Contra China, Japão amplia gasto militar e flerta com nacionalismo:onabet drug class

Militares se apresentamonabet drug classparada no Japão (foto: Reuters)
Legenda da foto, Japão desenvolve armas e organiza força anfíbia para se opor a ações chinesas

onabet drug class O Japão anunciou nesta terça-feira um plano para aumentar seus gastos com defesa e criar uma nova forçaonabet drug classataque. As medidas são um movimento claroonabet drug classresposta a ações desafiadoras da China.

Mas muitos membros da oposição dizem acreditar que o premiê Shinzo Abe está usando a ameaça chinesa para perseguir seu sonho nacionalista, segundo o correspondente da BBConabet drug classTóquio, Rupert Wingfield-Hayes.

O plano japonês envolve a compra, ao longo dos próximos cinco anos,onabet drug classequipamentos antimísseis, submarinos, 52 veículos anfíbios, aviões não tripuladosonabet drug classvigilância e aviõesonabet drug classcombate. Abe também estabeleceu um Conselho Nacionalonabet drug classSegurança.

Apesaronabet drug classsua Constituição (pós-Segunda Guerra Mundial) não prever Exército, Marinha ou Aeronáutica, o Japão tem realizado importantes investimentosonabet drug classdefesa: neste ano, os gastos nessa área chegaram pertoonabet drug classUS$ 60 bilhões, quase equivalentes aos da Grã-Bretanha ou da França.

O avanço reflete a preocupação crescente quanto aos gastos chineses e quanto a crescente assertividadeonabet drug classPequimonabet drug classsuas reivindicações territoriais,onabet drug classáreas disputadas com o Japão.

Avanço chinês

Tóquio possui uma força militar própria – que, apesaronabet drug classseu caráter puramente defensivo, é grande e moderna. Mas ela foi idealizada na época da Guerra Fria, para proteger o paísonabet drug classuma invasão da Rússia pelo norte.

Ao mesmo tempo, nos últimos 10 anos, a China tem transformado suas forças militaresonabet drug classum ritmo surpreendente. O orçamento militaronabet drug classPequim dobrou, atingindo a marcaonabet drug classUS$ 150 bilhões por ano.

A China está construindo naviosonabet drug classguerra mais rapidamente do que qualquer outro país. Além disso, os chineses estão desenvolvendo aviões invisíveis ao radar, aeronaves não tripuladas e já possuem seu porta-aviões.

*Estimativas

Fonte: Sipri (Instituto Internacionalonabet drug classEstudos da Pazonabet drug classEstocolmo)

Desde o ano passado, uma arrastada disputa por um pequeno grupoonabet drug classilhas no Mar do Leste da China – Senkaku (ou Diaoyu, como são conhecidas na China), sobre as quais a maioria das pessoas nunca tinha ouvido falar – vem ganhando as manchetes no Japão e na China.

Governos japoneses já vinham há muito tempo expressando vontadeonabet drug classse opôr à China, mas pouco foi feito na prática. Até que,onabet drug classdezembro do ano passado, o Japão elegeu como premiê o nacionalista Shinzo Abe, que prometeu que o país não seria mais "intimidado" pelo vizinho.

E as ilhas são o principal foco da disputa bilateral.

Listaonabet drug classcompras

O Japão criará uma nova forçaonabet drug classataque anfíbia – algo similar aos marines americanos.

Também há uma grande listaonabet drug classcompras: 28 caças F-35 (invisíveis a radares), 17 aviõesonabet drug classcarga Osprey (capazesonabet drug classdecolar como helicópteros), 25 blindadosonabet drug classataque anfíbio e 99 veículos levesonabet drug classcombate.

O Japão já está construindo dois grandes naviosonabet drug classtransporteonabet drug classhelicópterosonabet drug classassalto que, com os caças, os aviões e os veículosonabet drug classcombate, devem formar o núcleo na nova força anfíbia do país.

Suspeitas

Ao mesmo tempo, oposicionistas se dizem preocupados com as inclinações nacionalistasonabet drug classdireitaonabet drug classShinzo Abe, que ao longoonabet drug classsua carreira política chegou a sugerir a derrubada da Constituição pacifista do Japão pós-guerra.

Apesaronabet drug classdefinir suas ações como "pacifismo proativo", ele também mostrou alguma ambivalência ao trataronabet drug classsupostos crimes cometidos contra cidadãos da Coreia e da China durante a Segunda Guerra, questionou se o Japão deveria ser definido como "agressor" e fez campanha pela revisãoonabet drug classlivros escolares para dar uma visão mais positiva à participação do paísonabet drug classcombates.

Mas a barreira para mudar a Constituição é muito alta. Abe precisaria conseguir dois terços dos votos nas duas casas do Parlamento e ainda vencer um referendo.

Como ninguém acredita que ele conseguirá fazer isso, seus críticos dizem que ele tenta fazer mudanças sem mudar a Constituição.

Na semana passada, Abe centralizou o processoonabet drug classtomadaonabet drug classdecisões militaresonabet drug classum Conselhoonabet drug classSegurança Nacional, seguindo um modelo americano, que está diretamente subordinado ao gabinete do premiê.

Seu partido trabalha ainda por uma nova lei, que permitirá que uma sérieonabet drug classassuntosonabet drug classEstado passem a ser classificados como "secretos". As punições para vazamentos desses assuntos também se tornariam mais severas.

Grupos opositores passaram a semanaonabet drug classfrente ao Parlamento para protestar contra a nova legislação. Questionados sobre a motivação das manifestações eles respondiam que "Abe quer nos levar para a guerra".

A lei japonesa pouco difere das que já são adotadas pelos Estados Unidos e pela Grã-Bretanha, mas liberais japoneses estão extremamente desconfiados da velha direita do país.

Eles dizem acreditar que Abe quer levar o Japãoonabet drug classvolta à era pré-guerra, quando a obediência ao imperador vinha acimaonabet drug classtudo.