos têm chegado a acreditar que o objetivopoker minisemelhante decreto é captivar (escravizar) os homenspoker minicor", informou o juizpoker miniVitória,poker miniPernambuco.

Sertanejo no sertãopoker miniPernambuco,poker minidesenhopoker miniCharles Landseer, datadopoker mini1825-26

Crédito, Arquivo digital da Biblioteca Nacional

Legenda da foto, Nordestinos pobres se rebelaram contra os decretos estatísticos; na imagem, um sertanejo no interiorpoker miniPernambuco

Manifestantes 'zumbiam' feito abelhas e marimbondos

O Império argumentava que era essencial ter dados mais fidedignos sobre a população do Brasil. Na época, era a Igreja católica que registrava os nascidos e mortos, vinculados aos sacramentospoker minibatismo e extrema unção. Essas informações deveriam, a seguir, ser enviadas para o governo central.

Porém, "há imperdoável desleixo da maior parte dos párocos", reclamou o ministro e secretáriopoker miniNegócios do Império,poker minirelatório para o Legislativo,poker mini1850. Segundo ele, apenas Maranhão e Espírito Santo haviam mandado dados detalhados.

A justificativa não colou entre a população que, indignada, foi para a rua para protestar. Mário Melo, o primeiro historiador a tratar da revolta,poker mini1920, afirmou que manifestantes zumbiam como insetos agitados. Por isso, resolveu apelidar o eventopoker mini"rumor das abelhas" ou "guerra dos marimbondos" - como é conhecida até hoje.

Durante a revolta, há registrospoker minique manifestantes enfrentaram e desarmaram forçaspoker minisegurança locais, tomando povoados e vilas. Em Pernambuco, por exemplo, Limoeiro foi ocupada por cercapoker mini500 pessoas, Guaranhuns por 300 e Jaboatão por outros 400 homens armados.

Um juizpoker minipaz chegou a ser mortopoker miniPernambuco,poker mini1˚poker minijaneiro, para evitar o início da aplicação do regulamento do registro civil.

Delegados, juízespoker minipaz, presidentespoker miniprovíncia e senhorespoker miniengenho ficaram aterrorizados. Nas correspondências oficiais da época, relatavam dificuldades para deter a multidãopoker mini"pobres", "povo miúdo", "população menos abastada, ignorante e supersticiosa", "gente da última ralé" - como foram chamados os manifestantes.

"O clima entre as autoridades erapoker minimedo. Governantes escreviam desesperados ao presidente da província solicitando apoio", explica a mestrepoker minihistória Renata Saavedra, que pesquisou sobre a guerra dos marimbondos.

"Um ofício do Quartel do Destacamentopoker miniVitória,poker miniPernambuco, declara que 'não há munição' para lutar contra os revoltosos e que 'todos os dias esperamos por algum assalto', destacando que 'mesmo as mulheres andam todas armadaspoker minifacapoker miniponta, facões, canivetes e navalhas'", completa Saavedra.

Fim do tráficopoker miniescravos africanos,poker mini1850, abalou as estruturaas da escravidão no Brasil; na imagem, mulheres escravizadas recém-chegadas da África são inspecionadas

Crédito, Arquivo digital da Biblioteca Nacional

Legenda da foto, Fim do tráficopoker miniescravos africanos,poker mini1850, abalou as estruturaas da escravidão no Brasil; na imagem, mulheres escravizadas recém-chegadas da África são inspecionadas

Grupos armados, invasão a engenhos, missas interrompidas

Os protestos começaram alguns meses depois da publicação das regras do Censo e do Registro Civil. Em novembropoker mini1851, por exemplo, houve registropoker miniagressão a um delegadopoker miniAlagoas por um grupopoker mini"amotinados" contrários aos decretos. A seguir, no começopoker minidezembro, atospoker minirebeldia se multiplicaram por Pernambuco.

Aindapoker mini1851, juízes e delegados comunicaram seus superiores sobre a formaçãopoker minigrupospoker minimanifestantes armados,poker miniacordo com correspondências da época encontradas pela pesquisadora Renata Saavedra no Arquivo Nacional do Rio. Em alguns casos, pediram reforçospoker minisegurança. Em comum, os protestos pareciam ser espontâneos, sem líderes, o que tornava difícil combatê-los.

Em Pau D'Alho, Pernambuco, uma "porçãopoker minigente armada" dizia que "quem primeiro morre é o Vigário e o Escrivão" caso houvesse qualquer tentativapoker miniaplicar os decretos, segundo carta enviada pelo subdelegado local,poker minidezembro. Outro delegado pernambucano, escreveu: "Já se apresentam maispoker miniquarenta indivíduos armados para se oporem à fixação do edital, número muito superior ao destacamento desta cidade".

Tambémpoker minidezembro, um senhorpoker miniengenho pediu ajuda às autoridades. Segundo ele, os manifestantes mandavam emissários para "seduzir os moradores dos engenhos da minha casa, para lutarem contra a minha vida dizendo-lhes que os filhos deles,poker miniquem ultimamente fui padrinho, estarão lançados no livro do Vigário como meus escravos" - o livro do vigário, no caso, se refere ao registropoker mininascimentos.

A Igreja católica, na época muito próxima do Estado, também foi alvo dos protestos. Em muitos lugares, os "papéis da escravidão" seriam lidos à população durante a missapoker mini1˚poker minijaneiro. Por isso, manifestantes impediram a realizaçãopoker minidiversas cerimônias.

Na Paraíba, "até as mulheres armadaspoker minipedras esperavam que nas missas se lesse a lei da escravidão para romperem-nas",poker miniacordo com a historiadora Maria Luiza Ferreirapoker miniOliveira, professora da Universidade Federalpoker miniSão Paulo.

Apesar do pânico das autoridades, "a ordem era apoker minique os governantes 'abafassem' os ataques e comunicassem que a província 'gozapoker minipaz'. O discurso oficial buscava reduzir o levante a boatos, espalhados por 'noveleiros', 'partospoker miniimaginações esquentadas'", explica Saavedra.

Na virada para 1852, os ânimos se exaltaram ainda mais. Em diversas províncias do Nordeste, o cenário erapoker minicaos.

Em 2poker minijaneiro, o diretor do censo provincialpoker miniPernambuco escreveu um apelo para seus subordinados: "Constando-se que homens inexpertos tem cometido atos violentos e vociferam contra o decreto 797 (do Censo), venho rogar a vossa senhoria que empregue todos os esforçospoker miniesclarecê-los".

O objetivo deveria ser mostrar "que não só a lei do censo, senão a do registropoker mininascimentos e óbitos não são atentatórias aos direitos dos cidadãos, mas pelo contrário, concorrem poderosamente para o progresso civilizador do país". A carta também foi encontrada por Saavedra.

Crianças alforriadas no final do século XIX,poker minifotopoker miniestúdio,poker miniPorto Alegre

Crédito, Acervo do Museupoker miniPorto Alegre Joaquim Felizardo

Legenda da foto, Manifestantes temiam que seus filhos fossem escravizados para suprir lacunapoker minimãopoker miniobra gerada pelo fim do tráfico africano; na imagem, duas crianças alforriadaspoker miniPorto Alegre

Tambémpoker miniPernambuco, o secretáriopoker miniPolícia instruiu os delegados regionais que os manifestantes fossem convencidospoker minique os decretos não visavam "destruir a liberdade, mas pelo contrário, a garanti-la, fazendo com que se multipliquem mais os títulos pelos quais se prova que alguém nasceu livre", diz carta encontrada pelo historiador mexicano Guillermo Palacios, autor da principal pesquisa sobre a guerra dos marimbondos.

Jápoker mini26poker minijaneiro, o jornal Diáriopoker miniPernambuco publicou: "O nosso povo do interior caiu no deplorável e repreensível excessopoker minitentar opor-se à execução do regulamento com armas nas mãos (...) pondopoker minifuga algumas das autoridades, prendendo outras, e atirando sobre a tropa que para ali se dirigira com o fimpoker minicoibir os seus desatinos (...) conflito que resultou na mortepoker minidois soldados, assim como alguma perda da parte dos sublevados".

Por que o foco foi no Nordeste? Em primeiro lugar, o Nordeste já vinha vivendo uma dinâmicapoker miniprotesto e conflito. Entre 1848 e 1850, por exemplo, Pernambuco foi palco da Revolução Praieira, que defendia ideais federalistas, ou seja, mais autonomiapoker minirelação ao poder central. Outras revoltas na região foram a Cabanada,poker miniPernambuco e Alagoas, a Sabinada, na Bahia, a Balaiada, no Maranhão.

Além disso, diz Guillhermo Palacios, o Nordeste estava prestes a enfrentar uma escassezpoker minimãopoker miniobra. Muitos dos escravos da região haviam sido vendidos para o Sudeste - para abastecerpoker minimãopoker miniobra a cultura do cafépoker miniSão Paulo e os serviços urbanos do Riopoker miniJaneiro, capital do Brasil na época.

No entanto,poker minimeados do século 19, a cana-de-açúcar nordestina voltou a se expandir, demandando trabalhadores. Por outro lado, o algodão, plantado por agricultores pobres, entroupoker minicrise. "Essa pressão do mercado certamente influiu no temor dos pobres e livrespoker miniestarem ao pontopoker minivirar a bola da vez", afirma Palacios.

A instabilidade da liberdade no Brasil imperial

Ser negro ou pardo livrepoker miniuma sociedade escravista era muito difícil. Por causa da cor da pele, as pessoas eram frequentemente enquadradas por forçaspoker minisegurança sob a suspeitapoker miniserem escravos fugidos. Ex-escravos que haviam conquistado a liberdade ainda corriam o riscopoker miniserem alvopoker miniações na Justiça para serem reescravizados.

"Cotidianamente, ocorriam inúmeros casospoker minireescravização", explica Saavedra. "A resistênciapoker minimuitos homens e mulheres à escravidão, portanto, tinha que ser permanente". Nesse contexto, os decretos estatísticos foram vistos como mais uma ameaça à liberdade.

O que mais alimentava as suspeitas era uma enorme coincidênciapoker minidatas. O fim do tráfico havia sido assinadopoker mini4poker minisetembropoker mini1850. Apenas dois dias depois,poker mini6poker minisetembropoker mini1850, o governo publicou um decreto autorizando despesas "para levar a efeito, no menor prazo possível, o Censo geral do Império e, outrossim, para estabelecer registros regulares dos nascimentos e óbitos anuais".

Então,poker minijunhopoker mini1851, foram publicadas,poker minifato, as regras do Censo e do registropoker mininascimentos e óbitos.

O decreto do Censo estabelecia que cada família deveria preencher uma ficha cadastral, com endereço e dadospoker minicada membro - quem não fizesse isso poderia ser punido por desobediência.

Nessa ficha, era obrigatório informar a condiçãopoker minicada pessoa: nascida livre, liberta (ou seja, alguém que nasceu escravo, mas depois obteve a liberdade) ou escrava. Já se a pessoa fossepoker miniorigem indígena, seria preciso especificar "a tribo a que pertence".

Escravos trabalhampoker miniuma plantaçãopoker minicafé no Brasil

Crédito, The New York Public Library

Legenda da foto, Tanto escravos como pessoas pobres livres trabalhavam, empoker minimaioria, como lavradores

Todos também precisavam ser identificados com nome, idade, profissão ou modopoker minivida, estado civil. A exceção eram os escravos - donospoker miniescravos só precisavam indicar "o número por sexo", ou seja, quantos homens e quantas mulheres.

Já o decreto do registro civil estipulava que, quando uma criança nascesse, seriam registrados endereço, profissão dos pais e "tribo", caso fosse indígena. Se o recém-nascido fosse filhopoker minipais escravos, mas ganhasse a liberdade, essas informações deveriam constar no registro.

Assim, o Estado saberia onde viviam ex-escravos e pessoas pobres. Também saberia quando nascessem crianças nessas famílias. O que os revoltosos temiam era que essas informações fossem utilizadas para escravizá-los.

Para Guillermo Palacios, o Censo iria,poker minifato, gerar informações importantes para organizar a mãopoker miniobra no Brasil após o fim do tráfico. Afinal, o Império iria saber qual era o númeropoker minitrabalhadorespoker minipotencial do Brasil.

"Registrar e contar eram atos que procuravam mapear efetivamente os recursos humanos do Império, com vistas à nova fase que se anunciava com a suspensão do tráfico interatlânticopoker miniafricanos escravizadospoker mini1850", afirma Palacios. "A suspensão do tráfico, a lei do registropoker mininascimentos e a lei do censo eram partepoker minium mesmo pacote."

Ou seja, mesmo que o governo brasileiro não tivesse a intençãopoker miniescravizar pessoas livres no Brasil, queria saber quantas delas poderiam ser contratadas como assalariadas.

Isso era particularmente importante no Norte e Nordeste, onde as populações pobres foram utilizadas "pelas oligarquias regionais como a mão-de-obra destinada a substituir o trabalho escravo", diz o pesquisador. Já as regiões Sudeste e Sul focaram na atraçãopoker miniimigrantes europeus - sobretudo italianos - para lidar com a proibição do tráfico.

Primeiro censo foi realizado apenas 20 anos depois

Sob pressão popular,poker mini29poker minijaneiropoker mini1852, o regime imperial revogou os decretos estatísticos. Assim, o Registro Civil ficou vigente por apenas 29 dias. Já o Censo, previsto para julho daquele ano, nem chegou a sair do papel.

"A revogação resultou dos protestos e do medopoker minique eles reacendessem o fogo não completamente morto da (Revolução) Praieira. Também influiu (para a revogação) o rompimento dos limites das áreas originais dos conflitos epoker minipropagação por áreas 'nobres', sedes das grandes famílias da oligarquia", diz Palacios.

Outro fator que influenciou a revogação dos decretos foi uma falha logística do Império, que não conseguiu distribuir pelo país as fichaspoker minipapel para registrar os nascimentos e óbitos.

Segundo o decreto do Registro Civil, sem essa documentação os párocos não podiam batizar crianças ou dar a extrema unção para os enfermos. Ou seja, crianças ficaram sem batismo e mortos sem a última benção - uma heresiapoker miniuma sociedade majoritariamente católica, o que acabou acirrando a revolta.

"Os decretos não eram exequíveis dada a amplitude do território, as longas distâncias e a estrutura macrocefálica do estado, que não chegava da mesma maneira a níveis locais", afirma Saavedra.

Tabela do Censopoker mini1872 com a quantidadepoker minipessoas por condição (livre ou escravo), gênero, raça e idade

Crédito, IBGE

Legenda da foto, Tabela do Censopoker mini1872 com a quantidadepoker minipessoas por condição (livre ou escravo), gênero, raça e idade. Repare que não há escravos com até 10 meses - efeito da Lei do Ventre Livre, promulgadapoker mini1871

Apenas 20 anos depois,poker mini1872, o Brasil realizaria seu primeiro Censo. A população computada foipoker mini9,9 milhõespoker minipessoas. Dessas, 1,5 milhão era escrava (15%). Em algumas províncias, a proporçãopoker miniescravos era maior, especialmente no Riopoker miniJaneiro (31%).

Naquele momento, a escravidão já estavapoker minideclínio, devido à proibição do tráficopoker miniescravos africanos,poker mini1850, e à Lei do Ventre Livre,poker mini1871, pela qual os filhospoker miniescravos passaram a ser considerados livres. Na prática, as duas leis bloquearam todas as formaspoker miniobter novos escravos no Brasil. A tendência, então, era que a escravidão um dia acabasse por esgotamento.

Por isso, se o Censopoker mini1852 tivesse sido realizado, o percentualpoker minipopulação escrava seria muito maior - afinal, o tráfico tinha acabado havia somente dois anos e os filhospoker miniescravos ainda eram mantidos cativos.

Evidência disso é que,poker mini1872, a quantidadepoker minipessoas declaradas pretas era maior que apoker miniescravos - 20%. Ou seja, uma parte cada vez maior da população negra já não era mais escrava. Já os pardos representavam 38% dos brasileiros.

Outro dado do Censopoker mini1872 ajuda a entender o temor dos pobres livres na revolta do ronco das abelhas. Assim como os homens escravos, a maior parte dos homens livres eram lavradores. E, da mesma forma que as mulheres escravas, as mulheres livres também eram sobretudo trabalhadoras domésticas ou lavradoras.

Por isso, se o Império quisesse obter novos escravos no Brasil para desempenhar os mesmos serviços, havia uma enorme massapoker minipobres livres capazespoker miniexecutar as mesmas funções.

"A coincidência da promulgação da lei que suspendia o tráfico interatlântico com a lei que mandava contar os vivos e os mortos e, não menos importante, passar do pároco ao escrivão - isto é,poker miniDeus ao Coronel - o registropoker mininascimentos, eram certamente indicativos para as populações pauperizadas do agrestepoker minique grandes mudanças se avizinhavam", resume Palacios.

De 1872poker minidiante, o Brasil realizou outros 11 censos. A partirpoker mini1940, a pesquisa ficou a cargo do Instituto Brasileiropoker miniGeografia e Estatística (IBGE).

Ao longo desses quase 150 anos, os levantamentos revelaram mudanças intensas no país. A população, por exemplo, saltou dos cercapoker mini10 milhões, no período do Império, para 190 milhões,poker mini2010 - o último levantamento realizado.

Os censos também passaram a registrar cada vez mais dados, como rendimento, transformações no domicílio, desemprego, movimentospoker minimigração - informações usadas por todos os níveispoker minigoverno para embasar políticas públicas.

O próximo Censo será realizado pelo IBGEpoker mini2020. Devido a restrições orçamentárias no país, a expectativa é que o orçamento da pesquisa seja cortadopoker miniaté 25%. Para lidar com essa redução, uma das possibilidades discutidas é cortar o númeropoker miniperguntas feitas aos brasileiros, limitando o escopo do censo.

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