Sediar a Copacasa de aposta 20bet2010 valeu a pena para a África do Sul?:casa de aposta 20bet

Sediar a Copacasa de aposta 20bet2010 valeu a pena para a África do Sul? No mês passado, a BBC Brasil fez esta pergunta a dezenascasa de aposta 20betsul-africanos durante uma viagemcasa de aposta 20betdez dias pelos arredorescasa de aposta 20betJohanesburgo e da Cidade do Cabo, duas das mais populosas cidades do país.

Foram questionados moradorescasa de aposta 20betáreas ricas e pobres; brancos, negros e mestiços; fanáticos por futebol e pessoas que não dão a mínima para o esporte.

Quase todos disseram que, apesar dos gastos bilionários e do frustrante desempenho da seleção anfitriã – eliminada ainda na primeira fase do evento –, sediar a Copa foi um bom negócio para o país.

As razões para a resposta variaram conforme o grupo indagado. Enquanto alguns citaram efeitos imateriais do torneio – como um certo sentimentocasa de aposta 20betunidade nacional gerado pelo evento –, outros destacaram melhorias urbanas associadas à Copa.

Impulso ao futebol

Num campocasa de aposta 20betterracasa de aposta 20betSoweto, cidade próxima a Joanesburgo, onde foi disputada a final do Mundialcasa de aposta 20bet2010, jovens negros disseram que a Copa impulsionou o futebol no país.

Ainda que o futebol seja o esporte preferido da maioria dos sul-africanos, a seleção local jamais teve conquistas internacionais comparáveis às da equipe sul-africanacasa de aposta 20betrúgbi.

O timecasa de aposta 20betrúgbi venceu a Copa do Mundo duas vezes – a primeira delascasa de aposta 20bettorneio disputado na própria África do Sul,casa de aposta 20bet1995.

Já a maior conquista da seleçãocasa de aposta 20betfutebol sul-africana foi um título da Copa Africanacasa de aposta 20betFutebol,casa de aposta 20bet1996.

Para Sihle Mnyatheli,casa de aposta 20bet15 anos, após a Copacasa de aposta 20bet2010, o futebol ganhou maior respaldocasa de aposta 20betautoridades desportivas e governamentais no país. Desde então, afirma ele, mais jogadorescasa de aposta 20betfutebol se profissionalizaram na África do Sul.

Martin Modluli,casa de aposta 20bet17 anos, diz ainda que o Mundial fortaleceu e modernizou as ligas locaiscasa de aposta 20betfutebol amador. Após o torneio, segundo Modluli, jogadores como ele ganharam a liberdadecasa de aposta 20bettrocarcasa de aposta 20bettime sem a necessidadecasa de aposta 20betaval do técnico.

União nacional

Num campocasa de aposta 20betrúgbicasa de aposta 20betuma das universidades mais caras da África do Sul, frequentada principalmente por sul-africanos brancos, a maioria dos entrevistados também disse acreditar que a Copa teve um impacto positivo no país.

"Não costumo assistir muito futebol, mas a atmosfera que a Copa trouxe para a África do Sul foi incrível", diz Andrew Ferguson, aluno branco da Universidadecasa de aposta 20betStellenbosch, na província do Cabo Ocidental.

Para Marias Singleton, também branco, a Copa "aproximou estranhos, pessoas com diferentes culturas, raças e religiões".

"Acho que ela foi boa para nosso país, levandocasa de aposta 20betconta o passado que tivemos. A Copa nos uniu".

Melhorias no transporte

Em Johanesburgo, maior cidade sul-africana, muitos entrevistados disseram que a Copa ajudou a melhorar o transporte público local.

Pouco antes do torneio, foram inaugurados os primeiros trechoscasa de aposta 20betum sistemacasa de aposta 20betcorredorescasa de aposta 20betônibus (BRT) ecasa de aposta 20betum tremcasa de aposta 20betalta velocidade.

Numa cidade sufocada pelo trânsito ecasa de aposta 20betque, até então, a maioria dos moradores dependiacasa de aposta 20betcarros ou lotações para se deslocar, os investimentos tiveram um impacto sensível.

Todos os entrevistados reconhecem, porém, que as mudanças não resolveram os problemascasa de aposta 20bettransporte na cidade.

"Sim, algumas melhorias ocorreram. Os benefícios são visíveis, mas há muito ainda a ser feito para melhorar o transporte público", diz Linda Mnisi.

"Continuamos pagando pelas obras. Os gastos ainda estão afetando quem paga impostos."

Mnisi diz ainda que a construção da linhacasa de aposta 20bettremcasa de aposta 20betalta velocidade favoreceu apenas os moradores mais ricoscasa de aposta 20betJohanesburgo - os bilhetes custam entre R$ 26 e R$30.

Legados menos duradouros

Para Albert Grundlingh, professor e diretor do departamentocasa de aposta 20bethistória da Universidadecasa de aposta 20betStellenbosch, é injusto esperar que um evento esportivo como a Copa exerça um "papel relevante na construção da identidade nacional".

Ele diz ainda que a Copacasa de aposta 20bet2010 deixou para a África do Sul legados menos duradouros que o Mundialcasa de aposta 20betrúgbi sediado no paíscasa de aposta 20bet1995.

Naquele ano, afirma Grundlingh, o país acabavacasa de aposta 20betdeixar o apartheid e pôde mostrar ao mundocasa de aposta 20betnova face. "A África do Sul rompeu seu isolamento."

Jácasa de aposta 20bet2010, diz ele, o país vivia situação diferente: ainda que as divisões sociais estruturaiscasa de aposta 20bet1995 permanecessem, havia ocorrido um grande aumento da classe média negra e a nação desfrutavacasa de aposta 20betcerto amadurecimento democrático.

Por que, então, a decisãocasa de aposta 20betsediar a Copacasa de aposta 20bet2010 foi tão bem recebida pelos sul-africanos?

"Por causa da atração que o futebol exerce neste país, porcasa de aposta 20betpopularidade principalmente entre os negros. Isso explica a euforia."

"Mas precisamos avaliar o quão durável foi isso, o quão rápido evaporou e que tiposcasa de aposta 20betlegados deixou. Aí a análise se torna mais problemática", afirma.

O professor cita a construçãocasa de aposta 20betestádios – como o da Cidade do Cabo ou ocasa de aposta 20betNelspruit – que, após o Mundial, se provaram insustentáveis economicamente. No entanto, ele diz que o tema raramente é debatido no país.

"Os sul-africanos estão mais preocupados com incompetênciacasa de aposta 20betpolíticos do que com esportes. O esporte é visto como um escapismo, não como um fato social."

"O futebol gera uma participação massiva, mas não uma reflexão massiva no país."