Ômicron: Holanda confirma 13 casos da variante e Israel fecha fronteiras:roleta online para editar

roleta online para editar A nova variante do coronavírus detectada originalmente na África do Sul e agora batizadaroleta online para editarômicron acendeu o alerta entre autoridadesroleta online para editarsaúderoleta online para editartodo o mundo. Casos já foram identificadosroleta online para editarao menos doze países.

No domingo, o governo da Holanda afirmou que 13 das 61 pessoas contaminas por covid que chegaramroleta online para editarum voo têm a variante ômicron — todos estãoroleta online para editarisolamento. A Dinamarca também confirmou dois casos no páis.

No sábado (27/11), Reino Unido, Alemanha, Itália, Austrália e República Tcheca anunciaram que registraram casos da nova variante. A ômicron já havia sido registradaroleta online para editarIsrael, Bélgica, Honk Kong, Botsuana e África do Sul.

Israel anunciou que vai fechar totalmente a fronteira para estrangeiros por 14 dias. A medida, recomendada pelo comitêroleta online para editarcombate ao coronavírus do país, deve entrarroleta online para editarefeito neste domingo, após aprovação total da administração. Cidadãos israelenses vacinados precisarão fazer quarentenaroleta online para editar3 dias ao chegar no país, enquanto os não-vacinados deverão fazer quarentenaroleta online para editar7 dias.

No Reino Unido, o primeiro ministro Boris Johson anunciou no sábado uma sérieroleta online para editarmedidasroleta online para editarresposta à variante ômicron. Segundo Johson, qualquer viajante que desembarcar no Reino Unido terá agora que fazer um teste do tipo PCR (o do cotonete) no segundo dia apósroleta online para editarchegada e se auto-isolar até receber um resultado negativo para o exame.

Ainda conforme o premiê britânico, o usoroleta online para editarmáscaras deverá ser reforçadoroleta online para editarambientes internos e no transporte público e a campanha para aplicaçãoroleta online para editardosesroleta online para editarreforço da vacina contra o coronavírus deverá ser acelerada.

As autoridades britânicas dizem que ainda não é possível saber a efetividade das atuais vacinas contra a ômicron. Mas Patrick Vallance, conselheiro-chefe para assuntos científicos do governo britânico, disse que algumas empresas farmacêuticas já informaram que podem readaptar as vacinas para a varianteroleta online para editaraté 100 dias.

Na Europa, o primeiro caso havia sido confirmado na Bélgica,roleta online para editarum paciente que havia chegado do Egito no inícioroleta online para editarnovembro.

Brasil restringe voos

No Brasil, o Ministério da Saúde afirmouroleta online para editarnota que não registrou casosroleta online para editarinfecção pela variante no país. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, publicou no Twitter que a partirroleta online para editarsegunda-feira o país vai fechar as fronteiras para voos vindos da África do Sul, Botsuana, Essuatini (Suazilândia), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

No sábado, a Agência Nacionalroleta online para editarVigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma nota técnica sugerindo que mais quatro países sejam adicionados nessa lista: Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou na sexta-feira (26/11) uma reunião para tratar da nova variante, na qual a classificou como "variante preocupante" (variant of concern, o termo usado para descrever as variantes mais problemáticas até agora, como a delta, gama etc) e a batizouroleta online para editarômicron. A variante inicialmente havia sido nomeadaroleta online para editarB.1.1.529 .

Mas, mais cedo, advertiu que países não devem se apressarroleta online para editarimpor restriçõesroleta online para editarviagens, pedindo que tenham uma "abordagem baseada no risco e na ciência".

"Qualquer restriçãoroleta online para editarviagem deve ser pesada, e países já podem fazer muitoroleta online para editartermosroleta online para editarvigilância e sequenciamento e trabalharroleta online para editarconjunto com os países afetados ou globalmente ", disse o porta-voz da OMS, Christian Lindmeyer.

A despeito disso, para tentar frear a disseminação da nova variante, diversos países também estão adotando restrições a voos saídos da África, como os Estados Unidos, membros da União Europeia, Japão e Singapura.

Já a Comissão Europeia recomendou que países da União Europeia restrinjam emergencialmente voos originários da África Austral.

Sajid Javid, ministro da Saúde do Reino Unido, a descreveu a nova versão do coronavírus como uma "grande preocupação internacional".

"Uma das lições desta pandemia foi que devemos agir rapidamente e o mais cedo possível", disse ele.

Nos EUA, o médico Anthony Fauci, chefe da força-tarefa anti-coronavírus, disse que o veto a voos da África Austral era uma possibilidade, mas que ainda estava reunindo dados a respeito da nova variante.

A nova variante é mais perigosa?

Cientistas temem que essa nova versão do coronavírus, conhecida como B.1.1.529, seja ainda mais transmissível e "drible" o sistema imunológico. Por isso, há o temor na comunidade científicaroleta online para editarque essa seja a "pior variante" do coronavírus identificada até o momento.

Em termos práticos, isso significa não só mais infecções, o que aumenta consequentemente as hospitalizações e mortes, mas a possibilidaderoleta online para editarque as vacinas disponíveis hoje possam ser menos eficazes contra ela.

Essa grande preocupação se deve ao seu alto númeroroleta online para editarmutações. Vírus fazem cópiasroleta online para editarsi mesmos para se reproduzir, mas não são perfeitos nisso. Erros podem acontecer, resultandoroleta online para editaruma nova versão ou "variante".

Se isso der ao vírus uma vantagemroleta online para editarsobrevivência, a nova versão prosperará.

Quanto mais chances o coronavírus temroleta online para editarfazer cópiasroleta online para editarsi mesmoroleta online para editarnós — o hospedeiro —, mais oportunidades existem para que as mutações ocorram.

Por isso, é importante controlar as infecções. As vacinas são a principal arma contra isso, porque ajudam a reduzir a transmissão e também protegem contra formas mais graves da covid.

Na África do Sul, apenas 23,5% da população está totalmente vacinada,roleta online para editarcomparação com 60% no Brasil, segundo dados da plataforma Our World in Data, da Universidaderoleta online para editarOxford, no Reino Unido.

O programaroleta online para editarvacinação do país africano desacelerou nos últimos meses — não por causa da faltaroleta online para editarsuprimentos, mas devido à indiferença pública.

Especialistas dizem que é possível que a nova variante possa ter se originadoroleta online para editarum paciente cujo sistema imunológico não foi capazroleta online para editarse livrarroleta online para editaruma infecção por covid rapidamente, dando ao vírus mais tempo para se transformar.

A B.1.1.529 tem 32 mutações na proteína S ("spike" ou espícula), através da qual o vírus se ligaroleta online para editarcélulas humanas para efetuar a invasãoroleta online para editarnosso organismo.

Essa é a parte do patógeno que a maioria das vacinas usa para "preparar" o sistema imunológico contra a covid.

Mutações na proteína spike podem, portanto, não só afetar a capacidade do vírusroleta online para editarinfectar as células e se espalhar, mas também tornam mais difícil para as células do sistema imunológico atacarem o patógeno.

No caso específico do chamado domínioroleta online para editarligação ao receptor, uma parte da proteína S que é chave para a ligação do vírus às células humanas eroleta online para editarinfecção, foram encontradas dez mutaçõesroleta online para editarcomparação com apenas duas na variante delta, que varreu o mundo.

'Restrições são exageradas'

Um especialistaroleta online para editarvacinas sul-africano argumentou que os países que estão restringindo viagens estão reagindoroleta online para editarforma exagerada.

Em entrevista ao programa World at One, da BBC Radio 4, o professor Shabir Madhi disse que é "muito cedo para determinar" se a nova variante é mais transmissível ou pode escapar das vacinas. Segundo ele, isso só vai ficar claro nas próximas semanas.

Shabir, professorroleta online para editarvacinologia da Universidaderoleta online para editarWitwatersrand,roleta online para editarJohannesburgo, disse que a grande maioria dos países que estão impondo restrições por causa da nova variante são "muito ingênuos e completamente cegos" para a forma como o coronavírus se espalhou internacionalmente durante o curso da pandemia.

"Tem havido uma resposta exagerada, é uma resposta automática e parte disso, infelizmente, ocorre devido à estratégiaroleta online para editarcomunicação equivocadaroleta online para editartorno da variante", acrescenta.

No entanto, David Nabarro, especialistaroleta online para editarcovid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse que existe uma "preocupação razoável"roleta online para editarque a nova variante possa "escapar da proteção das vacinas". Mas ele também concorda que ainda é muito cedo para saber exatamente como essa nova versão pode se espalhar e afetar as pessoas.

"Precisamos ser extremamente cuidadosos agora para fazer a coisa certa, mas também reconhecer que levará algumas semanas até que possamos dizer com certeza se nossos medos têm alguma base", disse Nabarro.

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