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Os "fantasmas" do racismo na Coreia do Sul, um dos países mais prósperos do mundo:greenbet.app
Crédito, Getty Images
Economia e democracia
Se o critério é qualidade da democracia, o país asiático superou,greenbet.app2017, os Estados Unidos no ranking elaborado pela unidadegreenbet.appinteligência da revista britânica The Economist. Apesar da boa classificação, no entanto, especialistas consultados pela BBC News Mundo, o serviçogreenbet.appespanhol da BBC, afirmam que a realidade do país é bem mais complexa e nem sempre positiva.
Mas a Coreia do Sul também tem desafios a enfrentar. A corrupção é um problema grave no país, com reiterados escândalos envolvendo todos os principais líderes políticos. A ex-presidente Park Geun-hye, por exemplo, está presa por acusaçõesgreenbet.appsuborno, abusogreenbet.appautoridade, coerção e vazamentogreenbet.appsegredos governamentais após uma longa audiência.
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"Tenho a sensaçãogreenbet.appque se ressaltam muito a democracia sul-coreana, mas o que realmente não sem entende é que há problemas importantes como um forte estado policial com profundas restrições à democracia", assinala Owen Miller, doutorgreenbet.appEstudos do Leste Asiático da Universidade SOAS,greenbet.appLondres.
Certamente a Coreia do Sul tem melhores índicesgreenbet.appcrescimento, prosperidade e democracia que a vizinha Coreia do Norte. Mas também teu seu lado obscuro, especialmente uma resistência aos imigrantes que tentam entrar no país, seja por razões humanitárias ou não.
Nacionalismo étnico
A Coreia do Sul tem sido uma nação tradicionalmente homogênea etnicamente, uma condição impulsionada pelo nacionalismo étnico muito arraigado que se estende também aos coreanos do norte da península.
O patriotismo exacerbado remonta milharesgreenbet.appanos atrás, durante o nascimento da nação e do que é chamadogreenbet.appminjok, ou a raça coreana.
Mas foi a ocupação japonesa na região, durante grande parte da primeira metade do século 20, que fez ressurgir o nacionalismo modernogreenbet.appuma forma mais contemporânea e também mais polêmica.
"É um nacionalismogreenbet.appsangue e terra, como o que pode ser encontradogreenbet.appoutros países", explica Steve Denney, especialistagreenbet.appestudos asiáticos da Universidadegreenbet.appToronto, no Canadá.
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Influências do racismo
Owen Miller, porgreenbet.appvez, não vê nenhuma característica particular no caso do nacionalismo sul-coreano. Ele argumenta que certas características nasceram como uma resposta à colonização japonesa, mas também foram influenciadas pelas correntes do racismo, do socialismo darwinista e do nacionalismo étnico que vieram da Europa no final do século 19 e início do 20.
"O nacionalismo étnico coreano e japonês tem muitas similaridades e se cetragreenbet.appideias como linhas sanguíneas e raças únicas, mas não é algo único da Coreia do Sul, pode ser vistogreenbet.appoutros lugares", diz Miller.
Mas é exatamente esse tipogreenbet.appnomenclatura, com alusões a sangue e raças, que faz muita gente a olhar com desconfiança esse tipogreenbet.appnacionalismo. Há até muito pouco tempo, a Coreia do Sul usavagreenbet.appforma institucionalizada o termo danil minjok para se referir à raça pura coreana.
"É a ideiagreenbet.appque a Coreia manteve seu "eu" característico e racialmente puro, rejeitando os invasores, impedindo assim a desintegraçãogreenbet.appsua linhagemgreenbet.appsangue com estrangeiros, indicando que a Coreia é e deve permanecer um país etnicamente homogêneo", esclarece Denney.
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Quando se pergunta se essa ideiagreenbet.appraça pode ser equiparada com a da raça ariana, Denney reconhece que "em grande parte é comparável com outras concepçõesgreenbet.apppureza étnica e nacionalismos étnicosgreenbet.apptodo o mundo".
"Purismo" ensinado nas escolas
Durante décadas, o mitogreenbet.appuma "raça pura" foi ensinadogreenbet.appescolas, segundo um artigogreenbet.appopinião do sul-coreano Se-Woong Koo publicado no jornal americano New York Times. Koo é editorgreenbet.appum jornal no país e recebeu parte desse doutrinamento quando era uma criança como parte da justificativagreenbet.appse formar uma "unidade nacional".
Em 2007, uma convenção da ONU para eliminar o racismo instou Seul a proibir o uso dessa terminologia alegando que "a ênfase colocada na homogeneidade étnica da Corea pode representar um obstáculo para a promoção do entendimento da tolerância e amizade entre os diferentes grupos étnicos e nacionais que vivemgreenbet.appseu território".
Mas Koo lembra no artigo que os problemas persistem. Apesar do chamadogreenbet.appatenção das Nações Unidas,greenbet.app2009, ficou famoso no país o casogreenbet.appum estudioso indianogreenbet.appSeul que apresentou uma queixa criminal contra um sul-coreano por insultos racistas e sexistas contra ele egreenbet.appcompanheira sul-coreana.
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Em outro caso mais recente,greenbet.appjunhogreenbet.app2017, um bar no popular distritogreenbet.appItaewon,greenbet.appSeul, recusou um cliente indiano. "Nenhum índio", dizia o segurança.
O país vive também uma crise envolvendo refugiados do Iêmen, há maisgreenbet.apptrês anosgreenbet.appguerra civil egreenbet.appestadogreenbet.appfome. A cris ampliou o clima anti-imigração da Coreia do Sul que pode ser observado junto à parte da população e tambémgreenbet.appcertas medidas que o próprio governo adotou.
Barreiras a estrangeiros
Depois da chegadagreenbet.appmaisgreenbet.app552 cidadãos do Iêmen entre janeiro e maio deste ano, a Coreia do Sul eliminou o paísgreenbet.appuma lista dos que não precisamgreenbet.appvisto para pisar no território sul-coreano.
Em resposta, maisgreenbet.appmeio milhãogreenbet.appsul-coreanos solicitaram ao Presidente Moon Jae-in que afaste todos os refugiados.
Em junho, o Ministério da Justiça anunciou que estava enviando mais pessoal para acelerar o processamento dos requerentesgreenbet.appasilo iemenitas, supostamente para expulsá-los mais cedo. O ministério também vai pressionar por uma revisão da Lei dos Refugiados, para evitar que os estrangeiros "se aproveitem do sistemagreenbet.apprefugiados por razões econômicas ougreenbet.appresidência".
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Quem conhece a relação histórica do país com imigrantes, no entanto, não se surpreende com a atitude dos sul-coreanosgreenbet.apprelação aos refugiados.
De acordo com um relatório da Human Rights Watch, a Coreia do Sul aceitou apenas 2,5%greenbet.apptodos os requerentesgreenbet.appasilo desde 1994 (sem contar os desertores norte-coreanos),greenbet.appacordo com a Human Rights Watch.
Multiculturalismo recente
Owen Miller diz que a ideiagreenbet.appraça pura, que se instalou nos anos 1920 e superada até certo ponto na cultura ocidental onde esse conceito foi criado, surpreendentemente sobreviveu até muito recentemente na Coreia do Sul, estimulada, inclusive, pelo sistema educacional do país.
Ele aponta duas explicações possíveis. "Em parte, se dá pelo legado do regime autoritário que a Coreia do Sul teve até o final dos anos 1980 e que usava esse discurso. Outra razão é que, até os anos 1990, não havia muitos estrangeiros. Foi a partir dai que o país teve que decidir se se define como uma sociedadegreenbet.appraça pura ou multicultural".
O país optou há dois anos pelo multiculturalismo, ou damunhwa,greenbet.appacordo com os documentos oficiais que se referem, basicamente, ao casamentogreenbet.appcoreanos com estrangeiros.
Agora, com a crise dos refugiados, as novas medidas anunciadas pelo Ministério da Justiça e os protestos nas ruasgreenbet.appSeul com gente levando faixas e cartazes pedindo que os solicitantesgreenbet.appasilo fossem embora do país estão levantando dúvidas sobre a disposição dos sul-coreanosgreenbet.appse abrir para outras culturas.
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Os níveisgreenbet.apprecepçãogreenbet.appestrangeiros não apenas afetam os que pedem refúgio, mas também cidadãosgreenbet.appoutros países que decidem morar na Coreia do Sul.
Os residentes não nascidos nas duas Coreias não são mais que dois milhões numa populaçãogreenbet.app51 milhões,greenbet.appacordo como censogreenbet.app2014. Os estrangeiros equivalem a 4%, uma porcentagem muito baixa se comparada a outros países.
E apesargreenbet.appcasais multirraciais (ou sangue misto como foi dito até 2007), segundo diz Denney, já não serem mais um tabu e estarem aumentando, eles podem atrair olhares desconfiados. As pessoasgreenbet.apppele escura chamam ainda mais atenção, segundo Jiye Choi, estudante sul-coreana que faz mestradogreenbet.appLondres.
"Mas a aceitação dos que têm outra raça, uma cor distintagreenbet.apppele, depende das pessoas, comogreenbet.appqualquer lugar", diz Jiye Choi.
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